Introdução. Aspectos geológicos. Área de Bom Lugar

Documentos relacionados
Introdução. Aspectos Geológicos. Área de Carapitanga

COMPLETAÇÃO DO POÇO Z ATRAVÉS DA INTERPRETAÇÃO DE PERFIS ELÉTRICOS

A CADEIA PRODUTIVA DO PETRÓLEO

A CADEIA PRODUTIVA DO PETRÓLEO

SEMINÁRIOS 2013/2014. A Completação em Poços Petrolíferos

Potencial do Pré-Sal. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Magda Chambriard

Projeto de Lei 6.904/13 Deputado Sarney Filho. Silvio Jablonski Chefe de Gabinete

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO PORTARIA N 25, DE 6 DE MARÇO DE 2002

CAPÍTULO 1. O PETRÓLEO

MEC SHOW Mesa Redonda Espírito Santo Investimentos Previstos Oportunidades e Desafios. Waldyr Barroso Diretor

BACIA DO RECÔNCAVO. Paulo de Tarso Araripe Superintendência de Definição de Blocos

ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO DO PLANO DE AVALIAÇÃO DE DESCOBERTAS DE PETRÓLEO OU GÁS NATURAL E DO RESPECTIVO RELATÓRIO FINAL

Exploração & Produção de Gás Natural

4 Fundamentos da Produção de Hidrocarbonetos

CARACTERIZAÇÃO DE ZONAS PRODUTIVAS E CORRELAÇÃO DE POÇOS A PARTIR DA INTERPRETAÇÃO DE PERFIS ELÉTRICOS

Introdução Origem e história do fraturamento hidráulico

Caracterização litográfica de reservatório, Vera Cruz BA Kesia de Souza Braun* (UFVJM); Carlos Henrique Alexandrino (UFVJM)

Bacia de Sergipe-Alagoas. Geólogos Marcos André Rodrigues Alves e Gustavo Santana Barbosa

3. Descrição do Campo em estudo

Poço de avaliação Kangaroo-2. Relatório de Progresso n 7

DESCRIÇÃO DE AMOSTRAS DE CALHA DO POÇO 7-CLB-1-RN PERFURADO PELA EMPRESA PARTEX BRASIL NO CAMPO COLIBRI, BACIA POTIGUAR/RN

Figura 1 Localização do pré-sal no Brasil Fonte: Petrobras (c2012).

Descoberta de petróleo Kangaroo Recursos Preliminares

Faixa 1; 9% Faixa 4; 34% Figura 1.1: Distribuição dos poços pela classificação de profundidade de poço

Gás não convencional e perspectivas no Brasil

II.3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Dr. Prof. Eng. Juliano Bueno de Araújo Coordenador Geral Coalizão Não Fracking Brasil

1 INTRODUÇÃO 1.1. Motivação

3 Caracterização do Sítio Experimental

As Licitações da ANP: Oportunidade Histórica para a Indústria Petrolífera Mundial Eliane Petersohn Superintendente de Definição de Blocos

Relatório de Certificação de Reservas de Manati. Referente a 31 de dezembro de Agosto de 2013

Incidente no Campo Frade

Quarta Rodada de Licitações Workshop Técnico

OTIMIZAÇÃO DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS PARA AUMENTAR A RENTABILIDADE DE PROJETOS DE INJEÇÃO DE ÁGUA APÓS O VAPOR EM RESERVATÓRIOS DE ÓLEO PESADO

S M E Comissão de Energia 28/04/2010

4. Simulação do modelo de reservatório

3 O Concessionário não poderá iniciar Teste de Poço de Longa Duração sem a autorização prévia pela ANP.

ANÁLISE DE PETRÓLEO NO MEIO AMBIENTE Prof. Marcelo da Rosa Alexandre

Relatório de Certificação de Reservas de Atlanta. Referente a 31 de março de Maio 2014

FIESP - 14º ENCONTRO DE ENERGIA. Symone Christine de Santana Araújo Diretora do Departamento de Gás Natural Ministério de Minas e Energia

Bacia do Paraná. Rodrigo Fernandez

Reservas Provadas da Petrobras em Reservas Provadas Petrobras em 2012

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Reativação de Campos Marginais da ANP e Incentivo à Pequena Empresa Petrolífera. Outubro/2004

2 Produção de Sólidos e Sistemas de Contenção

GESTÃO DE PARTILHA: PERSPECTIVAS

Renato Darros de Matos

Projeto Bacia de Santos Atividades Exploratórias da Karoon

Apresentação dos Resultados do 4º Trimestre e de 2011

27 de fevereiro de Apresentação de Resultados 4T13 e 2013

Gás Natural em reservatórios não convencionais SOLUÇÕES ARGENTINAS. Silvio Jablonski Assessoria de Gestão de Risco

1.1 Conceitos Fundamentais

DETERMINAÇÃO DA POROSIDADE DAS ROCHAS

Introdução. Aspectos Geológicos. Área de Tigre

ACOMPANHAMENTO DE POÇO MADURO EQUIPADO COM BOMBEIO MECÂNICO UTILIZANDO A FERRAMENTA SONOLOG

Xisto (Petróleo e Gás)

Área de Barra Bonita

Segundo o Relatório 2010 do EIA, no grupo que não integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Brasil, o Cazaquistão e a

PERMEABILIDADE DAS ROCHAS

Área Conceição da Barra

CAPACITAÇÃO SONDADOR

PERFILAGEM DE POÇOS DE PETRÓLEO. José Eduardo Ferreira Jesus Eng. de Petróleo Petrobras S.A.

METODOLOGIAS PARA ASSENTAMENTO DE SAPATAS DE REVESTIMENTO EM POÇO DE ÁGUAS PROFUNDAS DA FORMAÇÃO CALUMBI

ANÁLISE DO MÉTODO DE RECUPERAÇÃO AVANÇADA POR DRENAGEM GRAVITACIONAL ASSISTIDA POR VAPOR EM CAMPOS ONSHORE.

Água subterrânea... ou... Água no subsolo

ESTUDO DAS GEOPRESSÕES APLICADAS AO ASSENTAMENTO DAS SAPATAS DE REVESTIMENTO NA BACIA DO SOLIMÕES

ESTUDO DA APLICAÇÃO DO VAPEX EM RESERVATÓRIOS DE ÓLEO EXTRAPESADO

Relatório de Certificação de Reservas de Manati. Referente a 31 de dezembro de Maio 2016

ESTUDO DA INJEÇÃO DE VAPOR E SOLVENTE EM RESERVATÓRIOS COM CARACTERÍSTICAS SEMELHANTE AO DO NORDESTE BRASILEIRO

Funcionamento de um reservatório de petróleo visando introduzir a criação de uma maquete funcional de óleo

PORTARIA Nº 114, DE 25 DE JULHO DE 2001

5. Resultados e discussão

ANÁLISE DA INJEÇÃO DE CO2 EM RESERVATÓRIOS DE ÓLEOS LEVES COM CARACTERÍSTICAS DO NORDESTE BRASILEIRO.

BACIA DE CAMPOS OS CAMINHOS E OPORTUNIDADES PARA A TRANSFORMAÇÃO DA BACIA DE CAMPOS

Gás Natural. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DAS PROJEÇÕES DE PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL RENEU SILVA

MODELAGEM DAS ZONAS DE FLUXO USANDO AS TÉCNICAS: ZONEAMENTO ESTATÍSTICO E FZI

Exploração de Gás Natural Não Convencional Considerações

SETOR PETROLÍFERO BRASILEIRO Acidenteno Campo de Frade

Introdução. Os compostos que não são classificados como hidrocarbonetos concentram-se nas frações mais pesadas do petróleo.

1 Introdução 1.1. História do Petróleo Offshore no Brasil

ANÁLISE DE CRITÉRIOS DE ASSENTAMENTO DE SAPATAS DE REVESTIMENTOS E DIMENSIONAMENTO DE BOP PARA PROJETOS DE POÇOS DE PETRÓLEO

Palavras-chave. Poço. Assentamento. Revestimento. Cimentação.

2 Ferramentas de Perfilagem LWD/MWD

PRH 02 Formação de Profissionais de Engenharia Civil para o Setor de Petróleo e Gás

Engenharia do Petróleo POLI/COPPE/UFRJ

A EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA NAS BACIAS SEDIMENTARES (parte terrestre) de SE/AL e PE/PB sob jurisdição do DISTRITO DE EXPLORAÇÃO DO NORDESTE DENEST.

Potencial Exploratório Brasileiro para Gás de Folhelho

1 Introdução 1.1. Motivação

DIFERENTES TIPOS DE RESERVATÓRIOS E AS MELHORES CARACTERÍSTICAS DE EXPLORAÇÃO EM ALAGOAS

ESTUDO DA COMBUSTÃO IN-SITU EM RESERVATÓRIOS COM CARACTERÍSTICAS DO NORDESTE BRASILEIRO

OTIMIZAÇÃO E ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA SIMPLIFICADA DA INJEÇÃO DE VAPOR E SOLVENTE EM RESERVATÓRIO DE ÓLEO PESADO

SEMINÁRIO RECURSOS ENERGÉTICOS DO BRASIL: PETRÓLEO, GÁS, URÂNIO E CARVÃO Rio de Janeiro 30 de setembro de Clube de Engenharia

Bacia do São Francisco. Andrei Dignart

ANÁLISE DE PVT UTILIZANDO DADOS REAIS DE UM RESERVATÓRIO DE ÓLEO SUBSATURADO

PROJETO PARA PERFURAÇÃO DE POÇO TUBULAR PROFUNDO

Atualização de perfuração - Bacia de Santos, Brasil

GEOLOGIA DO PETRÓLEO

4 Modelo de Hidráulica

Transcrição:

Aviso importante Área de Bom Lugar A utilização desses dados e informações é de responsabilidade exclusiva de cada usuário, não podendo ser imputada à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis a responsabilidade pela sua fidedignidade, utilização e/ou interpretação. Introdução A área de Bom Lugar está situada a 102 km a norte de Salvador, nos municípios de Alagoinhas e Araçás, estado da Bahia. Nessa área, em 24/07/1968, foi descoberto o campo de Bom Lugar, através da perfuração do poço 1-BL-1-BA e em 20/07/1973 o campo Riacho Quiricó, pelo poço 1-RQ-1-BA. O antigo campo de Bom Lugar entrou em produção em 30/09/1968 e produziu, até 1997, uma acumulada de 33 mil m³ (208 mil barris) de óleo de 35 ºAPI de reservatórios situados a 2500 m de profundidade. O antigo campo de Riacho Quiricó teve sua produção iniciada em 31/01/1978 e suspensa em 1988, quando contabilizava uma produção acumulada de 980 m³ (6,2 mil barris) óleo de 35 ºAPI. Ambos os campos foram desativados e devolvidos à ANP. Na área de Bom Lugar, de 8,4 km², foram realizados 272 km de linhas sísmicas 2D, 12 km² de sísmica 3D e perfurados 8 poços. Seus volumes originais in situ de óleo e gás, estimados pelo antigo concessionário, são da ordem de 1,235 milhão de m³ (7,72 milhões de barris) e 100 milhões de m³, respectivamente. Aspectos geológicos A acumulação de petróleo e gás de Bom Lugar está restrita à seção arenosa da Formação Maracangalha, Membro Caruaçu. O trapeamento é estratigráfico, com arenitos turbidíticos encaixados na seção argilosa da Formação Maracangalha. Os reservatórios foram depositados por correntes de turbidez em ambiente lacustre, durante o rift Candeias, no Andar Rio da Serra (Eocretáceo). A acumulação de petróleo do campo de Riacho Quiricó está situada em graben localizado a oeste da Plataforma de Quiricó, cujos limites não estão definidos, em função da baixa qualidade sísmica. O fechamento da estrutura é provavelmente dado pelos folhelhos da própria formação. O reservatório é constituído por folhelhos fraturados da Formação Candeias, depositados em ambiente lacustre, no Andar Rio da Serra (Eocretáceo). A profundidade média dos reservatórios é de 2.778 m. Sétima Rodada de Licitações março/2005 pág. 1/1

Amostras de rocha extraídas dos poços Poço 1-BL-1-BA A partir da profundidade de 2507 metros foram cortados e descritos os 2 testemunhos relacionados abaixo: Intervalo 2507,21 m a 2511,29 m recuperados 2,60 m de arenitos finos a muito finos, porosidade regular, micáceo, cimento sílico-calcífero, com fluorescência amarelo-azulada e bom corte. Intervalo 2659,6 m a 2661,10 m recuperado folhelho micáceo, calcífero, com fraturas. Poço 7-BL-4-BA Foram constatados indícios de hidrocarbonetos nos intervalos: de 1704 m a 1707 m - arenito com fluorescência pontual, com corte imediato; de 1755 m a 1869 m - arenito com fluorescência esparsa, sem corte, desaparecendo após ser a amostra aquecida; de 2259 m a 2262 m, de 2301 m a 2307 m, de 2325 m a 2328 m e de 2334 m a 2352 m arenito com fluorescência pontual, corte provocado; de 2256 m a 2271 m, de 2277 m a 2283 m e de 2292 m a 2295 m arenito com fluorescência esparsa, corte provocado; de 2283 m a 2289 m, de 2298 m a 2301 m arenito com fluorescência esparsa, corte moderado; de 2325 m a 2367 m, de 2430 m a 2436 m e de 2463 m a 2520 m arenito com fluorescência pontual e corte provocado; de 2367 m a 2430 m e de 2451 m a 2463 m arenito com fluorescência pontual sem corte, desaparecendo quando aquecida a amostra; de 2442 m a 2451 m arenito com fluorescência esparsa, corte moderado; de 2826 m a 2868 m arenito com fluorescência esparsa/pontual, sem corte, desaparecendo quando aquecida a amostra; de 2868 m a 2916 m e de 2931 m a 2952 m arenito com fluorescência esparsa/pontual, sem corte, desaparecendo após aquecimento. Poço 1-RQ-1-BA A partir da profundidade de 3347,41 metros foi cortado e descrito 1 testemunho: Intervalo 3347,41 m a 3348,31 m recuperados 66% do testemunho, que se mostrou arenito saturado de água salgada. Testes realizados Poço 1-BL-1-BA (poço pioneiro) Em abril e maio de 1968, no poço BL-1 foram realizados os seguintes testes de formação: Teste de Formação 1 (testados os intervalos de 2263 m a 2268 m de profundidade). Nesse teste foi observado sopro fraco a moderado, constante no 1º fluxo e inexistente no 2º fluxo. Foram recuperados 5,3 barris de lama. Sétima Rodada de Licitações março/2005 pág. 2/2

Teste de Formação 2 (testado o intervalo de 2414,62 m a 2422,82 m de profundidade). Nesse teste foi observado sopro fraquíssimo a nulo no 1º fluxo e nulo no 2º fluxo. Foi recuperada lama ligeiramente cortada com óleo. Teste de Formação 3 (testados os intervalos de 2489,95 m a 2505 m de profundidade). Nesse teste foi observado sopro iniciando fraco e passando a forte no 1º fluxo. Continua forte no 2º fluxo. Gás à superfície aos 25 minutos do 3º fluxo, queimando com chama de 3 m. Foi recuperado óleo e lama cortada com óleo. Teste de Formação 4 (testados os intervalos de 2504,73 m a 2520 m de profundidade). Nesse teste foi observado sopro de ar muito forte durante todo o 1º fluxo e gás à superfície ao fim do período, queimando com chama de 4 metros. Foram recuperados 7 barris de óleo altamente gaseificado e 1,9 barris de lama cortada de óleo e gás. Teste de Formação 5 (testados os intervalos de 3195,77 m a 3202,50 m de profundidade). Nesse teste foi observado sopro fraquíssimo no 1º fluxo, nulo no 2º fluxo. Foi recuperada lama e traços de óleo na câmara de amostragem. Em 1969/1970 foram realizados os seguintes testes de formação a poço revestido: Teste de Formação 1 (testados em conjunto os intervalos 2450 m a 2450,60 m; 2437,20 m a 2437,8 m; 2429 m a 2430,20 m de profundidade). Foram recuperados 0,3 barris de óleo. Teste de Formação 2 (testado o intervalo de 2416 m a 2418 m de profundidade) Foi recuperada lama. Teste de Formação 3 (testado o intervalo de 2339,50 m a 2341,50 m de profundidade). Foi recuperada água salgada. Poço 3-BL-2-BA O poço 3-BL-2-BA resultou seco. Poço 3-BL-3-BA Em teste de formação foi observado surgência de gás aos 12 minutos e óleo por pistoneio. Foi considerado subcomercial e abandonado. Poço 7-BL-4-BA Impossibilidade de teste a poço aberto e pequena espessura porosa com óleo foram as razões do seu abandono, registrando-se, no entanto: Teste de Formação convencional TF01, testou o intervalo de 2425 m a 2435 m, recuperando 0,350 m 3 de lama; Teste de Formação TF02, considerado falho ao testar o intervalo de 2930 m a 2940 m; Teste de Formação TFR, testou o intervalo de 2993 m a 2995 m, com sopro de ar, sem recuperação de líquido na coluna. Poço 3-BL-5-BA Arenitos correspondentes aos do poço descobridor com baixas porosidades e altas saturações de água foram as razões do seu abandono. Poço 1-RQ-1-BA Teste de Formação do intervalo de 2904,5 m a 2966 m de profundidade. Neste teste observou-se sopro moderado a forte no 1º fluxo, surgência de água do colchão aos 17 minutos, lama aos 28 minutos, gás e lama aos 35 minutos. Houve queima de gás com chama de 15 metros e óleo em jatos aos 44 minutos. No 2º fluxo houve sopro forte e surgência de óleo aos 21 minutos. A vazão estimada de teste foi de 1347 barris por dia. Sétima Rodada de Licitações março/2005 pág. 3/3

Teste de Formação do intervalo de 2930 m a 3005 m de profundidade. Neste teste observou-se a produção de óleo decrescer até a paralização da surgência. Teste de Formação a poço revestido 1A do intervalo de 2964 m a 2985 metros de profundidade. Neste teste foi recuperada lama. Teste de Formação a poço revestido 2A do intervalo de 2544,5 m a 2546,5 metros de profundidade. Neste teste foram recuperadas água suja e lama. Teste foi falho devido a entupimentos. Produção do campo Desde o início da produção o campo de Bom Lugar produziu 33 mil m 3 (208 mil barris) de óleo, através do poço 1-BL-1-BA. A produção realizada está apresentada no gráfico 1. O campo de Riacho Quiricó produziu 980 m 3 de óleo (6,2 mil barris) e 23 mil m 3 de gás, de 1968 a 1988. A produção realizada está apresentada no gráfico 2. 30.000 25.000 Óleo (barris) Gás (mil m3) 20.000 15.000 10.000 5.000 0 1968 1973 1975 1977 1979 1981 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 Gráfico 1 Histórico de Produção Anual do Campo de Bom Lugar Sétima Rodada de Licitações março/2005 pág. 4/4

2500 2000 Óleo (barris) Gás (mil m3) 1500 1000 500 0 1978 1980 1981 1982 1988 Gráfico 2 Histórico de Produção Anual do Campo de Riacho Quiricó Aspectos de completação Intervenções no poço 1-BL-1-BA Poço revestido com tubos de 13 3/8 com sapata a 348,20 m, tubos de 9 5/8 e sapata a 1608,2 m, tubos de 5 ½ com sapata a 3517 m. Em agosto de 1968 foram canhoneados os intervalos 2491 m a 2493 m e 2508 m a 2509,6 m de profundidade. Intervalos também foram acidificados e fraturados, chegando a produzir de 100 a 120 barris de óleo em 2 horas. Em 1969 foram canhoneados mais três intervalos: de 2340 m a 2342 m; de 2416 m a 2510 m e de 2429 m a 2451 m de profundidade. Em maio de 1971 o poço foi equipado com bombeio mecânico e produzia dos intervalos de 2492 m a 2493 m; 2508 m a 2510 m; 2340 m a 2342 m; 2416 m a 2510 m e 2429 m a 2451 m de profundidade. Em dezembro de 1981 o poço foi fechado por baixa produtividade, tendo produzido uma acumulada de 25 mil m 3 (157250 barris) de óleo até então. Em 1984 foi fraturado o intervalo de 2416 m a 2451 m de profundidade. Ao se pistonear o poço, produziu óleo, gás e água. Foi equipado com bombeio mecânico. De 1987 a 1988 o poço produziu de toda a seção canhoneada. Intervenções no poço Poço 7-BL-4-BA O poço foi equipado com revestimento de superfície de 13 3/8 com sapata assentada a 348 metros de profundidade, revestimento intermediário de 9 5/8 com sapata a 1600 metros e revestimento de produção de 5 ½ com sapata a 2985 m. Em 1977, foi realizado um tampão no intervalo de 2986 m a 2940 m, para realização de teste de formação que resultou falho. Sétima Rodada de Licitações março/2005 pág. 5/5

Em janeiro de 1988, foi realizado fraturamento do intervalo 2427,5 m a 2472,8 m (recuperou fluido de fraturamento e água da formação com traços de óleo e pouco gás) e do intervalo de 2933 m a 2936 metros de profundidade (recuperou 53,5 barris de petróleo). Foi ainda realizada compressão de cimento no intervalo de 2427,5 m a 2472,8 m e tampões de cimento nos intervalos de 2920 m a 2950 m, de 2914 m a 2814 m, de 1551 m a 1651 m e de 105 m a 205 metros de profundidade. Intervenções no poço 1-RQ-1-BA O poço foi revestido com tubos de 13 3/8 com sapata a 296,42 m, tubos de 9 5/8 com sapata a 1345 m e tubos de 7 com sapata a 2930 m. Intervalo de 2890 m a 2930 m de profundidade não foi avaliado devido a grande desmoronamento do poço. No intervalo de 2963 m a 2985 m foram identificados folhelhos fraturados. No poço foram realizados 2 tampões de cimento em 1973: o primeiro em maio, de 2916 m a 2885 m, que posteriormente foi cortado com broca de 8 5/8, e o segundo em julho, isolando o intervalo de 3150 m a 3235 m de profundidade e deixando aberto o intervalo fraturado (que posteriormente foi revestido). Poço foi equipado para bombeio mecânico em 1988. Aspectos Fisiográficos A área é de topografia relativamente plana, com morros e colinas. A vegetação original foi substituída por pastagens. Sétima Rodada de Licitações março/2005 pág. 6/6