Alcides Martins CÓDIGO DO TRABALHO E Legislação Complementar

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Transcrição:

Alcides Martins CÓDIGO DO TRABALHO E Legislação Complementar 3.ª Edição

Alcides Martins CÓDIGO DO TRABALHO E Legislação Complementar 3.ª Edição Alcides Martins, Bandeira, Simões & Associados Sociedade de Advogados, RL

Ficha técnica: Título: Código do Trabalho - 3.ª Edição Autor: Alcides Martins Alcides Martins, Bandeira, Simões & Associados Sociedade de Advogados, RL Composição: Joaquim Serrano Santos Editora: Digital JurisBoosk Largo da Feira, 24, 2.º Drt.º 2665-228 Malveira Telefone: 917 341 903 Mail: editor@digitaljurisbook.pt Site: http://digitaljurisbook.com Distribuidora : Modos de Ver, Design e Comunicação, Lda. Mail: distribuicao@modosdever.pt Site: http://www.modosdever.pt ISBN: 978-989-8552-31-0 Dépósito Legal:

7 OS NOSSOS PROPÓSITOS O Código do Trabalho, na sua versão de 2009, ganhou uma amplitude no seu conteúdo e um nível no seu recorte técnico e até literário, difíceis de igualar. Será, a nível global, um exemplo perto da perfeição. Pena foi que na sua formulação não se tivesse tido em consideração nem os novos ventos que vinham dos Estados Unidos e as nuvens a Oriente nem, a nível interno, a falta de crescimento económico e o avolumar de dívida que era patente em Portugal, desde o início da década. Justifica-se, portanto, esta reforma de 2012, concretizada, essencialmente, através da Lei n.º 23/2012, de 25 de junho. Não será perfeita, nem tão pouco adequada às necessidades dos portugueses no presente e no futuro próximo. Mas não obstante a sua impositiva fonte de origem internacional, acabou por destruir alguns preconceitos, para além de ter o mérito extraordinário de reunir à sua volta um consenso que poucas leis deste país terão conseguido. Face a esta importante reforma e encontrando-se esgotada a edição anterior, apresenta-se esta nova edição do Código do Trabalho e Legislação Complementar, com mais algumas anotações, mas apenas com alguma da legislação complementar de maior interesse, de molde a facilitar-se a sua apreensão e manuseamento. Lisboa, 31 de agosto de 2012 ALCIDES MARTINS (alcides@martins.pt) 7

8 SIGLAS E ABREVIATURAS UTILIZADAS ACT Autoridade para as Condições de Trabalho, organizada pelo D.L. n.º 326- -B/2007, de 28 de setembro. Art. ou art.º Artigo. Ac. Acórdão. B.T.E. Boletim do Trabalho e Emprego. C. P. T. Código de Processo do Trabalho, na redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 295/2009, de 13 de outubro, em vigor a partir de 1 de janeiro de 2010. C.R.C.S.S. Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, aprovado pela Lei n.º 110/2009, de 16 de setembro. C.R.P. Constituição da República Portuguesa. C.T.2003 Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 99/2003, de 27 de agosto e alterado pelas Leis n. os 9/2006, de 20 de março, 59/2007, de 4 de setembro e 12-A/2008, de 27 de fevereiro. C.T. ou C.T. 2009 Código de Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro e alterado pelas Leis n. os 105/2009, de 14 de setembro, 53/2011, de 14 de outubro, 23/2012, de 25 de junho e 47/2012, de 29 de agosto. Cfr. Confrontar, confirmar ou conforme. D.A.R. Diário da Assembleia da República. D.L. Decreto-Lei. D.L.R. Decreto Legislativo Regional. D.R. Decreto Regulamentar. Dec. Decreto. L. Lei. L.R. Lei de Regulamentação do Código de Trabalho 2009, aprovada pela Lei n.º 105/2009, de 14 de setembro. MTSS Ex Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. MEE Ministério da Economia e Emprego. M.P. Ministério Público. Sgt. Seguinte. STJ Supremo Tribunal de Justiça. V. Ver. NOTA Pertencerão ao Código do Trabalho de 2009 as disposições citadas nas anotações sem indicação do respectivo diploma legal. 8

