CLIQUE AQUI PARA VER AS DIFERENTES MANEIRAS DE CLASSIFICAR OS TIPOS DE PESQUISA E OS RESPECTIVOS AUTORES AUTOR Triviños (1987) TIPOS DE PESQUISA Explo

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Quanto aos meios, também segundo Gil (1991) e Vergara (1997), a pesquisa utilizará os seguintes meios:

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Transcrição:

METODOLOGIA DE PESQUISA AULA 02: O PROCESSO DE PESQUISA TÓPICO 02: TIPOS DE PESQUISA Existem vários critérios para classificar os tipos de pesquisa, de acordo com o enfoque dos vários autores. QUANTO A FINALIDADE Trujillo Ferrari (1982) explica que pesquisar é questionar, perguntar, cujos objetivos vinculam-se ao enriquecimento teórico das ciências, ao mesmo tempo em que apresentam valor prático ou pragmático da realidade. A partir dessas duas finalidades a pesquisa pode ser dividida em dois grandes blocos: pesquisa pura e pesquisa aplicada. PESQUISA PURA, BÁSICA OU TEÓRICA PESQUISA APLICADA PESQUISA PURA, BÁSICA OU TEÓRICA É um tipo de estudo sistemático motivado pela curiosidade intelectual, que se preocupa com o desenvolvimento do conhecimento pelo prazer de conhecer e evoluir cientificamente. Na concepção de Trujillo Ferrari (1982), a pesquisa pura procura melhorar o próprio conhecimento, isto é, busca contribuir, entender e explicar os fenômenos. Nela os pesquisadores trabalham para gerar novas teorias. Já para Minayo (2002, p. 52) esta forma de investigar permite articular conceitos e sistematizar a produção de uma determinada área de conhecimento visando, portanto criar novas questões num processo de incorporação e superação daquilo que já se encontra produzido. A pesquisa pura objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista PESQUISA APLICADA Tem como motivação básica a solução de problemas concretos, práticos e operacionais. Trujillo Ferrari (1982, p. 171) enfatiza que não obstante a finalidade prática da pesquisa, ela pode contribuir teoricamente com novos fatos para o planejamento de novas pesquisas ou mesmo para a compreensão teórica de certos setores do conhecimento. Esta pesquisa é também chamada de pesquisa empírica, pois o pesquisador precisa ir a campo, conversar com pessoas, presenciar relações sociais, portanto envolve verdades e interesses locais. Zanella (2009) apresenta outras diferentes maneiras de classificar os tipos de pesquisa, de acordo com sua finalidade, objetivos, metodologia, local de execução e resultados a serem alcançados, a partir de vários autores desta área de estudo.

CLIQUE AQUI PARA VER AS DIFERENTES MANEIRAS DE CLASSIFICAR OS TIPOS DE PESQUISA E OS RESPECTIVOS AUTORES AUTOR Triviños (1987) TIPOS DE PESQUISA Exploratória Descritiva Experimental 1999) Patton (apud ROESCH, Pesquisa básica Pesquisa aplicada Avaliação de resultados Avaliação formativa Pesquisa-ação 1999) Schein (apud ROESCH, sistemas Proposição de planos ou Pesquisa-diagnóstica Mattar (1999) Quanto à natureza das variáveis: qualitativa e quantitativa Quanto ao relacionamento entre as variáveis: descritiva e causal Quanto aos objetivos e ao grau em que o problema está cristalizado: exploratória e conclusiva Quanto à forma utilizada para a coleta de dados: por comunicação ou por observação Quanto ao objetivo: levantamentos amostrais, estudos de campo e estudos de caso. Quanto à dimensão da pesquisa no tempo: pesquisas ocasionais (ou ad hoc) e as evolutivas Quanto à possibilidade de controle sobre as variáveis de estudo: pesquisa experimental de laboratório, a pesquisa experimental de campo e a pesquisa ex-post-facto. Quanto ao ambiente de pesquisa: pesquisa de campo, de laboratório e por simulação. Vergara (1997) Quanto aos fins: exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada, intervencionista.

Quanto aos meios: de campo, de laboratório, telematizada, documental, bibliográfica, experimental, ex-post-facto, participante, pesquisa-ação e estudo de caso. Seltiz et al. (1972) Estudos formuladores ou exploratórios Estudos descritivos Richardson et al. (2007) Quanto ao método e forma de abordar o problema: pesquisa quantitativa e qualitativa Gil (2007) Quanto aos objetivos: exploratória, descritiva, explicativa. Quanto aos procedimentos adotados para a coleta de dados: pesquisa bibliográfica, documental, experimental, a expost-facto, o levantamento, o estudo de campo e o estudo de caso. Diante das diversas classificações dos tipos de pesquisa, é importante ressaltar que a escolha de um tipo de pesquisa depende basicamente da pergunta a ser respondida, do objeto pesquisado, do objetivo da pesquisa e da metodologia a ser utilizada. É de muita utilidade a classificação de pesquisa apresentada, de forma clara e didática, por Richardson et al. (2007), quanto ao método e à forma de abordar o problema, e por Gil (2007), quanto aos objetivos da pesquisa e quanto aos procedimentos adotados para a coleta de dados. QUANTO À FORMA DE ABORDAGEM DO PROBLEMA Quanto ao método e à forma de abordar o problema, Richardson et al. (2007) classificam as pesquisas de duas maneiras: quantitativa e qualitativa. Traduz em números opiniões e informações, para classificá-los e analisá-los sob a premissa de que todos os fenômenos são quantificáveis. Caracteriza-se pelo emprego de instrumentos estatísticos, tanto na coleta quanto no tratamento dos dados, tendo como finalidade medir relações entre as variáveis. Procura, portanto, medir e quantificar os resultados da investigação, elaborando-os em dados estatísticos. É apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferências como comportamentos. Este método de pesquisa deve ser utilizado para descobrirmos quantas pessoas de uma determinada população compartilham uma característica

ou um grupo de características. Por exemplo, quantas pessoas que moram na cidade de Fortaleza - CE são do sexo masculino e quantas são do sexo feminino. Ou ainda, quantas pessoas de uma localidade têm preferência por um determinado produto. Considera a existência de um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, não podendo ser traduzido em números. O pesquisador interpreta os fenômenos e lhes atribuem significados. Não requer o uso de modelos matemáticos e estatísticos. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. Bogdan (apud TRIVIÑOS, 1987) apresenta algumas características essenciais para a execução de uma pesquisa qualitativa: No trabalho de campo, o pesquisador é fundamental no processo de coleta e análise de dados, por isso não pode ser substituído por nenhuma outra pessoa. É ele quem observa, seleciona, interpreta e registra os comentários e as informações do mundo natural. O pesquisador deve ter as seguintes habilidades: capacidade para ouvir; perspicácia para observar; disciplina para registrar as observações e declarações; capacidade de observação; organização para registrar, codificar e classificar os dados; paciência; abertura e flexibilidade; e capacidade de interação com o grupo de investigadores e com os atores envolvidos na pesquisa. A pesquisa qualitativa é descritiva, dado que se preocupa em descrever os fenômenos por meio dos significados que o ambiente manifesta. Assim, os resultados são expressos na forma de transcrição de entrevistas, narrativas, declarações, fotografias, desenhos, documentos, diários pessoais, dentre outras formas de coleta de dados e informações; Os pesquisadores qualitativos estão preocupados com o processo, portanto, não estão preocupados com os resultados e produtos, estão sim preocupados em conhecer como determinado fenômeno se manifesta; Os pesquisadores qualitativos tendem a analisar seus dados indutivamente, isto significa que as abstrações são construídas a partir dos dados, num processo de baixo para cima; O significado é a preocupação essencial, dado que os pesquisadores qualitativos buscam compreender os fenômenos a partir do ponto de vista dos participantes. QUANTO AOS OBJETIVOS

Segundo Gil (2007, 2010), quanto aos objetivos as pesquisas podem ser classificadas em: exploratórias, descritivas e explicativas. PESQUISA EXPLORATÓRIA Objetiva explicitar um problema, conhecê-lo, para que se possa construir hipóteses explicativas, envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que têm ou tiveram experiências práticas com o problema a ser pesquisado. Em geral, assumem a forma de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. PESQUISA DESCRITIVA Objetiva descrever as características de determinada população ou fenômeno, ou, ainda, estabelecer relações entre variáveis; utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. Em geral, assume a forma de Levantamento. A pesquisa descritiva, como o próprio nome já diz, tem o objetivo de descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987, p. 100, grifo do autor). PESQUISA EXPLICATIVA Visa identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos, explica a razão, o porquê da ocorrência dos fenômenos, sendo o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade. Em geral, assume as formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Ex-post-facto. Os procedimentos básicos são: registrar, classificar, identificar e aprofundar a análise. QUANTO AOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS Quanto aos procedimentos adotados na coleta de dados, Gil (2007, 2010) classifica as pesquisas em dois grandes grupos. No primeiro grupo, têm-se as pesquisas bibliográfica e documental, que se utilizam de fontes de papel. No segundo grupo, encontramos pesquisas que se utilizam de fontes de gente, isto é, dependem de informações transmitidas pelas pessoas. Aqui se incluem a pesquisa experimental, a ex-post-facto, o levantamento, o estudo de campo e o estudo de caso. 1 - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 2 - PESQUISA DOCUMENTAL 1. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Pesquisa elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e trabalhos disponibilizados na internet. O processo de pesquisa envolve a escolha do tema, levantamento bibliográfico preliminar, formulação do problema, elaboração do plano provisório de assunto, busca das fontes, leitura do material, fichamento, organização lógica do assunto e redação do texto (GIL, 2007, p. 60). 2. PESQUISA DOCUMENTAL Pesquisa elaborada a partir de materiais que ainda não receberam tratamento analítico, como por exemplo: ofícios, fotos, filmes, documentos históricos etc. Os dados documentais, de

natureza quantitativa e/ou qualitativa, podem ser encontrados junto à empresa (dados secundários internos) como os relatórios e manuais da organização, notas fiscais, relatórios de estoques, de usuários, relatório de entrada e saída de recursos financeiros, entre outros, e externos, como as publicações (censo demográfico, censo industrial) e resultados de pesquisas já desenvolvidas. Em função da natureza dos documentos qualitativos ou quantitativos o planejamento, a execução e a interpretação dos dados seguem caminhos diferentes, respeitando as particularidades de cada abordagem. 1 - PESQUISA EXPERIMENTAL 2 - LEVANTAMENTO 3 - ESTUDO DE CASO 4 - PESQUISA EX-POST-FACTO 5 - PESQUISA-AÇÃO 6 - PESQUISA PARTICIPANTE 7 - ESTUDO DE CAMPO 1. PESQUISA EXPERIMENTAL Pesquisa realizada sob a forma de um experimento, a partir da definição do objeto, seleção de variáveis que influenciam esse objeto, formas de controle e de observação dos efeitos que as variáveis produzem no objeto. Muito utilizada na análise de objetos físicos, das ciências físicas e biológicas, mas também em psicologia e sociologia do trabalho. 2. LEVANTAMENTO Pesquisa que utiliza a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Muito utilizada nas pesquisas sociais. Tem como vantagem a rapidez no conhecimento da realidade e a quantificação e como principal desvantagem o grau de subjetivismo que cada indivíduo apresenta ao observar determinado problema. Os censos e as pesquisas políticas para avaliar a intenção de voto e a pesquisa de mercado são exemplos de levantamento (surveys ou sondagem). 3. ESTUDO DE CASO Pesquisa que envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, permitindo assim um conhecimento detalhado do objeto. Não pode ser generalizada. De acordo com Yin (2001, p. 32), um estudo de caso é uma investigação empírica que: investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos; enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados; baseia-se em várias fontes de evidências; e, como outro resultado;

beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a coleta e análise de dados. O estudo de caso é utilizado quando o pesquisador investiga uma questão do tipo como e por que sobre um conjunto contemporâneo de acontecimentos sobre o qual o pesquisador tem pouco ou nenhum controle (YIN, p.28), tendo como objeto de estudo um caso único ou casos múltiplos. 4. PESQUISA EX-POST-FACTO Pesquisa que aborda situações que já ocorreram, ou seja, procura causas para fenômenos já consolidados, não existindo o controle de variáveis. É possível traduzir o termo ex-post-facto como a partir do fato passado. Este tipo de pesquisa realiza a ocorrência de variações na variável dependente no curso natural dos acontecimentos. Neste caso, o pesquisador não possui controle sobre a variável independente, que constitui o fator suposto do fenômeno, porque ele já ocorreu. Portanto, o pesquisador identifica as situações que se desenvolveram naturalmente e trabalha sobre elas como se estivessem submetidas a controles Ela tem o mesmo propósito que a pesquisa experimental por observar a existência de relações entre variáveis. 4. PESQUISA-AÇÃO Pesquisa realizada em associação com uma ação ou resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e sujeitos da pesquisa estão envolvidos de modo cooperativo e participativo, ou seja, os pesquisadores desempenham um papel ativo no equacionamento dos problemas encontrados, no acompanhamento e na avaliação das ações desencadeadas em função dos problemas. (THIOLLENT, 2007). 4. PESQUISA PARTICIPANTE Pesquisa que utiliza como técnica a observação participante, no qual o pesquisador participa ativamente como membro do grupo que ele próprio está estudando. Na maioria das vezes, o grupo está ciente da condição do pesquisador, contudo, em certas pesquisas o pesquisador atua de forma encoberta, sem que o grupo saiba que ele está ali para observar, participar e colher informações. Esta ultima situação tem sido considerada antiética pelos pares. 4. ESTUDO DE CAMPO Os estudos de campo pesquisam situações reais. A palavra campo quer dizer que o estudo é realizado em um ambiente real. São semelhantes aos levantamentos e aos estudos de caso, mas metodologicamente apresentam diferença quanto à profundidade e amplitude: os levantamentos (surveys) têm grande amplitude, pouca profundidade, isto é, abrangem grande número de pessoas, muitas organizações etc.;

os estudos de caso têm grande profundidade e pouca amplitude, isto é, estudam poucas pessoas ou organizações, mas exaustivamente; e os estudos de campo têm pouca profundidade e pouca amplitude. ATENÇÃO Os tipos de pesquisa aqui apresentados não são mutuamente exclusivos, uma mesma pesquisa pode estar enquadrada em mais de um tipo, desde que obedeça aos requisitos inerentes a cada tipo. FÓRUM 03 - UMA PESQUISA QUALQUER E UMA PESQUISA CIENTÍFICA Discuta com seus colegas e tutor(a) sobre as diferenças entre uma pesquisa qualquer e uma pesquisa científica. FÓRUM 04 - CONSULTA BIBLIOGRÁFICA A consulta bibliográfica pode ser considerada uma forma de fazer pesquisa científica? Discuta esta questão, no ambiente virtual de aprendizagem, com seus coelgas e tutor(a). ATIVIDADE DE PORTFÓLIO Utilize os artigos: (1) Tamanho do Governo Brasileiro: Conceitos e Medidas (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.) e (2) Fotografias de Família pela Ótica das Sucessoras: um Estudo sobre uma Organização Familiar (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.), para fazer uma análise comparativa, apontando semelhanças e diferenças entre a temática, os objetivos geral e específicos, o referencial teórico e a metodologia. Apresente ainda, os tipos de pesquisa (utilize as tipologias de pesquisa estudadas na Aula 2), tipos de coleta e tratamento dos dados para ambos os textos. Use o quadro comparativo (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.), anexo, como orientação para o desenvolvimento do portfólio. FONTES DAS IMAGENS Responsável: Profª. Joana D Arc de Oliveira Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual