PORTARIA IAP Nº 173, DE 02 DE SETEMBRO DE Dispõe sobre o comércio de animais de estimação da fauna nativa no Estado do Paraná.

Documentos relacionados
Art. 1º Altera o 3º, do artigo 4º, da Lei nº 6908/2014, que passa a vigorar com a seguinte redação:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria-Geral da Mesa Diretora ÓRGÃO DA PRESIDÊNCIA

Instrução Normativa nº 01, de 24 de janeiro de 2003.

DIAGNÓSTICO PRELIMINAR SOBRE A AVIFAUNA TRAFICADA NO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL



AVES PARQUE ESCOLA. Prefeitura de Santo André Secretaria de Educação Parque Escola, Pitiguari (Cyclarhis gujanensis)

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA Criação Amadora de Pássaros Nativos

CRIAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES

PORTARIA IAP Nº 246 DE 17 DE DEZEMBRO DE 2015

Instrução Normativa nº 01, de 24 de janeiro de 2003.

PORTARIA IAP Nº 174, DE 02 DE SETEMBRO DE 2015.

MELIPONICULTURA/LEGISLAÇÃO - SÍNTESE

IV - Planta geral, com quadro de áreas, em escala adequada, da implantação do empreendimento, incluindo o sistema de tratamento e disposição final

Guia de Observação de Pássaros

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS HÍDRICOS E DA AMAZÔNIA LEGAL INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS

PORTARIA MMA Nº 445, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014

Instrução Normativa nº 06 de 25 de abril de 2002.

RESOLUÇÃO CEMAM Nº 26, DE

RESOLUÇÃO Nº 489, DE 26 DE OUTUBRO DE 2018

TÍTULO: COMPOSIÇÃO E DINÂMICA DA AVIFAUNA NO MUNICÍPIO DE MURIAÉ, MINAS GERAIS.

PORTARIA IBAMA Nº 57, DE 11 DE JULHO DE 1996 O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS _ IBAMA, no uso

PORTARIA Nº 8753 DE 07 DE NOVEMBRO DE 2014.

PRÁTICA AMBIENTAL Vol. 2

Criadouro Comercial Rostan (Rio Grande Agro Pastoril SA)

Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics

PROTOCOLO EXPERIMENTAL PARA SOLTURA E MONITORAMENTO DE AVES VÍTIMAS DO COMÉRCIO ILEGAL DE ANIMAIS SILVESTRES NO ESTADO DE SÃO PAULO

EMPREENDIMENTOS DE USO COMERCIAL DA FAUNA SILVESTRE

Zootecnista Henrique Luís Tavares Chefe Setor de Nutrição da Fundação Parque Zoológico de São Paulo

AVALIAÇÃO DAS MUDANÇAS NA COMUNIDADE DE AVES NO ANO DE 2014/15 EM COMPARAÇÃO COM 2003/05.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 161, DE 30 DE ABRIL DE 2007

INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA PÓS-GRADUAÇÃO EM MEIO AMBIENTE

Discussão sobre os efeitos da Portaria MMA nº 445, de

Portaria SEAPPA Nº 93 DE 10/06/2011 (Estadual - Rio Grande do Sul)

beija flor de peito azul Amazilia lactea Beija flor de banda branca Amazilia versicolor Papagaio-verdadeiro Amazona aestiva

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS

ADmirAmOS O valor DA biodiversidade

Subsídios à ação fiscalizatória no combate ao tráfico de aves silvestres e exóticas em Santa Catarina

AVIFAUNA Lista Preliminar das Aves Registradas na RPPN Mata da Serra em Vargem Alta - ES

Gestão de Espécies de Fauna e Flora

Distribuição de Aves da Nascente do Córrego Cruzeiro, Área Urbana de Quirinópolis, Goiás, Brasil

Lista das 75 Espécies Observadas em Barra do Ribeiro, RS. 17 de agosto de 2014.

Ordem Psittaciformes

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Levantamento avifaunístico da Fazenda Campo Grande

SISBio/ICMBio - Autorização para coleta de material biológico p/ pesquisa científica e atividades didáticas

ARTIGO. Avifauna apreendida no extremo sul catarinense: apreensões feitas durante oito anos de fiscalização e combate à captura de aves silvestres

ENVIO DE MATERIAL BIOLÓGICO NÃO CONSIGNADO PARA O EXTERIOR

- a Lei nº 5.197, de 03 de janeiro de 1967, que dispõe sobre a proteção à fauna;

Poder Legislativo. Maceio - sexta-feira 2 de dezembro de 2016 Edição Eletrônica Certificada Digitalmente conforme LEI N 7.397/2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA E ZOOLOGIA

Composição da Avifauna do IFSULDEMINAS Campus Machado, Machado-MG. Introdução

Diversidade de aves silvestres brasileiras comercializadas nas feiras livres da Região Metropolitana do Recife, Pernambuco.

