LEI MUNICIPAL Nº. 0839/01 De 03 de maio de 2001.

Transcrição

1 LEI MUNICIPAL Nº. 0839/01 De 03 de maio de ESTABELECE NORMAS PARA PARCELAMENTO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL; AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A RECEBER EM DAÇÃO EM PAGAMENTO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS, BENS MÓVEIS E IMÓVEIS DE INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. ***************************************** O Sr. Dr. JOSÉ WESTPHALEN CORRÊA, Prefeito Municipal de Cruz Alta - RS, faz saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e ele sanciona a presente Lei, que naquela casa como Projeto de Lei tomou o n.º /01; CAPÍTULO I Do Parcelamento dos Créditos da Fazenda Pública Municipal Art. 1º - Fica o Poder Executivo Municipal autorizado, a parcelar o pagamento dos créditos da Fazenda Pública Municipal, inscritos em dívida ativa, em até 18 (dezoito) parcelas, com o pagamento da 1ª parcela na data de assinatura do Contrato de Confissão de Dívida, sendo as demais, mensais e sucessivas, acrescidas de juros de 1% (um por cento) ao mês e atualizadas anualmente pela variação do IPCA-E, ou outro índice que vier a ser instituído pelo governo federal para atualização de tributos. parág. 1º - Para os contribuintes que apresentarem documentação que comprove renda familiar igual ou inferior a 03 (três) salários mínimos, o parcelamento poderá se estender a 24 (vinte e quatro) parcelas, observada a forma estabelecida no art. 1º desta Lei. parág. 2º - O pagamento dos créditos com valor igual ou superior a 100 (cem) Valores de Referência Municipal-VRM s, poderá ser parcelado em até 24 (vinte e quatro) parcelas, observada a forma estabelecida no art. 1º desta Lei. parág. 3º - O pagamento dos créditos com valor igual ou superior a 150 (cento e cinqüenta) VRM s, poderá ser parcelado em até 30 (trinta) parcelas, observada a forma estabelecida no art. 1º desta Lei.

2 Art. 2º - O valor de cada parcela não poderá ser inferior a 20% (vinte por cento) do VRM. Art. 3º - Nos casos em que o devedor acumular o atraso de 03 (três) parcelas consecutivas, o parcelamento será automaticamente rescindido, o que importará no vencimento antecipado das demais parcelas e na imediata cobrança do crédito. Art. 4º - O pedido do parcelamento, feito mediante requerimento devidamente protocolado e o respectivo Termo de Confissão de Dívida, somente poderão ser firmados pelo devedor, ou por mandatário, hipótese em que o instrumento de mandato deve autorizar, expressamente, a realização destes atos. Art. 5º - A formalização do parcelamento observará o Contrato de Confissão de Dívida constante do Anexo I à presente Lei. Art. 6º - O parcelamento poderá englobar créditos de diferentes inscrições, relativas a um mesmo tipo de tributo, caso em que será emitida uma só guia de recolhimento, por parcela paga. Art. 7º - Os créditos que se encontrarem em curso de execução judicial, poderão ser objeto de parcelamento, mediante acordo nos autos, intermediado pela Procuradoria do Município. parág. 1º - Para efeito do parcelamento dos créditos de que trata o caput deste artigo, o devedor não se exime do pagamento das despesas processuais, emolumentos e demais encargos decorrentes da ação judicial de cobrança; parág. 2º - Em caso de não cumprimento do parcelamento será dado prosseguimento ao feito; parág. 3º - Em caso de aplicação do disposto no parágrafo anterior, os valores pagos pelo contribuinte serão abatidos do saldo dos créditos reclamados na execução. CAPÍTULO II Do Reparcelamento Art. 8º - É admissível o reparcelamento de créditos, com a inclusão de créditos ainda não parcelados, nos casos em que o Secretário Municipal da Fazenda, em exame à situação econômica-financeira do devedor, concluir que o mesmo não apresenta capacidade de pagamento para adimplir a totalidade dos créditos vencidos e não pagos, por ocasião do parcelamento anterior. parág. único - O reparcelamento representa a ocasião derradeira do devedor para promover a regularização da situação junto à Fazenda Pública Municipal, visto que a sua concessão ficará limitada a uma só oportunidade. Art. 9º - O reparcelamento de créditos obedecerá as mesmas regras fixadas para o parcelamento, em especial, no que refere aos prazos fixados no artigo 1º, parágrafos 1º ao 3º, desta Lei.

