TRIBUNAL. ELEITORAL do Maranhão. Segurança. Eleições INSTRUÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃO ELEITORAL

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Transcrição:

Segurança TRIBUNAL RE GIONAL ELEITORAL do Maranhão Pública nas Eleições INSTRUÇÕES SOBRE LEGISLAÇÃO ELEITORAL

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO Eleições Gerais 2014 Segurança Pública Instruções sobre legislação eleitoral 2

COMPOSIÇÃO DO PLENO Des. JOSÉ DE RIBAMAR FROZ SOBRINHO Presidente Des. ANTONIO GUERREIRO JUNIOR Vice-Presidente/Corregedor Des. CLODOMIR SEBASTIÃO REIS Diretor da Escola Judiciária Eleitoral Des. JOSÉ EULÁLIO FIGUEIREDO DE ALMEIDA Ouvidor Regional Eleitoral Desa. ALICE DE SOUSA ROCHA Des. EDUARDO JOSÉ LEAL MOREIRA Des. DANIEL BLUME PEREIRA DE ALMEIDA Dr. RÉGIS RICHAEL PRIMO DA SILVA Procurador Regional Eleitoral. Dr. SEBASTIÃO JOAQUIM LIMA BONFIM Juiz Auxiliar da Corregedoria Dr. RAIMUNDO NONATO NERIS FERREIRA Juiz Auxiliar da Presidência Atualização e compilação: Roberto Magno Frazão Editoração: Lourival Campos 3

Í N D I C E 1. Das Garantias Eleitorais...5 2. Do Poder de Polícia...6 3. Ordem de Prisão...8 4. Propaganda Eleitoral...10 5. Comícios...14 6. Dia da Eleição...17 7. Outros crimes relacionados à propaganda eleitoral...20 8. Principais crimes eleitorais...23 8.1 Captação ilícita de sufrágio...26 8.2 Boca-de-Urna...26 9. Consumo e venda de bebidas alcoólicas e porte de armas no dia da eleição...27 10. Da apuração de crimes eleitorais...27 4

. Finalidade Orientar os policiais que atuarão na preservação da ordem e da segurança pública durante as Eleições Gerais 2014. 1. Das Garantias Eleitorais Ninguém poderá impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio (CE, art. 234). Nenhuma autoridade poderá, desde 5 dias antes e até 48 horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou, ainda, por desrespeito a salvoconduto (CE, art. 236, caput; e Res. TSE n. 23.390/2013). Os membros das mesas receptoras e os fiscais de partido político ou coligação, durante o exercício de suas funções, não poderão ser detidos ou presos, salvo o caso de flagrante delito; da mesma garantia gozarão os 5

candidatos desde 15 dias antes da eleição (CE, art. 236, 1º). Ocorrendo qualquer prisão, o preso será imediatamente conduzido à presença do juiz competente que, se verificar a ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá a responsabilidade do coator (CE, art. 236, 2º). O Juiz Eleitoral ou o presidente da Mesa Receptora pode expedir salvo-conduto com a cominação de prisão por desobediência até 5 dias, em favor do eleitor que sofrer violência, moral ou física, na sua liberdade de votar, ou pelo fato de haver votado (CE, art. 235). A medida será válida para o período compreendido entre 72 horas antes e até 48 horas depois do pleito (CE, art. 235, parágrafo único). 2. Do Poder de Polícia O poder de polícia compete aos Juizes Eleitorais, nas respectivas Zonas Eleitorais, devendo ele ser exercido em benefício da ordem pública. 6

Sobre a propaganda eleitoral o poder de polícia será exercido pelos Juízes Eleitorais e pelos Juízes designados pelos Tribunais Regionais Eleitorais e se restringe às providências necessárias para inibir práticas ilegais, vedada a censura prévia sobre o teor dos programas e matérias jornalísticas a serem exibidos na televisão, no rádio, na internet e na imprensa escrita (Lei nº 9.504/97, art. 41). Da Polícia Judiciária Eleitoral O Departamento de Polícia Federal ficará à disposição da Justiça Eleitoral sempre que houver eleições, gerais ou parciais, em qualquer parte do Território Nacional (Decreto-Lei nº 1.064/69 e art. 1º, Res. TSE 23.396/13). A Polícia Federal exercerá, com prioridade sobre suas atribuições regulares, a função de polícia judiciária em matéria eleitoral, limitada às instruções e requisições dos Tribunais e Juízes Eleitorais (art. 2º, Res. TSE 23.396/13). Quando no local da infração não existirem órgãos da Polícia Federal, a Polícia do respectivo Estado terá atuação supletiva (art. 2º, parágrafo único, Res. TSE 23.396/13). 7

Na impossibilidade momentânea de localização dessas autoridades, o policial em serviço deverá, em caso de prisão em flagrante delito, encaminhar o seu infrator à Polícia Civil. As ocorrências envolvendo autoridades que gozem de imunidade parlamentar, diplomáticas ou prerrogativas de função (ministros, juízes, promotores, militares, jornalistas, etc.), deverão ser submetidas à apreciação do Juiz Eleitoral e, na impossibilidade dessa medida, ser comunicadas à Superintendência Regional da Polícia Federal, para as medidas cabíveis. 3. Ordem de Prisão Compete aos Juízes Eleitorais e aos Presidentes das Mesas Receptoras, manter a ordem e expedir salvo-condutos, com a comunicação de prisão por desobediência, para o que poderão dispor da força pública necessária. A medida será válida para o período compreendido entre 72 (setenta e duas) horas antes até 48 (quarenta e oito) horas depois do pleito (CE, art. 235, parágrafo único). 8

A ação policial no período eleitoral será levada a efeito: a) por iniciativa própria, quando o policial deparar-se com o fato ilícito; b) a pedido, quando qualquer pessoa do povo solicitar a intervenção policial; ou, c) por requisição do Juiz ou de outra autoridade eleitoral. A primeira providência que o policial deverá tomar ao deparar com uma ocorrência eleitoral será a de verificar se o fato constitui crime eleitoral. Caso configure crime, o policial efetuará a prisão do autor, em flagrante delito, arrolará as testemunhas necessárias (não mais que 3) e apreenderá os objetos que possam servir de prova à configuração do delito. Ato contínuo, apresentará a(s) pessoa(s) nele envolvida(s) ao Juiz Eleitoral e/ou as conduzirá à Superintendência Regional da Polícia Federal ou à Polícia Civil. A Força Armada conservar-se-á a 100 metros da Seção Eleitoral e não poderá aproximar-se do 9

lugar da votação, ou nele penetrar, sem ordem do Juiz Eleitoral ou do Presidente da Mesa Receptora (CE, art. 141). 4. Propaganda Eleitoral Propaganda não tolerada (CE, arts. 222, 237 e 243, I a IX, Lei nº 5.700/71 e LC nº 64/90, art. 22 e Res.TSE n. 23.404/14, art.14): I de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social, ou de preconceitos de raça ou de classes; II que provoque animosidade entre as Forças Armadas ou contra elas, ou delas contra as classes e as instituições civis; III de incitamento de atentado contra pessoa ou bens; IV de instigação à desobediência coletiva ao cumprimento de lei de ordem pública; V que implique oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou 10

vantagem de qualquer natureza; VI que perturbe o sossego público, com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; VII por meio de impressos ou de objetos que pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda; VIII que prejudique a higiene e a estética urbana ou contravenha a posturas municipais ou a qualquer restrição de direito; IX que calunie, difame ou injurie qualquer pessoa, bem como atinja órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública; X que desrespeite os símbolos nacionais. A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fechado, não dependerá de licença da polícia (Lei nº 9.504/97, art. 39, caput e Res.TSE n. 23.404/14, art. 9º, caput). 11

É assegurado aos partidos políticos e às coligações o direito de, independentemente de licença da autoridade pública e de pagamento de qualquer contribuição (CE, art. 244, I e II; Lei nº 9.504/97, art. 39, 3º e 5º; e Res. TSE n. 23.404/14, art. 10, e incisos): I fazer inscrever, na fachada de suas sedes e dependências, o nome que os designe, pela forma que melhor lhes parecer; II fazer inscrever, na fachada dos seus comitês e demais unidades, o nome que os designe, da coligação ou do candidato, respeitado o tamanho máximo de 4m²; III instalar e fazer funcionar, no período compreendido entre o início da propaganda eleitoral e a véspera da eleição, das 8 às 22 horas, alto-falantes ou amplificadores de som, nos locais referidos, assim como em veículos seus ou à sua disposição, em território nacional, com a observância da legislação comum e dos 1º e 2º, inclusive dos limites do volume sonoro; IV comercializar material de divulgação institucional, desde que não contenha nome e 12

número de candidato, bem como cargo em disputa. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados (Lei nº 9.504/97, art. 37, caput; e Res. TSE nº 23.404, art. 14). Em bens particulares, independe de obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral por meio da fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições, desde que não excedam a 4m² e não contrariem a legislação eleitoral, sujeitando-se o infrator às penalidades previstas no 1º do artigo anterior (Lei nº 9.504/97, art. 37, 2º; e Res. TSE n. 23.404/14, art. 12). A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e 13

gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade (Lei nº 9.504/97, art. 37, 8º; e Res. TSE n. 23.404/14, art. 12, 2º). Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do partido político, da coligação ou do candidato, sendo-lhes facultada, inclusive, a impressão em braile dos mesmos conteúdos, quando assim demandados (Lei nº 9.504/97, art. 38, Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, arts. 9, 21 e 29 e Res. TSE n. 23.404/14, art. 13). 5. Comícios Pode ser utilizada a aparelhagem de sonorização fixa e trio elétrico durante a realização de comícios no horário compreendido entre as 8 e as 24 horas (Lei nº 9.504/97, art. 39, 4º e 10; e Res. TSE n. 23.404/14, art. 10, 2º ). 14 É proibida a realização de showmício e de

evento assemelhado para promoção de candidatos e a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral, respondendo o infrator pelo emprego de processo de propaganda vedada e, se for o caso, pelo abuso do poder (Lei nº 9.504/97, art. 39, 7º, Código Eleitoral, arts. 222 e 237, Lei Complementar nº 64/90, art. 22; e Res. TSE n. 23.404/14, art. 10, 4º). O candidato, o partido político ou a coligação que promover o ato fará a devida comunicação à autoridade policial com, no mínimo, 24 horas de antecedência, a fim de que esta lhe garanta, segundo a prioridade do aviso, o direito contra quem pretenda usar o local no mesmo dia e horário (Lei nº 9.504/97, art. 39, 1º; e Res. TSE n. 23.404/14, art. 9º, 1º). A autoridade policial tomará as providências necessárias à garantia da realização do ato e ao funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que o evento possa afetar (Lei nº 9.504/97, art. 39, 2º; e Res. TSE n. 23.404/14, art. 9º, 2º). Aos Juízes Eleitorais designados pelos 15

Tribunais Regionais Eleitorais, nas Capitais e nos Municípios onde houver mais de uma Zona Eleitoral, e aos Juízes Eleitorais, nas demais localidades, competirá julgar as reclamações sobre a localização dos comícios e tomar providências sobre a distribuição equitativa dos locais aos partidos políticos e às coligações (Código Eleitoral, art. 245, 3º; e Res. TSE n. 23.404/14, art. 16). Ninguém poderá impedir a propaganda eleitoral nem inutilizar, alterar ou perturbar os meios lícitos nela empregados, bem como realizar propaganda eleitoral vedada por lei (Código Eleitoral, art. 248; e Res. TSE n. 23.404/14, art. 78, caput). São vedados a instalação e o uso de altofalantes ou amplificadores de som em distância inferior a 200 metros, respondendo o infrator, conforme o caso, pelo emprego de processo de propaganda vedada e pelo abuso de poder (Lei nº 9.504/97, art. 39, 3º, I a III, Código Eleitoral, arts. 222 e 237, e Lei Complementar nº 64/90, art. 22; e Res.TSE n. 23.404/14, art. 10, 1º, I a III): 16 I das sedes dos Poderes Executivo e

Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos órgãos judiciais, dos quartéis e de outros estabelecimentos militares; II dos hospitais e casas de saúde; III das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento. 6. Dia da Eleição Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção de 6 meses a 1 ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de R$ 5.320,50 (cinco mil trezentos e vinte reais e cinquenta centavos) a R$ 15.961,50 (quinze mil novecentos e sessenta e um reais e cinquenta centavos) (Lei nº 9.504/97, art. 39, 5º, I a III): I o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata; II a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; 17

III a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos. É permitida, no dia das eleições, a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, caput). São vedados, no dia do pleito, até o término do horário de votação, a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado, de modo a caracterizar manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, 1º). No recinto das seções eleitorais e juntas apuradoras, é proibido aos servidores da Justiça Eleitoral, aos mesários e aos escrutinadores o uso de vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda de partido político, de coligação ou de candidato (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, 2º). 18 Aos fiscais partidários, nos trabalhos de

votação, só é permitido que, de seus crachás, constem o nome e a sigla do partido político ou coligação a que sirvam, vedada a padronização do vestuário (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, 3º). O eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida, ao votar, poderá ser auxiliado por pessoa de sua confiança, ainda que não o tenha requerido antecipadamente ao Juiz Eleitoral (Res.TSE n. 23.399/13, art. 90, caput). O Presidente da Mesa Receptora de Votos, verificando ser imprescindível que o eleitor com necessidades especiais seja auxiliado por pessoa de sua confiança para votar, autorizará o ingresso dessa segunda pessoa, com o eleitor, na cabina, podendo esta, inclusive, digitar os números na urna (Res.TSE n. 23.399/13, art. 90, 1º). A pessoa que auxiliará o eleitor com necessidades especiais não poderá estar a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou de coligação (Res.TSE n. 23.399/13, art. 90, 2º). 19

7. Outros crimes relacionados à propaganda eleitoral Constitui crime ao longo do processo eleitoral, concernentes à propaganda eleitoral: a) o uso, na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista (Lei nº 9.504/97, art. 40). b) divulgar, na propaganda, fatos que se sabem inverídicos, em relação a partidos ou a candidatos, capazes de exercerem influência perante o eleitorado (Código Eleitoral, art. 323, caput). c) caluniar alguém, na propaganda eleitoral ou para fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime (Código Eleitoral, art. 324, caput). d) difamar alguém, na propaganda eleitoral ou para fins de propaganda, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação (Código Eleitoral, art. 325, caput). 20

e) injuriar alguém, na propaganda eleitoral ou visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro (Código Eleitoral, art. 326, caput). f) inutilizar, alterar ou perturbar meio de propaganda devidamente empregado (Código Eleitoral, art. 331). g) impedir o exercício de propaganda (Código Eleitoral, art. 332). h) utilizar organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores (Código Eleitoral, art. 334). I) fazer propaganda, qualquer que seja a sua forma, em língua estrangeira (Código Eleitoral, art. 335). j) participar o estrangeiro ou brasileiro que não estiver no gozo dos seus direitos políticos de atividades partidárias, inclusive comícios e atos de propaganda em recintos fechados ou abertos (Código Eleitoral, art. 337, caput). k) não assegurar o funcionário postal a 21

prioridade prevista no art. 239 do Código Eleitoral (Código Eleitoral, art. 338). Aplicam-se aos fatos incriminados no Código Eleitoral e na Lei nº 9.504/97 as regras gerais do Código Penal (Código Eleitoral, art. 287 e Lei nº 9.504/97, art. 90, caput). As infrações penais aludidas na Resolução TSE nº 23.404/2014 serão puníveis mediante ação pública, e o processo seguirá o disposto nos arts. 357 e seguintes do Código Eleitoral (Código Eleitoral, art. 355 e Lei nº 9.504/97, art. 90, caput). É vedada, desde 48 horas antes até 24 horas depois da eleição, a veiculação de qualquer propaganda política no rádio ou na televisão incluídos, entre outros, as rádios comunitárias e os canais de televisão que operam em UHF, VHF e por assinatura e, ainda, a realização de comícios ou reuniões públicas, ressalvada a propaganda na internet (Código Eleitoral, art. 240, parágrafo único, e Lei nº 12.034/2009, art. 7º). Qualquer ato que vise a retardar, impedir ou dificultar a ação fiscalizadora dos partidos 22

constitui crime, punível com detenção, de 6 meses a 1 ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor de 10.000 a 20.000 UFIRs (Lei n. 9.504/97, art. 34, 2º). 8. Principais crimes eleitorais: reter título eleitoral contra a vontade do eleitor (CE, art. 295); promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais (CE, art. 296); impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio (CE, art. 297); prender ou deter eleitor, membro de Mesa Receptora, fiscal, delegado de partido ou candidato, no período compreendido entre 5 dias antes e até 48 horas após o encerramento da eleição, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda por desrespeito a salvo conduto (CE, art. 298); dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, 23

para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita (CE, art. 299); valer-se o servidor público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido (CE, art. 300); usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar ou deixar de votar em determinado candidato ou partido, ainda que os fins não sejam conseguidos (CE, art. 301); promover, no dia da eleição, com o fim de impedir, embaraçar ou fraudar o exercício do voto, a concentração de eleitores sob qualquer forma, inclusive o fornecimento gratuito de alimento e transporte coletivo (CE, art. 302); aumentar os preços de utilidades, tais como transporte e alimentação, bem como dos serviços de impressão, publicidade e divulgação de matéria eleitoral, necessários à realização das eleições (CE, art. 303); ocultar, sonegar ou recusar, no dia da eleição, o fornecimento de utilidade, 24

alimentação e meios de transporte, ou conceder a sua exclusividade a determinado partido ou candidato (CE, art. 304); não observar a ordem em que os eleitores devem ser chamados para votar ("furar a fila") (CE, art. 306); violar ou tentar violar o sigilo do voto (CE, art. 312); alguém recusar cumprimento ou obediência a diligências, ordens ou instruções da Justiça Eleitoral ou opor embaraços à sua execução (CE, art. 347); Constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de R$10. 641,00 (dez mil seiscentos e quarenta e um reais) a R$21.282,00 (vinte e um mil duzentos e oitenta e dois reais), o uso, na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista (Lei nº 9.504/97, art. 40); e Res. TSE n. 22.261/2006, art. 40); 25

8.1 Captação ilícita de sufrágio Ressalvado o disposto no art. 26 e incisos da Lei nº 9.504/97, constitui captação ilegal de sufrágio o candidato doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de R$ 1.064,10 (mil e sessenta e quatro reais e dez centavos) a R$ 53.205,00 (cinquenta e três mil duzentos e cinco reais) e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto nos incisos I a XIII do art. 22 da Lei Complementar nº 64/90 (Lei nº 9.504/97, art. 41-A). 8.2 Boca-de-Urna A propaganda de boca-de-urna é proibida pela Lei n. 9.504/1997, e se caracteriza pela distribuição de propaganda eleitoral ou manifestação tendente a influir na vontade do eleitor no dia da eleição, ressalvada a possibilidade de manifestação silenciosa do eleitor. 26

9. Consumo e venda de bebidas alcoólicas e porte de armas no dia da eleição Essas questões não são da competência da Justiça Eleitoral, nem estão previstas na legislação eleitoral. OBS.: Compete ao Secretário de Segurança expedir instruções disciplinando o consumo e venda de bebidas alcoólicas no dia da eleição (LEI SECA), conforme incisos I e II, do art. 69, da Constituição do Estado do Maranhão. 10. Da apuração de crimes eleitorais RESOLUÇÃO Nº 23.396 INSTRUÇÃO Nº 958-26.2013.6.00.0000 CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL Relator: Ministro Dias Toffoli Interessado: Tribunal Superior Eleitoral Ementa: Dispõe sobre a apuração de crimes eleitorais. 27

O Tribunal Superior Eleitoral, usando das atribuições que lhe conferem o artigo 23, inciso IX, do Código Eleitoral e o artigo 105 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, resolve expedir a seguinte instrução: CAPÍTULO I DA POLÍCIA JUDICIÁRIA ELEITORAL Art. 1º O Departamento de Polícia Federal ficará à disposição da Justiça Eleitoral sempre que houver eleições, gerais ou parciais, em qualquer parte do Território Nacional (Decreto- Lei nº 1.064/68). Art. 2º A Polícia Federal exercerá, com prioridade sobre suas atribuições regulares, a função de polícia judiciária em matéria eleitoral, limitada às instruções e requisições dos Tribunais e Juízes Eleitorais. Parágrafo único. Quando no local da infração não existirem órgãos da Polícia Federal, a Polícia do respectivo Estado terá atuação supletiva. 28

CAPÍTULO II DA NOTÍCIA-CRIME ELEITORAL Art. 3º Qualquer pessoa que tiver conhecimento da existência de infração penal eleitoral deverá, verbalmente ou por escrito, comunicá-ia ao Juiz Eleitoral (Código Eleitoral, art. 356). Art. 4º Verificada a sua incompetência, o Juízo Eleitoral determinará a remessa dos autos ao Juízo competente (Código de Processo Penal, art. 69). Art. 5º Quando tiver conhecimento da prática da infração penal eleitoral, a autoridade policial deverá informá-la imediatamente ao Juízo Eleitoral competente, a quem poderá requerer as medidas que entender cabíveis, observadas as regras relativas a foro por prerrogativa de função. Art. 6º Recebida a notícia-crime, o Juiz Eleitoral a encaminhará ao Ministério Público Eleitoral ou, quando necessário, à polícia, com requisição para instauração de inquérito policial (Código Eleitoral, art. 356, 1 ). 29

Art. 7º As autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem for encontrado em flagrante delito pela prática de infração eleitoral, salvo quando se tratar de crime de menor potencial ofensivo, comunicando imediatamente o fato ao Juiz Eleitoral, ao Ministério Público Eleitoral e à família do preso ou à pessoa por ele indicada (Código de Processo Penal, art. 306, caput). 1º Em até 24 horas após a realização da prisão, será encaminhado ao Juiz Eleitoral o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública (Código de Processo Penal, art. 306, 1º). 2º No mesmo prazo de até 24 horas após a realização da prisão, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade policial, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os nomes das testemunhas (Código de Processo Penal, art. 306, 2º). 3º A apresentação do preso ao Juiz Eleitoral, bem como os atos subsequentes, observarão o disposto no art. 304 do Código de Processo Penal. 30

4º Ao receber o auto de prisão em flagrante, o Juiz Eleitoral deverá fundamentadamente (Código de Processo Penal, art. 310): I relaxar a prisão ilegal; ou II converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 do Código de Processo Penal e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou III conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 5º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do art. 23 do Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação (Código de Processo Penal, art. 310, parágrafo único). 6º Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o Juiz Eleitoral 31

deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319, observados os critérios constantes do art. 282, ambos do Código de Processo Penal (Código de Processo Penal, art. 321). 7º A fiança e as medidas cautelares serão aplicadas pela autoridade competente com a observância das respectivas disposições do Código de Processo Penal. 8º Quando a infração for de menor potencial ofensivo, a autoridade policial elaborará termo circunstanciado de ocorrência e providenciará o encaminhamento ao Juiz Eleitoral. 32 CAPÍTULO III DO INQUÉRITO POLICIAL ELEITORAL Art. 8º O inquérito policial eleitoral somente será instaurado mediante determinação da Justiça Eleitoral, salvo a hipótese de prisão em flagrante. Art. 9º Se o indiciado tiver sido preso em flagrante ou preventivamente, o inquérito policial eleitoral será concluído em até 10 dias,

contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão (Código de Processo Penal, art. 10). 1º Se o indiciado estiver solto, o inquérito policial eleitoral será concluído em até 30 dias, mediante fiança ou sem ela (Código de Processo Penal, art. 10). 2º A autoridade policial fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará os autos ao Juiz Eleitoral (Código de Processo Penal, art. 10, 1º). 3º No relatório, poderá a autoridade policial indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas (Código de Processo Penal, art. 10, 2º). 4º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade policial poderá requerer ao Juiz Eleitoral a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo Juiz Eleitoral (Código de Processo Penal, art. 10, 3º). 33

Art. 10. O Ministério Público Eleitoral poderá requerer novas diligências, desde que necessárias à elucidação dos fatos. Parágrafo único. Se o Ministério Público Eleitoral considerar necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares ou outros elementos de convicção, deverá requisitá-los diretamente de quaisquer autoridades ou funcionários que possam fornecê-los, ressalvadas as informações submetidas à reserva jurisdicional (Código Eleitoral, art. 356, 2º). Art. 11. Quando o inquérito for arquivado por falta de base para o oferecimento da denúncia, a autoridade policial poderá proceder a nova investigação se de outras provas tiver notícia, desde que haja nova requisição, nos termos dos artigos 5º e 6º desta resolução. Art. 12. Aplica-se subsidiariamente ao inquérito policial eleitoral as disposições do Código de Processo Penal, no que não houver sido contemplado nesta resolução. Art. 13. A ação penal eleitoral observará os procedimentos previstos no Código Eleitoral, 34

com a aplicação obrigatória dos artigos 395, 396, 396-A, 397 e 400 do Código de Processo Penal, com redação dada pela Lei nº 11.971, de 2008. Após esta fase, aplicar-se-ão os artigos 359 e seguintes do Código Eleitoral. Art. 14. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 17 de dezembro de 2013. Contatos: - www.tre-ma.gov.br - disque-eleitor: 0800 098 5000 - ouvidoria@tre-ma.gov.br 36,1,34,3,2,35,4,33,32,5,30,7,6,31,8,29,28,9,26,11, 10,27,12,25,24,13,22,15,14,23,16,21,20,17,20,17,18,1 9 35

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