Bancos brasileiros enfrentam um longo e difícil ciclo de desalavancagem, enquanto aumentam os empréstimos problemáticos

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Transcrição:

Data de Publicação: 25 de abril de 2016 Relatório Bancos brasileiros enfrentam um longo e difícil ciclo de desalavancagem, enquanto aumentam os empréstimos problemáticos Analista principal: Edgard Dias, São Paulo, 55 (11) 3039 9771, edgard.dias@standardandpoors.com Contato analítico adicional: Sergio Garibian, São Paulo, 55 (11) 3039 9749, sergio.garibian@standardandpoors.com Nos últimos três anos, os grandes bancos públicos brasileiros foram os únicos participantes que contribuíram de forma significativa para o crescimento real do crédito no país. Porém, essa capacidade tem diminuído rapidamente, e o crescimento real do crédito dos bancos públicos finalmente tornou se negativo em janeiro de 2016, uma vez que os deficits orçamentários do governo limitaram as injeções de capital necessárias para manter o ritmo de expansão do crédito nos últimos anos (gráfico 1). Atualmente, todos os bancos brasileiros enfrentam o risco de o processo de desalavancagem já em andamento no sistema financeiro doméstico ocorrer de forma acelerada, prejudicando consideravelmente a lucratividade, especialmente entre os bancos de pequeno porte. A Standard & Poor's Ratings Services acredita que os padrões agressivos de concessão de crédito dos bancos públicos brasileiros prolongaram o ciclo de crédito de longo prazo do país, que provavelmente deveria ter atingido seu pico em 2012 ou 2013 sem ação do governo, mas continuou a crescer em 2014 (consulte o artigo "Qualidade de ativos, eficiência e receitas de serviço serão fatores chave para desempenho dos bancos brasileiros em 2015", publicado em 12 de fevereiro de 2015). Esse rápido crescimento do crédito incentivado pelo governo distorceu a dinâmica competitiva do sistema financeiro, e agora os bancos públicos brasileiros detém mais de 50% do saldo de crédito total do sistema financeiro. Consequentemente, cresceu o risco de um processo de desalavancagem desorganizado entre os bancos à medida que aumentam os ativos problemáticos, especialmente em razão de nossa expectativa de recessão prolongada, com provável contração de 3,6% no PIB em 2016 (consulte "Ratings de longo prazo do Brasil rebaixados para BB, dados os significativos desafios políticos e econômicos; perspectiva negativa", publicado em 17 de fevereiro de 2016). Resumo Todos os bancos brasileiros parecem estar a caminho de um longo e possivelmente desordenado processo de desalavancagem, à medida que o crescimento real do crédito se torna negativo e os empréstimos problemáticos aumentam. Caso esse processo de desalavancagem ocorra muito rápido, poderá ser difícil de controlá lo, prejudicando a lucratividade do sistema financeiro significativamente, especialmente entre os bancos de pequeno porte. Embora os bancos brasileiros tenham se provado resilientes historicamente, acreditamos que os desafios que enfrentarão nos próximos anos serão muito superiores do que as recessões das décadas de 1980 e 1990, dada sua exposição de crédito sem precedentes aos mercados de crédito de varejo e atacado do país. Nosso atual cenário para 2016 não considera a falência de nenhum dos bancos de grande porte. Entretanto, uma contínua deterioração da economia brasileira até o próximo ano poderá afetar os retornos e testar a resiliência geral dos bancos. 1/7

A redução nos saldos de poupança tem acelerado e é preocupante As pressões na qualidade dos ativos de bancos brasileiros não têm diminuído no atual processo de desalavancagem, uma vez que o desemprego continua aumentando, a renda está em queda, e a inflação tem pressionado os orçamentos das famílias à medida que aumentam as cargas de serviço de dívida. Um dos principais indicadores do estresse de famílias brasileiras, que pode indicar um potencial aumento nos empréstimos problemáticos (NPLs, ou nonperforming loans), é a redução no saldo de poupança agregada. A queda de R$ 53 bilhões no ano passado (gráfico 2) foi a maior já registrada, e observamos que os resgates têm acelerado em 2016. Não esperamos uma reversão dessa tendência este ano. Pelo contrário, o ritmo de saídas pode aumentar ainda mais se o Brasil continuar em recessão, o que é provável. Em nossa opinião, o declínio nos saldos de poupança reflete os orçamentos mais restritos das famílias, o aumento do desemprego e o início de um longo processo de desalavancagem das famílias, enquanto a demanda e disponibilidade de crédito diminuíram rapidamente em 2015. Até o momento, não observamos o mesmo ritmo de queda no saldo de depósitos a prazo, ativos sob gestão, e outros tipos de captação de recursos (funding) da indústria bancária no Brasil, como letras financeiras, principalmente porque os clientes de atacado respondem pela maior parte destes recursos (gráfico 3). Embora várias empresas brasileiras estejam em dificuldade financeira, a resiliência dos depósitos a prazo em meio à atual recessão mostra que muitas dessas empresas ainda têm espaço de manobra. Entretanto, uma queda nesses depósitos para o ritmo que observamos na poupança indicaria um substancial aumento no risco de funding para o sistema financeiro, o que não esperamos que ocorra em 2016, embora seja possível em 2017 ou depois, caso o Brasil continue em recessão. Nossa revisão da Avaliação do Risco da Indústria Bancária (BICRA, na sigla em inglês) do Brasil em 17 de fevereiro de 2016 alterou a tendência da classificação de risco da indústria '5' de estável para negativa, refletindo o crescente risco de diminuição da liquidez disponível e acesso mais restrito aos mercados para os bancos domésticos, como observado no saldo de poupança. 2/7

Nossa análise do BICRA considera que o sistema financeiro brasileiro continua em fase de correção. 3/7

Crescente refinanciamento de empréstimos problemáticos pelos bancos privados prejudica retornos futuros Os bancos privados estão buscando uma forma de lidar com a deterioração na qualidade dos ativos de seus portfólios o que, em nossa visão, é consequência não de padrões inadequados de subscrição, mas do aumento no desemprego, queda na renda real, restrições de liquidez e redução nas margens de empréstimos corporativos. Acreditamos que a gestão ativa de suas estruturas de empréstimos problemáticos constitua atualmente um importante fator na gestão de risco. Além disso, a maior eficiência na cobrança, a estimativa adequada das possibilidades de recuperação para cada empréstimo, e a precificação adequada de empréstimos em atraso vendidos a terceiros podem se tornar cada vez mais importantes para os bancos de grande porte, ajudando a melhorar seus retornos. Embora há muito tempo os bancos públicos estejam sujeitos à pressão política para renegociar empréstimos quando os devedores enfrentam dificuldades, os bancos privados buscavam ser mais conservadores quanto a essa prática para proteger seus resultados futuros. Entretanto, a maior pressão na qualidade dos ativos levou alguns bancos privados a fazerem um esforço extra em algumas renegociações, tanto para empréstimos em atraso quanto para aqueles ainda dentro do prazo, evitando assim um aumento nas provisões e adiando as provisões de NPL. Em dezembro de 2015, a cobertura média das provisões para empréstimos em atraso dos bancos brasileiros ficou em aproximadamente 180%, comparado a 175% em 2014 e 180% em 2013, nível ainda conservador. Esse índice deverá reduzir gradualmente nos próximos anos, à medida que a fase de correção avança. 4/7

