Tratamento térmico T4: solubilização e envelhecimento de ligas Al3,5%Cu

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Transcrição:

Tratamento térmico T4: solubilização e envelhecimento de ligas Al3,5%Cu Filipi Damasceno Vianna filipi@pucrs.br Edison Luis Ribeiro zetur@zetur.com.br Lucas Luiz Reckziegel lucakzlz@hotmail.com Porto Alegre, julho de 2006

Sumário Introdução p. 3 1 Fundamentação Teórica p. 4 1.1 Processos de fundição de alumínio..................... p. 4 1.2 Homogenização............................... p. 4 1.3 Solubilização e Envelhecimento...................... p. 5 2 Material p. 7 3 Procedimento p. 8 3.1 Obtenção dos lingotes........................... p. 8 3.2 Macrografia................................. p. 10 3.3 Tratamento térmico............................. p. 11 4 Micrografia p. 13 Conclusão p. 15 Referências p. 16

3 Introdução O alumínio é um metal leve, macio porém resistente, de aspecto cinza prateado; e fosco, devido à fina camada de oxidação que se forma rapidamente quando exposto ao ar. O alumínio não é tóxico (como metal), não-magnético, e não cria faíscas quando exposto à atrito. É muito maleável, muito dúctil e apto para a mecanização e para a fundição, além de ter uma excelente resistência à corrosão e durabilidade devido à camada protetora de óxido. A liga de alumínio utilizada nos experimentos descritos neste relatório é a liga AA 295.0. Esta liga caracteriza-se por apresentar média resistência, boa usinabilidade. Baixa resistência à corrosão. Fundição em areia. Este relatório detalha os procedimentos de fundição, homogenização, solubilização e envelhecimento para a liga de alumínio AA 295.0 (Al + 3,5% Cu). Descrevendo desde o procedimento de obtenção dos lingotes, a fusão, a solificação e a análise térmica, passando pelas macro e micrografia até o tratamento térmico. Para tanto, começaremos com uma breve fundamentação teórica, seguida da descrição dos procedimentos realizados.

4 1 Fundamentação Teórica 1.1 Processos de fundição de alumínio Existem diferentes processos para fundição de alumínio. Dentre eles: Fundição em molde permanente Fundição por gravidade Fundição em areia Fundição sob pressão Fundição centrífuga Fundição contínua Nas experiências descritas neste relatório, serão utilizados os processos de fundição por gravidade (em molde de aço) e fundição em areia. Na fundição em areia, o molde é composto de areia misturada com um agente aglomerante apropriado, na forma desejada para o lingote. O metal é vazado no molde e após sua solidificação o molde é quebrado para remover o lingote. 1.2 Homogenização É realizado em temperaturas em torno de 500 C (de 300 C a 400 C), dependendo da liga, e tem a função de remover ou reduzir as segregações (figura 1, produzir estruturas estáveis e controlar certas características metalúrgicas, como propriedades mecânicas, tamanho de grão, estampabilidade, entre outras.

5 Figura 1: Estrutura metalográfica antes e depois da homogenização. 1.3 Solubilização e Envelhecimento Dá às ligas que respondem a esse tratamento térmico uma maior resistência mecânica. O processo é o seguinte: 1. O metal é aquecido uniformemente até cerca de 500 C. A temperatura exata depende de cada liga. O aquecimento ocasiona a dissolução dos elementos de liga na solução sólida (tratamento de solução); 2. Segue-se um resfriamento rápido, geralmente em água, que previne temporariamente a precipitação dos elementos da liga. Esta condição é instável. Gradualmente, os constituintes precipitam-se de uma maneira extremamente fina (somente visível por potentes microscópios), alcançando o máximo efeito de endurecimento (envelhecimento). Em algumas ligas isto ocorre espontaneamente depois de alguns dias (envelhecimento natural). Outras requerem um reaquecimento por algumas horas a cerca de 175C (tratamento de precipitação). As chapas são normalmente tratadas num banho de sal fundido, que possui alta taxa de calor e fornece suporte ao metal, prevenindo possíveis deformações em altas temperaturas. Fornos com circulação de ar forçado são geralmente utilizados para perfis extrudados, tubos, forjados e peças fundidas.

6 Entre os efeitos de um tratamento térmico completo estão um aumento substancial no limite de resistência à tração e uma redução da ductilidade. Normalmente, o tratamento térmico é precedido de uma operação de conformação severa, se for necessária. A maior parte das conformações podem ser feita antes do tratamento de solução, com um acerto posterior para corrigir distorções não previstas que possam ocorrer durante o resfriamento. Porém, preferencialmente, a conformação deve ser feita imediatamente após o tratamento de solução, antes do envelhecimento. Quando esta conciliação for difícil, é possível retardar o envelhecimento mantendo os componentes resfriados. Essa técnica é freqüentemente aplicada em rebites para a indústria de aviação.

7 2 Material Ligas de alumínio 3,5%CU, 12% Si e alumínio puro Forno tipo mufla Termopares e multiteste Água aquecida a 100 C Bancada metalográfica e capela de exaustão de gases Reagente: HF 5% em água Durômetro (Brinell) Microscópio ótico Cut-off refrigerado

8 3 Procedimento 3.1 Obtenção dos lingotes Foram usadas três diferentes ligas de alumínio. Alumíno comercialmente puro, alumínio + 3,5% cobre e alumínio + 12% silício. Após um aquecimento prévio do forno, todas as ligas foram fundidas separadamente até ficarem completamente líquidas. Cada um das ligas fundidas foram vazadas em molde de areia e em molde de aço ABNT 1020. Todos os moldes possuíam termopares para obtenção das curvas de resfriamento de cada liga. Nas figuras 2 3 e 4, observamos, em cada uma das figuras sempre duas curvas. Em todos os gráficos, a curva superior foi obtida medindo o resfriamento nos moldes de areia, enquanto a curva inferior foi obtida medindo o resfriamento nos moldes de aço. Figura 2: Gráfico temperatura tempo para o alumínio puro.

9 Figura 3: Gráfico temperatura tempo para a liga Al + 3,5% Cu. Figura 4: Gráfico temperatura tempo para a liga Al + 12% Si. Isso nos leva a concluir que o tempo de solidificação nos moldes de areia foi muito maior que nos moldes de aço. No perfil de temperatura tempo da placa em molde de areia, para alumínio comercialmente puro (figura 2), observa-se que o intervalo de tempo até o o final da solidificação é de aproximadamente 500 segundos, mostrando que a capacidade de extração e absorção

10 do molde é pequena, característico de materiais refratários. No caso do alumínio vazado em molde de aço, o tempo até o final da solificação é de aproximadamente 150 segundos, evidenciando a maior capacidade de extração e absorção por parte do molde. Para o alumínio + 3,5% cobre (figura 3), o tempo de solidificação em molde de areia foi de 400 segundos, enquanto no molde de aço o tempo de solidificação foi de 100 segundos. Para o alumínio + 12% silício (figura 4) os tempos de solidificação foram de 400 segundos para o molde de areia e 150 segundos para o molde em aço, aproximadamente. 3.2 Macrografia Figura 5: Metalografia dos lingotes vazados em moldes de aço. O próximo passo foi cortar os lingotes para posterior realização da macrografia. Os lingotes foram seccionados transversalmente, para a analise de sua macroestrutura. Para a macrografia, a superfície a ser analisada foi lixada com adição de água destilada com lixas de granulação até 600. Foi realizado ataque químico com HF 5% em água. Nas amostras vazadas em areia (figura 6), observa-se uma macroestrutura mais grosseira, com grãos nitidamente maiores, devido ao resfriamento lento.

11 Figura 6: Metalografia dos lingotes vazados em moldes de areia. 3.3 Tratamento térmico Foi realizado o tratamento térmico de solubilização/envelhecimento. Ligas tratadas por esse processo apresentam uma maior resistência mecânica e maior dureza. O metal foi aquecido uniformemente até cerca de 500 C, sendo que a temperatura exata varia para cada uma das ligas utilizadas. O aquecimento ocasiona a dissolução dos elementos de liga na solução sólida. Segue-se um resfriamento rápido, geralmente em água, que previne temporariamente a precipitação dos elementos de liga. Esta condição é instável. Gradualmente, os constituintes precipitam de maneira extremamente fina (vísivel em microscópio eletrônico de varredura - MEV), alcançando máximo efeito de endurecimento (envelhecimento). Em algumas ligas isso ocorre naturalmente após alguns dias (envelhecimento natural). Outras requerem um reaquecimento por algumas horas até cerca de 175 C (tratamento de precipitação). Entre os efeitos do tratamento térmico completo estão um aumento substancial no limite de resistência à tração e uma redução da ductilidade. Após o tratamento térmico, foi medida a dureza da peça, durante alguns dias consecutivos para observar o aumento da dureza, obtida através do processo de envelhecimento

12 apresentadas na tabela 1 e graficadas na figura 7. dia Dureza (Brinnell) primeiro dia (sem tratamento térmico) 66,6 segundo dia 71 terceiro dia 75 quarto dia 77 quinto dia 82 Tabela 1: Durezas da amostra durante envelhecimento 82 80 Dureza x tempo spline bezier 78 76 74 72 70 68 66 primeiro dia segundo dia terceiro dia quarto dia quinto dia Figura 7: Gráfico dureza tempo.

13 4 Micrografia A posição para representar a micrografia foi a metade da distância entre a interface metal/molde e o centro da peça. Para preparar a amostra foi realizado um lixamento lixas de granulações 200, 300, 400, 600 e por fim 1200. Após isso foi realizado polimento metalográfico (com adição de alumina) e ataque químico com HF 5% para evidenciar os constuíntes da liga. Figura 8: EDS da amostra de AA 295.0. A micrografia foi realizada em um microscópio eletrônico de varredura, equipado com espectrômetro de energia dispersiva (EDS) de raios X. O que possibilitou a análise apresentada na figura 8. Onde podemos perceber a grande quantidade cobre na amostra de alumínio. Na figura 9 com aumento 534, observemos a distribuição homogênea dos precipitados

14 Figura 9: Distribuição homogênea dos precipitados endurecedores de Al 2 Cu. endurecedores de Al 2 Cu. E com um maior aumento (4270 ) apresentado na figura 10 podemos observar com detalhes o precipitado de Al 2 Cu, que a parte mais clara da imagem. Figura 10: Detalhe do precipitado endurecedor.

15 Conclusão Relacionando as curvas de solidificação das amostras com a macrografia obtida, podemos concluir que nos moldes de areia, que apresentaram o resfriamento mais lento, obteve-se uma macro estrutura mais grosseira, com grãos maiores. Ao passo que, com o resfriamento mais rápido obtido com os moldes de aço, a macrografia revelou um refinamento maior com grãos menores e melhor distribuídos. Analisando os resultados dos ensaios de dureza, ao longo do tempo, podemos observar o aumento da dureza após a homogenização, decorrente mudança de β para α, reduzindo as tensões nos contornos de grão. Observamos também o aumento da dureza com envelhecimento da peça. E podemos observar na microestrutura da amostra, como o tratamento térmico homogeneizou a microestrutura, observando a disposição homogênea dos precipitados endurecedores nos contornos de grão.

16 Referências [1] GOMES, M.; FILHO, E. B. Propriedades e uso de Metais não Ferrsos. São Paulo: Associaćão Brasileira de Metais, 1989. [2] BÄCKER, L.; CHAI, G.; TAMMINEN, J. Solidification Characteristics of Aluminium Alloys. USA: AFS/Skanaluminum, 1990. [3] METALS Handbook. [S.l.]: Pocket Edition.