Pequenas Primeiro. Pense nas. Christoph David. Weinmann. Diálogo sobre. Empreendedorismo e Competitividade para PMEs entre o Brasil e a União



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Transcrição:

Pense nas Pequenas Primeiro Christoph David Weinmann 2013 BRASÍLIA Diálogo sobre Empreendedorismo e Competitividade para PMEs entre o Brasil e a União Europeia (PMEE-004)

Pense nas Pequenas Primeiro Christoph David Weinmann 2013 BRASÍLIA Diálogo sobre Empreendedorismo e Competitividade para PMEs entre o Brasil e a União Europeia (PMEE-004)

Governo Federal Presidente da República Dilma Rousseff Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC Fernando Pimentel Secretário de Comércio e Serviços Humberto Luiz Ribeiro Diretor do Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas Gustavo de Paula Gasbarro Coordenador Geral de Micro, Pequena e Média Empresa Industrial e Artesanal Maria Helena Atrasas Coordenador-Geral de Articulação Institucional, Crédito e Fomento às Micro, Pequenas e Médias Empresas Fábio Santos Pereira Silva Equipe Técnica Carlos Veloso de Melo Junior Fabio de Medeiros Souza Tiago de Almeida Pinto Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia - Brasil Diretor Nacional do Projeto Samuel Antunes Antero Diretora Nacional Substituta Luciana Dinah Ribeiro Helou Equipe Ana Tereza Correia Bezerra de Castro Giovana Rocha Veloso Ricardo Ferreira da Silva Cunha Josep Centelles i Portella Delegação da União Europeia no Brasil (DELBRA) Oficial do Projeto / Project Officer Maria Rosa Sabbatelli

Pense nas Pequenas Primeiro Christoph David Weinmann 2013 BRASÍLIA Diálogo sobre Empreendedorismo e Competitividade para PMEs entre o Brasil e a União Europeia (PMEE-004)

2013. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. B823d FICHA CATALOGRÁFICA Brasil. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Diálogo sobre empreendedorismo e competitividade para PMEs entre o Brasil e a União Europeia (PMEE-004): estudo sobre a implementação do princípio think small first (Pense nas Pequenas Primeiro) no Brasil. Brasília : CNI, 2013. 118 p. : il. 1.Competitividade. 2. Empreendedorismo. 3. PMEE-004. 4. Think Small First. I. Título. CDU: 334

AGRADECIMENTOS Qualquer pessoa não familiarizada com um projeto específico e seu ambiente particular e com apenas três dias para trabalhar em campo para tentar compreender padrões fundamentais e desenvolver sugestões ou recomendações para atividades futuras ou sobre como reformular configurações organizacionais depende intensamente do apoio de pessoas familiarizadas com a situação. O fato de o consultor ter conseguido levantar algumas informações relevantes sobre a situação atual no Brasil deve-se, portanto, principalmente à Abertura e excelente colaboração dos membros da Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Excelente documentação disponível naquele ministério sobre temas de interesse O consultor reitera seu elevado apreço por todos os colaboradores pelo importante apoio prestado à sua missão. Quaisquer erros de julgamento ou nas informações contidas neste relatório são da inteira responsabilidade do consultor.

sumário 1 RESUMO EXECUTIVO...10 2 ANTECEDENTES...14 3 AVALIAÇÃO DE PAÍSES EUROPEUS SELECIONADOS...18 3.1 tentativa de classificar países de acordo com o princípio de Pense nas Pequenas Primeiro... 19 3.2 Áustria...30 3.3 República Tcheca...34 3.4 França...38 3.5 Alemanha...43 3.6 Países Baixos...48 3.7 Reino Unido... 52 4 CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DE PENSE NAS PEQUENAS PRIMEIRO NO BRASIL...58

ANEXOS...69 ANEXO A - Lista de pessoas consultadas em reuniões...69 ANEXO B - Referências selecionadas... 70 ANEXO C - Declaração metodológica... 75 ANEXO D - Termos de referência...77 ANEXO E - Minuta de lista de verificação adotada na França... 87 ANEXO F - Formulário de avaliação de impactos regulatórios adotado na Alemanha (recurso de trabalho)... 93 ANEXO G - Avaliação de alternativas (recurso de trabalho) na Alemanha...95 ANEXO H - questionário de Avaliação de Impactos para Empresas (Business Impact Assessment - BIA) adotado nos Países Baixos... 96 ANEXO I - Gráficos de avanços na reforma regulatória nos Países Baixos...111 ANEXO J - Recomendações do Comitê de Política Regulatória (Reino Unido)... 113 ANEXO K - teste de Impactos para Pequenas Empresas no Reino Unido...115 ANEXO L - Fluxograma do Teste de Impactos para Pequenas Empresas do Reino Unido...118

