FAQ s. Destinam-se a complementar as instruções constantes na Circular Informativa Conjunta n.º 01/INFARMED/ACSS.

Documentos relacionados
PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS PARTE ESPECIFICA (REF G10)

FAQ s. Destinam-se a complementar as instruções constantes nas Circulares Informativas Conjuntas n.º 01/INFARMED/ACSS e n.

Manda o Governo, pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, o seguinte:

Normas relativas à dispensa de medicamentos e produtos de saúde

Lei n.º 14/2000, de 8 de Agosto Medidas para a racionalização da política do medicamento no âmbito do Serviço Nacional de Saúde

Monitorização de justificações técnicas e direito de opção - registo de casos

Nestes termos, de harmonia com o disposto no artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 118/92 de 25 de Junho:

MINISTÉRIO DA SAÚDE (2) Diário da República, 1.ª série N.º de maio de 2012

Normas relativas à Dispensa de Medicamentos e Produtos de Saúde

(Revogado pela Portaria n.º 224/2015, de 27 de julho)

S.R. DA SAÚDE Portaria n.º 128/2015 de 5 de Outubro de 2015

PROJECTO DE LEI N.º /X PRESCRIÇÃO POR DENOMINAÇÃO COMUM INTERNACIONAL E DISPENSA DO MEDICAMENTO GENÉRICO DE PREÇO MAIS BAIXO. Exposição de motivos

Normas técnicas relativas à prescrição de medicamentos e produtos de saúde

INFARMED - Gabinete Jurídico e Contencioso 43-A2

SAÚDE (2) Diário da República, 1.ª série N.º de novembro de Artigo 2.º. Portaria n.º 284-A/2016

Dispensa de medicamentos - - monitorização do exercício do direito de opção na ARSN

Deliberação n.º 1772/2006, de 23 de Novembro (DR, 2.ª série, n.º 244, de 21 de Dezembro de 2006)

Assunto: Novo modelo de receita alterações à impressão no verso a partir de 01/04/2013

Maior segurança para profissionais e utentes

Normas relativas à Dispensa de Medicamentos e Produtos de Saúde

INFARMED - Gabinete Jurídico e Contencioso 23-A4

Projecto de Lei n.º /X. Regime de dispensa de medicamentos ao público pelas farmácias hospitalares do SNS

Manda o Governo, pelo Ministro da Saúde, em cumprimento do disposto no artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 242-B/2006, de 29 de Dezembro, o seguinte:

Divulgação geral, Hospitais do SNS e Profissionais de Saúde

LIFE SCIENCES Newsletter Maio/Junho 2012

e-prescription and Switch Inovar e Liderar a Avaliação do Medicamento e da Saúde

Normas relativas à Prescrição de Medicamentos e Produtos de Saúde

Deliberação n.º 638/98, de 3 de Dezembro (DR, 2.ª série, n.º 294, de 22 de Dezembro de 1998)

Despacho n.º /2000, de 10 de Agosto (DR, 2.ª Série, n.º 198, de 28 de Agosto de 2000) (Revogado pelo Despacho n.º B/2001, de 31 de Maio)

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA GOVERNO REGIONAL SECRETARIA REGIONAL DOS ASSUNTOS SOCIAIS INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO DA SAÚDE E ASSUNTOS SOCIAIS, IP-RAM

2. Documentos de instrução do processo

PROJECTO DE LEI N.º 205/VIII REGULARIZAÇÃO DOS GASTOS COM A COMPARTICIPAÇÃO DE MEDICAMENTOS. Exposição de motivos

Deliberação n.º 1028/2009, de 7 de Janeiro (DR, 2.ª série, n.º 68, de 7 de Abril de 2009)

Despacho n.º B/2001, de 31 de Maio 1 (DR, 2.ª série n.º 148, de 28 de Junho de 2001)

Decreto-Lei n.º 305/98, de 7 de Outubro Alteração ao Decreto de Lei n.º 118/92, de 25 de Junho

INFARMED Gabinete Jurídico e Contencioso

PROJETO DE LEI Nº 1103/XIII/4ª DISPENSA DE MEDICAMENTOS AO PÚBLICO PELAS FARMÁCIAS HOSPITALARES DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