PORTARIA N 126, DE 30 DE JULHO DE 1999

Instrução Normativa IBAMA n. 06 de 07/04/2009

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

Entre saberes e observações: a manutenção em cativeiro de. Passeriformes silvestres em uma comunidade da Zona da Mata Paraibana

ARTIGO. Diagnóstico sobre a avifauna apreendida e entregue espontaneamente na Região Central do Rio Grande do Sul, Brasil 1

Parque Marechal Mascarenhas de Moraes, em Porto Alegre-RS

Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010

RESOLUÇÃO N 005, DE 26 DE FEVEREIRO DE Revoga Instrução Normativa 11, de

INTERAÇÕES ECOLÓGICAS, FUNCIONAIS E FILOGENÉTICAS E ESTRUTURAÇÃO DE METACOMUNIDADE DE BANDOS MISTOS

Considerando a necessidade de garantir o controle da exploração e transporte no resgate de espécimes da flora; e

Levantamento preliminar da avifauna do Campus de Porto Nacional da Universidade Federal do Tocantins

GESTÃO DA FAUNA SILVESTRE 159ª Reunião Ordinária do Plenário do COPAM

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 457, DE 25 DE JUNHO DE 2013

Manejo de Fauna Silvestre

PSITACÍDEOS RECEBIDOS PELO CETAS DO CEMAFAUNA CAATINGA

PRINCIPAIS TERMOS ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DE UM CRIATÓRIO.

Relatório da saída do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre à Estação Experimental Agronômica da UFRGS, Eldorado do Sul, RS

PORTARIA Nº 128, DE 30 DE JULHO DE 1999 (D.O.U. DE 02/08/99)

Refúgio da Vida Silvestre Banhado dos Pachecos

Diário Oficial da União Seção 01 DOU 05 de janeiro de 2009 Página 21

Recolha Sangue - 10 Recolha Penas ou Casca de Ovo - 11

INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 77, DE 7 DE DEZEMBRO 2005

Ministério da Saúde AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

PROJETO DE LEI Nº..., DE (Do Deputado JOÃO HERRMANN NETO)

LEGISLAÇÃO IBAMA: INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº10, DE 20 DE SETEMBRO DE 2011

OBSERVAÇÃO DE AVES EM UMA TRILHA ECOLÓGICA DE UM BOSQUE NO MUNICÍPIO DE IVINHEMA (MS) COMO FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS HÍDRICOS E DA AMAZÔNIA LEGAL INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS

PORTARIA n 0175/ GAB

Levantamento preliminar da avifauna do Morro da Luz, região central de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil

RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD IEF Nº 2.749, 15 DE JANEIRO DE 2019

MINISTÉRIO DO EXÉRCITO COMANDO LOGÍSTICO

PORTARIA Nº 127, DE 30 DE JULHO DE 1999 (*) (D.O.U. DE 30/09/99)

DIVERSIDADE DE AVES E REPRODUÇÃO DE PASSERIFORMES EM ÁREAS DE CERRADO SENSU STRICTO E VEREDA

Estabelece critérios e procedimentos gerais para proteção e conservação das águas subterrâneas no território brasileiro.

Disciplina: Manejo de Fauna Professor ANTÔNIO L. RUAS NETO

Os instrumentos são as ferramentas utilizadas pelo Poder Público para alcançar os objetivos da PNMA.

Situação atual e perspectivas de. (LC n 140/2011)

Correlações: Artigo 4 e Anexo II alterados pela Resolução CONAMA nº 381/06

CPF / CNPJ CPF Procurador Resultado A Nota Fiscal não informa qual a sub-espécie. úmero Do Data Protocolo

AVIFAUNA CINEGÉTICA RECEBIDA PELO CETAS/CEMAFAUNA CAATINGA

Boletim de Serviço é uma publicação do Instituto Estadual do Ambiente,

Decreto n 3607, de 21 de setembro de 2000.

PORTARIA N 127, DE 30 DE JULHO DE 1999

REGULAMENTO DO BIOTÉRIO JOSÉ MANOEL LOPES CAPÍTULO I DO OBJETO

DIREITO AMBIENTAL. Proteção à Fauna Lei n 5.197/67 Parte 3. Prof. Rodrigo Mesquita

Transcrição:

PORTARIA IAP Nº 173, DE 02 DE SETEMBRO DE 2015. Dispõe sobre o comércio de animais de estimação da fauna nativa no Estado do Paraná. O Diretor Presidente do Instituto Ambiental do Paraná IAP, nomeado pelo Decreto n 85 de 08 de janeiro de 2015, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Estadual n 10.066, de 27 de julho de 1992, com as alterações trazidas pelas Leis n 11.352, de 13 de fevereiro de 1996 e n 13.425, de 07 de janeiro de 2002 e de acordo com o seu Regulamento, aprovado pelo Decreto n 1.502, de 04 de agosto de 1992, e, ainda conforme Lei 8096/85 combinada com o Decreto 6343/85 alterados pela Lei 8681/87 e considerando: Que a Lei n 5.197, de 3 de janeiro de 1967, estabelece que o Poder Público estimulará a construção de criadouros destinadas à criação de animais silvestres para fins econômicos e industriais. Que a Política Nacional da Biodiversidade, implementada pelo Decreto n 4.339, de 22 de agosto de 2002, tem entre seus princípios promover incentivos para a conservação da biodiversidade e sua utilização sustentável e entre suas diretrizes e objetivos específicos que a conservação ex situ deve dar ênfase às espécies ameaçadas e às espécies com potencial de uso econômico. Que a Lei Complementar Federal n 140, de 8 de dezembro de 2011, estabelece a competência dos Estados na aprovação do funcionamento de criadouros, bem como a gestão dos recursos de fauna. A Portaria do MMA nº 53, de 20 de fevereiro de 2008, que institui o SISFAUNA Sistema Nacional de Gestão de Fauna Silvestre. A Resolução do Conama n 394 de 6 de novembro de 2007, que estabelece os critérios para a determinação de espécies silvestres nativas passíveis de comercialização como animais de estimação. A necessidade de estabelecer uma relação de espécies nativas, passiveis de serem comercializadas como animais de estimação, disciplinando uma das finalidades de uso da fauna, previstas na Portaria do IAP n 299, de 19 de novembro de 2013; RESOLVE: Art. 1º - Disciplinar o comércio de espécimes da fauna nativa para utilização como animais de estimação e dar outras providências. 1 o - As espécies da fauna nativa relacionadas no Anexo I desta Portaria, poderão ser comercializadas no Estado do Paraná, por empreendimentos autorizados, para utilização como animais de estimação. 2 o - As espécies da fauna nativa relacionadas no Anexo II desta Portaria, poderão ser comercializadas no Estado do Paraná, por empreendimentos autorizados, para utilização como animais de estimação, somente após a publicação pelo IAP de normativa que discipline a falcoaria. 3 o - O IAP revisará os Anexos I e II desta Portaria a cada 2 (dois) anos, no máximo, caso exista demanda formal. 4 o - Esta Portaria não se aplica às espécies exóticas ao Brasil, aos invertebrados aquáticos, aos peixes e às espécies reconhecidas oficialmente como domésticas para fins de operacionalização do IAP. Art. 2 o. Para fins desta Portaria entende-se por: I - Animal de estimação da fauna nativa: Animal proveniente de espécies da fauna nativa, nascido em criadouro comercial legalmente estabelecido, mantido em cativeiro domiciliar, sem finalidade de abate, de reprodução ou de uso científico e /ou laboratorial; II - Cativeiro domiciliar: Local de endereço fixo, de pessoa física ou jurídica, utilizado para a manutenção de animais de estimação da fauna nativa ou exótica, com origem legal;