Gestão de ativos problemáticos será fundamental para as estratégias dos bancos brasileiros Acreditamos que a gestão de NPLs seja essencial em termos estratégicos para os bancos brasileiros, à medida que o estoque esses empréstimos aumenta. Com as notáveis exceções das garantias de imóveis residenciais e comerciais, as cobranças de empréstimos e recuperação de garantias são uma tarefa difícil no Brasil devido a um longo e complexo processo legal. A cessão de portfólios a outros bancos e empresas relacionadas ou não relacionadas também pode se tornar mais frequente na busca dos bancos por proteger seus balanços patrimoniais. Já observamos um rápido crescimento no número de entidades privadas especializadas em comprar portfólios de empréstimos com desconto com o objetivo de lucrar com as cobranças mais agressivas e recuperação de crédito comparado à atual capacidade dos bancos. Embora os bancos de grande porte possuam históricos mais longos de gestão de empréstimos problemáticos, muitas vezes contratam terceiros ou entidades relacionadas para administrar esses ativos. Contudo, esperamos que os bancos administrem cada vez mais esses ativos por si mesmos à medida que a carteira de NPLs se expande. Níveis de capitalização são moderados, mas a qualidade do capital tem se deteriorado Avaliamos os níveis de capitalização geral dos bancos brasileiros como moderados. Os bancos privados têm gerado historicamente um nível saudável de capital interno após dividendos, embora a menor rentabilidade possa afetá lo futuramente. Além disso, o aumento nos ativos fiscais diferidos (DTAs, ou deferred tax assets) como porcentagem do capital total dos bancos tem enfraquecido a qualidade de capital. Os DTAs têm crescido em decorrência das maiores provisões para empréstimos problemáticos. Tais ativos, que já representam aproximadamente 50% do capital regulatório total de alguns bancos de grande porte, podem afetar sua capacidade de absorção de perdas em meio à redução na rentabilidade. Sem um forte aumento na SELIC, a rentabilidade deverá cair Os maiores bancos do país têm se mostrado bastante resilientes historicamente, com bom histórico de performance durante as várias crises que o Brasil enfrentou nos últimos 30 anos. Entretanto, acreditamos que a atual situação seja diferente. Devido à alta recorde nas exposições de crédito em seus balanços, os bancos estão mais vulneráveis às restrições de crédito do que nas últimas recessões. A natureza de curto prazo dos portfólios dos bancos (para alguns bancos de grande porte, 50% do portfólio total possui duration inferior a um ano) ajuda a recalibrar rapidamente os retornos de risco por meio de spreads mais altos. Dado o ritmo de deterioração econômica mais rápido do que o esperado, os bancos estão se esforçando para ajustar esses grandes portfólios de modo a alcançar ou superar prontamente o ritmo de aumento nos NPLs. Além disso, nas últimas recessões, os bancos se beneficiaram do aumento nas taxas de juros, por vezes acima de 20%, o que elevou consideravelmente seus retornos e ajudou a compensar os NPLs. Contudo, sem um aumento significativo na SELIC em vista, a pressão na rentabilidade dos grandes bancos privados continuará a crescer. Uma recessão prolongada pode ter maior impacto nos retornos dos bancos em 2017 Acreditamos que os desafios para os sistemas financeiros brasileiros nos próximos anos serão muito maiores do que nos ciclos anteriores, dada a exposição de crédito sem precedentes dos bancos aos mercados de crédito de varejo e de atacado do país. A qualidade dos ativos tem se deteriorado rapidamente, podendo acelerar se a recessão persistir. E embora nosso atual cenário para 2016 não considere a falência de nenhum banco de grande porte, a contínua deterioração da economia brasileira até o próximo ano poderá prejudicar ainda mais os retornos e testar a qualidade de crédito geral dos bancos e a tolerância dos investidores por retornos mais baixos. Em nossa visão, a pressão no sistema financeiro começará a diminuir apenas se o país sair da recessão e retomar o crescimento. Além disso, caso aumente o risco de recessão mais prolongada, o risco de o processo de desalavancagem ocorrer de forma desordenada e acelerada demais para que os bancos busquem contramedidas e sustentem seus retornos também aumentará. Monitoraremos e incorporaremos todos esses riscos a nossos ratings. 5/7

Critérios e Artigos Relacionados Artigo Aumento dos créditos tributários prejudica a qualidade de capital dos bancos brasileiros, 25 de abril de 2016. 6/7

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