1 RESUMO EXECUTIVO

Pense nas Pequenas Primeiro O objetivo deste estudo é rever o arcabouço jurídico geral do Brasil relativo à concessão de um tratamento favorável a micro e pequenas empresas, avaliar experiências europeias na aplicação do princípio Think Small First (Pense nas Pequenas Primeiro), relatar e consolidar essas experiências e propor recomendações para a implementação do princípio no Brasil. Observou-se que lograr esses resultados foi um pouco mais difícil do que previsto inicialmente, mas sem prejuízo para o desenvolvimento de recomendações para a implementação do conceito no Brasil. O arcabouço jurídico geral brasileiro atual para a oferta de um tratamento favorável diferenciado para micro e pequenas empresas baseia-se em uma abordagem tradicional de aliviar o ônus administrativo imposto por regulações, isentando empresas enquadradas nessa categoria de regulações existentes ou simplificando sua observância. Embora obviamente muito úteis, essas medidas não correspondem de maneira alguma à aplicação do princípio de «Pense nas Pequenas Primeiro, que submete regulações de qualquer natureza a um exame minucioso, com o objetivo de verificar se seus efeitos para pequenas empresas foram plenamente considerados. O objetivo do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro é evitar a necessidade de se mitigar efeitos de regulações para pequenas empresas tomando as medidas necessárias para que, no processo de formulação de regulações, seus efeitos para pequenas empresas sejam corretamente previstos e mecanismos identificados para manter o custo da sua observância no nível mínimo necessário. A tarefa de reunir experiências europeias na aplicação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro para avaliá-las é difícil neste momento. O termo foi cunhado no Reino Unido e, embora tenha sido incorporado à Lei das Pequenas Empresas (Small Business Act) proposta pela Comissão Europeia como um princípio fundamental, ele não se disseminou amplamente entre os Estados membros da União Europeia. Isso ocorreu a despeito do fato de alguns países membros terem desenvolvido, ao longo de décadas, políticas baseadas em princípios semelhantes ao do Pense nas Pequenas Primeiro como parte de seus esforços para melhorar o ambiente empresarial, promover pequenas empresas ou, o que é mais importante, impulsionar reformas administrativas e regulatórias. Até o presente momento, é quase impossível rastrear o termo 11

Pense nas Pequenas Primeiro Pense nas Pequenas Primeiro em outros países fora do Reino Unido ou no nível da União Europeia. Essa dificuldade se tornou ainda maior em decorrência das surpreendentes diferenças observadas nas classificações atribuídas por representantes do setor empresarial a Estados membros individuais da UE na aplicação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro e nas classificações que esses países receberam em outros exercícios dessa natureza. Isso pode ser atribuído ao fato de ser difícil mensurar a aplicação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro na ausência de indicadores acordados e de diferentes contextos nacionais implicarem perspectivas diversificadas de avanços na sua aplicação. Pesquisar a aplicação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro em diferentes países e, o que seria ideal, consolidar seus resultados em uma visão geral revelou-se uma tarefa impossível. No entanto, ampliando esse exercício para o campo mais complexo de uma melhor regulação e da reforma administrativa, abordando, particularmente, a aplicação de avaliações de impactos, tornase possível descrever algumas das arquiteturas institucionais e mecanismos regulatórios existentes relevantes para a implementação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro. A diversidade de abordagens adotadas para implementar o princípio de Pense nas Pequenas Primeiro ou uma melhor regulação revela que não há uma melhor arquitetura institucional única para se aplicar o conceito. As abordagens variam de arquiteturas centralizadas e controladas pelo governo, como no Reino Unido, a estruturas bastante leves, como as estabelecidas na França e nos Países Baixos. No entanto, em que pesem essas diferentes arquiteturas, há uma série de elementos comuns que podem orientar a implementação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro no Brasil, como os seguintes: Definições de micro e pequenas empresas baseadas no número de funcionários 12

RESUMO EXECUTIVO Funções transversais de alto nível (em todos os ministérios governamentais) Consultas informais com micro e pequenas empresas potencialmente afetadas por regulações antes de projetos de regulação serem propostos para discussão Requisitos de se considerar maneiras alternativas de regular a matéria em apreço, inclusive a de não se regular ( alternativa de não se fazer nada ) Inseparabilidade do Pense nas Pequenas Primeiro de outras medidas concebidas para melhorar a regulação e reduzir o ônus administrativo e a necessidade de integrar o Pense nas Pequenas Primeiro a outras prioridades importantes para o Estado moderno Para implementar o princípio de Pense nas Pequenas Primeiro, o Brasil precisará começar do zero. Foram desenvolvidos procedimentos para avaliações de impactos regulatórios que podem ser complementados por procedimentos específicos para aspectos relacionados a micro e pequenas empresas. O Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte já tem uma rotina de trabalho razoavelmente bem estabelecida e poderia ser desenvolvido para ser usado como uma base geral para a discussão informal de novas regulações em processo de elaboração em diferentes ministérios. 13

2 ANTECEDENTES

Pense nas Pequenas Primeiro O objetivo deste relatório, nos termos aplicáveis aos estudos inter-relacionados que envolveu, foi o de 1 Avaliar o arcabouço jurídico geral do Brasil para oferecer um tratamento favorável diferenciado a micro e pequenas empresas Reunir experiências europeias na aplicação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro Elaborar um relatório sobre as experiências levantadas, consolidando as respectivas experiências europeias e destacando as arquiteturas institucionais e mecanismos regulatórios específicos (componentes do sistema e suas inter-relações) necessários para a adoção do princípio Propor recomendações para o processo de implementação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro no Brasil O consultor teve a oportunidade de avaliar e discutir parcialmente documentações existentes sobre o arcabouço jurídico geral do Brasil na sua primeira missão a Brasília, realizada em agosto. Essa documentação incluiu textos legislativos ou regulatórios relevantes, bem como documentos de políticas e outros, como atas de reuniões com partes interessadas do setor empresarial regularmente realizadas pelo MDIC ou com seu apoio. Para a tarefa de reunir experiências europeias com o princípio de Pense nas Pequenas Primeiro, foi necessário selecionar alguns países específicos por razões de tempo e da dimensão do trabalho. A razão é que a União Europeia ainda é uma união de Estados-nação que, a despeito da adoção crescente de leis e regulações europeias por parlamentos nacionais e da harmonização de definições de PMEs em toda a UE, ainda mantêm sistemas próprios de governo e não seguem nenhum modelo europeu padronizado em suas políticas empresariais. Por razões de praticidade e no intuito de assumir o ponto de vista dos empresários (ou pensando pequeno primeiro) na definição do foco do trabalho, as classificações de 2011 do painel de avaliação da implementação da Lei das Pequenas Empresas da União Europeia do Artesanato e das Pequenas e 1 Cf. Termos de referência do Anexo A4. 15

Pense nas Pequenas Primeiro Médias Empresas (UEAPME) em relação à melhor regulação e a compras e contratos públicos foram usadas para fazer uma aproximação dos avanços relativos observados recentemente na implementação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro (e não na implementação de toda a Lei das Pequenas Empresas) e pré-selecionar os países que seriam avaliados. 2 Em um segundo momento, algumas (des)semelhanças entre os países com classificação mais alta e o Brasil foram usadas para eliminar as experiências de países irrelevantes (por exemplo, países de tamanho muito reduzido, com poucos níveis administrativos), ainda que tivessem obtido pontuações altas na sua classificação. Esse procedimento levou à seleção dos países assinalados na tabela abaixo. Critério Países da UE UEAPME Repúblicas UEAPME (compras e Repúblicas semi- RNB e (melhor contratos federais presiden- cialistas habitantes regulação*) públicos*) UK UK AT FR DE IE AT DE PT FR NL CZ BE RO UK FR SE BA IT CZ CH ES *) Classificações por ordem decrescente da UEAPME (2011). Países por códigos ISO: AT... Áustria, BA... Bósnia e Herzegovina, BE... Bélgica, CH... Suíça, CZ... República Tcheca, DE... Alemanha, ES... Espanha, FR... França, IE... Irlanda, IT... Itália, NL... Países Baixos, PT... Portugal, RO... Romênia, SE... Suécia, UK... Reino Unido A pesquisa subsequente concentrou-se nesses países e não levou em consideração experiências potencialmente interessantes de países que não fossem os selecionados. Essa decisão foi tomada exclusivamente em função das limitações de tempo impostas ao estudo e não significa que as experiências de outros países europeus não sejam importantes ou úteis no contexto. 2 As classificações da UEAPME não são, na verdade, inteiramente comparáveis porque as partes interessadas nacionais avaliam seus próprios países e não é aplicado um fator de correção para a situação efetiva e/ou percepções relativas. (Observe que a UEAPME também não afirma que os valores são comparáveis.) 16

ANTECEDENTES Além disso, embora se soubesse desde o início que os materiais disponíveis para o Reino Unido seriam mais abundantes do que para outros países, pela simples razão de o termo Pense nas Pequenas Primeiro ter sido cunhado naquele país e usado nele por mais tempo que em outros países europeus, não se sabia ao certo que volume de materiais estaria disponível para os demais países selecionados no decorrer da pesquisa. 3 No processo de definir o roteiro deste estudo, acordou-se que as seguintes etapas seriam cumpridas Avaliação de documentos pertinentes e disponíveis sobre políticas adotadas no Brasil em apoio a micro, pequenas e médias empresas, principalmente no nível federal, mas também em nível estadual e municipal, se considerado útil Verificação dos métodos usados pela UEAPME para compreender melhor a classificação de países europeus no ranking da implementação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro Análise paralela (não consecutiva) de documentos publicados no nível dos governos dos países selecionados na União Europeia Análise de fontes secundárias relacionadas a experiências de países europeus na implementação da política de Pense nas Pequenas Primeiro Contatos por e-mail com informantes selecionados para esclarecer quaisquer dúvidas surgidas na análise e discussão da situação atual (considerando que algumas publicações frequentemente não são atualizadas em bases regulares) Resumo de resultados 3 Indiscutivelmente, poderiam ter sido pesquisadas inicialmente experiências já documentadas em vez de se determinar o que poderia ser comparável, ainda que não documentado. No entanto, essa abordagem teria envolvido dois estágios ou rodadas no ciclo da pesquisa, quando apenas um estágio está efetivamente disponível. 17

3 AVALIAÇÃO DE PAÍSES EUROPEUS SELECIONADOS

Pense nas Pequenas Primeiro Qualquer estudo que envolva comparações de experiências da UE envolve o desafio de se identificar experiências ocorridas em 27 países com diferentes sistemas históricos, socioculturais e jurídicos. Embora a legislação da UE esteja cada vez mais moldando as estruturas jurídicas dos seus Estados membros e a maior parte das suas leis seja desencadeada por iniciativas da UE, a maioria esmagadora das leis em vigor e das estruturas organizacionais continua sendo própria de cada Estado membro. Devido aos limites de tempo impostos a uma tarefa dessa natureza, foi necessário limitar o escopo da pesquisa a um número razoável de experiências. Além disso, não se pode garantir desde o início que os países selecionados para a pesquisa oferecerão as experiências desejadas, porque não há um banco de dados facilmente acessível sobre experiências de Pense nas Pequenas Primeiro. O próprio banco de dados da UE sobre experiências de Pense nas Pequenas Primeiro tinha poucos dados no momento em que este estudo foi realizado e até a validade desses dados (para exemplificar princípios de Pense nas Pequenas Primeiro ) pode ser questionada. 1 3.1 Tentativa de classificar países de acordo com o princípio de Pense nas Pequenas Primeiro Como se vê, pesquisar o que está acontecendo em torno do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro não é tão fácil como parece. O próprio termo é de origem britânica, porque foi cunhado no Reino Unido. Esse fato dificulta a sua 1 O banco de dados contém apenas três entradas sob o título geral Pense nas Pequenas Primeiro, uma das quais se refere a uma fábrica de queijos (muito específica), outra a um programa concebido para reduzir a taxa de fechamento de empresas (criação de um prestador de serviços de desenvolvimento empresarial) e a outra a um conjunto de práticas amigáveis a pequenas empresas no nível municipal. (Cf. ec.europa.eu/ enterprise/policies/sme/ best-practices/database/sba/index.cfm?fuseaction=practice.list) Sob o subtítulo (único) mais específico de Pense nas Pequenas Primeiro / impostos, há cerca de 20 entradas de boas práticas. Embora possam aproximar-se mais da ideia, elas representam um aspecto bastante específico da vida empresarial e poderiam muito bem ter sido incluídas sob esse mesmo título ( impostos ) sem classificá-la como Pense nas Pequenas Primeiro. Tudo isso apenas para ilustrar que o sentido de Pense nas Pequenas Primeiro ainda não é plenamente uniforme e pode variar em diferentes contextos. 19