Avaliação Económica. Bruno Costa Economista. DEMPS/AER, INFARMED, I.P. Lisboa, 19 de Junho de 2008

Normas relativas à prescrição de medicamentos e produtos de saúde

o Identificação do medicamento (nome comercial, DCI, n.º de lote, tamanho de embalagem);

S.R. DA SAÚDE Despacho n.º 1465/2016 de 15 de Julho de 2016

Deliberação n.º 2473/2007, de 28 de Novembro (DR, 2.ª série, n.º 247, de 24 de Dezembro de 2007)

Normas relativas à Prescrição de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) Entrada em vigor a 1 de outubro de 2017

Especificação Técnica ACSS

Diploma DRE. Secção I. Regras gerais. Artigo 1.º. Objeto

DECRETO N.º 218/XIII. Regula a utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis, para fins medicinais

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MATO GROSSO

Estágio em Farmácia Hospitalar e Farmácia Comunitária FORMULÁRIO DE ACTIVIDADES. Nome:

Esclarecer os conceitos relacionados com os diferentes tipos de indisponibilidade;

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Informação de segurança muito importante para os profissionais de saúde que prescrevem, dispensam e administram

Despacho n.º 9114/2002, de 15 de Março (DR, 2.ª série, n.º 102, de 3 de Maio de 2002)

Legislação Farmacêutica Compilada. Decreto-Lei n.º 94/95, de 9 de Maio. INFARMED - Gabinete Jurídico e Contencioso 129

Normas de Saúde dos SSCGD

Deliberação n.º 25/CD/2015. Assunto: Atualiza o anexo do regulamento dos medicamentos não sujeitos a receita médica de dispensa exclusiva em farmácia

MINISTÉRIO DA SAÚDE. 896 Diário da República, 1.ª série N.º de janeiro de 2014

1 infarmed Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.

ST+I - Há mais de 25 anos a pensar Saúde. Circuito do Medicamento. Ambulatório. Mais que ideias... Criamos Soluções... Saúde

Normas técnicas de softwares de dispensa de medicamentos e produtos de saúde em Farmácia Comunitária

Projeto Receita sem Papel. da Região Autónoma dos Açores. Aditamento Regional

Guia de apoio à Prescrição

JORNAL OFICIAL Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2009

DELIBERAÇÃO Nº 051/CD/2015

Deliberação n.º 1476/2013, de 12 de junho (DR, 2.ª série, n.º 136, de 17 de junho de 2013)

Decreto-Lei n.º 205/2000, de 1 de Setembro Alteração ao Decreto de Lei n.º 118/92, de 25 de Junho

Normas relativas à prescrição de medicamentos e produtos de saúde

Deliberação n.º 80/CD/2017

INFORME TÉCNICO SOBRE A RDC Nº20/2011

Seguro de Saúde Resumo / Manual do Utilizador Anuidade 2014/2015

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Segunda-feira, 19 de maio de Série. Número 90

Nº DIÁRIO DA REPÚBLICA - II, SÉRIE PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS E MINISTÉRIO DA SAÚDE

NOTA TÉCNICASOBRE A RDC Nº20/2011

Acordo entre ANF - Associação Nacional das Farmácias. e os. SSCML - Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa

Ambulatório. Circuito do Medicamento. Prescrição. Farmácia. Comunitária. Farmácia. Hospitalar. Validação Farmacêutica. Cirurgia de.

PROCEDIMENTO DE VERIFICAÇÃO DA INSTRUÇÃO DE UM PEDIDO DE RENOVAÇÃO DA AIM SUBMETIDO POR PROCEDIMENTO NACIONAL MÓDULO 1 INFORMAÇÕES ADMINISTRATIVAS

Sistema de Preços de Referência

CIRCULAR INFORMATIVA

Deliberação n.º 873/2013, de 6 de março (DR, 2.ª série, n.º 67, de 5 de abril de 2013)

Grupo Parlamentar PROJECTO DE RESOLUÇÃO N.º /XI/2ª

Portaria n.º 195-A/2015, de 30 de junho 1 Aprova o procedimento comum de comparticipação e de avaliação prévia de medicamentos

DELIBERAÇÃO Nº 107/CD/2015

Artigo 2.º Escalões de comparticipação 1 - A comparticipação do Estado no preço dos medicamentos é fixada de acordo com os seguintes escalões:

Lei 9782/1999. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências.

Assunto: ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO, OBJECTO DE TRANSAÇÕES ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DE IVA

Ofertas a Profissionais de Saúde. Introdução

Apresentação As Tecnologias de Informação e Comunicação e os Sistemas de Informação nos Hospitais: entre a oferta e a procura

Despacho n.º 2244/2003, 10 de Janeiro (DR, 2.ª série, n.º 29, de 4 de Fevereiro de 2003)

Prescrição por DCI. A grande desonestidade!

Questões Frequentes sobre Medicamentos de dispensa exclusiva em farmácia

Diploma DRE. Artigo 1.º. Objeto

Circular Informativa. humano. Divulgação geral

3. Outros documentos

Observatório do Medicamento e dos Produtos de Saúde INFORMAÇÃO SOBRE O IMPACTO DAS MEDIDAS DE POLÍTICA DO MEDICAMENTO

Os farmacêuticos têm o dever de assegurar a máxima qualidade dos serviços que prestam.

Processo de conferência de facturação de prestações de Medicina Física e Reabilitação

Circular Normativa N.º 04/2018/SPMS

Deliberação n.º 105/CA/2007

Transcrição:

FAQ s Destinam-se a complementar as instruções constantes na Circular Informativa Conjunta n.º 01/INFARMED/ACSS. Público 1. O que é que mudou na prescrição e dispensa dos medicamentos? Desde dia 1 de Junho, que a prescrição de medicamentos deve ser feita por denominação comum internacional (DCI), ou seja, pelo nome da substância activa do medicamento. A prescrição por marca passa a estar limitada a algumas situações: casos de alergia ou reação adversa prévia, medicamentos com margem terapêutica estreita ou medicamentos que não tenham medicamentos genéricos equivalentes. Sempre que a prescrição é feita por DCI, a farmácia é obrigada a dispensar um dos medicamentos mais baratos, excepto se o utente quiser escolher outro medicamento. 2. Posso sempre escolher o medicamento que quero comprar? Depende do que estiver prescrito. O utente pode sempre escolher o medicamento que cumpra a prescrição, excepto nos casos em que o médico assinale razões de segurança (casos de reação adversa prévia ou substâncias com margem terapêutica estreita) ou não existam medicamentos equivalentes. Nos casos em que o médico prescreva indicando a manutenção do tratamento anterior, o utente apenas pode escolher um medicamento desde que com preço inferior. v 1.0-01/06/2012 1/12

3. O que é um medicamento com margem terapêutica estreita? É um medicamento que tem uma diferença pequena entre a dose terapêutica e a dose tóxica. Por essa razão, a sua utilização ou a troca de marcas deve ser sempre acompanhada pelo médico. 4. Até quando posso aviar as receitas que tenho? As receitas com data anterior a 1 de Junho de 2012 podem ser aviadas enquanto estiverem válidas, ou seja, 30 dias para as receitas normais e 6 meses para as renováveis (triplas). 5. O médico passou-me uma receita com o medicamento de marca que tomo habitualmente. Ainda posso comprá-lo? Sim. Mas se esse medicamento não for dos mais baratos, tem que dizer ao farmacêutico o medicamento que quer levar, pagar a diferença (se houver), escrever no verso da receita Direito de opção e assinar. 6. O médico assinalou Não autorizo o fornecimento ou a dispensa de um medicamento genérico. Posso escolher o medicamento? Pode, nas condições descritas acima. As cruzes existentes na receita deixaram de ter significado. 7. O médico prescreveu um medicamento e escreveu na receita Exceção a) art. 6.º. Posso levar o medicamento que tomo habitualmente e pagar a diferença? Não. Nestas situações, o utente só pode adquirir o medicamento que consta na receita. v 1.0-01/06/2012 2/12

8. O médico prescreveu um medicamento mais baratos e assinalou a justificação técnica Exceção b) art. 6.º - Reacção adversa prévia. Posso levar o medicamento que tomo habitualmente e pagar a diferença? Não. Nestas situações, o utente só pode adquirir o medicamento que consta na receita. 9. O médico prescreveu um dos medicamentos mais baratos e assinalou a justificação técnica Exceção c) art. 6.º - Continuidade de tratamento superior a 28 dias. Posso levar o medicamento que tomo habitualmente e pagar a diferença? Não. Nestas situações, o utente só pode escolher um medicamento mais barato do que o foi prescrito. O utente só pode escolher um medicamento mais caro se o pagar por inteiro, ou seja, sem comparticipação. 10. Como posso saber o preço dos medicamentos? O preço está disponível para consulta em http://www.infarmed.pt/genericos/pesquisamg/pesquisamg.php ou através da Linha do Medicamento 800 222 444, que funciona das 9 às 13 e das 14 às 17 nos dias úteis (fora deste horário deve deixar mensagem). v 1.0-01/06/2012 3/12

Médico 1. Até quando posso usar o modelo de receita? O modelo de receita existente vai vigorar com as necessárias adaptações até à publicação do Despacho que estabelece um novo modelo de receita. Adicionalmente, serão publicadas normas específicas para os prescritores e para os fornecedores de softwares. 2. Os softwares de prescrição já estão adaptados a estas novas regras? Ainda não. As especificações técnicas serão publicadas até ao início de Setembro. Só após essa data, é que os softwares estarão em condições de aplicar todos os requisitos legais em pleno. 3. Como posso ter a certeza que o medicamento que eu prescrevo é o dispensado? Só terá essa certeza quando: Não existem medicamentos genéricos comparticipados similares; Apenas existem medicamentos de marca; Incluir uma das seguintes justificações técnicas: índice terapêutico estreito ou reacção adversa prévia. 4. Posso continuar a passar receitas à mão? Sim, mas apenas nas seguintes situações: a) Falência do sistema informático b) Inadaptação fundamentada c) domicílio d) máximo de 40 receitas por mês. Nestas situações, o prescritor deve escrever, sob o logótipo do Ministério da Saúde, Exceção x) do n.º 1 do artigo 8.º, devendo o x ser substituído pela letra da alínea correspondente. v 1.0-01/06/2012 4/12

5. Posso continuar a passar receitas renováveis (para 6 meses) à mão? Não. A receita renovável apenas pode ser emitida através dos sistemas de prescrição electrónica. 6. Posso continuar a passar receitas amarelas (de estupefacientes)? Não. A receita amarela deixou de poder ser utilizada. Assim, a prescrição manual destes medicamentos deverá ser feita nas receitas normais. 7. Posso prescrever estupefacientes na mesma receita que os restantes medicamentos? Não. Estes medicamentos requerem controlo especial, pelo que têm que ser prescritos isoladamente. Contudo, a mesma receita pode conter vários medicamentos estupefacientes. O número de embalagens por receita é igual ao dos restantes medicamentos. 8. Quantos medicamentos posso prescrever por receita? Com esta legislação não houve alteração ao número de medicamentos permitidos por receita. Em cada receita podem ser prescritos até 4 medicamentos diferentes, num total de 4 embalagens por receita. No máximo, podem ser prescritas duas embalagens por medicamento. No caso dos medicamentos prescritos se apresentarem sob a forma de embalagem unitária podem ser prescritas até quatro embalagens do mesmo medicamento. Se o prescritor incluir uma justificação técnica, a receita apenas pode conter um medicamento. v 1.0-01/06/2012 5/12

