Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo LEI Nº 6.748

Documentos relacionados
PREFEITURA MUNICIPAL DE NEPOMUCENO

Vitor Hugo Zardo Vereador da Bancada do Partido Progressista e Líder do Governo

Eunápolis LEI Nº 1.040, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2015.

PROJETO DE LEI N o 38, DE 13 DE JULHO DE 2015.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CODÓ ESTADO DO MARANHÃO

Terça-feira, 15 de Dezembro de 2015 Edição N 795 Cardeno I

N o 8.949, DE 26 DE AGOSTO DE D E C R E T A: Seção I Das Disposições Gerais

ESTADO DA BAHIA MUNICÍPIO DE ITACARÉ

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARREIRAS Estado da Bahia

Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães publica:

Tributário Março de 2018

ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA (Este texto não substitui o publicado no DOE)

DECRETO Nº. 922 DE 07DE MAIO DE A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE SAQUAREMA, no uso de suas atribuições legais, nos termos da Lei, e

Prefeitura Municipal de Sidrolândia ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Jesus GABINETE DO PREFEITO

PROJETO DE LEI N.º, DE 2004 (DA SRA. LAURA CARNEIRO)

Prefeitura de São Paulo regulamenta compensação de precatórios

*LEI Nº , DE 21 DE SETEMBRO DE 2016.

LEI COMPLEMENTAR Nº 819, DE 12 DE SETEMBRO DE 2017.

Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Jesus publica:

Lei Complementar nº 4.284, de 22 de setembro de 2015.

Gabinete do Prefeito

Prefeitura Municipal de Olindina publica:

ARTIGO 65 DA LEI Nº , DE 11 DE JUNHO DE Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial ARTIGO 65

DECRETO N , DE 31 DE JULHO DE O Prefeito de Ituiutaba, no uso de suas atribuições, e de conformidade com a legislação em vigor,

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, Paulo César Silva, Prefeito Municipal, sanciono e promulgo a seguinte lei:

Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Jesus Gabinete do Prefeito DECRETO Nº 101, DE 26 DE ABRIL DE 2018

DECRETO Nº , DE 28 DE OUTUBRO DE Regulamenta a Lei Complementar nº 105, de 20 dezembro de O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso das

Maiores informações pelo fone Alcidinir Vanderlinde Fiscal de Tributos

Diário Oficial do Estado de SP Volume Número São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 2003 SECRETARIA DA FAZENDA GABINETE DO SECRETÁRIO

DECRETO Nº 1.832, DE 30 DE ABRIL DE 2008.

DIÁRIO OFICIAL. Esse município. temautonomia. Índice do diário. Publicações de Atos Oficiais. Câmara Municipal de Miguel Calmon.

Prefeitura Municipal de Andorinha publica:

LEI MUNICIPAL N. 481, de 21 de novembro de 2018.

DOE-ES de Institui o Programa de Parcelamento Incentivado de Débitos Fiscais, nas condições que especifica.

LEI Nº DE 27 DE JANEIRO DE 2017

Lei de Compensação do Estado de Goiás

ENTENDA O. São Paulo, 1 de agosto de 2017

Prefeitura Municipal de Mata de São João

CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA

LEI COMPLEMENTAR Nº 388, DE 26 DE AGOSTO DE 2011.

Perspectivas da execução trabalhista com o NCPC

RESOLUÇÃO CONJUNTA SF/PGE N 003, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2018 (DOE de )

Tributos e Contribuições Federais Previdenciária - PGFN regulamenta o Programa Especial de Regularização Tributária Pert

a) até 24 (vinte e quatro) parcelas, incidirão acréscimos financeiros de 0,64% (sessenta e quatro centésimos por cento) ao mês;

LEI COMPLEMENTAR Nº 773, DE 8 DE OUTUBRO DE 2015.

GERÊNCIA TÉCNICA E DE SUPORTE AOS CONSELHOS TEMÁTICOS GETEC. Inteiro Teor

60% 60% 75% 75% - 40% 40% 50% 50% 0,64% 40% 40% 50% 50% 0,80% 40% 40% 50% 50% 1%

LEI MUNICIPAL Nº. 0839/01 De 03 de maio de 2001.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PAULO AFONSO ESTADO DA BAHIA

Dispõe sobre o Sistema de Parcelamento de Dívidas de Santana de Parnaíba.

LEI nº 593 de 27 de dezembro de 2018

DECRETO Nº , DE 10 DE MARÇO DE 2016.

Portaria PGFN Nº 967 DE 13/10/2016

ALERTA GERENCIAL COMPENSA/RS - ANTECIPADO PRAZO PARA ADESÃO

LEI MUNICIPAL N 1.598/2017.