Pense nas Pequenas Primeiro transferência direta, já que o que pode ser associado a esse termo no Reino Unido pode não ser, necessariamente, vinculado a ele em outro lugar. Não é que o termo em si não seja inteligível - pelo contrário, trata-se de um conceito ou lema muito útil. É que processos políticos nacionais ocorrem em seus contextos socioculturais específicos e o que é pequeno primeiro em um lugar em termos empresariais pode ser tradicionalmente diferente do que é pequeno primeiro em outro. As políticas nacionais dizem respeito a temáticas que evoluíram ao longo de décadas de discussão política e muitos elementos de Pense nas Pequenas Primeiro podem estar presentes em outros contextos nacionais sem que o rótulo de Pense nas Pequenas Primeiro esteja associado a eles. Além disso, é provável que existam sobreposições significativas entre medidas tomadas para melhorar a regulação para cidadãos em geral, para a comunidade empresarial em geral e para micro e pequenas empresas diretamente. 2 2 Reduzir o ônus administrativo para cidadãos e empresas (simultaneamente) não é uma frase incomum em documentos austríacos sobre o tema, por exemplo. 20

AVALIAÇÃO DE PAÍSES EUROPEUS SELECIONADOS Pense nas Pequenas Primeiro como princípio fundamental da Lei das Pequenas Empresas da Europa A implementação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro continua sendo o elementochave da Lei das Pequenas Empresas da Europa. Isso implica uma simplificação do ambiente regulatório e administrativo no qual as PMEs desenvolvem suas atividades, principalmente por meio da definição de normas para esse fim, que incluem o princípio de uma só vez ou o uso ferramentas como o governo eletrônico e as soluções one-stop-shop (de ponto único). Embora a Comissão Europeia e os Estados membros venham envidando esforços cada vez mais intensos para implementar o princípio, ainda há espaço para tornar a sua aplicação mais sistemática com base na agenda da Regulação Inteligente da UE. A Comissão reforçará a aplicação do Teste das PMEs no seu procedimento de avaliação de impactos para garantir que os impactos para as PMEs sejam cuidadosamente analisados e levados em consideração em todas as propostas legislativas e políticas relevantes e que haja uma indicação clara de seus efeitos quantificados para PMEs sempre que possível e razoável. Na aplicação de testes de competitividade às suas propostas, a Comissão analisará a possibilidade de empresas europeias e PMEs em particular competirem nos mercados da UE e no exterior. Além disso, as diferenças entre micro, pequenas e médias empresas devem ser reconhecidas e levadas em consideração na aplicação do Teste das PMEs e, conforme o caso, medidas específicas, como taxas reduzidas ou obrigações simplificadas de elaboração de relatórios, devem ser consideradas. Sempre que a opção de implementar medidas desse tipo ficar a cargo dos Estados membros, eles devem fazê-lo. Da mesma maneira, os Estados membros devem evitar a sobreposição de regulações desnecessárias, que excedam os requisitos previstos na legislação da UE ao incorporarem Diretivas à sua legislação nacional. A Comissão confirma sua disposição de ajudar os Estados membros nessa tarefa. Para garantir que o marco regulatório seja adequado para esse propósito e identificar efeitos cumulativos da legislação, a Comissão aplicará testes de aptidão à legislação existente, nos quais avaliações de disposições individuais das legislações serão complementadas por uma abordagem mais abrangente. Isso ajudará na identificação de inconsistências e medidas obsoletas e ineficazes e reduzirá o ônus para as PMEs, inclusive para as que atuam em setores não industriais, como, por exemplo, no comércio ou no setor do artesanato. Essa abordagem está sendo desenvolvida atualmente na área de serviços, com vistas a testar o funcionamento geral do Mercado Único de serviços, principalmente do ponto de vista das PMEs. A Simplificação é um objetivo importante. Até outubro de 2011, a Comissão simplificará os requisitos de transparência e elaboração de relatórios para empresas de menor porte cotadas em bolsa. Além disso, a Comissão está considerando a possibilidade de simplificar requisitos de auditoria para pequenas empresas, em conformidade com o Livro Verde sobre Política de Auditoria. Envolver estreitamente partes interessadas no desenvolvimento da política da UE para PMEs é um elemento essencial da Lei das Pequenas Empresas. A decisão de ampliar o período de consultas públicas lançado pela Comissão de oito para doze semanas a partir de 2012 deve dar mais tempo para interessados consultarem seus membros e consolidar sua posição em relação a iniciativas relevantes para PMEs. Os painéis de PMEs da rede Enterprise Europe Network complementam os comentários de organismos representativos de PMEs estabelecidos nos níveis nacional e da UE. Fonte: Comissão Europeia (2011): 6-7. Grifo do consultor. 21

Pense nas Pequenas Primeiro Considere o antigo conceito alemão de promover as Mittelstand, por exemplo, que é semelhante e tem conotações do conceito de classe média, mas, na verdade, denota pequenas e médias empresas ou seus proprietários. Muitas das políticas voltadas para as Mittelstand são, na verdade, políticas focadas em pequenas empresas e muitas delas incluem abordagens muito semelhantes ao conceito de «Pense nas Pequenas Primeiro. No entanto, os alemães considerariam incomum categorizar suas atividades ou empreendimentos usando esse termo específico. 22

AVALIAÇÃO DE PAÍSES EUROPEUS SELECIONADOS O que a Comissão Europeia e seus Estados membros farão efetivamente? Para adequar futuras regulações ao princípio de Pense nas Pequenas Primeiro, a Comissão: Está reforçando a avaliação do respeito ao Protocolo no que se refere à aplicação dos princípios da subsidiariedade e proporcionalidade em futuras iniciativas legislativas e administrativas Sempre que possível, usará datas comuns de início de regulações e decisões que afetam empresas e publicará uma declaração anual sobre legislações que estiverem entrando em vigor A Comissão fará isso e solicita aos Estados membros que: Tomem medidas para garantir que os resultados de políticas sejam logrados ao mesmo tempo em que minimizam custos e encargos para empresas, inclusive usando uma combinação inteligente de ferramentas como o reconhecimento mútuo e autorregulação ou coregulação para alcançar resultados de políticas Avaliem rigorosamente o impacto de futuras iniciativas legislativas e administrativas para PMEs ( teste de PMEs ) e levem em consideração os resultados dessa avaliação ao elaborarem suas propostas Consultem partes interessadas, inclusive organizações representativas de PMEs, durante pelo menos oito semanas antes de elaborarem qualquer proposta legislativa ou administrativa que acarrete um impacto para empresas Adotem medidas específicas em prol de micro e pequenas empresas, como derrogações, períodos de transição e isenções, particularmente de prestar informações ou elaborar relatórios, e outras abordagens especificamente desenvolvidas para elas, onde adequado, e Os Estados-Membros são solicitados a: Considerar a utilidade de adotar datas comuns de início e de emitir declarações anuais sobre leis que estiverem entrando em vigor Usar disposições de flexibilidade para PMEs na aplicação da legislação da UE e evitar a sobreposição de regulações desnecessárias Para melhorar o ambiente regulatório à luz do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro, a Comissão: Proporá todas as medidas possíveis para reduzir o ônus administrativo imposto a empresas para alcançar a meta de redução da UE de 25% até 2012 Realizará, até o final de 2008, um exame completo do acervo comunitário e incluirá seus resultados no programa progressivo de simplificação atualizado que será apresentado no início de 2009. Será dada uma atenção especial à identificação de propostas de simplificação de leis em prol das PMEs, inclusive de propostas relacionadas ao direito das sociedades, e 23

