Dedicatória... 5 Prefácio... 9 Introdução... 13 Jó: Prosperidade na Desventura... 17 O homem e seus bens... 18 O homem e seus bens culturais... 19 O homem e seus bens familiares... 20 O homem e seus bens relacionais... 21 O homem e seus bens materiais... 22 Lidando com as perdas... 23 Reconhecendo que nada nos pertence... 25 Conservando a gratidão em vez da murmuração.. 26 Aguardando em Deus a restituição... 27 Quando Deus restitui em dobro... 28 Cumpre-se uma antiga promessa... 29 Promulga-se grande testemunho... 30 Experimenta-se grande prosperidade... 31 7
Ricos de Verdade Salmos: Poesia e Glória... 33 A Glória do Deus de Israel... 35 A Glória do povo de Israel... 37 A Glória futura de Israel... 40 Provérbios: Sabedoria e Riqueza... 45 Enriquecimento e malignidade... 48 Enriquecimento e fidelidade... 49 Enriquecimento e trabalho... 50 Enriquecimento e generosidade... 51 Enriquecimento e ilusão... 52 Uma riqueza incalculável... 54 Eclesiastes: Vaidade e Recompensa... 57 Vaidade de vaidades, tudo é vaidade... 59 A vaidade do ser... 59 A vaidade do ter... 61 A vaidade do fazer... 63 Os verdadeiros bens da vida... 65 Alegrar-se no que se faz... 65 Recrear o coração... 66 Temer ao Senhor... 68 Cantares: A Riqueza e o Amor... 71 O encontro... 73 Conclusão... 77 8
Se não tivéssemos inverno, a primavera não seria tão agradável; se não experimentássemos algumas vezes o sabor da adversidade, a prosperidade não seria tão bem-vinda. (Anne Bradstreet) Não há como negar, a história de Deus e o seu povo é o mais lindo poema de amor que alguém já leu. Nenhum romance, conto ou aventura, por mais emocionante que se mostre, jamais conseguirá alcançar a ternura e o encanto do que nos narram as páginas das Sagradas Escrituras, mesmo porque se trata de verdades eternas. Nenhum autor dramático, ou um fabuloso narrador ficcionista, ou ainda um meticuloso historiador das cadeiras imortais, saberá contar com precisão os maravilhosos 17
Ricos de Verdade feitos do Senhor em prol do seu povo, a quem chamou de Israel. E essa magnífica História, contada por homens piedosos e inspirados pelo Espírito Santo, é eivada de sinais e maravilhas em quase todas as páginas da Bíblia, em que palavras com luz própria revelam a glória, a grandeza e a majestade do Deus- Criador, Autor de todas as coisas. Riqueza, beleza, esplendor, excelência, são sinônimos daquilo que representa a manifestação de Deus entre o seu povo, até mesmo em páginas tristes, saldos de guerra, ou aparentes derrotas. Aprendemos que andar com Deus é nunca perder, pois todas as coisas cooperam conjuntamente para o bem dos que O amam, e nele somos mais que vencedores, não importam as circunstâncias. Até mesmo as grandes tragédias, notadas do ponto de vista humano, quando vindas por direção e vontade divinas, constituem-se em grande aprendizado, e são precursoras de bênçãos ainda maiores. Este é o exemplo específico que passaremos a considerar, a partir da vida de Jó. O homem e seus bens Dedicaremos este tempo e espaço ao estudo e análise da vida e do livro de Jó, observando com vagar e acuidade o aspecto que interessa ao tema geral deste livro, que são os bens, monetários ou não, confiados por Deus aos seus servos, reconhecendo que toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do Pai das luzes, em quem não pode haver sombra de mudança, nem variação alguma. Ou ainda, lembrando do 18
Jó: Prosperidade na Desventura que disse o rei Davi, quando na preparação para a edificação do templo:... tudo vem das tuas mãos e das tuas mãos to damos. Certamente, espaço nos faltará para mencionar sem prejuízo tudo o que diz respeito aos bens concedidos por Deus a Jó, mesmo porque o próprio texto trata de fazer uma síntese de tudo, focando seu argumento no sofrimento que ele teve que suportar, em face da prova a que se submeteu. Lembrando ainda, e para o bem de uma melhor compreensão do assunto, que o ambiente sócio-econômico dos dias de Jó não seguia os trilhos do capitalismo, do materialismo consumista que a sociedade ocidental moderna adotou. Sigamos, então, no encalço desses bens. O homem e seus bens culturais Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó. Textualmente, esta é a única referência sobre a origem dele. Essa terra ficava no deserto da Síria, entre Damasco e Edom, em grande extensão de solo que permitia plantações e criação de gado, onde foram edificadas várias cidades. Provavelmente, Jó teria vivido na principal dessas cidades, pelas pistas que o texto nos dá, em Jó 29.7ss Quando eu saía para a porta da cidade, e na praça me era dado sentar-me, os moços me viam e se retiravam; os idosos se levantavam e se punham em pé; os príncipes reprimiam as suas palavras e punham a mão sobre a boca; a voz dos nobres emudecia, e a sua língua se apegava ao paladar. Era uma cidade com portas e praças, príncipes e nobres, que tinham em 19