Lei Nº DE 22/12/2015

ANO XXIX ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2018

MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei,

DECRETO N.º DE 07 DE MAIO DE 2014

LEI Nº 2.598/2017. O PREFEITO MUNICIPAL DE AIMORES, Estado de Minas Gerais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

PREFEITURA MUNICIPAL DE JURANDA Estado do Paraná

ALERTA GERENCIAL COMPENSA/RS NOVAS DATAS PARA ADESÃO

DECRETO RIO N , DE 19 DE SETEMBRO DE 2018 (DOM de )

DECRETO N , DE 10 DE OUTUBRO DE (DOE de )

PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTO PARANÁ

CIRCULAR Nº 15/2003 PARCELAMENTO DE DÉBITOS JUNTO À RECEITA FEDERAL E AO INSS REFIS II

PRINCIPAIS ASPECTOS JURÍDICOS DO PROGRAMA ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA PERT MP 783/2017

RIO GRANDE DO NORTE LEI Nº , DE 03 DE DEZEMBRO DE 2015

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA Subsecretaria da Receita Estadual PROGRAMA DE PARCELAMENTO ESPECIAL II

C I R C U L A R C Ó D I G O N Ú M E R O D A T A 011/2016 SEG /07/2016 SEGURO A S S U N T O

PORTARIA CONJUNTA Nº 3, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2014

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Autor: Poder Executivo Institui o Programa de Recuperação de Créditos do Estado de Mato Grosso Programa REFIS MT, e dá outras providências.

CAPÍTULO I DO PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS FISCAIS REFIS

PEP PROGRAMA ESPECIAL DE PARCELAMENTO DÉBITOS DE ICMS COM REFERÊNCIA ATÉ JULHO/2012

Art. 2º - Os débitos de que trata o artigo anterior, existente para com a Fazenda Municipal, poderão ser pagos de acordo com os seguintes critérios:

LEI Nº. 886, DE 22 DE MARÇO DE 2011

RESOLUÇÃO CCFGTS N 765, DE 09 DE DEZEMBRO DE (DOU de )

LEI N 6.365, DE 30 DE MAIO DE (DOM de )

LEI N.º 1.921/2015 DATA: 29/09/2015

ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE O LEILÃO

Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2018 Edição N Caderno I

DECRETO Nº , DE 27 DE SETEMBRO DE 2018.

ç - ~ ANTONI0J:lIR~ITI JjÃKAGAWA PREFEITO MUNICIPAL

PROGRAMA ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA PERT MEDIDA PROVISÓRIA Nº 783/17

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA DECRETA:

5º Nas operações de crédito consignado de que trata este artigo, o empregado poderá oferecer em garantia, de forma irrevogável e irretratável:

DECRETO RIO Nº DE 25 DE SETEMBRO DE 2015 (DOM 28/09/2015)

Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região Mato Grosso do Sul

Programa Especial de Regularização Tributária (PERT)

Estado de Mato Grosso do Sul Procuradoria-Geral da Defensoria Pública

V&G News Extra - Nº Refis - RJ. Refis - RJ REFIS RJ LEI DE 28/12/2011 ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Programa Especial de Regularização Tributária PERT

DECRETO Nº 704, DE 23 DE SETEMBRO DE 2016.

DECRETO Nº 129/2017, DE 02 DE MAIO DE 2017.

CNJ - Prov. n. 72/18 - Dispõe sobre medidas de incentivo à quitação ou à renegociação de dívidas protestadas PROVIMENTO N. 72, DE 27 DE JUNHO DE 2018.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUARIBARA ESTADO DO CEARÁ

Portaria nº 247 da AGU regulamenta parcelamento extraordinário

Transcrição:

Estado do Espírito Santo LEI Nº 6.748 Disciplina a dação em pagamento de bens imóveis como forma de extinção da obrigação tributária no Município de Vitória. O Prefeito Municipal de Vitória, Capital do Estado do Espírito Santo, faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono, na forma do Art. 113, inciso III, da Lei Orgânica do Município de Vitória, a seguinte Lei: Art. 1º. Os créditos tributários inscritos na dívida ativa do Município de Vitória poderão ser extintos pelo devedor, pessoa física ou jurídica, parcial ou integralmente, mediante dação em pagamento de bem imóvel, situado neste Município, a qual só se aperfeiçoará após a aceitação expressa da Fazenda Municipal, observado o interesse público, a conveniência administrativa e os critérios dispostos nesta Lei. Parágrafo único. Quando o crédito for objeto de execução fiscal, a proposta de dação em pagamento poderá ser formalizada em qualquer fase processual, desde que antes da designação de praça dos bens penhorados, ressalvado o interesse da Administração de apreciar o requerimento após essa fase. Art. 2º. Para os efeitos desta Lei, só serão admitidos imóveis comprovadamente livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou dívidas, exceto apontadas junto ao Município de Vitória, e cujo valor, apurado em regular avaliação, seja compatível com o montante do crédito fiscal que se pretenda extinguir. 1º. De acordo com os artigos 304 e 356 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, a dação em

Lei nº 6.748-06-fls. 2 - pagamento poderá ser formalizada através de imóvel a terceiro, em benefício do devedor, desde que este intervenha como anuente na operação, tanto no requerimento previsto no artigo 4º desta lei, quanto na respectiva escritura. Art. 3º. O procedimento destinado da dação em pagamento compreenderá as seguintes etapas, sucessivamente: I análise do interesse e de viabilidade da aceitação do imóvel pelo Município; II avaliação administrativa do imóvel; III lavratura da escritura de dação em pagamento, que acarretará a extinção das ações, execuções e embargos relacionados ao crédito tributário que se pretenda extinguir. Art. 4º. O devedor ou terceiro interessado em extinguir crédito tributário municipal, mediante dação em pagamento, deverá formalizar requerimento à Secretaria de Fazenda, contendo, necessariamente, a indicação pormenorizada do crédito tributário objeto do pedido, a localização, as dimensões, as confrontações e a proposta de valor para o imóvel oferecido, juntamente com cópia autenticada do título de propriedade. 1º. O requerimento será também instruído, obrigatoriamente, com as seguintes certidões atualizadas em nome do proprietário: I certidão vintenária de inteiro teor, contendo todos os ônus e alienações referente ao imóvel, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente; II certidão do Cartório Distribuidor de Protesto de Letras e Títulos da Capital de Vitória e os municípios onde o devedor e o terceiro interessado, quando for o caso, tenha tido sede ou domicílio nos últimos cinco anos; III certidões do Cartório Distribuidor Cível da Comarca da Capital e dos municípios onde o devedor e o

Lei nº 6.748-06-fls. 3 - terceiro interessado, quando for o caso, tenha tido sede ou domicilio nos últimos cinco anos, inclusive relativas a execuções fiscais; IV certidões da Justiça Federal, inclusive relativas a execuções fiscais e da Justiça do Trabalho; V certidões de objeto e pé das ações eventualmente apontadas, inclusive embargos à execução. 2º. No caso do devedor, ou terceiro interessado, tratar-se de pessoa jurídica, poderão também, a critério da comissão mencionada no artigo 6º desta Lei, ser exigidas as certidões previstas nos incisos II, III, IV e V deste artigo, dos municípios onde a empresa tenha exercido atividades, nos últimos cinco anos. 3º. Se o crédito tributário que se pretenda extinguir for objeto de discussão em processo judicial ou administrativo promovido pelo devedor, este deverá apresentar declaração de ciência de que o deferimento de seu pedido de dação em pagamento importará, ao final, no reconhecimento da dívida e na extinção do respectivo processo, hipótese em que o devedor renunciará, de modo irretratável, ao direito de discutir a origem, o valor ou a validade do crédito tributário reconhecido. 4º. Se o crédito for objeto de execução fiscal movida pela Fazenda Pública Municipal o deferimento do pedido de dação em pagamento igualmente importará no reconhecimento da dívida exeqüenda e na renúncia ao direito de discutir sua origem, valor ou validade. 5º. Os débitos judiciais relativos a custas e despesas processuais, honorários periciais e advocatícios deverão ser apurados e recolhidos pelo devedor à Procuradoria Geral do Município, ou nos autos do processo judiciais a que se refiram.

Lei nº 6.748-06-fls. 4 - Art. 5º. Uma vez protocolado o requerimento mencionado no artigo 4º desta Lei, deverão ser adotados os seguintes procedimentos: I a Procuradoria Geral do Município deverá requerer, quando necessária, em juízo, a suspensão dos feitos que envolvam o crédito indicado pelo devedor, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogável por igual período, desde que este ato não acarrete prejuízos processuais ao Município; II os órgãos competentes informarão sobre a existência de débitos relacionados ao imóvel oferecido pelo devedor. Art. 6º. O interesse do Município na aceitação do imóvel oferecido pelo devedor será avaliado por uma comissão, constituída na forma que dispuser o regulamento. 1º. Na apreciação da conveniência e da oportunidade da dação em pagamento serão considerados, dentre outros, impreterivelmente, os seguintes fatores: I utilidade do bem imóvel para os órgãos da Administração direta; II interesse na utilização do bem por parte de outros órgãos públicos da Administração Indireta; III viabilidade econômica da aceitação do imóvel, em face dos custos estimados para sua adaptação ao uso público; IV compatibilidade entre o valor do imóvel apresentado e o montante do crédito tributário que se pretenda extinguir. 2º. A comissão deverá emitir seu parecer no prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento do requerimento, seguindo-se despacho do Secretário de Fazenda, declarando em tese, a existência ou não de interesse do Município em receber o imóvel e a sua destinação prioritária.

Lei nº 6.748-06-fls. 5 - Art. 7º. Exclusivamente, nos casos em que houver interesse do Município em receber o imóvel oferecido, será procedida a sua avaliação administrativa, no prazo de quinze dias, para determinação do preço do bem a ser dado em pagamento, nos termos do artigo 357 da Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil. 1º. A avaliação administrativa do imóvel ficará a cargo da Comissão Permanente de Engenharia e Avaliações - COPEA. 2º. O Poder Executivo estabelecerá os procedimentos relativos à avaliação dos bens, inclusive no que concerne ao processamento dos pedidos de revisão das avaliações, bem como disciplinará as funções da equipe avaliadora, prevista no 1º deste artigo. Art. 8º. Uma vez concluída a avaliação mencionada no artigo 7º, desta Lei, o devedor será intimado para manifestar sua concordância com o valor apurado, no prazo de cinco dias. 1º. Se não concordar com o valor apontado, o devedor poderá formular, em igual prazo, pedido de revisão da avaliação, devidamente fundamentado, ouvindo-se novamente o órgão avaliador no prazo de quinze dias. 2º. Em nenhuma hipótese, o imóvel poderá ser aceito por valor superior da avaliação efetuada pela Administração Municipal. Art. 9º. Se o devedor concordar com o valor apurado na avaliação do imóvel, o Secretário Municipal de Fazenda decidirá, no prazo de cinco dias, o requerimento de dação em pagamento para extinção do crédito tributário.

Lei nº 6.748-06-fls. 6 - Parágrafo único. A Procuradoria Geral do Município deverá ser prontamente informada da decisão, qualquer que seja o seu teor, para tomar as providências cabíveis no âmbito de sua competência. Art. 10. Deferido o requerimento, deverá ser lavrado, em quinze dias, a escritura de dação em pagamento, com anuência da Procuradoria Geral do Município, arcando o devedor com as despesas e taxas incidentes na operação. Parágrafo único. Por ocasião da lavratura da escritura, deverá o contribuinte apresentar todos os documentos e certidões indispensáveis ao aperfeiçoamento do ato, inclusive os comprovantes de recolhimento dos encargos decorrentes de eventuais execuções fiscais e a prova da extinção de ações porventura movidas contra o Município de Vitória, cujos objetos estejam relacionados ao crédito tributário que se pretenda extinguir, sob pena de invalidação da dação em pagamento. Art. 11. Após formalizado o registro da escritura de dação em pagamento, será providenciada a extinção da obrigação tributária e a respectiva baixa da dívida ativa, nos limites do valor do imóvel dado em pagamento pelo devedor. Parágrafo único. Se houver débito remanescente, deverá ser cobrado nos próprios autos da execução fiscal, caso ajuizada; se não houver ação ou execução em curso, esta deverá ser proposta pelo valor do saldo apurado. Art. 12. Na hipótese de o valor do imóvel ser superior ao do débito tributário, o Poder Público, a pedido do interessado, poderá emitir um certificado cujo valor de face será representativo de crédito em favor do devedor, para quitação de tributos devidos ao Município de Vitória, até o limite de 40% (quarenta por cento) do montante apurado na avaliação, nos termos do regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.

Lei nº 6.748-06-fls. 7-1º. Se o devedor não solicitar a emissão deste certificado, não haverá, em nenhuma hipótese, saldo credor ou valor a ser-lhe restituído, devendo renunciar a qualquer importância que porventura exceda ao valor da dívida atualizada. 2º. O regulamento de que trata o caput deste artigo conterá dispositivos que visam estabelecer: I o prazo máximo para o devedor solicitar a emissão do certificado; II o prazo máximo para o devedor fazer uso do valor constante do certificado; III a unidade responsável pela emissão, controle e baixa do valor constante do certificado; IV a forma como será efetuada a quitação dos tributos; V o procedimento formal e o prazo a serem obedecidos pelo devedor para renunciar ao valor excedente, quando houver. Art. 13. Quando se tratar de pagamento parcial do crédito tributário, o valor do saldo remanescente deverá ser pago integralmente ou parcelado, na forma disposta na legislação municipal. Art. 14. O devedor responderá pela evicção, nos termos do artigo 359 da Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil. sua publicação. Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de novembro de 2006. Palácio Jerônimo Monteiro, em 10 de João Carlos Coser Prefeito Municipal Ref. Proc. 5143138/06