3 CAPÍTULO III Da Dação em Pagamento Art. 10º - Fica o Poder Executivo Municipal autorizado, a receber a título de dação em pagamento parcial ou total de créditos da Fazenda Pública Municipal, bens móveis e imóveis de interesse da Administração. Art Se o valor do bem imóvel ofertado for superior ao valor do crédito, o devedor manifestará por escrito, proposição no sentido de que a dação se efetive pelo valor equivalente, o que importará em renúncia ao direito de exigir indenização, a qualquer título. Parág. Único - A renúncia de que trata o caput deste artigo, deverá constar inclusive da escritura pública de dação. Art A autorização prevista no art. 8º desta Lei, não implica obrigatoriedade de aceitação da dação proposta e não gera nenhum direito ao requerente. Art A dação em pagamento será formalizada por escrito, e encaminhada através do Protocolo Geral do Município, dela devendo constar todos os dados necessários à identificação do proponente, do crédito e do bem oferecido, instruída em se tratando de bem imóvel dos seguintes documentos: I - Certidão Negativa de Ônus Reais; II - Certidão Negativa de Ações Reais e Pessoais Reipersecutórias; III - Certidão de Negativa de Débitos do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS; IV - Certidão Negativa de Tributos Federais; V - Cópia atualizada da Matrícula do Cartório de Registro de Imóveis. Parág. Único - Em se tratando de bem móvel, o proponente deverá apresentar Nota Fiscal, ou documento capaz de comprovar a propriedade, e ainda, se necessário, a procedência. Art Proposta a dação, o bem ofertado será avaliado pela Comissão de dação em pagamento a ser designada pelo Prefeito Municipal, composta por um representante do Executivo Municipal, um representante da Associação de Corretores de Imóveis de Cruz Alta e um representante do Conselho Municipal de Defesa do Consumidor. Art Na hipótese de recebimento de bem imóvel em dação, o proponente arcará com todas as despesas cartorárias, inclusive as necessárias à transcrição no Registro de Imóveis. Art Os bens recebidos na forma prevista nesta Lei passarão a integrar o patrimônio do Município, sob regime de disponibilidade plena e absoluta, e serão tombados pela Secretaria de Administração. Art Fica o Poder Executivo Municipal desde já autorizado a alienar os bens recebidos em dação em pagamento nos termos desta Lei, se, posteriormente, for constatado desinteresse em mantê-los como integrantes do patrimônio do Município.

4 Art Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art Ficam revogadas as Leis Municipais nº 348/97, de 03 de março de 1997, 0523/98, de 18 de setembro de 1998, 0614/99, de 22 de julho de 1999, e demais disposições em contrário. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE CRUZ ALTA/RS, em 03 de maio de Registre-se e Publique-se. DR. JOSÉ WESTPHALEN CORRÊA PREFEITO MUNICIPAL DR. SÉRGIO MAZZOLENI REOLON SECRETÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO JVV

5 ANEXO - I TERMO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA E COMPROMISSO DE PAGAMENTO, portador(a) da Cédula de identidade nº, expedida pela, inscrito no CGC/MF sob o nº ou sob o CPF nº, com domicílio à, nº, apto, sala nº, cidade de, na forma da Lei Municipal nº, daqui por diante denominado simplesmente de DEVEDOR(A) e, de outro lado, o MUNICÍPIO DE CRUZ ALTA-RS, pessoa pública de direito interno, inscrita no CGC/MF sob o nº / , com sede à Av. General Osório, Cruz Alta/RS, neste ato representado pelo seu Prefeito Municipal, Sr.JOSÉ WESTPHALEN CORRÊA, brasileiro, casado, médico, portador da cédula de identidade nº , expedida pela SSP e inscrito no CPF sob o nº /49, residente e domiciliado à, nº, Cruz Alta/RS, ou mandatário por ele designado, tem justo e acordado parcelar o débito existente em nome do(a) DEVEDOR(A), relativo a dívida de. CLÁUSULA PRIMEIRA : O(A) DEVEDOR(A) reconhece que deve ao MUNICÍPIO DE CRUZ ALTA-RS o valor de R$ ( ), atualizado até de de, correspondente ao débito de, conforme demonstrativo anexo ao presente. Parágrafo primeiro: O débito confessado será amortizado em ( ) parcelas, com o pagamento da primeira na data da assinatura do presente contrato, sendo as demais parcela iguais, mensais e sucessivas, acrescidas de juros de 1% (um por cento) ao mês, e atualizadas anualmente pela variação do IPCA-E, ou outro índice que vier a ser instituído pelo governo federal para a atualização de tributos. Parágrafo segundo: A confissão de dívida abrigada neste instrumento é irretratável e não implica em novação ou transação. Parágrafo terceiro: O DEVEDOR(A) reconhece e admite o direito do MUNICÍPIO DE CRUZ ALTA de, a qualquer tempo, poder apurar a existência e cobrar dívidas não abrigadas neste instrumento, de responsabilidade do contribuinte firmado no presente contrato. CLÁUSULA SEGUNDA: De conformidade com o disposto no art. 3º da Lei Municipal nº, o não recolhimento de 03 (três) parcelas consecutivas, caracterizará, de pleno direito, motivo de rescisão deste contrato pelo MUNICIÍPIO DE CRUZ ALTA, importando no vencimento antecipado das demais parcelas e na imediata cobrança do crédito. CLÁUSULA TERCEIRA: O fornecimento de Certidão Positiva de Tributos Municipais, estará condicionada à situação do DEVEDOR(A) relativa ao recolhimento regular dos tributos municipais e à satisfação do pagamento

6 das parcelas deste contrato, que de acordo com regra expressa no art. 305 da Lei Municipal 0096/83 - CTM, deverá ser afiançado por duas pessoas idôneas, proprietárias de de bens imóveis desembaraçados. CLÁUSULA QUARTA: Fica entendido que eventuais tolerâncias por parte do MUNICÍPIO quanto a inobservância de disposições constantes deste ajuste, não constituirão hipótese de novação ou alteração tácita do contrato, o qual só poderá ser modificado por escrito. CLÁUSULA QUINTA: Fica eleito o foro da Comarca de Cruz alta para dirimir dúvidas sobre questionamentos oriundos deste ajuste. E por estarem assim justos e acordados, firmam este instrumento em 03 (três) vias de igual teor, juntamente com as testemunhas abaixo indicadas. Cruz Alta, de de. representante legal do MUNICÍPIO contribuinte Nome: Endereço: Telefone: Avalista 01: Avalista 02: Nome: Nome: RG: RG: CPF: CPF: End.: End.: Fone: Fone: Testemunhas 01: Testemunha 02: Nome: Nome: CPF: CPF: Fone: Fone: