Poluentes Orgânicos Persistentes em águas Brasileiras. Profa. Dra. Carin von Mühlen Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas carin@feevale.



Documentos relacionados
Relatório de informações mensais de abastecimento sobre a qualidade da água para consumo humano em Campo Grande RE_7.5_16-088

Documento Assinado Digitalmente

Condições e Padrões de Qualidade de Águas

Documento Assinado Digitalmente

Relatório de Ensaio Nº: /2014

Monitoramento e Controle Ambiental

Área de Atividade/Produto Classe de Ensaio/Descrição do Ensaio Norma e/ou Procedimento

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE ITAGUARA (Autarquia Municipal) CNPJ: / Inscrição Estadual: Isento

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE ITAGUARA (Autarquia Municipal) CNPJ: / Inscrição Estadual: Isento

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação da Dureza Total pelo método titulométrico por EDTA LQ: 5 mg/l

Interpretação e implicações técnicas e jurídicas da Resolução CONAMA Nº 357

PARÂMETROS DETERMINADOS PELO SETOR DE QUÍMICA ORGÂNICA

Revisão de Relatório de Ensaios LIMNOS Nº 1949/14A Este relatório cancela e substitui as suas revisões emitidas anteriormente

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL CONTROLE DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

Relatório de informações mensais de abastecimento sobre a qualidade da água para consumo humano em Campo Grande RE_7.5_16-088

RESOLUÇÃO CONAMA N 357, DE 17 DE MARÇO DE Alterada pela Resolução CONAMA n 370/06. Alterada pela Resolução CONAMA n 397/08.

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE EMPREENDIMENTOS - TE

Dep. de Contr da Qualidade dos Produtos Água e Esg - TOQ

NÚCLEO OPERACIONAL DA QUÍMICA ORGÂNICA

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO

Anexo 1 - Valores máximos permitidos VMP- por uso individualizados considerados como preponderantes para a água subterrânea

LAUDO DE ANÁLISES Nº:

Relatório de Ensaio nº /15

PLANILHA - CPEA MS. Parâmetros. Resultado da Amostra 60422/2012. Resultado da duplicata 60424/2012 DPR (%)

Dep. de Contr da Qualidade dos Produtos Água e Esg - TOQ

L I C I T A Ç Ã O: Convite:Compras e outros serviços, Nº12/2013 Menor preço - Global

RESULTADOS ANALÍTICOS DAS AMOSTRAS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - ANTIGA SHELL QUÍMICA - PAULÍNIA

RESOLUÇÃO N o 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 Publicada no DOU nº 053, de 18/03/2005, págs Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011

Relatório de Ensaio nº /14

RESOLUÇÃO No- 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005

DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO FIESP

A T A D E R E G I S T R O D E P R E Ç O S P R E G Ã O ELETRÔ N I C O N º / F U N P E C

RESUMO DOS RESULTADOS DA AMOSTRA N 80673/ Processo Comercial N 3249/2015-2

RESUMO DOS RESULTADOS DA AMOSTRA N 80672/ Processo Comercial N 3249/2015-2

RESOLUÇÃO Nº 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE ITAGUARA (Autarquia Municipal) CNPJ: / Inscrição Estadual: Isento TERMO DE REFERÊNCIA

RELATÓRIO DE ENSAIO Nº 0735/14 PORTARIA MS 2914

CERTIFICADO DE ENSAIO: 1307 ANO: 2014 TIPO DE ANÁLISE: FÍSICO-QUIMICA C L I E N T E: SAMAE - MIRASELVA CNPJ: /

ESTUDO COMPARATIVO DE INSTRUMENTOS LEGAIS PARA CLASSIFICAÇÃO E ENQUADRAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO BRASIL

RESUMO DOS RESULTADOS DA AMOSTRA N / Processo Comercial N 10956/2012-2

WORKSHOP Sobre Processos de Tratamento de Lixiviados de Aterros Sanitários e a Legislação Posição e Experiência do Órgão Ambiental CETESB

RESOLUÇÃO CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005 Publicada no DOU n o 53, de 18 de março de 2005, Seção 1, páginas 58-63

Total ,0

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Resolução CONAMA nº 357/2005

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005*

Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de (Publicação - Diário Oficial da União 18/03/2005)

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE CONAMA. Resolução nº 357, de 17 de março de 2005.

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação de Metais por Espectrometria de Absorção Atômica AA

c Lei nº , de , dispõe sobre as diretrizes nacionais para o saneamento básico, regulamentada pelo Dec. nº 7.217, de

6530 Lista holandesa de valores de qualidade do solo e da água subterrânea Valores STI

NEED HELP? GIVE US A CALL

RESOLUÇÃO CONAMA n o 396, de 3 de abril de 2008 Publicada no DOU nº 66, de 7 de abril de 2008, Seção 1, páginas 64-68

Relatório de Ensaio Nº: 24741

PADÃO MICROBIOLÓGICO DE POTABILIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO - Tabela I (MS 518) - Anexo I (MS 2914)

Como Escolher a Sua Água

Documento Assinado Digitalmente

Vigilância e Monitoramento - Visualizar

PARÂMETRO LEGISLAÇÃO RESULTADO UNIDADE. 1,2-Dicloroetano 10 µg/l < 1,0 µg/l. 1,2-Diclorobenzeno 0,01 mg/l < 0,001 mg/l

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE ITAGUARA (Autarquia Municipal) CNPJ: / Inscrição Estadual: Isento

AUTARQUIA MUNICIPAL - LEI DE CRIAÇÃO N. 10 DE 20/04/1966 SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO

Tabela Números da Represa Billings

ANEXO I. Tabela de padrão microbiológico da água para consumo humano

VALORES ORIENTADORES PARA SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Revisão 2014

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO INSTALAÇÃO PERMANENTE

Aplicação de resíduos em solo agrícola. Lodo do STAR (Indústria Alimentícia)

Relatório de Ensaio 62732/ A

Anexo I TERMO DE REFERÊNCIA Análises Terceirizadas

Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG N.º 1, de 05 de Maio de 2008 (publicado no Minas Gerais no dia 13/05/2008)

RELATÓRIO DE ANÁLISE N / A Revisão 0


ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO PARA ÁGUAS ENVASADAS E GELO 1. ALCANCE Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer a

RESOLUÇÃO ANVISA RDC nº. 274, de 22 de setembro de (Publicada no D.O.U. - Poder Executivo, de 23 de setembro de 2005)

Lista de Ensaios Acreditados - Âmbito Flexivel. Anexo Técnico de Acreditação, L0297-1

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação de Alcalinidade - Método Titulométrico LQ: 0,2 mg/l

Compostos que afetam as qualidades organolépticas da água Composto Padrão Efeitos maléficos

Departamento de Água e Esgoto

SISTEMA ESTUARINO DE SANTOS E SÃO VICENTE AGOSTO DE 2001

Página Inicial Pesquisa Complementar Estatísticas do site Normas Consolidadas Publicações de Hoje Glossári

Biól. MSc Mara Magalhães Gaeta Lemos CETESB Setor das Águas Subterrâneas e do Solo

Total Concentration (μg/m 3 )

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação de Alumínio Total pelo método colorimétrico LQ: 0,008 mg/l

O campus USP Capital/Zona Leste Identificação de compostos químicos no solo e avaliação de risco à saúde humana

Tipo de água Parâmetro VMP(1) Água para consumo humano Escherichia coli(2) Ausência em 100 ml

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

BOLETIM ANALÍTICO. Projeto n : 0521P16 Data de emissão do BA: 12/04/2016

ANEXO I. Coliformes totais (4) ANEXO II. Tratamento da água VMP (1) Desinfecção (para água subterrânea) 1,0 ut (2) em 95% das amostras

Relatório de Ensaio Nº 26342/ Proposta Comercial Nº 2256/2016

BOLETIM ANALÍTICO AMOSTRA N :

Cadastro do Sistema /Solução Alternativa de Abastecimento de Água para Consumo Humano

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

(Publicação Diário do Executivo Minas Gerais 13/05/2008) (Retificação Diário do Executivo Minas Gerais 20/05/2008)

Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG N.º 1, de 05 de Maio de 2008

RESUMO DOS RESULTADOS DA AMOSTRA N / Processo Comercial N 16853/2014-1

Art. 2º As empresas têm o prazo de 01 (um) ano a contar da data da publicação deste Regulamento para adequarem seus produtos.

RELATÓRIO TÉCNICO /11 USP/COESF Final 15 de agosto de 2011

RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº. 274, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.

Transcrição:

Poluentes Orgânicos Persistentes em águas Brasileiras Profa. Dra. Carin von Mühlen Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas carin@feevale.br

Quem são? POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES 2

Características? POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES 3

Características? POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Bioacumulação

Impacto global? POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Preocupação mundial devido a sua toxidez, contaminação ambiental e persistência, etc.( FU et al., 2003); caracterização de contaminação existente na região do Rio Pearl na China, demonstrou que os POPs podem ser transportados por longas distâncias pelo ar, rios e inclusive através de correntes oceânicas (CHAU, 2005); Convenção de Estocolmo sobre POPs: proibições destes produtos químicos ocorreram durante os anos 1970 e 1980 nos países mais desenvolvidos, eles continuavam em uso em muitos dos países em desenvolvimento.(shahawi et al., 2010 e MUIR; SVERKO, 2006)

Impacto global? POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Conveção de Estocolmo 5 metas: Eliminar POPs perigosos, iniciando com os 12 piores Auxiliar a transição para alternativas mais seguras Estudar outros POPs alvo para agir Limpar equipamentos antigos e estoques contendo POPOs Trabalhra juntos para um futuro livre de POPs

Convenção de Estocolomo POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Países signatários Estocolmo, 2001 92 Países 2004 150 países

De onde vem? POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES POPs Fontes primárias Fontes secundárias Produzidos industrialmente Produzidos Indiretamente por reações químicas ou de combustão 8

The "Dirty Dozen" 1 - Aldrin ¹ 2 - Clordano ¹ 3 - DDT(Diclorodifenil tricloroetano) ¹ 4 - Dieldrin ¹ 5 - Endrin ¹ 6 - Heptaclor ¹ 7 - Hexaclorobenzeno ¹,² 8 - Mirex¹ Convenção de Estocolomo POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES 9 Toxafeno (mistura de 670 compostos) ¹ 10 - PCBs (bifenilas policloradas) (210 congêneros, produção proibida no Brasil desde 1981 (non-hodgkin Linfoma) ¹,² 11 - Dioxinas (PCDDs - dibenzo-p-dioxinas policloradas 75)² 12 - Furanos (PCDFs - dibenzofuranos policlorados, 135) ² 1- Produzidos intencionalmente. 2- Produzidos de forma não intencional- por alguns processos industriais e combustão.

E no Brasil? POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Não há um inventário Nacional sobre a emissão de POPs. Não há um levantamento dos principais POPs encontrados nas águas brasileiras.

Inventário Nacional de fontes e estimativa de emissões de dioxinas e furanos: Brasil POPs: Plano Nacional de Implementação Convenção de Estocolmo MMA, 2013, 188 p. Soma geral das estimativas resultantes é da ordem de 3.200 g TEQ medida de toxicidade que situa o País na média mundial de emissões de dioxinas e furanos.

POPs na água POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES As principais fontes são: - Run-off agrícola - Run-off urbano - Efluentes industriais - Esgoto doméstico - Deposição atmosférica - Chorume de aterros e lixões

POPs na água POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Quando lançados nas águas residuárias, alguns compostos se degradam pela ação solar, outros são evaporados, mas a maior parte se deposita no solo e sedimentos.

POPs na água POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Além dos apresentados na Convenção de Estocolmo: VOCs Compostos orgânicos voláteis HPAs Hidrocarbonetos poliaromáticos Fenóis Clorobenzenos Outros pesticidas, fármacos, etc poluentes emergentes

POPs na água POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Safe Drinking Water Act EUA Após levantamento Nacional da produção, uso e dados de monitoramento de compostos: 126 compostos prioritários Base de dados nacional com monitoramento de contaminantes não regulados

Monitoramento POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES A CETESB - O Centro Regional da Convenção de Estocolmo sobre POPS para os Países da América Latina e Caribe LABORATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA da CETESB Programa de Monitoramento Global de POPs da UNEP Área: 470 m2 Análises: 40.000 / ano Equipamentos: CG com detectores: FID, ECD, HECD, NPD, PID, FPD, MS, MS/MS; HPLC detector fluorescência, UV, DAD; espectrometro infravermelho e UV visível, analisadores de TOC, TOX e EOX Corpo Técnico: 07 Químicos; 01 Eng. Químico, 01 Farm. Bioq.; 09 Técnicos; 02 Admiministrativo

1.3 LEGISLAÇÃO Resolução CONAMA Nº 357/2005 - "Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências." Resolução CONAMA Nº 397/2008 - "Altera o inciso II do 4o e a Tabela X do 5o, ambos do art. 34 da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA no 357, de 2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes." Resolução CONAMA Nº 430/2011 - "Dispõe sobre condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA." CONAMA Nº 357/2005 CONAMA Nº 397/2008 CONAMA Nº 430/2011 Parâmetros ÁGUAS DOCES Classe I Classe II Classe III EFLUENTES Valor máximo Acrilamida L 0,5 μg/ Alacloro 20 μg/l Aldrin + Dieldrin 0,005 μg/l 0,03 μg/l Atrazina 2 μg/l 2 μg/l Benzeno 0,005 mg/l 0,005 mg/l 1,2 mg/l Benzidina 0,001 μg/l 0,0002 μg/l Benzo(a)antraceno 0,05 μg/l 0,018 μg/l Benzo(a)pireno 0,05 μg/l 0,018 μg/l 0,7 μg/l Benzo(b)fluoranteno 0,05 μg/l 0,018 μg/l Benzo(k)fluoranteno 0,05 μg/l 0,018 μg/l Carbaril 0,02 μg/l 70,0 μg/l Clordano (cis + trans) 0,04 μg/l 0,3 μg/l 2-Clorofenol 0,1 μg/l Clorofórmio 1,0 mg/l 1,0 mg/l Criseno 0,05 μg/l 0,018 μg/l 2,4 D 4,0 μg/l 30,0 μg/l Demeton (Demeton-O + 0,1 μg/l 14,0 μg/l Demeton-S) Dibenzo(a,h)antraceno 0,05 μg/l 0,018 μg/l 1,2-Dicloroetano 0,01 mg/l 0,01 mg/l 1,1-Dicloroeteno 0,003 mg/l 30 μg/l Dicloroeteno (1,1+1,2 cis+ 1,0 mg/l 1,0 mg/l 1,2 trans) 2,4-Diclorofenol 0,3 μg/l Diclorometano 0,02 mg/l DDT (p,p -DDT + p,p - 0,002 μg/l 1,0 μg/l DDE + p,p -DDD) Dodecacloro 0,001 μg/l 0,001 μg/l pentaciclodecano Endossulfan (α + β + 0,056 μg/l 0,22 μg/l sulfato) 67 Endrin 0,004 μg/l 0,2 μg/l Estireno 0,02 mg/l 0,07 mg/l Etilbenzeno 90,0 μg/l 0,84 mg/l 17

1.3 LEGISLAÇÃO Parâmetros CONAMA Nº 357/2005 ÁGUAS DOCES Classe I Classe II Classe III Valor máximo CONAMA Nº 397/2008 EFLUENTES CONAMA Nº 430/2011 Fenois totais 0,003 mg/l 0,01 mg/l C6H5OH C6H5OH Glifosato 65 μg/l 280 μg/l Gution 0,005 μg/l 0,005 μg/l 3,3-Diclorobenzidina 0,028 μg/l Heptacloro epoxido + 0,01 μg/l 0,000039 0,03 μg/l Heptacloro μg/l Hexaclorobenzeno 0,0065 μg/l 0,00029 μg/l Indeno(1,2,3-cd)pireno 0,05 μg/l 0,018 μg/l 0,5 mg/l C6H5OH 0,5 mg/l C6H5OH Lindano (γ-hch)68 0,02 μg/l 2,0 μg/l Malation 0,1 μg/l 100,0 μg/l Metolacloro 10 μg/l Metoxicloro 0,03 μg/l 20,0 μg/l Paration 0,04 μg/l 35,0 μg/l PCBs - Bifenilas 0,001 μg/l 0,000064 0,001 μg/l policloradas μg/l Pentaclorofenol 0,009 mg/l 3,0 μg/l 0,009 mg/l Simazina 2,0 μg/l 2,4,5 T 2,0 μg/ L 2,0 μg/l Tetracloreto de carbono 0,002 mg/l 1,6 μg/l 0,003 mg/l 1,0 mg/l 1,0 mg/l Tetracloroeteno 0,01 mg/l 3,3 μg/l 0,01 mg/l Tolueno 2,0 μg/l 1,2 mg/l Toxafeno 0,01 μg/l 0,00028 μg/l 0,21 μg/l 2,4,5-TP 10,0 μg/l 10,0 μg/l Tributilestanho 0,063 μg/l TBT 2,0 μg/l TBT Triclorobenzeno (1,2,3- TCB + 1,2,4-TCB) 0,02 mg/l Tricloroeteno 0,03 mg/l 0,03 mg/l 1,0 mg/l 1,0 mg/l 2,4,6-Triclorofenol 0,01 mg/l 2,4 μg/l 0,01 mg/l Trifluralina 0,2 μg/l Xileno 300 μg/l 1,6 mg/l 1 8

1.3 LEGISLAÇÃO: Parâmetro (ugl -1 ) WHO FPT Canadian EPA Argentina - Argentina - Cordoba Mendoza Brasil Acrylamide 0,5 0,5 Alachlor 20 2 20 Aldrin e Dieldrin 0,03 0,7 0,03 0,03 0,03 Atrazine 2 5 3 2 Benzene 10 5 5 10 10 5 Benzo(a)pyrene (PAHs) 0,7 0,01 0,2 0,03 0,7 0,7 Carbofuran 7 90 40 Carbon tetrachloride 4 5 5 3 2 2 Chlordane 0,2 2 0,3 0,2 0,2 Chlorobenzene 300 80 100 3 300 120 2,4-D (2,4-dichlorophenoxyacetic acid) 30 70 100 30 30 2,4-DB 90 DDT 1 1 2 2 o-dichlorobenzene 1000 200 600 0,5 1000 p-dichlorobenzene 300 5 75 0,4 300 1,2-Dichloroethane 30 5 5 10 30 10 1,1-Dichloroethylene 140 14 7 30 30 cis-1,2-dichloroethylene 50 70 trans-1,2-dichloroethylene 100 50 Dichlorophenol 900 2,4,6-trichlorophenol 200 10 200 200 2,4-Dichloromethane 20 50 5 20 20 1,2-Dichloropropane 40 5 Endosulfan 20 Endrin 0,6 2 0,6 Ethylbenzene 300 700 300 200 Ethylene dibromide 0,4 0,05 Glyphosate 280 700 500 Heptachlor 0,4 Heptachlor epoxide 0,2 Heptachlor and Heptachlor epoxide 0,1 0,03 0,03 1 9

1.3 LEGISLAÇÃO: Parâmetro (ugl -1 ) WHO FPT Canadian Hexachlorobenzene 1 0,01 1 1 Lindane 2 0,2 3 2 2 Malathion 190 35 190 MCPA [4-(2-methyl-4-chlorophenoxy)acetic acid] 2 100 Mecoprop (MCPP; [2(2-methyl-chlorophenoxy) propionicacid]) 10 Methoxychlor 20 900 40 20 20 Metolachlor 10 50 30 10 Molinate 6 6 Paration 35 Pendimethalin 20 20 Polychlorinated biphenyls (PCBs) 0,5 Pentachlorophenol 9 60 1 10 9 9 Permethrin 300 20 Picloram 190 500 Propanil 20 Simazine 2 10 4 2 Styrene 20 100 20 20 Tetrachloroethylene 40 30 5 40 40 2,3,4,6-Tetrachlorophenol 100 Toluene 700 1000 700 170 Toxaphene 3 1,2,4-Trichlorobenzene 70 20 20 1,1,1-Trichloroethane 200 30 2000 1,1,2-Trichloroethane 5 Trichloroethylene 20 5 5 70 70 Trifluralin 20 45 20 THM - Chloroform 300 200 THM - Bromoform 100 100 THM - Dibromochloromethane 100 100 THM - Total 100 100 100 Bromodichloromethane 60 60 Vinyl chloride Xylenes (total) 0,3 500 2 2 10000 2 5 500 25 300 0 EPA Argentina - Argentina - Cordoba Mendoza Brasil

Porque não são monitorados? POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Falta de laboratórios qualificados Necessidade de uma diretriz nacional Estruturação da informação gerada Muitas técnicas analíticas Conhecimento técnico Gestão integrada Elevado custo/ mão de obra qualificada Coordenação Articulação Nacional

Sugestão: Levantamento Nacional POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Utilizar novas tecnologias que permitam realizar varredura de compostos orgânicos em amostras chave.

Levantamento Nacional POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES Amostras chave para água potável: filtros de carvão.

Exemplo: Uso de tecnologia convencional GC/qMS lodo de papel 25 3500e3 TIC 3000e3 2500e3 2000e3 1500e3 1000e3 500e3 22 24 21 26 28 29 30 31 24 22 3 13 18 19 25 26 28 29 30 31 20 30 40 50 60 70 80 90 Retention time (min) Schneider, A.; von Mühlen, C. Química Nova, 34, 9 1556, 2011. 24

GC/qMS lodo de papel 13 compostos identificados Peak Compound Formula 3 decane* C 10 H 22 13 undecane* C 11 H 24 18 pentadecane* C 15 H 32 19 diethylphtalate C 12 H 14 O 4 21 diisopropylnaphtalene C 16 H 20 6-methyl-1-(6-methyl- 22 cycloheptatrien-1-yl)- C 16 H 18 cycloheptatriene 24 diisopropylnaphtalene C 16 H 20 25 tetramethylphenylbicyclo heptadiene C 17 H 20 26 antracene C 10 H 8 28 2-ethyl-9-10-antracenediol C 16 H 14 O 2 bis-(2- C 16 H 22 O 4 29 methylprophyl)phtalate 30 dibuthylphtalate C 16 H 22 O 4 31 eicosane* C 20 H 42 *Identified with external standard 25

Cromatografia Gasosa Bidimensional Abrangente

Second dimension retention time (s) Resultados GC GC/TOFMS First dimension retention time (min) Alkyl-benzenes (AB) and decahydro-naphtalenes (DHN) 27

Resultados GC GC/TOFMS Compounds identified Number Alkyl-benzenes C1 1 Alkyldecahydronaphthalene C2 3* C3 7 C4 12 C5 6 C12 14 C0 1 C1 2 Alkyl-naphthalene C6:0 10 C6:1 3 Compounds Alkyl-phenol C0 1 28 C1 1 C2 1 C4 1 C5 7 Total: 70 ( Among 4,002 peaks and 1,454 peaks with Similarity > 800) Number

Resultados GC GC/TOFMS PCBs? Porcuramos todas as fórmulas contendo Cl, Br, F or I 3,5h, nenhum PCB! Peak Compound Similarity 97 tetrachloroethylene 893 176 chlorobenzene 926 275 1-Bromo-4-methylcyclohexane 916 510 1,4-dichlorobenzene 876 1067 3,5-dichlorobenzenamine 931 3421 1-chloroheptacosane 939 29

Aplicação dessa técnica a material particulado de ar urbano W. Welthagen et al. J. Chromatogr. A 1019, 233 249, 2003. Dessorção térmica direta (DTD GC/TOFMS) e GC GC/TOFMS) para caracterizar compostos orgânicos semi-voláteis (SVOCs) em material particulado até 2,5 µm (PM 2.5), em ar urbano em Augsburg, na Alemanha. 30

Aplicação dessa técnica a material particulado de ar urbano Mais de 15000 picos detectados!!!! 31

Aplicação dessa técnica a material particulado de ar urbano More than 15000 peaks detected!!!! 32

Permite a classificação por classe química 33

15 dias de monitoramento n-akanes PAH 34

Considerações finais O que queremos? O que podemos? E o que vamos fazer a respeito?

Obrigada por sua atenção! Carin von Mühlen carin@feevale.br www.feevale.br 36

Incidência de Câncer 2012 Rio Grande do Sul Estimativa Instituto Nacional do Câncer

Incidência de Câncer 2012 São Paulo Estimativa Instituto Nacional do Câncer