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Transcrição:

Miruim Lemle Universidade Federal do Rio de Janeiro DO DISCURSO AO LÉXICO ferentes: Os exemplos (1) e (2) são em parte semelhantes e em parte di (1) a. Ela namora um careca simpático. b. Ela vendeu todos ps móveis da avó. c. Os americanos são fortes. (2) a. Ela tinha um macaquinho cabeludo e um careca. b. Os cigarros brasileiros são fracos, mas os americanos são fortes. c. Os bens imóveis foram repartidos pelos filhos, mas os móveis couberam à velha governanta da casa. As palavras sublinhadas em (1) e (2) têm a mesma forma, mas gramaticalmente diferem. As de (1) são nomes e as de (2) adjetivos, e suas interpretações nos dois contextos não são as mesmas. 0 termo careca refere-se a pessoa em (1) e macaquinho em (2), americano é entendido como atributo de homem em (1) mas de cigarro em (2), e móveis é atri buído a mobília em (1) mas a bens em (2), podendo aí estar incluídos jóias, roupas e quaisquer objetos. Que relação existe, na gramática, entre esses dois casos? Esta é a pergunta que o presente trabalho coloca. O caso dos exemplos (1) é o de uma grande lista de nomes por tugueses que correspondem a adjetivos idênticos na forma: um negro, 88

"ma inglesa, os gordos, o velho, o combustível, um doce, os caninos, um líquido, um expresso, à francesa. 0 que temos nesses casos é, obviamente, uma regra do léxico, uma regra de nominalizaçâo de adjetivos,graças à qual se estabelece uma correspondência entre um adjetivo e um nome de forma idêntica, sendo o sentido do nome uma amálgama dos sentidos do adjetivo correspon dente com o sentido de algum nome. Assim, na lista dada acima temos as equivalências semânticas mostradas em 3: (3) a. um negro um homem negro b. o combustível o material combustível c. os caninos os dentes caninos d. à francesa à maneira francesa Adotando as convenções notacionais desenvolvidas por Jackendoff (1972) e (1975), essa regra lexical poderia ser escrita da seguinte maneira: R, Regra de Nominalizaçâo de Adjetivos forma fonológica Adj forma fonológica N N + y <~ > qualidade z objeto com o traço +y e a qualidade z Nos exemplos (2) temos uma situação bem diferente. Trata-se de sintagmas nominais elípticos, ou seja, onde há a omissão de um no me no segundo sintagma nominal do período. Esse sintagma nominal truncado do seu núcleo nominal será interpretado semanticamente me diante o preenchimento semântico dessa posição nominal vazia. O pre enchimento é feito através do estabelecimento de um vínculo semântico entre o sintagma nominal pleno antecedente e o sintagma nominal trun cado, com a projeção do nome nuclear do sintagma antecedente para a posição vazia no sintagma elíptico. Esta regra de preenchimento semân tico poderia ser escrita da seguinte maneira: R} Regra de Interpretação de nó nominal vazio: Interprete v como Nj no contexto [NjAdj]... [vadjl L Jsn L -I SN 89

Diga-se de passagem que essa formulação nada mais é do que uma versão interpretativista da regra transformacional de cancelamento denominada em inglês "gapping", estudada em Ross (1967 a e b), Langacker (1969), Maling (1972). Esta segunda regra ora em discussão não é uma regra da gramá tica sentenciai, e sim uma regra do nível do discurso, como podemos verificar observando suas propriedades, é uma regra de aplicação mui to livre, que não é afetada nem por restrições de precedência (exemplo (4)), nem pela condição de comando (exemplo (5)), nem pela condição de sentença com tempo (exemplo (6)), nem pela condição de sujeito especificado (exemplo (7)) abaixo, que são, segundo a teoria padrão estendida revista (a partir de Chomsky 1976), condições que universal mente restringem a aplicabilidade das regras gramaticais do âmago da gramática das sentenças. (4) Eu jogo com as brancas e você joga com as pedras pretas. (5) Pedro vendeu o velho para comprar um sofá novo. (6) Os jogadores cariocas acham que os paulistas jogavam dopa dos. (7) A auto-suficiência das moças americanas faz Luizinho prefe rir as brasileiras. Temos, portanto, duas regras diferentes: uma regra de redundân cia do léxico e uma regra interpretativa (ou transformacional) do âmbi to do discurso. Estarão as duas regras de alguma maneira ligadas? Poderíamos responder afirmativamente se pudéssemos apontar casos intermediários entre os do tipo dos exemplos (1) e os do tipo de (2). Os exemplos (8) nos dão a ponte: (8) a. um boa-vida (indivíduo) b. um cara-de-pau (indivíduo) c. um boa-praça (indivíduo) d um paraíba (indivíduo) e. um perna-de-pau (indivíduo) f. um curta-metragem (filme) g. Um Djanira (quadro) h. uma gilete (lâmina) i. umomega (relógio) Nos exemplos (8), o gênero do artigo não concorda com o gêne ro do nome nuclear do sintagma nominal presente na expressão, o que é evidência de que há um outro nome "oculto", com o qual o artigo está concordando. Em cada exemplo dado, o nome oculto ou subenten dido aparece no parênteses. Ora, sabemos que não é necessário, no uso 90

efetivo da língua, a ocorrência desse nome no contexto antecedente de uma sentença que contenha os itens em (8). Mas a regra 2 contém explicitamente um sintagma nominal antecedente plenamente preenchido lexicalmente, que fornece o ante cedente ao sintagma nominal elíptico. Por outro lado, a regra 1 não nos dá a explicação da falta de concordância nos exemplos (8) entre o arti go e o nome. A única explicação plausível que resta é a de que o nome nuclear desses sintagmas é realmente subentendido, ou seja, é pressupos to o conhecimento tácito do universo do discurso. Assim, no mundo da lanchonete, um americano significa sandu f- çhe, mas fora dela costuma significar homem americano. Diante do guichê do cinema, as expressões uma meia e uma inteira significam entra da. No mundo da escola, descritiva abrevia geometria descritiva, e moral e cívica abrevia educação moral e cívica. O que estamos vendo é que na medida em que o universo do dis curso é muito bem delimitado em virtude de fatores pragmáticos, o sin tagma nominal antecedente da regra 2 é dispensável como realização fí sica, e os falantes como que pressupõem a capacidade do interlocutor de suprir adequadamente o termo ausente do sintagma elíptico. Para retratar formalmente essa situação deveríamos apagar, na regra 2, sua primeira metade, a do sintagma nomina lexicalmente pre enchido que fornece o antecedente semântico ao sintagma nominal elíptico. Mas, feito isso, o que resta? Um adjetivo dominado por Sin tagma Nominal. É o lado direito da regra 1, a regra lexical. Com isso, concluímos que a existência da regra lexical de No minalizaçâo de Adjetivo é uma decorrência da existência da regra de Preenchimento Semântico de Nó Nominal Vazio, uma regra do discurso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CHOMSKY, Noam. "Conditions on Ruies of Grammar". Linguistic analysis 2, p. 303-51, 1976. Reimpresso em: CHOMSKY, N. Essays on Form and Interpretation, New York, North Holland, p. 163-210, 1977. 2. JACKEN DOFF, Ray.Semantic Interpretationin GenerativeGrammar.- Cambridge, Massachussetts. MIT Press, 1972. 3 "Morphological and Semantic Regularities in the Lexicon". Language 51, p. 639-71, Baltimore, Waverly Press, 1975. 4. LANGACKER. "Mirror Image Ruies I: Syntax". Language 45, p. 575* 98, Baltimore, Waverly Press, 1969. 5. MALING, Joan. "OnGapping and the Order of Constituents." Lin guistic Inquiry 3,1, p.101-8, 1972. 6. ROSS, John Robert. "Gapping and the Order of Constituents'.' (1967 a) In: BIERWICH e HEIDOLPH (eds.) Progress inlinguistics. 91

Haia, Mouton, 1970. 7 "Constraints on Variables in Syntax". Dissertação de Doutora mento, Massachussetts Institute of Technology. Bloomington, Indiana Linguistics Club, 1967b. 92