9 SUMÁRIO OS NOSSOS PROPÓSITOS... 7 Siglas e Abreviaturas Utilizadas... 8 PARTE I CÓDIGO DO TRABALHO E SUA REGULAMENTAÇÃO A Código do Trabalho Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro... 13 Lei n.º 23/2012, de 25 de junho... 23 Lei n.º 47/2012, de 29 de agosto... 29 Código do Trabalho... 31 B Regulamentação do Código do Trabalho Lei n.º 105/2009, de 14 de setembro... 281 Lei n.º 3/2012, de 10 de janeiro... 297 C Adaptação à Região Autónoma da Madeira do Código do Trabalho de 2009 Decreto Legislativo Regional n.º 21/2009/M, de 4 de agosto... 299 D Retribuição mínima mensal garantida Decreto-Lei n.º 143/2010, de 31 de dezembro... 305 Decreto Legislativo Regional n.º 8/2002/A, de 14 de abril... 307 Decreto Legislativo Regional n.º 9/2011/M, de 11 de abril... 311 PARTE II RESTANTE LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DO CÓDIGO DO TRABALHO (ENUMERAÇÃO) 1 Institutos do Direito do Trabalho... 313 2 Contratos de Trabalho com Regime Especial... 314 3 Contratos Equiparados ao Contrato de Trabalho... 314 9

10 CÓDIGO DO TRABALHO E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR ÍNDICES Índice Temático... 317 Índice Sistemático... 325

11 CÓDIGO DO TRABALHO E SUA REGULAMENTAÇÃO

12

13 A CÓDIGO DO TRABALHO Lei n.º 7/2009( 1 ) de 12 de fevereiro A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Aprovação do Código do Trabalho É aprovado o Código do Trabalho, que se publica em anexo à presente lei e dela faz parte integrante. Não obstante esta Lei n.º 7/2009, declarar aprovar apenas a revisão do Código do Trabalho (de 2003), a verdade é que ela aprova, pelo menos, formalmente, um novo Código do Trabalho (que será o de 2009). Resultou da Proposta de Lei n.º 216/X, de 26 de junho de 2008. O processo de aprovação da Lei na Assembleia da República consta, essencialmente, no D.A.R., I Série, n. os 2, 18, 75 e 76 [www.parlamento.pt]. A Lei n.º 23/2012, de 25 de junho, que introduziu a terceira e mais profunda alteração ao Código, resultou da Proposta de Lei n.º 46/XII. A discussão desta Proposta na generalidade e a votação na especialidade contêm-se, respetivamente, nos n. os 89 e 91/XII do D.A.R, I Série. Por sua vez, a Lei n.º 47/2012, de 29 de agosto, que procedeu à quarta alteração do mesmo Código, por forma a adequá-lo à Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto, que estabelece o regime da escolaridade obrigatória, proveio da Proposta de Lei n.º 68/XII, constando a sua discussão na generalidade no D.A.R. I Série, n.º 129, de 5/7/2012. Artigo 2.º Transposição de diretivas comunitárias O Código do Trabalho transpõe para a ordem jurídica interna, total ou parcialmente, as seguintes diretivas comunitárias: a) Diretiva do Conselho n.º 91/533/CEE, de 14 de outubro, relativa à obrigação de a entidade patronal informar o trabalhador sobre as condições aplicáveis ao contrato ou à relação de trabalho; b) Diretiva n.º 92/85/CEE, do Conselho, de 19 de outubro, relativa à implementação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde das trabalhadoras grávidas, puérperas ou lactantes no trabalho; c) Diretiva n.º 94/33/CE, do Conselho, de 22 de junho, relativa à proteção dos jovens no trabalho; 1 Retificada pela Declaração de Retificação n.º 21/2009, de 18 de março, e alterada pela Lei n.º 23/2012, de 25 de junho. 13

14 ART.º 3.º A CÓDIGO DO TRABALHO d) Diretiva n.º 96/34/CE, do Conselho, de 3 de junho, relativa ao acordo quadro sobre a licença parental celebrado pela União das Confederações da Indústria e dos Empregadores da Europa (UNICE), pelo Centro Europeu das Empresas Públicas (CEEP) e pela Confederação Europeia dos Sindicatos (CES); e) Diretiva n.º 96/71/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de dezembro, relativa ao destacamento de trabalhadores no âmbito de uma prestação de serviços; f) Diretiva n.º 97/81/CE, do Conselho, de 15 de dezembro, respeitante ao acordo quadro relativo ao trabalho a tempo parcial celebrado pela UNICE, pelo CEEP e pela CES; g) Diretiva n.º 98/59/CE, do Conselho, de 20 de julho, relativa à aproximação das legislações dos Estados membros respeitantes aos despedimentos coletivos; h) Diretiva n.º 1999/70/CE, do Conselho, de 28 de junho, respeitante ao acordo quadro CES, UNICE e CEEP relativo a contratos de trabalho a termo; i) Diretiva n.º 2000/43/CE, do Conselho, de 29 de junho, que aplica o princípio da igualdade de tratamento entre as pessoas, sem distinção de origem racial ou étnica; j) Diretiva n.º 2000/78/CE, do Conselho, de 27 de novembro, que estabelece um quadro geral de igualdade de tratamento no emprego e na atividade profissional; l) Diretiva n.º 2001/23/CE, do Conselho, de 12 de março, relativa à aproximação das legislações dos Estados membros respeitantes à manutenção dos direitos dos trabalhadores em caso de transferência de empresas ou de estabelecimentos, ou de partes de empresas ou de estabelecimentos; m) Diretiva n.º 2002/14/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de março, que estabelece um quadro geral relativo à informação e à consulta dos trabalhadores na Comunidade Europeia; n) Diretiva n.º 2003/88/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de novembro, relativa a determinados aspetos da organização do tempo de trabalho; o) Diretiva n.º 2006/54/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de julho, relativa à aplicação do princípio da igualdade de oportunidades e igualdade de tratamento entre homens e mulheres em domínios ligados ao emprego e à atividade profissional (reformulação). Nos termos do Tratado da União Europeia, o regulamento tem carácter geral. É obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros. A diretiva vincula o Estado-Membro destinatário quanto ao resultado a alcançar, deixando, no entanto, às instâncias nacionais a competência quanto à forma e aos meios (art.º 288.º - ex-art.º 249.º do TCE) [hptt://euro-lex.europa.eu/pt]. C.R.P., art.º 8.º, n.º 4. Artigo 3.º Trabalho autónomo de menor 1 O menor com idade inferior a 16 anos não pode ser contratado para realizar uma atividade remunerada prestada com autonomia, exceto caso tenha concluído a escolaridade obrigatória ou esteja matriculado e a frequentar o nível secundário de educação e se trate de trabalhos leves 2. 2 Redação conferida pelo art.º 2.º da Lei n.º 47/2012, de 29 de agosto.

LEI N.º 7/2009, DE 12 DE FEVEREIRO ART.º 5.º 15 2 À celebração do contrato previsto no número anterior aplicam-se as regras gerais previstas no Código Civil. 3 Consideram-se trabalhos leves para efeitos do n.º 1 os que assim forem definidos para o contrato de trabalho celebrado com menor. 4 Ao menor que realiza atividades com autonomia aplicam-se as limitações estabelecidas para o contrato de trabalho celebrado com menor. O contrato de trabalho (subordinado) com menores encontra-se disciplinado nos arts. 66.º a 83.º do C.T.. A participação de menor em atividade de natureza cultural, artística ou publicitária está regulada nos arts. 2.º a 11.º da L.R.. As regras gerais previstas no Código Civil serão, nomeadamente, as da capacidade (arts. 122.º a 129.º) e as que regulam o contrato de prestação de serviço (arts. 1154.º e sgts.). As atividades proibidas ou condicionadas a menor encontram-se enumeradas nos arts. 61.º a 72.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro Regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho. Artigo 4.º Acidentes de trabalho e doenças profissionais 1 O regime relativo a acidentes de trabalho e doenças profissionais, previsto nos artigos 283.º e 284.º do Código do Trabalho, com as necessárias adaptações, aplica-se igualmente: a) A praticante, aprendiz, estagiário e demais situações que devam considerar-se de formação profissional; b) A administrador, diretor, gerente ou equiparado, sem contrato de trabalho, que seja remunerado por essa atividade; c) A prestador de trabalho, sem subordinação jurídica, que desenvolve a sua atividade na dependência económica, nos termos do artigo 10.º do Código do Trabalho. 2 O trabalhador que exerça atividade por conta própria deve efetuar um seguro que garanta o pagamento das prestações previstas nos artigos indicados no número anterior e respetiva legislação regulamentar. O regime relativo a acidentes de trabalho e doenças profissionais tem os seus princípios no art.º 283.º do C.T. e na sequência do artigo seguinte, o seu desenvolvimento na Lei n.º 98/2009, de 4 de setembro Regulamenta o regime de reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, incluindo a reabilitação e reintegração profissionais, em vigor a partir de 1 de janeiro de 2010. O regime do contrato de seguro para os trabalhadores independentes está contemplado no D.L. n.º 159/99, de 11 de maio. Artigo 5.º Regime do tempo de trabalho O disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 197.º do Código do Trabalho não é aplicável até à entrada em vigor de convenção coletiva que disponha sobre a matéria, mantendo-se em vigor, durante esse período, o previsto no artigo 1.º da Lei n.º 21/96, de 23 de julho, e na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º da Lei n.º 73/98, de 10 de novembro.