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Transcrição:

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Desde a publicação do Guia de Apoio à Inovação em XXX mais de XXX acessos foram realizados. Sendo uma ferramenta de apoio cuja finalidade principal é apresentar os mecanismos e programas de apoio à inovação e facilitar o acesso a eles, fazse indispensável atualizar. Logo, esta nova versão encontra-se revisada, atualizada e ampliada. Pois, o conjunto de instrumentos, hoje disponibilizados pelo Governo, demonstra a grande preocupação deste com a inovação e a competitividade tecnológica das empresas. A Lei de Inovação e a Lei do Bem proporcionaram um novo ambiente favorável à inovação no País. Surgiram possibilidades antes inexistentes, como a fruição automática dos incentivos fiscais e a subvenção econômica direta às empresas, inclusive para a contratação de profissionais com títulos de Mestre e Doutor. Constam neste Guia os instrumentos e programas para a inovação nas empresas, disponíveis tanto em órgãos de fomento federais como estaduais. São descritos os diferentes tipos, as agências que os operam, os critérios para solicitá-los e demais informações necessárias para a sua efetiva utilização. Programas e instrumentos para apoio às empresas em suas atividades cotidianas, não voltadas à inovação como aquisição de equipamentos, capital de giro, empréstimos para pagamento de fornecedores, etc. não estão contemplados neste Guia. Para esses fins, as empresas deverão consultar os bancos oficiais e privados e outras agências de desenvolvimento. Os instrumentos constantes deste Guia estão classificados em dois tipos: Apoio tecnológico financeiro: referem-se a mecanismos de apoio direto e indireto às empresas ou aos empreendedores, sob a forma de financiamento, subvenção econômica, incentivos fiscais, capital de risco e bolsas. Apoio tecnológico gerencial: são os mecanismos, instrumentos e programas de apoio às atividades de inovação que não envolvem a transferência de recursos financeiros às empresas. Na seção inicial, são apresentados os conceitos de inovação, definidos no Manual Frascatti e no Manual de Oslo e adotados na Lei do Bem, que ajudarão os interessados a escolher os instrumentos mais apropriados para cada empreendimento. Essas definições são de uso consagrado, adotadas em todos os países. 3

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O Decreto 5.798, de 7 de junho de 2006, que regulamenta a Lei 11.196 (mais conhecida como Lei do Bem), define inovação tecnológica como sendo a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado. No presente Guia, são apresentados os instrumentos de apoio financeiro, técnico e/ ou gerencial às inovações de produtos e de processos, pois apenas estas modalidades são contempladas pelas agências de fomento no Brasil. Convém registrar que, apesar da mudança na definição de inovação, a maioria dos órgãos de fomento ainda utiliza a expressão inovação tecnológica para designar a inovação em produtos e processos. A partir de sua terceira edição, publicada em 2005, o Manual de Oslo, editado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), responsável pelas definições mundialmente adotadas sobre inovação, traz uma importante modificação: expandiu o conceito de inovação, incluindo o setor de serviços e retirando a palavra tecnológica da definição de inovação, ou seja, é possível se fazer inovação em produtos, em processos, em serviços, em marketing e em sistemas organizacionais. Contudo, é importante ressaltar que as definições constantes nos itens I e II do Art. 2º do Decreto supramencionado estão baseadas nas recomendações do Manual Frascatti e não no Manual de Oslo mais abrangente e flexível quanto às definições e metodologias de inovação tecnológica. 5

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As empresas industriais são classificadas segundo seu porte, pelo número de empregados e/ou pelo faturamento anual. É importante saber qual a classificação de sua empresa, para que ela possa ter acesso a linhas de financiamento diferenciadas, como as contidas neste Guia. O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) têm limites distintos para classificar as microempresas e as empresas de pequeno porte. O SEBRAE segue o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, instituído pela Lei Complementar 123, de 14/12/2006. Nesse Estatuto, os limites para conceituar micro e pequena empresa são os seguintes: Microempresa: Receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360 mil. Empresa de pequeno porte: Receita bruta superior a R$ 360 mil, e igual ou inferior a R$ 3,6 milhões. O BNDES e a FINEP utilizam a mesma classificação de porte de empresas adotada no MERCOSUL, em que se diferencia a indústria do comércio e serviço. O quadro a seguir sintetiza essas definições. 1 Vide novo tratamento do instituto no Dec. 7574/11, e a alteração pela Lei Complementar 139/11. Agencia Porte Microempresa Pequena Empresa Média Empresa Grande Empresa Sebrae receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360 mil receita bruta superior a R$ 360 mil, e igual ou inferior a R$ 3,6 milhões. Não apoia. Não apoia. Agencia Porte FINEP BNDES 2 Nº Empregados Valor Exportado Nº Empregados Valor Exportado Micro Empresa Até 10 Até US$ 400 mil Até 5 Até US$ 200 mil Micro Empresa Entre 11 e 40 Até US$ 3,5 milhões Entre 6 e 30 Até US$ 1,5 milhões Média Empresa Entre 41 e 200 Até US$ 20 milhões Entre 31 e 80 Até US$ 7 milhões Grande Empresa > 200 > US$ 20 Milhões > 80 > US$ 7 Milhões 7

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Neste capítulo são explicitadas todas as linhas de apoio à inovação que são operadas em nível nacional. Elas consistem em recursos financeiros, transferidos ou intermediados pelos órgãos governamentais federais para as empresas, e em mecanismos de apoio técnico e gerencial, oferecidos por órgãos públicos e privados. Os principais instrumentos de apoio à inovação nas empresas concentram-se no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI. O MCTI gerencia alguns programas diretamente, mas em geral os recursos financeiros são repassados às empresas através de suas agências, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No caso dos incentivos fiscais, a auditoria tributária é de responsabilidade exclusiva da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB. Vale destacar que, para usufruir os incentivos fiscais da Lei do Bem, as empresas não precisam apresentar previamente um projeto de desenvolvimento tecnológico, sendo o usufruto de forma automática. Tanto para a empresa beneficiária da Lei do Bem, quanto àquela da Lei de Informática, fica obrigada a apresentar ao MCTI, por meio eletrônico, as informações anuais sobre os seus programas de pesquisa e desenvolvimento para inovação tecnológica, cujo prazo é 31 de julho do ano subsequente a cada exercício fiscal (o formulário está disponível no site do MCTI). Ou seja, a Lei do Bem autoriza que as empresas usufruam os incentivos e, somente no ano seguinte, apresentem um relatório ao MCTI. Anualmente, o Ministério, após a análise das informações recebidas, envia à RFB um relatório consolidado. 2 Fonte:http://www.desenvolvimento. gov.br/sitio/interna/interna. php?area=5&menu=2241&refr=605 D.1. Instrumentos de apoio financeiro D.1.1. Financiamentos e Subvenção Econômica No âmbito federal, existem instituições que oferecem empréstimos específicos para a inovação nas empresas, seja para projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, para a construção de laboratórios ou para a compra de novos equipamentos. O MCTI possui uma série de instrumentos, alguns operados diretamente por ele, outros através da FINEP e do CNPq. O BNDES, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), também possui programas de apoio financeiro à inovação nas empresas. Algumas dessas instituições oferecem ainda suporte tecnológico e gerencial, os quais são detalhados na seção II deste capítulo. Veja, a seguir, informações sobre essas instituições e o que elas têm a oferecer para incentivar a inovação de produtos, serviços e processos nas empresas. 9

D.1.1.1 Financiadora de Estudos e Projetos - Finep (www.finep.gov.br) A FINEP é a principal agência de fomento e financiamento para inovações em produtos, processos e serviços no país. Ela trabalha em parceria com empresas, institutos e centros de pesquisa, organismos governamentais, agências multilaterais internacionais, investidores e entidades do terceiro setor. A atribuição de financiar todo o sistema de ciência, tecnologia e inovação (C,T&I), combinando recursos reembolsáveis com recursos não reembolsáveis, proporciona à FINEP um grande poder de indução de atividades essenciais para o aumento da competitividade do setor empresarial brasileiro. Ela apoia, ainda, a incubação e o desenvolvimento de empresas nascentes de base tecnológica, a implantação de parques tecnológicos, a estruturação e consolidação dos processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em empresas já estabelecidas e o desenvolvimento de mercados. das empresas brasileiras nos mercados nacional e internacional, apoiando sua inserção em mercados globais, de reverter a vulnerabilidade externa nos segmentos intensivos em tecnologia, de estimular a implantação de atividades contínuas de P&D nas empresas e a participação do capital privado em inovação, além de estruturar competências para lideranças futuras e estimular a adoção de procedimentos que promovam a sustentabilidade.. Para tanto, ela oferece empréstimos reembolsáveis em diferentes condições de pagamento, recursos não reembolsáveis (subvenção econômica), investimento em fundos de capital de risco (venture capital) e investimento direto (participação acionária), modalidade em que ela participa como sócia do empreendimento. Para setores e área tidas como prioritária na política de C,T&I do governo federal, a FINEP oferece a possibilidade da integração de todos os diferentes instrumentos (Programas INOVA). A FINEP estimula a inovação com os objetivos de aumentar a competitividade 10

Modalidades de financiamento às empresas A FINEP concede crédito a empresas que pretendem realizar investimentos intensivos em pesquisa, desenvolvimento & inovação. Além disso, as empresas devem demonstrar capacidade de pagamento e garantias. Os prazos de carência e amortização, assim como os encargos financeiros, são calculados em função da combinação entre os prazos de execução dos projetos, sua geração de caixa e a capacidade de pagamento da empresa.. ATENÇÃO: a FINEP só concede empréstimos mediante a apresentação de garantias, conforme disposto no Manual de Garantias que pode ser acessado no site www.finep.gov.br/30dias/. São aceitos diversos tipos, individualmente ou combinados, entre os quais: hipoteca, penhor, alienação fiduciária de bens móveis, carta de fiança bancária, bloqueio de recebíveis, aval e outros. São as seguintes as modalidades de financiamento reembolsável: Finep Inova Brasil O programa FINEP Inova Brasil (Programa de Incentivo à Inovação nas Empresas Brasileiras) constitui-se em financiamento com encargos reduzidos para apoiar Planos de Investimentos Estratégicos em Inovação das Empresas Brasileiras, detalhados em metas e objetivos pretendidos durante o período de tempo do financiamento e em consonância com o Plano Brasil Maior - PBM do Governo Federal e as seguintes diretrizes: Aumento de competitividade nacional e internacional; Incremento de atividades de pesquisa e desenvolvimento realizadas no país e cujos investimentos sejam compatíveis com a dinâmica tecnológica dos setores em que atuam; Inovação com relevância regional ou inserida em arranjos produtivos locais, objeto de programas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Contribuição mensurável para o adensamento tecnológico e dinamização de cadeias produtivas; Parceria com universidades e/ou instituições de pesquisa do País. O programa opera com taxas fixas e subsidiadas nos contratos de financiamento, variando entre 3% e 7% ao ano. O programa FINEP Inova Brasil apoia projetos e planos de negócios aderentes às seguintes linhas de ação: inovação pioneira; inovação contínua; inovação e competitividade; inovação em tecnologias críticas; pré-investimento e outras inovações. O Inova Brasil oferece taxas diferenciadas conforme as diretrizes e prioridades da Política Operacional da FINEP para os anos de 2012-2014, que define os encargos conforme a linha de ação e a natureza da atividade a ser desenvolvida no projeto apresentado pela empresa. A determinação da taxa de juros dependerá da classificação da linha de ação a que a proposta é direcionada, da natureza das atividades de inovação que compõem a operação proposta e da disponibilidade de recursos. Mais detalhes em http://www.finep.gov.br/ pagina.asp?pag=programas_inovabrasil 11

Inovacred Este programa tem como objetivo financiar empresas com receita operacional bruta anual ou anualizada de até R$ 90 milhões. A finalidade é o desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços, ou no aprimoramento dos já existentes, ou ainda em inovação em marketing ou inovação organizacional com a finalidade de aumentar a competitividade das empresas no âmbito regional ou nacional. Esse apoio será concedido de forma descentralizada, por meio de agentes financeiros, que atuarão em seus respectivos estados ou regiões, assumindo o risco das operações. As condições gerais para o financiamento reembolsável a empresas são os seguinte: INOVACRED Participação da Finep até 90% Valores para o financiamento 4 R$ 150 mil a R$ 10 milhões Encargos financeiros TJLP a.a Mais detalhes em http://www.finep.gov.br/pagina.asp?pag=programas_inovacred 12

Família INOVA (Programas Setoriais) Iniciativa conjunta da FINEP com ministérios e respectivos órgãos ou agências com a finalidade de coordenar as ações de fomento à inovação e aprimorar a integração dos instrumentos de apoio disponíveis para investimentos, objetivando apoiar Planos de Negócios em que contemplem inovação nas empresas brasileiras em área e setores estratégicos em consonância com os políticas e programas do governo federal para Ciência, Tecnologia e Inovação. Características Gerais: Apoio a projetos em determinadas linhas temáticas, voltados para a solução de desafios específicos em áreas e setores estratégicos ou priorizados pelo governo federal; Chamamento público através de editais que abordam os detalhes e das condições da seleção pública, tais como: as áreas temáticas, as características dos Planos de Negócios, os instrumentos de apoio, a disponibilidade de recursos, a elegibilidade dos participantes e dos Planos de Negócios, prazos, etc. Integração de instrumentos de apoio: crédito reembolsável, não reembolsável, subvenção econômica e renda variável; Participação de empresas brasileiras, independentes ou pertencentes a grupos econômicos, em função do valor de sua receita operacional bruta (ROB) e/ou patrimônio líquido; Possibilidade de parceria com empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) para execução dos Planos de Negócio 3 Bancos de Desenvolvimento; Agências Estaduais de Fomento; e Bancos Comerciais com carteira de desenvolvimento. 4 Cada agente financeiro terá até R$ 80 milhões para o apoio das empresas. Integração de instrumentos de apoio: crédito reembolsável, não reembolsável, subvenção econômica e renda variável; Participação de empresas brasileiras, independentes ou pertencentes a grupos econômicos, em função do valor de sua receita operacional bruta (ROB) e/ou patrimônio líquido; Possibilidade de parceria com empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) para execução dos Planos de Negócio 13

Até agora, a FINEP lançou os seguintes programas setoriais: Família Inova FINEP BNDES ANEEL Ministério da Saúde Inova Aerodefesa Inova Agro Inova Energia Inova Petro Inova Saúde - Biofármacos, farmoquímicos e medicamentos Inova Saúde - Equipamentos médicos Inova Sustentabilidade Inova Telecom 2,4 bilhões 500 milhões 1,2 bilhão 1,5 bilhão 1,1 bilhão 275 milhões 1 bilhão 920 milhões 500 milhões 500 milhões 1,2 bilhão 1,5 bilhões 275 milhões 1 bilhão 500 milhões 600 milhões 200 milhões 50 milhões 80 milhões Total 8,895 bilhões 5,475 bilhões 600 milhões 330 milhões Mais detalhes em http://www.finep.gov.br 14

Programa de Subvenção Econômica (financiamento não reembolsável) O Programa de Subvenção Econômica à Inovação foi lançado em 2006, sendo um marco nas ações do Governo para alavancar a inovação das empresas. Até o presente, a FINEP realizou 3 ciclos deste programa, 2009, 2010 e 2011. Neste programa, o MCTI, por meio da FINEP, aplica recursos públicos não reembolsáveis diretamente em empresas, o que se tornou possível a partir da Lei de Inovação (Lei 10.973/04, regulamentada pelo Decreto 5.563/05) e da Lei do Bem (Lei 11.196/05, regulamentada pelo Decreto no. 5.798/06). Na subvenção econômica, que segue as normas da Organização Mundial do Comércio, há a aplicação de recursos públicos não reembolsáveis (sem devolução) nas empresas, com o objetivo de compartilhar os custos e riscos da atividade de inovação. Os recursos para subvenção econômica são objeto de programação orçamentária em categoria específica do FNDCT, e o percentual é definido anualmente pelo MCT, MDIC e Ministério da Fazenda, inclusive um percentual específico para PMEs. Mais detalhes em http://www.finep.gov.br/pagina.asp?pag=programas_subvencao 15

Tecnova Este programa propicia condições financeiras favoráveis e apoio à inovação por meio de recursos de subvenção econômica - para o crescimento rápido de um conjunto significativo de empresas de micro e pequeno porte, com foco no apoio à inovação tecnológica e com o suporte aos parceiros estaduais. A meta global é que cerca de 800 empresas sejam apoiadas em todo o território nacional. A FINEP realiza a seleção de parceiros estaduais por meio de um chamamento público de âmbito nacional - csendo aceita apenas uma proposta por estado. O programa possibilita a participação na qualidade de proponente, executor ou interveniente, de órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta de qualquer esfera de governo, ou entidade privada sem fins lucrativos que poderá ser representada por Fundação de Apoio, responsável pela execução gerencial, técnica e financeira do projeto. Os recursos de subvenção econômica à inovação serão repassados às empresas pelos parceiros estaduais, que contarão com apoio da FINEP para realizar todas as atividades operacionais inerentes ao processo, incluindo fomento, análise e seleção das propostas, contratação, liberação dos recursos, acompanhamento físico e financeiro com a prestação de contas, assegurando o foco nos projetos de 16

inovação e desenvolvimento tecnológico. O edital da subvenção deverá prever a alocação de pelo menos 40% dos recursos em temas de subvenção nacional, considerando os setores do Programa Brasil Maior e/ou prioridades da Estratégia Nacional de CTI do MCTI, prioritariamente, a saber: petróleo e gás, energias alternativas, TIC; e até 60% dos recursos financeiros serão aplicados em até cinco temas ou setores a serem indicados pelos estados. As empresas contam com recursos FINEP na ordem de R$ 120 mil até R$ 400 mil, com o aporte financeiro de contrapartida equivalente a 5% do valor recebido como subvenção econômica. Os recursos de contrapartida dos parceiros a serem repassados às empresas poderão contemplar despesas de custeio e capital. O prazo de execução dos projetos de inovação tecnológica das empresas é de até 24 meses. Prêmio FINEP de Inovação O Prêmio FINEP de Inovação é o mais importante instrumento de estímulo e reconhecimento à inovação no País. O Prêmio foi criado para reconhecer e divulgar esforços inovadores realizados por empresas, instituições sem fins lucrativos e inventores brasileiros, desenvolvidos no Brasil e já aplicados no País ou no exterior. A cada ano, o Prêmio apresenta diferentes categorias de participação. Os vencedores são premiados em dinheiro. Mais detalhes em: http://premio.finep.gov.br/ Mais detalhes em: http://www.finep.gov.br/pagina. asp?pag=programas_tecnova 17

O apoio por meio de crédito reembolsável (financiamento) pode ser obtido a qualquer época do ano. Para os pedidos de financiamento operados diretamente pela FINEP, via INOVA Brasil, o primeiro passo é realizar o cadastramento da empresa no Portal Empresa https://inovaempresa.finep.gov.br/ Após a conclusão do cadastro, a empresa poderá fazer a inserção de seu Plano Estratégico de Inovação, com o auxílio do Gerente de Relacionamento da empresa na FINEP. O hotsite FINEP 30 Dias D.1.1.2 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES (www.bndes.gov.br) O BNDES é uma empresa pública federal. Sua missão é promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia brasileira, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e regionais. Para tanto, atua como agente de mudanças, com visão de longo prazo, tendo como objetivo a construção de uma economia competitiva em benefício da população brasileira. http://www.finep.gov.br/30dias/ fornece todas as informações para a obtenção de financiamento para investimento em inovação sob a forma de crédito. O financiamento não-reembolsável para empresas (subvenção econômica) é disponibilizado através de chamamentos públicos que preveem prazos para o envio de projetos e são voltados para temas prioritários. As empresas que recebem recursos de subvenção econômica devem aportar contrapartidas, obrigatoriamente. Essa contrapartida poderá ser financiada por meio da concessão de crédito. Entre seus inúmeros programas e linhas de atuação estão relacionados abaixo aqueles diretamente relacionados à inovação de produtos, serviços e processos. Outras linhas de apoio do BNDES, como as destinadas à compra de equipamentos ou a capital de giro, não estão contempladas neste Guia. A solicitação de crédito para as linhas de inovação pode ser feita por empresas e por instituições especializadas em desenvolvimento tecnológico aplicado a atividades produtivas. 18

Linha BNDES Inovação O objetivo desta linha é apoiar o aumento da competitividade por meio de investimentos em inovação compreendidos na estratégia de negócios da empresa, contemplando ações contínuas ou estruturadas para inovações em produtos, processos e marketing1, além do aprimoramento das competências e do conhecimento técnico no país. Condições Clientes Itens passíveis de apoio Pessoas jurídicas de direito público ou privado, com sede e administração no País, de controle nacional ou estrangeiro. - máquinas e equipamentos - material de consumo - transferência e absorção de tecnologia - mão-de-obra direta - treinamento e capacitação - pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços - aquisição de móveis e utensílios e de simuladores de processo - ensaios, testes, certificações - propriedade industrial - estudos, consultoria externa e assessorias técnicas - despesas necessárias à introdução da inovação no mercado - gastos com captura, processamento e difusão do conhecimento - obras civis Modalidades de apoio Valor mínimo de financiamento Custo da operação Custo financeiro Remuneração básica do BNDES Taxa de risco de crédito Prazo de pagamento Participação máxima do BNDES Garantias Obs.: itens não apoiáveis: gastos e despesas indiretas, depreciação e quaisquer itens que não impliquem desembolso efetivo de recursos. Direta (O apoio poderá ocorrer por meio de financiamento reembolsável (renda fixa), da subscrição de valores mobiliários (renda variável) ou de ambos.) R$ 1 milhão. Custo financeiro + remuneração básica do BNDES + Taxa de risco de crédito Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) 0% (zero por cento) ao ano. - Micro, Pequenas e Médias Empresas: isentas. - Médias-Grandes e Grandes Empresas: Até 3,57% ao ano, conforme o risco de crédito do beneficiário. Até 12 (doze) anos, de acordo com a capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa e do grupo econômico. Até 90% (noventa por cento) dos itens financiáveis. Definidas na análise da operação, observadas as normas pertinentes. As solicitações de apoio financeiro são encaminhadas diretamente ao BNDES por meio de carta-consulta, que deve ser preenchida segundo as orientações do Roteiro de Informações para Consulta Prévia. Mais informações em http://www.bndes.gov.br/sitebndes/bndes/bndes_pt/institucional/apoio_ Financeiro/Produtos/FINEM/inovacao.html 19

Cartão BNDES para Inovação O Cartão BNDES, criado em 2003 para tornar mais ágil o crédito para as micro, pequenas e médias empresas com faturamento de até R$ 60 milhões anuais, passou a financiar, em setembro de 2009, investimentos em inovação. Possibilita a contratação de serviços de pesquisa, desenvolvimento e inovação aplicados ao desenvolvimento e melhoria de produtos e processos, de forma a ganharem competitividade. O cartão BNDES é baseado no conceito de cartão de crédito e consiste em uma linha de crédito rotativo e pré-aprovada, com limite de até 1 milhão de reais para aquisição de produtos credenciados no Portal de Operações do Cartão BNDES (https://www. cartaobndes.gov.br/cartaobndes/). O cartão complementa outras linhas de financiamento à inovação para as MPMEs. As empresas podem utilizar o Cartão BNDES para financiar a contratação de serviços de pesquisa e desenvolvimento fornecidos por instituições científicas e tecnológicas (ICTs) credenciadas no banco. Entre os itens financiáveis estão a aquisição de transferência de tecnologia, de serviços técnicos especializados em eficiência energética e impacto ambiental, design, prototipagem, resposta técnica de alta complexidade, avaliação da qualidade de produto e processo de software. Condições Clientes Itens passíveis de apoio Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) com receita bruta anual de até R$ 90 milhões. Serviços de P,D&I: - extensão tecnológica; - desenvolvimento de embalagens; - design, ergonomia e modelagem de produto; - prototipagem; - resposta técnica de alta complexidade; - projeto de experimento; - avaliação de viabilidade e pedido de registro de propriedade intelectual; - técnico-especializados em eficiência energética e impacto ambiental; - aquisição de conhecimentos tecnológicos e transferência de tecnologia; - metrologia, normalização, regulamentação técnica e avaliação da conformidade (inspeção, ensaios, certificação e outros procedimentos de autorização). Contrapartida financeira de MPME em programas executados pelo MCTI/ Finep voltados para projetos de inovação e extensão tecnológica em cooperação com instituições científicas e tecnológicas (ICTs). Serviços de avaliação e implementação da qualidade de produto e processo de software. Modalidades de apoio Valor máximo de financiamento Taxa de juros Prazo de pagamento Obs.: Para contratar esses serviços financiados com o Cartão BNDES, não é necessária a apresentação de projeto. Indireta (atualmente, emitem o Cartão BNDES o Banco do Brasil, o Banrisul, o Bradesco, a Caixa Econômica Federal e o Itaú). R$ 1 milhão (o limite de crédito de cada cliente será atribuído pelo banco emissor do cartão, após a respectiva análise de crédito. Uma empresa pode obter um Cartão BNDES por banco emissor e somar seus limites numa única transação). Taxa de juros prefixada (informada na página inicial do Portal de Operações do Cartão BNDES www.cartaobndes.gov.br ). Prestações mensais fixas de 3 a 48 meses. Mais informações em http://www.bndes.gov.br/inovacao/default.asp 20

Programas Específicos Setoriais Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica PROFARMA O Profarma apóia investimentos de empresas inseridas no complexo industrial da saúde, da cadeia produtiva farmacêutica, incluindo intermediários químicos e extratos vegetais, farmoquímicos e medicamentos para uso humano e outros produtos correlatos voltados para a saúde humana, através dos subprogramas: PROFARMA-Produção, PROFARMA-Exportação, PROFARMA- Inovação, PROFARMA-Reestruturação e PROFARMA-Produtores Públicos. Considerando os objetivos deste Guia, apenas o PROFARMA-Inovação será abordado com maior detalhamento, uma vez que tem como objetivo estimular a realização de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no País. As operações, a partir de R$ 1 milhão, são realizadas diretamente com o BNDES e os objetivos do Programa são: Os objetivos do Profarma são: Elevar a competitividade do complexo industrial da saúde. Contribuir para a redução da vulnerabilidade da Política Nacional de Saúde. Articular a Política Industrial e a Política Nacional de Saúde.Sum sam dolorup Apoiar projetos de empresas do complexo industrial da saúde, em cooperação ou não com instituições científicas e tecnológicas, relacionados a inovações radicais ou incrementais. Apoiar projetos que visem contribuir para a construção e consolidação da infraestrutura da inovação em saúde no País. Apoiar projetos que promovam a internalização de competências e atividades relacionadas a pesquisa, desenvolvimento e inovação no País. 21

Condições Clientes Itens passíveis de apoio Modalidades de apoio Valor máximo de financiamento Taxa de juros - Empresas com sede e administração no país; - Administração pública direta ou indireta. - infraestrutura de P&D necessária ao desenvolvimento de inovações tecnológicas - equipamentos, inclusive despesas de internalização - despesas relacionadas ao depósito e manutenção de patentes no Brasil e no exterior - material de consumo - treinamento e capacitação tecnológica; - contratação de estudos e assessorias técnicas; - viagens; - recursos humanos; - assuntos regulatórios; - despesas de introdução das inovações no mercado Direta (financiamento; e/ou participação na empresa (via subscrição de valores mobiliários). R$ 1 milhão. Fixa de 4,5% ao ano Participação máxima do BNDES Prazo de pagamento Garantias Até 100% dos itens financiáveis Até 15 anos, com carência máxima de 5 anos. A serem definidas no momento da operação. Mais informações em http://www.bndes.gov.br/sitebndes/bndes/bndes_pt/areas_de_atuacao/ Inovacao/Profarma/profarma_inovacao.html Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação PROSOFT O objetivo deste programa é contribuir para o desenvolvimento da indústria nacional de software e serviços correlatos, de forma a: ampliar significativamente a participação das empresas nacionais no mercado interno; promover o crescimento de suas exportações; fortalecer o processo de P&D e inovação no setor; fomentar a melhoria da qualidade e a certificação de produtos e processos associados ao setor; promover o crescimento e a internacionalização das empresas nacionais do setor; promover a consolidação setorial; promover a difusão e a crescente utilização do software nacional no Brasil e no exterior; fortalecer as operações brasileiras de empresas multinacionais de software e serviços de TI que desenvolvam tecnologia no Brasil e/ou utilizem o país como plataforma de exportação São financiáveis os investimentos e os planos de negócio de empresas sediadas no Brasil, a comercialização no mercado interno e as exportações de softwares e serviços correlatos, no âmbito dos seguintes sub-programas: 22

PROSOFT-Empresa: apoio, na forma de financiamentos ou subscrição de valores mobiliários, para a realização de investimentos e planos de negócios de empresas produtoras de softwares e fornecedoras de serviços de TI. PROSOFT-Comercialização: financiamento à aquisição, no mercado interno, de softwares e serviços correlatos desenvolvidos no Brasil e credenciados no BNDES. PROSOFT-Exportação: financiamento à exportação de softwares e serviços correlatos desenvolvidos no Brasil Para os objetivos deste Guia, apenas o PROSOFT-Empresa será abordado em maior detalhamento. Os clientes do Programa são empresas brasileiras, com sede e administração no Brasil, que mantenham atividades de desenvolvimento de software no País nas suas várias modalidades produto/ pacote, software embarcado, produto sob encomenda, componentes de software, prestação de serviços de tecnologia da informação, terceirização de TI, ou ITES-BPO. As principais condições do Programa são as seguintes: Itens passíveis de apoio Modalidades de apoio Valor mínimo de financiamento Condições Empresas, com sede e administração no Brasil, que mantenham Clientes atividades relacionadas à cadeia produtiva de software no Brasil Taxa de juros Participação máxima do BNDES Prazo total Garantias - máquinas e equipamentos - infraestrutura - treinamento e capacitação gerencial e tecnológica - certificação - software - pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços; - comercialização e marketing - assessoria ou consultoria - outros - Direta = custo financeiro + remuneração do BNDES - Indireta = custo financeiro + remuneração do BNDES + remuneração da instituição financeira credenciada A partir de R$ 1 milhão Consulte o link abaixo Até 100% dos itens financiáveis: se o Plano de Negócios estiver em consonância com as diretrizes da Plano Brasil Maior para o setor de software e serviços de TI ou até 85% dos itens financiáveis, nos demais casos. Os prazos de carência e de amortização serão determinados em função da capacidade de pagamento do grupo econômico, da empresa e do empreendimento. - Operações Indiretas Não Automáticas: negociadas entre a instituição financeira credenciada e o cliente; - Operações Diretas: - Financiamento de até R$ 10 milhões: fiança dos sócios controladores; e - Financiamentos superiores a R$ 10 milhões: definidas durante a análise da operação. Os itens passíveis de apoio, garantias e prazos de carência e amortização podem ser consultados em http://www.bndes.gov.br/sitebndes/bndes/bndes_pt/areas_de_atuacao/ Inovacao/Prosoft/prosoft_empresa.html 23

Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações FUNTTEL universidades e institutos de pesquisa. O FUNTTEL é um dos 16 fundos setoriais criados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação em determinados setores econômicos. Os recursos desses fundos não são aplicados diretamente nas empresas, porém elas podem se beneficiar mediante a realização de pesquisas em conjunto com universidades e institutos de pesquisa, às quais os recursos dos fundos setoriais se destinam (Esse mecanismo de apoio técnico e gerencial será descrito na seção II deste capítulo). Todavia, o BNDES incorporou o FUNTTEL em seus programas industriais, podendo, assim, conceder recursos às empresas do setor, sob a forma de financiamentos reembolsáveis e/ou capital de risco. Os clientes deste Programa são empresas brasileiras, com sede e administração no País. Podem ser financiados gastos com desenvolvimento de produtos, processos ou sistemas, capacitação de recursos humanos, ou outros projetos que contribuam para a competitividade da indústria nacional de telecomunicações. Podem também ser financiados projetos cooperativos com universidades e institutos de pesquisa. Mais informações sobre o programa, bem como condições, exigências e prazos podem ser obtidos em http://www.bndes.gov.br/programas/ industriais/funttel.asp 24

Programa de Apoio à Engenharia PROENGENHARIA O BNDES aprovou a criação do Proengenharia para financiar a atividade nos setores de bens de capital, defesa, automotivo, aeronáutico, aeroespacial, nuclear, petróleo e gás, químico e petroquímico e na cadeia de fornecedores das indústrias de petróleo e gás e naval. As condições deste programa são: Condições Clientes Itens passíveis de apoio Modalidades de apoio Valor máximo de financiamento Taxa de juros Participação máxima do BNDES Prazo de pagamento Pessoas jurídicas de direito privado sediadas no País e autarquias. - máquinas e equipamentos nacionais, cadastrados no BNDES; - mão-de-obra e materiais; - testes e ensaios; - despesas, no País e no exterior, relativas à propriedade industrial do projeto; - obras civis, montagens e instalações; - softwares desenvolvidos no país e serviços correlatos, obedecidos os critérios estabelecidos no Programa BNDES Prosoft - Comercialização; e - importação de equipamentos novos sem similar nacional, com a devida comprovação. Direto, indireto não automático ou misto R$ 3 milhão. - Para apoio direto: Custo Financeiro + Remuneração do BNDES + Taxa de Risco de Crédito - Para apoio indireto: Custo Financeiro + Remuneração do BNDES + Taxa de Intermediação Financeira + Remuneração da Instituição Financeira Credenciada. - Equipamentos Importados: até 60% do valor do bem a ser adquirido (FOB). - Máquinas e equipamentos nacionais: de 70% até 90% do valor do bem a ser adquirido, dependendo do porte da empresa e do item a ser financiado. - Demais itens: até 80% dos itens financiáveis, para grandes empresas; e até 90% dos itens financiáveis para micro, pequenas e médias empresas (MPME). É determinado em função da capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa ou do grupo econômico. Garantias Definidas na análise da operação, observadas as normas pertinentes do BNDES. Mais detalhes em http://www.bndes.gov.br/sitebndes/bndes/bndes_pt/areas_de_atuacao/ Inovacao/proengenharia.html 25

BNDES P&G Contribuir para o desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores de Bens e Serviços relacionados ao setor de Petróleo e Gás Natural (P&G), de forma a: criar e ampliar a capacidade produtiva das empresas; apoiar a incorporação, a aquisição e a fusão de empresas, visando ao aumento de porte e capacidade de competição no mercado doméstico e internacional; apoiar projetos de investimentos no exterior que visem à ampliação da capacidade produtiva, implantação, recuperação, modernização e otimização de unidades industriais, bem como a busca de tecnologias no exterior; aperfeiçoar instrumentos que capacitem as empresas, ampliando sua participação no mercado; e apoiar o desenvolvimento da capacidade para empreender atividades inovativas; projetos de inovação de natureza tecnológica; e os investimentos à absorção dos resultados do processo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I). Condições Clientes Itens passíveis de apoio Modalidades de apoio Valor mínimo de financiamento Taxa de juros Custo da operação Garantias Sociedades empresárias com sede e administração no País, que integram ou venham a integrar a cadeia de fornecedores de bens e serviços relacionados ao setor de P&G. - Implantação, ampliação, recuperação e/ou modernização da capacidade produtiva; - Projetos de incorporação, fusão e aquisição de empresas no âmbito doméstico ou internacional (somente para empresas de controle nacional); - Projetos de internacionalização abrangendo a implantação, ampliação, recuperação e/ou modernização da capacidade produtiva de bens e serviços ao setor de P&G (somente para empresas de controle nacional); - Operações de reestruturação financeira de empresas (somente para empresas de controle nacional); - Produção de equipamentos, acessórios, instalações, materiais e prestação de serviços, mediante o apoio a capital de giro não associado a projeto de investimento, incluindo os serviços de engenharia e também abrangendo as operações de leasing (somente para clientes com contratos de fornecimento de bens e serviços firmados com (i) operadoras de P&G; (ii) EPCistas; (iii) demais fornecedores do setor de porte médio-grande ou grande) - Capital Inovador/Inovação Tecnológica/Inovação Produção - As operações são realizadas nas modalidades direta, indireta não automática e mista. - Nas operações de Capital Inovador, Inovação Tecnológica e Inovação Produção, o apoio será realizado somente na modalidade direta. Inovação Tecnológica: R$ 1 milhão Capital Inovador: R$ 1 milhão Inovação Produção: R$ 3 milhões - Para apoio direto: Custo Financeiro + Remuneração do BNDES + Taxa de Risco de Crédito - Para apoio indireto: Custo Financeiro + Remuneração do BNDES + Taxa de Intermediação Financeira + Remuneração da Instituição Financeira Credenciada - Apoio direto: Custo financeiro + Remuneração do BNDES + Taxa de risco de crédito - Apoio indireto: Custo financeiro + Remuneração do BNDES + Taxa de intermediação financeira + Remuneração financeira da instituição credenciada Definidas na análise da operação, observadas as normas pertinentes do BNDES. 26