9. Existem restrições à prescrição de medicamentos com justificações técnicas? Sim. As justificações técnicas apenas podem ser utilizadas se estiverem reunidas as condições previstas na legislação. Adicionalmente, a prescrição de um medicamento utilizando uma das justificações técnicas tem que ser feita isoladamente. Se houver outros medicamentos na mesma receita, esta não é válida e não pode ser aviada. 10. O que tenho que escrever na receita no caso de o medicamento ter janela terapêutica estreita? O prescritor tem que escrever Exceção a) art. 6.º no espaço de escrita livre da receita junto ao medicamento em causa. 11. Quais os medicamentos que têm janela terapêutica estreita? Os medicamentos que contenham uma das substâncias activas constantes da Deliberação 070/CD/2012: Ciclosporina, Levotiroxina sódica e Tacrolímus. 12. O que tenho que escrever na receita caso o utente tenha tido uma reacção adversa? O prescritor tem que escrever Exceção b) art. 6.º - reacção adversa prévia no espaço de escrita livre da receita junto ao medicamento em causa. Esta informação tem que ficar registada no processo clínico do doente. A exceção está limitada aos casos de fundada suspeita, reportada ao Infarmed, de intolerância ou reacção adversa a um medicamento com a mesma substância activa mas com outra denominação comercial. v 1.0-01/06/2012 6/12

13. O que tenho que escrever na receita no caso de um tratamento prolongado? O prescritor tem que escrever Exceção c) art. 6.º - continuidade de tratamento superior a 28 dias no espaço de escrita livre da receita junto ao medicamento em causa. Esta informação tem que ficar registada no processo clínico do doente. 14. A utilização da Exceção c) art. 6.º - continuidade de tratamento superior a 28 dias só pode ser feita em receita renovável? Não. A prescrição ao abrigo desta excepção pode ser feita na receita normal ou na renovável. Alerta-se que a receita renovável continua a ser aplicável apenas aos medicamentos que se destinam a tratamentos de longa duração, ou seja, os medicamentos que constem da tabela 2 da Deliberação n.º 173/CD/2011, de 27 de Outubro. 15. Prescrevi um medicamento com exceção c) para assegurar a continuidade do tratamento, mas foi dispensado outro medicamento ao utente. É possível? Sim. Nesta excepção, o utente pode optar por um medicamento mais barato do que o prescrito. 16. As justificações técnicas podem ser colocadas manualmente (manuscrito, carimbo, autocolante, ou outra) numa receita electrónica? Não. As excepções devem ser escritas informaticamente no espaço de escrita livre de cada medicamento. v 1.0-01/06/2012 7/12

17. Posso prescrever sempre por DCI? Sim. Nestas circunstâncias, o princípio mantém-se: o farmacêutico informa o utente dos medicamentos que cumprem a prescrição, qual o mais barato e o utente escolhe. 18. Se eu prescrever um medicamento de marca, posso prescrever outros medicamentos na receita? Sim, se não existirem medicamentos genéricos similares comparticipados. Apenas a prescrição que inclua justificações técnicas tem que ser feita isoladamente (1 justificação por receita). 19. Quanto tempo vai durar este período transitório? Até finais de Novembro, altura em que termina o prazo para adequação dos sistemas de apoio à prescrição. 20. Se eu assinalar que Não autorizo o fornecimento ou a dispensa de um medicamento genérico e prescrever por nome comercial, que medicamento vai ser dispensado? O campo relativo às autorizações deixou de ter significado. Assim, a dispensa será feita como se de uma prescrição por DCI se tratasse. 21. O que vai ser publicado sobre esta matéria? Orientações específicas dirigidas aos prescritores, às farmácias e às empresas que desenvolvem os sistemas informáticos. v 1.0-01/06/2012 8/12

Farmácia 1. Uma receita que contenha vários medicamentos com justificação técnica pode ser aviada? Não. A farmácia não dispõe dos elementos necessários para avaliar qual o medicamento a dispensar. 2. Uma receita que contenha um medicamento com justificação técnica e outros medicamentos por DCI pode ser aviada? Não. A justificação técnica tem que ser feita isoladamente (1 justificação por receita). Nesta receita não podem constar outros medicamentos. 3. Se o utente não souber assinar? O farmacêutico consigna essa menção na receita e assina. 4. Uma receita pode conter medicamentos de marca e DCI? Sim. Se o medicamento prescrito por marca tiver medicamentos genéricos similares comparticipados, a dispensa deve ser feita como se de uma prescrição por DCI se tratasse. Se o medicamento prescrito por marca não tiver medicamentos genéricos similares comparticipados, o farmacêutico deve dispensar o medicamento prescrito. 5. As justificações técnicas foram colocadas manualmente (manuscrito, carimbo, autocolante, ou outra). Posso aceitar? Só se se tratar de uma receita manual. Nas receitas electrónicas esta informação tem que vir impressa junto ao medicamento. v 1.0-01/06/2012 9/12

6. Posso aceitar uma receita passada por nome comercial? Sim. 7. Numa receita passada por nome comercial sem justificação técnica, o que posso dispensar? Se o medicamento prescrito por marca tiver medicamentos genéricos similares comparticipados, a dispensa deve ser feita como se de uma prescrição por DCI se tratasse. Se o medicamento prescrito por marca não tiver medicamentos genéricos similares comparticipados, o farmacêutico deve dispensar o medicamento prescrito. 8. A justificação técnica está incompleta. A farmácia pode aceitar? Sim, mas a dispensa deve ser feita como se de uma prescrição por DCI se tratasse. 9. A farmácia tem que validar as justificações técnicas? O farmacêutico apenas tem que verificar, nos casos da Exceção a) art. 6.º, se o medicamento contém uma das substâncias activas constantes da Deliberação 070/CD/2012: Ciclosporina, Levotiroxina sódica e Tacrolímus. 10. As receitas triplas manuscritas ainda podem ser aceites? Apenas as que tenham data de prescrição anterior a 1 de Junho de 2012. 11. O utente pode escolher um medicamento que não se encontre nos cinco mais baratos? Sim, desde que o médico não tenha incluído uma justificação técnica. No caso da justificação c), o utente poderá optar por qualquer medicamento desde que seja mais barato do que o prescrito. v 1.0-01/06/2012 10/12

12. Que medicamentos tenho que ter na farmácia? As farmácias têm de dispor em stock, no mínimo, 3 medicamentos de cada grupo homogéneo (mesma substância activa, forma farmacêutica e dosagem), de entre aqueles que correspondem aos cinco preços mais baixos e, destes, dispensar ao utente o mais barato. O valor do 5.º Preço mais baixo consta na base de dados que é fornecida diariamente às empresas do setor, bem como, no Guia dos medicamentos genéricos e dos preços de referência. 13. Que informações tenho que enviar ao Infarmed sobre a dispensa dos psicotrópicos e estupefacientes? A listagem das receitas aviadas da qual constem os dados do adquirente até ao dia 8 do segundo mês a seguir à dispensa e cópia das receitas manuais, até ao dia 8 do mês a seguir à dispensa. 14. Quanto tempo vai durar este período transitório? Até finais de Novembro, altura em que termina o prazo para adequação dos sistemas de apoio à prescrição e dispensa. 15. O que vai ser publicado sobre esta matéria? Orientações específicas dirigidas aos prescritores, às farmácias e às empresas que desenvolvem os sistemas informáticos. 16. O prescritor assinalou Não autorizo o fornecimento ou a dispensa de um medicamento genérico. Aceito a receita? Sim, o campo relativo às autorizações deixou de ter significado. Assim, a dispensa será feita como se de uma prescrição por DCI se tratasse. v 1.0-01/06/2012 11/12

17. O médico passou um medicamento genérico, o utente quer levar o de marca. Posso dispensar? Sim, desde que o médico não tenha incluído uma justificação técnica. No caso da justificação c), o utente poderá optar por qualquer medicamento desde que seja mais barato do que o prescrito. Em todos os casos que o utente exerça o direito de opção, tem que escrever direito de opção e assinar no verso da receita. 18. Dos 3 medicamentos mais baratos podem constar medicamentos cujo preço esteja em escoamento? Sim, desde que o seu preço seja inferior ao valor do 5.º Preço mais baixo. 19. Tenho que ter em stock 3 medicamentos de todos os grupos homogéneos mesmo daqueles que não se vendem habitualmente? Sim, a legislação não prevê excepções a esta regra. 20. Os três medicamentos podem ser iguais? A legislação prevê três medicamentos, logo, não podem ser três embalagens de um único medicamento. v 1.0-01/06/2012 12/12