Pense nas Pequenas Primeiro Os Estados-Membros são solicitados a: Adotar metas de ambição comparável ao compromisso de reduzir o ônus administrativo em 25% até 2012 no nível da UE, onde isso ainda não tenha sido feito, e implementá-las Garantir a adoção célere das propostas relativas à redução do ônus administrativo na legislação da Comunidade Aprovar a proposta da Comissão que permitiria aos Estados-Membros aumentar o limiar do registro para o Imposto sobre Valor Agregado para 100.000 euros. Fonte: Comissão Europeia (2008): 7-8. Grifo do consultor. Ao longo da próxima década, as diferentes práticas de uso do termo tenderão a convergir no longo prazo, uma vez que estão ancoradas em um documento de política europeia (a Lei das Pequenas Empresas) e, portanto, serão replicadas em toda a Europa. Por enquanto, ainda há um dilema a ser decifrado no terreno das pesquisas, que é a necessidade de estudos mais abrangentes. Na ausência de relatórios unificados, usamos uma avaliação feita por representantes de empresas publicada nos relatórios da UEAPME (União Europeia do Artesanato e das Pequenas e Médias Empresas) para orientar a seleção dos países europeus que deveriam ser considerados para os fins do presente estudo. Os avanços relativos registrados nos países na promoção de uma melhor regulação e contratos públicos foram considerados como um indicador que poderia permitir uma estimativa aproximada de avanços na implementação do princípio de Pense nas Pequenas Primeiro. Afinal, se a regulação melhorou para empresas e o acesso a contratos públicos foi ampliado, isso pode indicar que o governo não está apenas pensando em reduzir o ônus regulatório imposto a pequenas empresas, mas efetivamente reduzindo-o para elas e que o governo não está apenas pensando em colocar cada vez mais as pequenas empresas em primeiro lugar na concessão de contratos. 24

AVALIAÇÃO DE PAÍSES EUROPEUS SELECIONADOS Percentual de implementação de compromissos relacionados as PMEs de melhor regulação - compras e contratos públicos 100 90 80 UK compras e contratos públicos 70 60 50 40 30 GR SI BG AT ES DE PL CZ SE IE FR NL 20 RO 10 0 0 10 DK 20 30 40 50 60 70 80 90 100 melhor regulação Fonte: Estimativa aproximada com base em um desenho da UEAPME (2011): relatórios de países. Os resultados da seleção, feita de acordo com esses critérios, correlacionam-se com os resultados dos testes de Pense nas Pequenas Primeiro realizados pela UEAPME como indicado no gráfico abaixo, com duas importantes exceções. O Reino Unido, que está claramente à frente de todos os outros países que adotaram critérios de melhor regulação e contratos públicos, é um dos diversos países que se classificaram acima da média europeia nos testes de Pense nas Pequenas Primeiro da UEAPME em 2011. E a Alemanha, que ficou no meio na primeira comparação, está agora entre os três primeiros classificados. 25

Pense nas Pequenas Primeiro Teste de Pense nas Pequenas Primeiro da UEAPME de 2011 Índice de Pense nas Pequenas Primeiro em % 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 76.4 74.4 73.6 71.9 66.9 60.6 60.5 60.1 56.6 53.4 52.3 52.0 50.8 50.6 49.3 48.1 36.8 35.3 33.9 CZ SI DE UK FR NL SE AT EU EL EP PL CY DK EC ES IE BG RO Unidade de Estudos da UEAPME UEAPME Study Unit Fonte: UEAPME (2011): 3. Afastando-nos da perspectiva empresarial em torno da questão e assumindo o ponto de vista do governo, podemos recorrer a um estudo encomendado pelo Parlamento Europeu em 2011. Esse estudo procurou avaliar em que níveis os governos europeus estão trabalhando para implementar o princípio de Pense nas Pequenas Primeiro e estabelecer níveis de consistência e sofisticação na sua aplicação. Os resultados desse estudo estão representados no gráfico abaixo. Embora o Reino Unido tenha, mais uma vez, se classificado no topo da escala combinada, observam-se diferenças importantes em relação à avaliação realizada do ponto de vista das empresas. Além do Reino Unido e da Alemanha, os países com as melhores classificações incluíram Dinamarca, Finlândia e Eslováquia, que receberam pontuações muito mais baixas na avaliação realizada a partir da perspectiva empresarial. Ao mesmo tempo, os altos índices atribuídos 26