Entenda a nova Norma Regulamentadora NR-10

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P A R E C E R T É C N I C O

Transcrição:

Entenda a nova Norma Regulamentadora NR-10 *Autor: Engº Jaques Sherique A nova NR-10 teve como base um texto técnico, elaborado por 53 empresas do setor energético. Esta norma que teve por base o tripartidarismo puro desde o início da sua discussão, onde participaram representantes de empresas, dos empregados e do governo, seguindo-se o exemplo da nova NR-5, da CIPA. O texto inicial para a proposta teve como base as informações de representantes da seguinte empresas: Light, Furnas, Cerj, Funcoge, Eletrobrás, Sindicato dos Urbanitários do RJ, Eletropaulo, Cemig, Cpfl, Grupo Técnico Tripartite de Energia de SP, Seminários de Segurança e Saúde no Trabalho do Setor Energético do Estado de São Paulo, GTT - Grupo de Trabalho Tripartite do M.T.E CONFEA, CTPP Comissão Tripartite Paritária permanente e CPNSEE - Comissão Permanente Nacional de Segurança em Energia Elétrica. A alteração da NR-10 se deu com base na seguinte legislação: Portaria GM nº 598, de 7 de Dezembro de 2004, publicada no D.O.U. de 08/12/2004 (Seção 1) e com as ementas da Portaria n.º 126, de 03/06/2005 publicadas no D.O.U. de 06/06/2005 (Seção 1). Fluxo para a criação de uma Norma Regulamentadora seguido pelo M.T.E. A Norma Regulamentadora nº 10, trata da Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, tem como objetivo e campo de Aplicação, estabelecer os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. 1

A NR-10 se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis. A Norma define também que as seguintes medidas de controle devam ser implantadas: Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho; As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho; As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. Define também que os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kw devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além das exigências acima no mínimo: conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina a NR-10; documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva; certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações. As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem constituir o prontuário com o conteúdo acima e acrescentar ao prontuário os seguintes documentos: descrição dos procedimentos para emergências; certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual. Sendo que as empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem também constituir prontuário de acordo com as exigências da NR-10. O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado. A Norma define que em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança. Informa ainda que na impossibilidade de implementação do estabelecido acima, devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático. O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes. 2

Em relação a proteção individual, cita que nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR-6 e que as vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. Sendo vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades. Em relação a segurança em projetos a Norma orienta que é obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição operativa. O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito. O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a localização de seus componentes e as influências externas, quando da operação e da realização de serviços de construção e manutenção. Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração elétrica devem ser identificados e instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir compartilhamento, respeitadas as definições de projetos. O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade. Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado. Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário. O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado. O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por profissional legalmente habilitado. O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de segurança: especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos adicionais; indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde D, desligado e Vermelho - L, ligado); descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações; recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações; precauções aplicáveis em face das influências externas; o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à segurança das pessoas; descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica. Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 Ergonomia. A Norma trata ainda em detalhes da Segurança na Construção, Montagem, Operação e Manutenção; Segurança em Instalações Elétricas Desenergizadas; Segurança em Instalações Elétricas Energizadas; Trabalhos Envolvendo Alta Tensão; Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos Trabalhadores; Proteção Contra Incêndio e Explosão; Sinalização de Segurança; Procedimentos de Trabalho; Situação de Emergência; Responsabilidades; Disposições Finais d Glossário. 3

No seu Anexo, apresenta as figuras demonstrando as Zonas de Riscos e Zonas Controladas e Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre. Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre ZL Rc ZCP ZR Rr PE Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com interposição de superfície de separação física adequada. ZL ZL SI Rc Rr ZR ZC P PE ZL = Zona livre ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados. ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho. PE = Ponto da instalação energizado. SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos dispositivos de segurança. 4

Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre. Faixa de tensão Nominal da instalação elétrica em kv Rr - Raio de delimitação entre zona de risco e controlada em metros Rc - Raio de delimitação entre zona controlada e livre em metros 1 0,20 0,70 1 e 3 0,22 1,22 3 e 6 0,25 1,25 6 e 10 0,35 1,35 10 e 15 0,38 1,38 15 e 20 0,40 1,40 20 e 30 0,56 1,56 30 e 36 0,58 1,58 36 e 45 0,63 1,63 45 e 60 0,83 1,83 60 e 70 0,90 1,90 70 e 110 1,00 2,00 110 e 132 1,10 3,10 132 e 150 1,20 3,20 150 e 220 1,60 3,60 220 e 275 1,80 3,80 275 e 380 2,50 4,50 380 e 480 3,20 5,20 480 e 700 5,20 7,20 5

Define ainda nos seus Anexos o programa dos cursos de TREINAMENTO: 1 Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade para os trabalhadores autorizados com carga horária mínima de 40 horas e a seguinte programação mínima: introdução à segurança com eletricidade; riscos em instalações e serviços com eletricidade; Técnicas de Análise de Risco; Medidas de Controle do Risco Elétrico; Normas Técnicas Brasileiras NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14039 e outras; Regulamentações do M.T.E; Equipamentos de proteção coletiva; Equipamentos de proteção individual; Rotinas de trabalho Procedimentos; Documentação de instalações elétricas; Riscos adicionais; Proteção e combate a incêndios; Acidentes de origem elétrica; Primeiros Socorros e Responsabilidades. 2 Curso Complementar de Segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas Proximidades. Sendo pré-requisito para freqüentar este curso complementar, ter participado, com aproveitamento satisfatório, do curso básico definido anteriormente. Este curso tem também carga horária mínima de 40 horas, com a seguinte programação mínima: Organização do Sistema Elétrico de Potencia SEP; Organização do trabalho; Aspectos comportamentais; Condições impeditivas para serviços; Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*); Técnicas de análise de Risco no S E P (*); Procedimentos de trabalho análise e discussão (*); Técnicas de trabalho sob tensão (*); Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, ensaios) (*); Sistemas de proteção coletiva (*); Equipamentos de proteção individual (*); Posturas e vestuários de trabalho (*); Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos(*); Sinalização e isolamento de áreas de trabalho(*); Liberação de instalação para serviço e para operação e uso (*); Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados (*); Acidentes típicos (*) Análise, discussão, medidas de proteção e Responsabilidades (*). Os tópicos do curso assinalados com o símbolo (*) deverão ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as condições de trabalho características de cada ramo, padrão de operação, de nível de tensão e de outras peculiaridades específicas ao tipo ou condição especial de atividade, sendo obedecida a hierarquia no aperfeiçoamento técnico do trabalhador. *Jaques Sherique é Engenheiro de Segurança do Trabalho, formado a mais de 30 anos, tendo ocupado os cargos de Diretor Nacional do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador do Ministério do Trabalho, Conselheiro da Fundacentro e da Organização Internacional do Trabalho OIT, Presidente da ABPA e Vice- Presidente do CREA-RJ e Gerente Geral da Cia Vale do Rio Doce por 20 anos é Atualmente é Vice-Presidente do CONFEA, Coordenador Regional da Mútua/Caixa-RJ, Coordenador das Comissões de Engenharia de Segurança do Sistema CONFEA/CREA s. 6