COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

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NOTA TÉCNICA. ASSUNTO: Projeto de Lei da Câmara dos Deputados nº 5069/2013

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Dê-se ao projeto a seguinte redação:

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Transcrição:

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 5.069, DE 2013 Acrescenta o art. 127-A ao Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Código Penal. Autor: Deputado Eduardo Cunha Relator: Deputado Evandro Gussi I - RELATÓRIO Vem, a esta Comissão de Constituição e de Cidadania, a Proposição em epígrafe, de autoria do Deputado Eduardo Cunha, com o objetivo de acrescentar o art. 127-A ao Código Penal, dotando o sistema jurídico pátrio de mecanismos mais efetivos para refrear a prática do aborto, que vem sendo perpetrada sob os auspícios de artimanhas jurídicas, em desrespeito da vontade amplamente majoritária do povo brasileiro. Justifica o autor: A legislação vigente considera o anúncio de meio abortivo como simples contravenção, o que leva a não ser priorizada a atuação a respeito por parte dos órgãos policiais, apesar do intenso tráfico ilícito que pode mesmo ser verificado pela Internet. Por outro lado, a lei não prevê penas

2 específicas para quem induz a gestante à prática do aborto, mesmo quando se trata de menor. O preenchimento destas lacunas do sistema jurídico sobreleva-se em importância em face das circunstâncias já expostas. Assim sendo, propõe-se a inclusão do art. 127-A ao Código Penal, com penas específicas para prevenir o recrudescimento da prática do aborto ilegal. O artigo também introduz uma figura qualificada quando o agente é funcionário da saúde pública, ou exerce a profissão de médico, farmacêutico ou enfermeiro, uma vez que essas categorias estão mais gravemente obrigadas a proteger a vida e a saúde da população, e um aumento de pena quando a gestante induzida ao aborto é menor de idade. A Proposição foi encaminhada apenas para a análise desta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, competindo-nos a análise da constitucionalidade, juridicidade e da técnica legislativa, nos termos do art. 54 do Regimento Interno, bem como do seu mérito, em observância ao despacho de tramitação exarado pela Presidência da Casa. Pelo seu conteúdo eminentemente penal, a matéria será ainda apreciada pelo Plenário da Casa, nos termos do que dispõe o inciso I do art. 24 em combinação com a alínea e do seu inciso II. É o relatório. II - VOTO DO RELATOR Não temos óbices de natureza constitucional que impeçam a livre tramitação da Proposição, uma vez que compete à União a legislação atinente ao tema (art. 22, I), cuja apreciação se faz no Congresso Nacional (art. 48). A iniciativa é deferida a parlamentar (art. 61). Assim também a Proposição não atenta contra os princípios consagrados em nosso ordenamento jurídico, guardando com os

3 mesmos, aliás, coerência. Portanto, não temos restrições à juridicidade da matéria em análise. Todavia, para ser consentâneo com a organicidade do ordenamento jurídico, propomos seja modificada a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013, porquanto tal Lei, sobretudo em seus artigos 1º, 2º e 3º, procura introduzir, de forma sub-reptícia, o aborto como rotina acolhida, disponibilizada e estimulada pelo Poder Público, em desconsideração à cominação penal vigente contra tal prática. No que diz respeito à técnica legislativa em sentido estrito, proporemos alguns reparos ao PL nº 5.069, de 2013, buscando aperfeiçoá-lo na medida em que o mesmo não traz, nos termos da Lei Complementar nº 95/98 (e modificações posteriores), o artigo inicial indicativo do objeto da lei e do respectivo âmbito de aplicação, além de não empregar a expressão NR após o novo texto introduzido. Além disso, não há cláusula de revogação expressa do dispositivo conflitante com o que se intenta no Projeto, qual seja o art. 20 do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 Lei das Contravenções Penais. De mais a mais, jurídica e tecnicamente nos parece mais apropriado inserir as modificações na forma do art. 126-A como tipo penal autônomo, ao invés de introduzir, como pretende o Projeto, o art. 127-A no âmbito das formas qualificadas da prática do aborto. No mérito, concordamos com o que pretende o autor da Proposição, que busca propiciar maior efetividade aos dispositivos já vigentes em nossa legislação pelo afastamento da prática do aborto, em consonância com a opinião da ampla maioria do nosso povo. Nesses termos, votamos pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação do PL nº 5.069, de 2013, nos termos do Substitutivo que oferecemos.

4 Sala da Comissão, em de de 2015. Deputado EVANDRO GUSSI Relator

5 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N o 5.069, DE 2013 Acresce e altera dispositivos do Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Código Penal, revoga o art. 20 do Decreto-Lei n o 3.688, de 3 de outubro de 1941 Lei das Contravenções Penais, e altera os arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. O Congresso Nacional decreta: Art. 1 o Esta Lei acresce e altera dispositivos do Decreto- Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Código Penal, revoga o art. 20 do Decreto-Lei n o 3.688, de 3 de outubro de 1941 Lei das Contravenções Penais para tipificar como crimes o anúncio de meio abortivo e o induzimento, instigação ou auxílio à prática de aborto, alterando, ainda, os arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. Art. 2 o O Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Código Penal, passa a vigorar acrescido do art. 126-A e da denominação do crime ali tipificado, além de alterar a redação do art. 127, nos termos seguintes: "Induzimento, instigação ou auxílio ao aborto Art. 126-A. Induzir ou instigar a gestante a praticar aborto ou ainda lhe prestar qualquer auxílio para que o faça, ainda que sob o pretexto de redução de dano: Pena detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.

6 1o Se o crime é cometido por agente de serviço público de saúde ou por quem exerce a profissão de médico, farmacêutico ou enfermeiro: Pena detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave. 2o As penas aumentam-se de um terço se é menor de dezoito anos a gestante a que se induziu ou instigou à prática de aborto ou que recebeu instrução, orientação ou qualquer auxílio para praticá-lo. (NR) Forma qualificada Art. 127 As penas cominadas nos artigos 125 e 126 são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. (NR) Art. 3 o O Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Código Penal, passa a vigorar acrescido dos seguintes art. 134-A e denominação do crime ali tipificado: "Anúncio de meio abortivo Art. 134-A. Anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar aborto: Pena detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. Parágrafo único. Se o crime é cometido por agente de serviço público de saúde ou por quem exerce a profissão de médico, farmacêutico ou enfermeiro: Pena detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave.(nr) Art. 4º Dê-se a seguinte redação aos arts. 1º, 2º e ao inciso III do art. 3º da Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013, suprimindo-se, ainda, deste último, os incisos IV e VII, nos seguintes termos: "Art. 1º Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência sexual atendimento emergencial e multidisciplinar, visando o tratamento das lesões físicas e dos transtornos psíquicos decorrentes de violência sexual, e encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social. Art. 2º Considera-se violência sexual, para os efeitos desta Lei, as práticas descritas como típicas no Título VI

7 da Parte Especial do Código Penal (Crimes contra a Liberdade Sexual), Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, em que resultam danos físicos e psicológicos. Parágrafo único. A prova da violência sexual deverá ser realizada por exame de corpo de delito. Art.3º...... III encaminhamento da vítima para o registro de ocorrência na delegacia especializada e, não existindo, à Delegacia de Polícia que, por sua vez, encaminhará para o Instituto Médico-Legal, órgão público subordinado à Secretaria de Estado da Segurança Pública, visando a coleta de informações e provas que possam ser úteis à identificação do agressor e à comprovação da violência sexual; IV (revogado);... VII (revogado);... (NR) Art. 5 o Fica revogado o art. 20 do Decreto-Lei n o 3.688, de 3 de outubro de 1941 Lei das Contravenções Penais. Art. 6 o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão, em de de 2015. Deputado EVANDRO GUSSI Relator