III - Comercialização de espécimes: Ato de vender, comprar ou permutar espécimes da fauna nativa ou exótica, mediante a transferência de propriedade; IV Consumidor: Pessoa física ou jurídica que adquire espécime da fauna nativa como destinatário final com o objetivo de manutenção como animal de estimação. O consumidor é o proprietário do animal adquirido e o responsável por mantê-lo em condições adequadas e em conformidade com as normas vigentes. Sinônimo de adquirente. V - Criador amador de passeriformes: Pessoa física que mantém e reproduz em cativeiro domiciliar, sem finalidade comercial e em escala limitada, espécimes de aves da fauna nativa da Ordem Passeriformes, em conformidade com normativa específica; VI - Criadouro comercial: Empreendimento mantido por pessoa física ou jurídica, projetado para manter e/ou reproduzir espécies da fauna nativa e/ou da fauna exótica, com objetivo de produzir e come rcializar espécimes vivos, produtos e subprodutos para as finalidades previstas nas normas vigentes; VII - Estabelecimento comercial de fauna: Estabelecimento projetado para expor à venda e comercializar espécimes vivos da fauna nativa ou exótica, originários exclusivamente de criadouros comerciais legalmente estabelecidos; VIII Falcoaria: Conjunto de atividades e técnicas relacionadas à manutenção, manejo em cativeiro e treinamento de aves de rapina. IX - Fauna doméstica: O conjunto de espécies que, por meio de processos tradicionais e sistematizados de manejo ou melhoramento zootécnico, tornaram-se dependentes do homem e do ambiente doméstico, apresentando características biológicas e comportamentais em estreita relação com ele, podendo apresentar fenótipo variável, diferente dos espécimes silvestres que as originaram; X - Fauna exótica: O conjunto de espécies cuja distribuição geográfica original não inclui o território brasileiro ou suas águas jurisdicionadas, excetuando-se as espécies da fauna doméstica; XI - Fauna nativa: O conjunto de espécies cuja distribuição geográfica original inclui o território brasileiro e suas águas jurisdicionadas. Sinônimo de fauna brasileira; XII - Mantenedor de fauna: Local projetado para manter animais da fauna nativa e/ ou da fauna exótica, sem objetivo de reprodução, podendo alojar por tempo indeterminado espécimes oriundos de ações fiscalizadoras dos órgãos ambientais, principalmente os que não tenham condições de serem destinados para programas de reintrodução na natureza ou de reprodução ex situ, sendo permitida a visita monitorada com objetivo de educação ambiental. XIII - SISFAUNA: Sistema eletrônico instituído pelo Ministério do Meio Ambiente e implementado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, que tem por objetivo a gestão das informações referentes às atividades de uso e manejo da fauna nativa e exótica em cativeiro no território nacional. Art. 3 o. As listas de espécies constantes nos Anexos I e II desta portaria, na sua elaboração, considerou os seguintes critérios estabelecidos na Resolução 394/2007 do CONAMA: I - II - significativo potencial de invasão dos ecossistemas fora da sua área de distribuição geográfica original; histórico de invasão e dispersão em ecossistemas no Brasil ou em outros países; III - significativo potencial de riscos à saúde humana; IV - significativo potencial de riscos à saúde animal ou ao equilíbrio das populações naturais; V - possibilidade de introdução de agentes biológicos com significativo potencial de causar prejuízos de qualquer natureza; VI - risco de os espécimes serem abandonados ou de fuga; VII - possibilidade de identificação individual e definitiva; VIII - conhecimentos quanto à biologia, sistemática, taxonomia e zoogeografia da espécie; e IX - condição de bem-estar e adaptabilidade da espécie para a situação de cativeiro como animal de estimação.

Parágrafo único Além dos critérios da Resolução 394/2007 do CONAMA, para elaboração das listas referidas no caput, foram priorizadas as espécies: I com ocorrência natural no Estado do Paraná; II já autorizadas em Criadouros Comerciais ou para Criação Amadora de Passeriformes; III mais demandadas como animais de estimação; IV com maior viabilidade de reprodução em cativeiro; V mais vocacionadas para uso como animais de estimação, segundo suas aptidões; e VI com maior facilidade e/ou viabilidade de manutenção como animal de estimação. Art. 4 o. Os criadouros comerciais e os estabelecimentos comerciais de fauna, desde que autorizados a comercializarem exemplares das espécies constantes nos Anexos I e II desta Portaria, para utilização como animais de estimação, poderão comercializar esses exemplares diretamente aos consumidores. 1 o - Os consumidores poderão adquirir exemplares das espécies listadas no Anexo I desta portaria, em criadouros comerciais ou em estabelecimentos comerciais devidamente autorizados, sem a necessidade de licença ambiental, autorização de manejo ou documento equivalente. 2 o - Os consumidores poderão adquirir exemplares das espécies listadas no Anexo II desta portaria, em criadouros comerciais ou em estabelecimentos comerciais devidamente autorizados, somente após a publicação de normativa do IAP que irá disciplinar a atividade de Falcoaria no Estado do Paraná. 3 o - Só poderão ser comercializados os espécimes comprovadamente nascidos em criadouros comerciais autorizados. 4 o - Os criadouros comerciais e os estabelecimentos comerciais de fauna poderão ainda, comercializar os animais referidos no caput para outros criadouros e estabelecimentos devidamente autorizados. Art. 5 o. Todas as transações de espécimes entre criadouros comerciais, estabelecimentos comerciais de fauna ou consumidores devem ser registradas no SISFAUNA ou em sistema de gestão de fauna adotado pelo IAP. Art. 6 o. Os criadouros comerciais ou os estabelecimentos comerciais de fauna que já possuam autorização para comercialização, como animais de estimação, de exemplares de espécies não contempladas nos Anexos I ou II desta Portaria, terão um prazo de 18 (dezoito) meses a partir da data de publicação desta normativa, para encerrarem as atividades de comercialização desses exemplares como animais de estimação. Parágrafo único - Passado o prazo do caput, os exemplares das espécies não contempladas nos Anexos I ou II desta portaria, não mais poderão ser comercializados para utilização como animais de estimação, sendo permitida a comercialização para outros empreendimentos autorizados a manejar essas espécies ou a exportação conforme a legislação vigente. Art. 7 o. A comercialização de espécimes das espécies listadas nos Anexos I ou II, para a utilização como animais de estimação, será condicionada à marcação definitiva, na origem, desses espécimes com a colocação de anilhas fechadas, no caso das aves, ou com a implantação de microchip, no caso dos répteis e mamíferos, conforme normas específicas. Art. 8 o. Os criadores amadores de passeriformes que adquirirem de criadouros comerciais ou de estabelecimentos comerciais de fauna, exemplares das espécies contempladas no Anexo I da Portaria IAP nº 174/2015 ou posteriores alterações, poderão incluí-los, através do sistema Sispass, nos respectivos planteis para fins de reprodução. Parágrafo único - O cadastramento referido no caput é opcional, porém a reprodução somente é permitida para os exemplares incluídos no plantel do criador no Sispass. Art. 9 o. É vedada a reprodução dos espécimes adquiridos e mantidos como animais de estimação, exceto no caso dos pássaros adquiridos por criadores amadores de passeriformes, somente após a inclusão

desses espécimes no plantel do criador no Sispass. Parágrafo único - As pessoas interessadas na reprodução de animais da fauna nativa devem constituir criadouro comercial, científico ou jardim zoológico em conformidade com as regulamentações vigentes. Art. 10. Em caso de reprodução acidental dos espécimes da fauna nativa mantidos como animais de estimação, o IAP deverá ser comunicado formalmente no prazo de 120 (cento e vinte) dias para orientações e providências cabíveis. 1 o - Os espécimes nascidos não poderão ser objeto de comércio, transferências, doações ou qualquer outro uso, devendo ser mantidos no mesmo endereço dos progenitores. 2 o - O proprietário dos progenitores deve protocolizar a comunicação de nascimento no IAP junto com os seguintes documentos: I - Nota Fiscal e Certificado de Origem, quando couber, dos progenitores. II - Laudo de profissional habilitado para atividades de manejo fauna, com anotação de responsabilidade técnica, comprovando: a) Marcação individual dos filhotes com anilha e microchip no caso de aves ou microchip no caso de répteis e mamíferos, indicando o tipo e número ou código da marcação individual, com fotos; b) A paternidade e a maternidade, com apresentação de laudo laboratorial realizado através de métodos de biologia molecular; c) Sexagem dos filhotes confirmada por meio de exame laboratorial, em caso de espécies sem dimorfismo sexual, ou por meio de fotos, para espécies que possuem dimorfismo sexual; d) Método adotado para evitar novas reproduções. 3 o - Após a análise da documentação apresentada, o IAP efetuará o cadastro dos animais nascidos, podendo ser emitido termo de guarda ou ser realizada a transferência para local autorizado. 4 o - Caso o proprietário dos progenitores efetue o licenciamento em uma das categorias de manejo de fauna ex situ previstas e regulamentadas pelo órgão ambiental competente, os espécimes nascidos poderão ser mantidos para formação do plantel inicial. 5 o - O não atendimento ao disposto no 2 o deste artigo ou a reincidência da reprodução acarretará na apreensão dos filhotes e nas demais sanções relacionadas ao funcionamento de atividade potencialmente poluidora sem licença ou autorização. Art. 11. Na comercialização de espécimes da fauna nativa para a utilização como animais de estimação, o vendedor deverá fornecer a respectiva Nota Fiscal ou a DANFE, quando se tratar de nota fiscal eletrônica, o Certificado de Origem dos animais e o Manual de Posse Responsável. 1 o - A Nota Fiscal ou a DANFE, deverá conter todos os dados do comprador; os dados de cada espécime, incluindo o nome científico e popular da espécie, o tipo do(s) dispositivo(s) de marcação (anilha ou microchip), a marca do microchip, o código e/ou número da identificação individual e quando possível o sexo do animal; e no campo de informações complementares o número do Cadastro Técnico Federal - CTF e o número da Autorização de uso e Manejo AM do vendedor. 2 o - O Certificado de Origem é gerado eletronicamente pelo sistema SISFAUNA ou por sistema de gestão de fauna adotado pelo IAP, por ocasião da transferência do animal ao comprador e contém basicamente os mesmos dados da nota fiscal. 3 o - O Manual de Posse Responsável deverá abordar os seguintes tópicos relativo à espécie em questão: longevidade, tamanho do adulto, dieta, condições adequadas de manutenção (alojamento, exercício, repouso, aspectos sanitários das instalações, cuidados de trato e manejo), além das orientações dos aspectos legais a serem cumpridos pelo responsável. Art. 12. O proprietário de espécimes legalmente adquiridos de criadouros comerciais ou estabelecimentos comerciais de fauna, que não tenha interesse em manter o animal, deverá transferir o animal para outra pessoa ou devolvê-lo ao estabelecimento onde foi adquirido (com eventuais ônus para o proprietário),

mediante o preenchimento de termo de transferência conforme modelo constante no Anexo III. 1 o - O termo de transferência referido no caput deve conter todos os dados do adquirente, o número da nota fiscal, o número do Certificado de Origem e a data da transferência, devendo ser assinado com firma reconhecida e anexado à primeira via original da respectiva nota fiscal ou DANFE no caso de nota fiscal eletrônica, bem como do respectivo Certificado de Origem do animal, emitido pelo sistema SISFAUNA ou por sistema de gestão de fauna adotado pelo IAP. 2 o - A transferência referida no caput, quanto de animais que constem em notas fiscais emitidas com datas anteriores à publicação desta Portaria, estará dispensada do fornecimento ao adquirente, do Certificado de Origem citado no parágrafo anterior. 3º - Na impossibilidade de transferência do animal para terceiros, o estabelecimento comercial ou o criadouro comercial onde o animal foi adquirido é responsável pelo recebimento e destinação do espécime, que pode ser transferido, revendido, exportado com autorização específica ou incorporado ao plantel reprodutor. 4º - É vedado ao consumidor soltar espécimes adquiridos de criadores ou estabelecimentos comerciais com a finalidade de manutenção como animais de estimação, sob pena de aplicação das sanções previstas na legislação vigente. Art. 13. Casos omissos devem ser resolvidos pela DIREN Diretoria de Licenciamento de Recursos Naturais. LUIZ TARCÍSIO MOSSATO PINTO Diretor Presidente do IAP

ANEXO I - LISTA DE ESPÉCIES DA FAUNA NATIVA QUE PODERÃO SER COMERCIALIZADAS COMO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO NO ESTADO DO PARANÁ. Grupo taxonômico Nome Científico Nome Popular AVES ANSERIFORMES Anatidae Amazonetta brasiliensis Anas bahamensis Anas discors Anas platalea Anas versicolor Cairina moschata Callonetta leucophrys Coscoroba coscoroba Dendrocygna autumnalis Dendrocygna bicolor Dendrocygna viduata Netta peposaca Nomonyx dominica Sarkidiornis sylvicola Pé-vermelho Marreca-toicinho Marreca-de-asa-azul Marreca-colhereira Marreca-cricri Pato-do-mato Marreca-de-coleira Capororoca Asa-branca Marreca-caneleira Irerê Marrecão Marreca-de-bico-roxo Pato-de-crista COLUMBIFORMES Columbidae Columbina squammata Geotrygon montana Leptotila verreauxi Patagioenas picazuro Patagioenas plumbea Patagioenas speciosa Fogo-apagou Pariri Juriti-pupu Pombão Pomba-amargosa Pomba-trocal GALLIFORMES Aburria jacutinga Jacutinga Crax fasciolata Mutum-de-penacho Cracidae Ortalis (guttata) squamata* Aracuã-escamoso Penelope obscura Jacuaçu Penelope superciliaris Jacuapemba Odontophoridae Odontophorus capueira Uru PASSERIFORMES Cardinalidae Fringillidae Icteridae Cyanoloxia brissonii Cyanoloxia glaucocaerulea Cyanoloxia rothschildii Piranga flava Euphonia cyanocephala Euphonia laniirostris Euphonia violacea Sporagra magellanica Sporagra yarrellii Agelasticus thilius Cacicus cela Cacicus chrysopterus Azulão-verdadeiro Azulinho Azulão-da-amazônia Sanhaçu-de-fogo Gaturamo-rei Gaturamo-de-bico-grosso Gaturamo-verdadeiro Pintassilgo Pintassilgo-do-nordeste Sargento Xexéu Tecelão

Gnorimopsar chopi Graúna Icteridae (Cont.) Icterus (jamacaii) João-Pinto croconotus Icterus jamacaii Corrupião Molothrus oryzivorus Iraúna-grande Mimidae Mimus saturninus Sabiá-do-campo Passerellidae Zonotrichia capensis Tico-tico Cissopis leverianus Tietinga Cyanerpes caeruleus Saí-de-perna-amarela Cyanerpes cyaneus Saíra-beija-flor Dacnis cayana Saí-azul Gubernatrix cristata Cardeal-amarelo Haplospiza unicolor Cigarra bambu Lanio cucullatus Tico-tico-rei Lanio pileatus Tico-tico-rei-cinza Paroaria capitata Cavalaria Paroaria coronata Cardeal Paroaria dominicana Cardeal-do-nordeste Pipraeidea bonariensis Sanhaçu-papa-laranja Ramphocelus bresilius Tiê-sangue Ramphocelus nigrogularis Pipira-de-máscara Saltator aurantiirostris Bico-duro Saltator fuliginosus Pimentão Saltator maximus Tempera-viola Saltator similis Trinca-ferro-verdadeiro Saltatricula atricollis Bico-de-pimenta Schistochlamys melanopis Sanhaçu-de-coleira Schistochlamys ruficapillus Bico-de-veludo Thraupidae Sicalis flaveola brasiliensis Canário-da-terra Sicalis flaveola pelzeini Canário-chapinha Sporophila albogularis Golinho Sporophila angolensis Curió Sporophila bouvreuil Caboclinho Sporophila caerulescens Coleirinho Sporophila collaris Coleiro-do-brejo Sporophila crassirostris Bicudinho Sporophila falcirostris Cigarra verdadeira Sporophila frontalis Pixoxó Sporophila leucoptera Chorão Sporophila lineola Bigodinho Sporophila maximiliani Bicudo Sporophila minuta Caboclinho-lindo Sporophila nigricollis Coleiro-baiano Sporophila plumbea Patativa-verdadeira Sporophila ruficollis Caboclinho-de-papo-escuro Stephanophorus Sanhaçu-frade diadematus Tachyphonus coronatus Tiê-preto Tangara cyanocephala Saíra-militar Tangara cyanoptera Sanhaçu-de-encontro-azul Tangara desmaresti Saíra-lagarta Tangara episcopus Sanhaçu-da-amazônia Tangara ornata Sanhaçu-de-encontro-amarelo

Thraupidae (Cont.) Turdidae Tangara palmarum Tangara sayaca Tangara seledon Tersina viridis Volatinia jacarina Turdus albicollis Turdus amaurochalinus Turdus flavipes Turdus fumigatus Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus subalaris Sanhaçu-do-coqueiro Sanhaçu-cinzento Saíra-sete-cores Saí-andorinha Tiziu Sabiá-coleira Sabiá-poca Sabiá-una Sabiá-da-mata Sabiá-barranco Sabiá-laranjeira Sabiá-ferreiro PELECANIFORMES Threskiornithidae Eudocimus ruber Guará PICIFORMES Picidae Ramphastidae PSITTACIFORMES Psittacidae Campephilus robustus Melanerpes candidus Melanerpes flavifrons Pteroglossus aracari Pteroglossus bailloni Pteroglossus castanotis Ramphastos dicolorus Ramphastos toco Ramphastos vitellinus Selenidera maculirostris Amazona aestiva Amazona amazonica Amazona brasiliensis Amazona farinosa Amazona festiva Amazona ochrocephala Amazona pretrei Amazona vinacea Anodorhynchus hyacinthinus Ara ararauna Ara chloropterus Ara macao Aratinga auricapillus Aratinga jandaya Aratinga solstitialis Brotogeris chiriri Brotogeris tirica Deroptyus accipitrinus Eupsittula aurea Forpus xanthopterygius Guarouba guarouba Pionites leucogaster Pica-pau-rei Pica-pau-branco Benedito-de-testa-amarela Araçari-de-bico-branco Araçari-banana Araçari-castanho Tucano-de-bico-verde Tucanuçu Tucano-de-bico-preto Araçari-poca Papagaio-verdadeiro Curica Papagaio-de-cara-roxa Papagaio-moleiro Papagaio-da-várzea Papagaio-campeiro Papagaio-charão Papagaio-de-peito-roxo Arara-azul-grande Arara-canindé Arara-vermelha-grande Araracanga Jandaia-de-testa-vermelha Jandaia-verdadeira Jandaia-amarela Periquito-de-encontro-amarelo Periquito-rico Anacã Periquito-rei Tuim Ararajuba Marianinha-de-cabeça-amarela

Psittacidae (Cont.) Pionites melanocephalus Pionopsitta pileata Pionus maximiliani Pionus menstruus Primolius auricollis Primolius maracana Psittacara leucophthalmus Pyrrhura frontalis Pyrrhura perlata Pyrrhura roseifrons Triclaria malachitacea Marianinha-de-cabeça-preta Cuiú-cuiú Maitaca-verde Maitaca-de-cabeça-azul Maracanã-de-colar Maracanã-verdadeira Periquitão-maracanã Tiriba-de-testa-vermelha Tiriba-de-barriga-vermelha Tiriba-de-cabeça-vermelha Sabiá-cica RHEIFORMES Rheidae Rhea americana Ema TINAMIFORMES Tinamidae Crypturellus noctivagus Crypturellus parvirostris Crypturellus tataupa Crypturellus undulatus Nothura maculosa Rhynchotus rufescens Tinamus solitarius Crypturellus obsoletus Jaó-do-sul Inhambu-chororó Inhambu-chintã Jaó Codorna-amarela Perdiz Macuco Inhambuguaçu RÉPTEIS TESTUDINES Testudinidae Chelonoidis carbonaria Jabuti-piranga Emydidae Trachemys dorbigni Tartaruga-tigre-d'água SQUAMATA Iguanidae Iguana iguana Iguana-verde Boidae Boa constrictor Jiboia Epicrates cenchria Jiboia-arco-íris

ANEXO II LISTA DE ESPÉCIES DE AVES DE RAPINA QUE PODERÃO SER COMERCIALIZADAS COMO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO NO ESTADO DO PARANÁ. Grupo taxonômico Nome Científico Nome Popular AVES ACCIPITRIFORMES Accipitridae Accipiter bicolor Geranoaeteus albicaudatus Geranoaetus melanoleucus Parabuteo unicinctus Gavião-bombachinha-grande Gavião-de-rabo-branco Águia-chilena Gavião-asa-de-telha FALCONIFORMES Falconidae Falco femoralis Falco sparverius Falco peregrinus Falcão-de-coleira Quiriquiri Falcão-peregrino STRIGIFORMES Tytonidae Tyto furcata Coruja-da-igreja

ANEXO III MODELO DE TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO DA FAUNA NATIVA. TERMO DE TRANSFERÊNCIA Eu, (nome do proprietário(a) do animal), residente e domiciliado(a) (endereço completo) no Município de, Estado de(do), CPF n o. e RG n o., transfiro 1 (um) exemplar de (nome científico da espécie) / (nome popular da espécie), marcado com (anilha ou microchip), com o código/número, adquirido através da Nota Fiscal n o., anexa e Certificado de Origem n o., anexo, para o(a) Sr(a). (nome do(a) adquirente), residente e domiciliado(a) (endereço completo) no Município de, Estado de(do), CPF n o. e RG n o.. Juntamente com o animal, entrego ao adquirente uma via do Manual de Posse Responsável, referente à espécie em questão. (Local), _(dia)_de (mês) de _(ano)_. (assinatura) (Nome do proprietário/representante legal)