O Cristão Carnal Aula 10 Texto Básico Rm 7 ; 1 co 3.1-4

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Transcrição:

O Cristão Carnal Aula 10 Texto Básico Rm 7 ; 1 co 3.1-4

Nosso estudo lida com a realidade de nossa natureza regenerada. Não temos mais a natureza caída de quando nascemos, fomos regenerados. Também não estamos glorificados, de modo a não termos mais a influência do pecado.

A liberdade cristã refere-se justamente ao fato de que o pecado não nos obriga ou nos prende mais, no entanto, ele ainda nos atrai de modo a escolhermos atender a seu chamado muitas vezes.

... desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte (Rm 7.24). Essa linguagem fazia muito sentido naquele tempo. Havia o costume de se atar o corpo da vítima ao assassino. Ele tinha de andar com aquele cadáver e encarar o horror de seu ato.

Muitos enlouqueciam com toda a podridão de um corpo se decompondo, com a ação de lavras e moscas atraídas pela morte. Trata-se de uma analogia bem adequada para a vida cristã. Nossa velha natureza está crucificada com Cristo; o velho homem está sob uma sentença de morte. Devemos nos considerar já mortos em Cristo. O cristão é uma nova criatura, vivificado pelo Espírito Santo.

Mais aí está nosso dilema. O velho homem pode ser declarado morto, porém não estamos completamente livres dele. Sofremos a influência da sujeira da velha natureza, esbarrando em nosso novo homem.

É nesse sentido que ainda somos carnais, pois ainda temos a influência de nosso velho eu, que está sendo mortificado a cada dia, para que Cristo resplandeça em nós ( Rm 8.29;Gl 2.20).

O Ponto de Vista Antinomiano Existe uma ideia disseminada dentro da comunidade evangélica de que existem dois tipos distintos de Cristão. Há o cristão carnal e o cristão espiritual.

O cristão carnal é um crente que não tem Cristo no trono da sua vida e, portanto, vive em um padrão de desobediência constante.

Existe também o cristão cheio do Espírito, cuja vida se caracteriza pela obediência e pela devoção espiritual. Nesse caso, Cristo reina no trono da vida cristã.

Essa distinção é perigosa. Inclui a ideia de que uma pessoa pode receber Cristo como Salvador, mas não como Senhor.

Nesse caso o cristão carnal é aquele que crê em Cristo, mas vive uma vida de contínua carnalidade, não dando provas do fruto do Espírito. Isso representa uma contradição fatal de termos.

Essa pessoa não pode ser chamada de cristão carnal. Deve ser considerada um não cristão carnal. É uma clara impossibilidade ser nascido do Espírito e não apresentar mudança de vida. Um cristão sem frutos simplesmente não é cristão.

O antinomianismo, portanto, é a negação do caráter da nova vida. Não somos chamados simplesmente para crer, mas para ser. Ser à imagem de Cristo ( Rm 8.29), ser transformado desde a mente (Rm 12.2).

Não conseguir vencer o pecado é uma situação, porém, entregar-se e agir como se isso não importasse, em nada se parece com alguém que conhece e de fato confessa o evangelho.

A Visão Perfeccionista Outra heresia totalmente oposta ao antinomianismo, é o perfeccionismo. Essa ensina que existe uma classe de cristãos que alcança a perfeição moral nesta vida.

Tal pensamento nos leva a superestimar o nosso desempenho moral, ou subestimar gravemente os requisitos da lei de Deus.

A visão bíblica A Escritura descreve a realidade de que ainda temos a influência do pecado sobre nós ( Rm 7.14). Nesse sentido ainda somos carnais.

Porém nenhum cristão verdadeiro é carnal no sentido em que a carne domina totalmente sua vida. Se o aspecto carnal estivesse no domínio total, saberíamos que somos ainda não regenerados.

Somos chamados para viver uma vida cheia do Espírito a fim de termos vitória sobre o velho homem. É exatamente em razão do poder residual do pecado que precisamos do enchimento do Espírito Santo.

Conhecer o pecado que habita em nós, por mais humilhante e desencorajador que possa ser, é nossa sabedoria, se é que temos algum interesse em descobrir o que agrada ao Senhor (Ef 5.10) e evitar qualquer coisa que entristeça o seu Santo Espírito (Ef 4.30 ).

O cristão, segundo o ensino bíblico, é alguém que vive a realidade de uma vida regenerada, porém, não glorificada.