Mais detalhes em http://www.bndes. gov.br/sitebndes/bndes/bndes_pt/ Institucional/Apoio_Financeiro/ Programas_e_Fundos/BNDES_PeG/ pg_estruturante.html BNDES Proplástico Inovação Tem como objetivo apoiar o aumento da competitividade por meio de investimentos em inovação compreendidos na estratégia de negócios da empresa, contemplando ações contínuas ou estruturadas para inovações em produtos, processos e/ou marketing, além do aprimoramento das competências e do conhecimento técnico no setor de transformados plásticos. Condições Clientes Empreendimentos apoiáveis Modalidades de apoio Valor mínimo de financiamento Custo da operação Participação máxima do BNDES Prazo total Garantias Empresas com sede e administração no País, pertencentes à cadeia produtiva do plástico em produção, fornecimento de máquinas e equipamentos, distribuição e reciclagem. Plano de Investimento em Inovação, que deverá ser apresentado segundo a ótica da estratégia de negócios da empresa, abrangendo tanto a sua capacitação para inovar quanto as inovações potencialmente disruptivas ou incrementais de produto, processo e marketing. Direta R$ 1 milhão Custo Financeiro (TJLP) + Remuneração Básica do BNDES (isenta) + Taxa de Risco de Crédito (até 4,18% a.a, sendo isenta aos clientes cuja Receita Operacional Bruta (ROB) seja de até R$ 60 milhões.) 90% dos itens financiáveis. O prazo total de financiamento será determinado em função da capacidade de pagamento do empreendimento, da empresa e do grupo econômico, limitado a 12 anos. Definidas na análise da operação, observadas as normas pertinentes do BNDES. Mais detalhes em http://www.bndes.gov.br/sitebndes/bndes/bndes_pt/institucional/apoio_ Financeiro/Programas_e_Fundos/Proplastico/inovacao.html 27

BNDES PSI - Inovação e Máquinas e Equipamentos Eficientes O objetivo do PSI Inovação e máquinas e equipamentos eficientes é o aumento da competitividade por meio de investimentos em inovação compreendidos na estratégia de negócios da empresa, contemplando ações contínuas ou estruturadas para inovações em produtos, processos e/ou marketing, além do aprimoramento das competências e do conhecimento técnico no país; bem como, a aquisição, o arrendamento mercantil e a produção de máquinas e equipamentos com maiores índices de eficiência energética ou que contribuam para redução de emissão de gases de efeito estufa, aí incluídos ônibus elétricos, híbridos ou outros modelos com tração elétrica; e projetos de engenharia para estimular o aprimoramento das competências e do conhecimento técnico no país nos setores de Bens de Capital, Defesa, Automotivo, Aeronáutico, Aeroespacial, Nuclear, Petróleo e Gás, Químico, Petroquímico, e na cadeia de fornecedores das indústrias de Petróleo e Gás e Naval. Condições Plano de Investimento em Inovação, que deverá ser apresentado segundo a ótica da estratégia de negócios da empresa, abrangendo tanto a sua capacitação para inovar como as inovações potencialmente disruptivas ou incrementais de produto, processo e marketing. Empreendimentos apoiáveis Modalidades de apoio Valor mínimo de financiamento Taxa de juros Participação máxima do BNDES Prazo total Garantias É admitido o apoio a: - investimentos fabris para a introdução de inovações no mercado, desde que inseridos em um projeto de desenvolvimento no contexto do plano de investimentos em inovação; - edificações, desde que os investimentos sejam diretamente relacionados a atividades de P&D e não sejam realizados de forma isolada; - despesas de P&D correntes da empresa relacionadas ao plano de investimento em inovação; e - parques tecnológicos. Direta R$ 1 milhão 3,5% ao ano 90% dos itens financiáveis Até 10 anos, incluídos até quatro anos de carência, no financiamento a Planos de Investimento em Inovação; Definidas na análise da operação, observadas as normas pertinentes do BNDES. Mais detalhes em http://www.bndes.gov.br/sitebndes/bndes/bndes_pt/institucional/apoio_ Financeiro/Programas_e_Fundos/Psi/psi_inovacao.html 28

PROTVD Fornecedor O objetivo aqui é apoiar os investimentos de empresas produtoras de software, componentes eletrônicos, equipamentos e infraestrutura para a rede de transmissão, equipamentos de recepção e equipamentos para produção de conteúdo relacionados ao SBTVD-T. Condições Clientes Empreendimentos apoiáveis Modalidades de apoio Valor mínimo de financiamento Custo da operação Custo financeiro e remuneração do BNDES Taxa de risco de crédito Taxa de intermediação financeira Participação máxima do BNDES Prazo total Garantias Empresas com sede e administração no País, que mantenham no Brasil atividades de desenvolvimento e/ou produção de software, componentes eletrônicos, equipamentos ou infraestrutura para a rede de transmissão, equipamentos de recepção e equipamentos para produção de conteúdo para a TV digital Pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação; Direto, indireto não automático e misto R$ 400 mil Custo Financeiro (TJLP) + Remuneração Básica do BNDES (isenta) + Taxa de Risco de Crédito (até 4,18% a.a, sendo isenta aos clientes cuja Receita Operacional Bruta (ROB) seja de até R$ 60 milhões.) Fixo em 4,5% a.a. 1,8% a.a Fixada em 0,5% a.a., sendo isenta para operações com micro, pequena e média empresa Apoio a pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação; aquisição de máquinas e equipamentos nacionais e software cadastrados no BNDES; e apoio a micro, pequena e média empresa: até 100% Até 12 anos, incluído o período de carência, determinado em função da capacidade de pagamento do grupo econômico, da empresa e do empreendimento. - Para investimentos em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, em financiamentos de valor inferior a R$ 10 milhões, fica dispensada a constituição de garantias reais, devendo ser constituídas apenas garantias pessoais; - Para investimentos em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, em financiamentos de valor igual ou superior a R$ 10 milhões, e para os demais empreendimentos apoiáveis, as garantias serão definidas na análise da operação. 29

D.1.2. Incentivos fiscais Muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento utilizam incentivos fiscais para estimular as empresas a investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Por meio de sistemas de compensação ao investimento realizado pelas organizações empresariais, os incentivos fiscais reduzem o custo e o risco dos projetos de P,D&I, tornando-os suficientemente atrativos para as empresas. Esses são os incentivos fiscais à inovação nas empresas: 1. Incentivos fiscais para P&D em qualquer setor industrial, previstos no Capítulo III da Lei 11.196/2005 (Lei do Bem), regulamentada pelo Decreto 5.798/2006, acrescida da Lei 11.487/2007, regulamentada pelo Decreto 6.260/2007, e Lei 11.774/2008, regulamentada pelo Decreto 6.909/2009, Lei 12.350/10, Lei 12.546/11 e legislação decorrente. O capítulo III da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, conhecida como Lei do Bem, autoriza o governo federal a conceder incentivos fiscais, de forma automática, às empresas que realizem pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Estas atividades podem ser a concepção de novos produtos ou processos de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo já existentes que impliquem melhorias incrementais e efetivos ganhos de qualidade e/ou de produtividade, resultando em maior competitividade no mercado. Os incentivos reais previstos na Lei do Bem são, em resumo: a. Deduções no Imposto de Renda de despesas efetuadas em atividades de P&D (100%), que podem representar até o dobro do valor gasto pela empresa. Assim, na determinação do lucro real para cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a empresa poderá excluir o valor correspondente a até 60% da soma dos dispêndios efetuados com P&D. Este percentual poderá atingir 80%, em função do número de empregados pesquisadores que forem contratados exclusivamente para P&D. Além disso, poderá haver também uma exclusão de 20% do total dos dispêndios efetuados em projetos específicos de P&D que forem objeto de patente concedida ou cultivar registrado. b. Dedução de 50% a 250% dos dispêndios efetivados em projetos de pesquisa científica e tecnológica executados por ICT (Inc. I do parágrafo 1º do Art. 19-A da Lei). c. Redução de 50% do IPI na compra de equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como os acessórios sobressalentes e ferramentas (nacionais e importados) que acompanham esses bens, destinados a P&D. d. Depreciação integral, no próprio ano da aquisição, de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos destinados à utilização nas atividades de P&D. 30

e. Amortização acelerada, mediante dedução como custo ou despesa operacional, no período de apuração em que forem efetuados, dos dispêndios para a aquisição de bens intangíveis, vinculados exclusivamente às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, classificáveis no ativo diferido do beneficiário, para efeito de apuração do IRPJ. f. Redução a zero da alíquota do imposto sobre a renda retido na fonte, nas remessas efetuadas para o exterior, destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares. Uma das principais características dos incentivos fiscais aqui descritos, com exceção do incentivo do item b, é a sua fruição automática, ou seja, as empresas não precisam apresentar previamente projetos de P,D&I ao governo federal e aguardar pela sua aprovação. A verificação da correta utilização dos incentivos será feita no ano posterior ao da realização dos dispêndios, mediante o preenchimento e envio de um formulário padrão ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (ver Portaria MCT 943, de 8 de dezembro de 2006). A Lei 11.487, de 15 de junho de 2007, regulamentada pelo Decreto 6.260, de 20 de novembro de 2007, modifica a Lei do Bem, ao acrescentar-lhe o artigo 19- A. Este permite que a empresa exclua do lucro líquido, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL, de 50 a 250% dos dispêndios com projetos de pesquisa científica e tecnológica e de inovação tecnológica a serem executados por instituição científica e tecnológica (ICT ). Devem ser observadas algumas condições, em especial com relação à titularidade dos direitos de propriedade intelectual: se optar pela exclusão de 50%, a empresa terá 50% da titularidade dos direitos da propriedade intelectual advinda do projeto; se optar por excluir de 100% a 250%, ela não terá direito a participar da titularidade. Essa Lei tem sido chamada de Lei Rouanet da Inovação. Os projetos apresentados pelas ICTs deverão ser previamente aprovados por um comitê formado por representantes do MCT, MDIC e MEC. É importante notar que o incentivo fiscal de que trata o artigo 19-A não poderá ser cumulado com aqueles previstos nos artigos 17 e 19 da Lei do Bem. Em 2011 a Secretaria da Receita Federal publicou a Instrução Normativa 1187. Neste ato administrativo que tem por objetivo complementar o decreto 5.798, estão as normas para utilização dos incentivos fiscais da Lei do Bem. Veja também: http://www.mct.gov.br/index.php/content/ view/77670.html 5 Lei 11.196/05: o Capítulo III dispõe sobre os incentivos à inovação tecnológica Lei 11.487/07: altera a Lei 11.196 para incluir novo incentivo à inovação tecnológica e modificar as regras relativas à amortização acelerada para investimentos vinculados a pesquisa e ao desenvolvimento. Lei 11.774/08: altera a Lei 11.196 para incluir empresas beneficiadas pela Lei de Informática. Lei 12.350/10: dispõe sobre o tratamento contábil dispensado às subvenções econômicas. Lei 12.546/11: altera a Lei 11.196 para incluir as ICTs privadas sem fins lucrativos nas regras do art. 19-A. 31