Introdução ao Roteamento

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Transcrição:

Carlos Gustavo Araújo da Rocha

Imagine o seguinte cenário IP= 10.0.0.15 Mask = End. Rede = 10.0.0.0 IP= 10.0.1.231 Mask = End. Rede = 10.0.1.0 Ethernet

Roteamento Neste caso as duas estações estão em redes IP distintas Mostrado pelo cálculo de seus endereços de rede Elas não podem se comunicar diretamente A única forma de possibilitar a comunicação é utilizar um equipamento que Esteja ligado a estas duas redes Realize o repasse de datagramas entre elas

IP= 10.0.0.15 Mask = GW = 10.0.0.1 End. Rede = 10.0.0.0 IP= 10.0.1.231 Mask = GW= 10.0.1.1 End. Rede = 10.0.1.0 Ethernet Ethernet Roteador IP= 10.0.0.1 Mask = End. Rede = 10.0.0.0 IP= 10.0.1.1 Mask = End. Rede = 10.0.1.0

Roteamento Roteador Funciona na camada de rede da arquitetura TCP/IP e interliga duas ou mais redes, realizando o repasse de datagramas entre elas O roteamento é a ÚNICA forma de permitir que máquinas em redes IP distintas se comuniquem Interpreta os datagramas IP recebidos, enviando os para a rota (rede IP) correta Solução proprietária ou PC com SO que suporte o roteamento

Roteamento Roteador

Roteamento Roteador Dentre os conceitos básicos ligados ao funcionamento de qualquer roteador, destacamos Tabela de roteamento Algoritmo de roteamento Protocolos de roteamento

Tabela de roteamento Mantém as informações de roteamento Contém rotas para uma série de destinos (redes), bem como seus custos Possibilita a decisão do algoritmo de roteamento Pode ser alterada por um ou mais protocolos de roteamento

Tabela de roteamento (2) Cada rota possui as informações de Endereço da rede de destino e máscara associada Próximo roteador (obrigatoriamente em uma rede diretamente conectada) Em estações é comum termos uma única rota (default), que aponta para o roteador daquela rede Representada pelo destino especial 0.0.0.0

Algoritmo de roteamento É o procedimento que efetivamente determina qual o destino de um datagrama que está sendo processado por um roteador Pode levar em consideração apenas a informação de destino/máscara presente em cada entrada da tabela de rotas Opcionalmente custos, métricas, confiabilidade...

Algoritmo de roteamento (2) O formato assumido para cada entrada na tabela de rotas é: END_DEST MASCARA GATEWAY Para cada datagrama recebido, e seu endereço IP de Destino (IP_D) Percorrer toda a tabela de rotas, verificando se para alguma delas END_DEST = (IP_D and MASCARA) Caso afirmativo, enviar o datagrama para o GATEWAY cuja MASCARA possua o maior prefixo Caso negativo descartar o datagrama e retornar mensagem de erro

10.0.0.2 10.0.0.1 10.0.1.1 10.0.1.2 Estação de trabalho Estação de trabalho 10.0.0.3 Estação de trabalho 10.0.1.3 Hub Destino 10.0.0.0 10.0.1.0 10.0.2.0 Máscara Gateway 10.0.1.4 Destino 10.0.0.0 10.0.1.0 10.0.2.0 Máscara Gateway 10.0.1.1 Estação de trabalho Hub 10.0.1.4 Roteador 1 10.0.2.1 10.0.2.2 Estação de trabalho Roteador 2 Hub 10.0.2.3 Estação de trabalho

Internet 192.168.0.1 Destino 192.168.0.0 200.1.2.0 REDE-INT 10.0.0.0 200.1.2.0 / 0.0.0.0 Máscara MASK-INT 255.0.0.0 0.0.0.0 Destino 10.0.0.0 10.1.0.0 10.2.0.0 10.3.0.0 192.168.0.0 0.0.0.0 Máscara 255.255.0.0 255.255.0.0 255.255.0.0 255.255.0.0 0.0.0.0 Gateway 192.168.0.2 GW-INT 192.168.0.2 10.3.0.0 255.255.0.0 Roteador 10.0.0.0 255.255.0.0 10.1.0.0 255.255.0.0 10.2.0.0 255.255.0.0 Gateway 192.168.0.1

Protocolos de Roteamento As tabelas de rotas em cada roteador podem ser mantidas manualmente ou de forma automatizada Manualmente: O administrador do roteador deve inserir a remover as rotas quando necessário Também conhecido como roteamento estático Adequando apenas para redes pequenas Exemplo de comando para adicionar uma rota estática no SO Linux route add net 10.11.12.0 netmask 255.255.254.0 gw 192.168.0.254

Protocolos de Roteamento (2) Automatizam o processo de construção e atualização da tabela de rotas Roteadores trocam uma série de mensagens com informações de roteamento Podem operar em conjunto Devem ser simples, de forma a consumir poucos recursos (processador, memória etc) do roteador

Protocolos de Roteamento (3) Existe uma quantidade relativamente pequena de protocolos de roteamento, que diferem em relação ao modo de operação, complexidade, funcionalidades etc São divididos em duas grandes classes Protocolos intra AS Protocolos inter AS AS (Autonomous system) é um conjunto de redes sobre mesma administração Ex: RNP, UOL etc possuem seus próprios ASNs

Protocolos de Roteamento (4) Protocolos intra AS são utilizados nos roteadores das redes internas (de pequeno a grande porte) de provedores, empresas, instituições etc RIP2, OSPF, IGRP, EIGRP, IS IS Protocolos inter AS são usados na internet pública, ou seja nos roteadores de core (núcleo) da Internet BGP4