Novo diploma de regularização de unidades produtivas DECRETO LEI 165/2014 de 5 de novembro

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Transcrição:

Paulo Vieira, CCDR Algarve Seminário Recuperação Ambiental de Pedreiras CCDR Algarve, 11e 12 de dezembro de 2014

OBJETO 1. Estabelecimentos e explorações sem título válido de instalação ou exploração ou exercício de atividade, incluindo as desconformes com os IGT vinculativos dos particulares ou servidões administrativas e restrições de utilidade pública. 2. Estabelecimentos e explorações com título válido cujas alterações ou ampliações não sejam compatíveis com os IGT vinculativos dos particulares ou servidões administrativas e restrições de utilidade pública.

O REGIME É APLICÁVEL 1. Às indústrias extrativas e transformadoras elencadas no anexo I do SIR (Sistema de Indústria Responsável) aprovado pelo D.L. n.º169/2012 de 1 de agosto; 2. Às atividades pecuárias; 3. Às operações de gestão de resíduos; 4. À revelação e aproveitamento de massas minerais. Paulo Vieira, CCDR Algarve Seminário Recuperação Ambiental de Pedreiras CCDR Algarve, 11e 12 de dezembro de 2014

ÂMBITO DE APLICAÇÃO Estabelecimentos ou explorações que comprovadamente tenham desenvolvido atividade por um período mínimo de 2 anos e se encontrem numa das seguintes situações: 1. Em atividade ou cuja atividade tenha sido suspensa há menos de 1 ano; 2. Quando a laboração se encontre suspensa por autorização da entidade licenciadora por um período máximo de 3 anos.

QUAL O PRAZO PARA A APRESENTAÇÃO DO PEDIDO DE REGULARIZAÇÃO? 1 ano a contar do primeiro dia útil do mês de janeiro de 2015.

COMO É FORMALIZADO O PEDIDO? 1. Preferencialmente por via eletrónica através das plataformas informáticas setoriais; 2. Quando se não revele possível o recurso às plataformas eletrónicas, através de correio eletrónico para a entidade coordenadora ou licenciadora; 3. Quando tecnicamente não seja possível o recurso ao correio eletrónico pode ser utilizado qualquer outro meio legalmente admissível.

COMO É INSTRUÍDO O PEDIDO DE REGULARIZAÇÃO? O pedido de regularização é dirigido e apresentado à entidade coordenadora ou licenciadora e instruído com os elementos da Portaria (a publicar) pelos membros do governo responsáveis pelas áreas da economia, ambiente, ordenamento do território, energia e agricultura. Quando esteja em causa a desconformidade da localização com os IGT vinculativos dos particulares o pedido deve ser instruído com: 1. Deliberação fundamentada de reconhecimento de interesse público municipal na regularização do estabelecimento ou instalação emitida pela Assembleia Municipal sob proposta da Câmara Municipal;

2. Extratos das plantas de ordenamento, zonamento e de implantação dos planos municipais de ordenamento do território vigentes e das respetivas plantas de condicionantes, e da planta síntese do loteamento quando aplicável; 3. Extratos das plantas do plano especial de ordenamento do território (PEOT), nos casos aplicáveis; 4. Planta de localização e enquadramento à escala 1:25000; 5. Planta de delimitação da área do estabelecimento ou das explorações, incluindo, no caso das pedreiras, a delimitação da área total de exploração e da área de defesa, bem como, nos casos aplicáveis, da área a ampliar à escala 1:10000 ou outra considerada adequada;

6. Planta cadastral; Novo diploma de regularização de unidades produtivas 7. Memória descritiva com a identificação da atividade exercida, a superfície total do terreno afeta às atividades, área total de implantação e construção, caracterização física dos edifícios, número de lugares de estacionamento por tipologias e acessos ao estabelecimento ou às explorações.

Para além destes elementos o pedido deverá conter também informação relevante que habilite a ponderação dos interesses económicos, sociais e ambientais em presença designadamente: 1. Valor de produção de bens e serviços por atividade económica desenvolvida no estabelecimento; 2. A faturação da empresa ou estabelecimento dos últimos 2 anos; 3. O número de postos de trabalho já criados e eventuais estratégias a implementar para a criação ou qualificação de emprego direto local;

4. A caracterização da procura do mercado em que se insere; 5. Os Impactos em atividades conexas, a montante ou a jusante; 6. As certificações, quando legalmente exigíveis, em matéria de qualidade, ambiente, higiene, segurança e saúde no trabalho e responsabilidade social; 7. Caracterização sumária do estabelecimento ou exploração e breve historial sobre a sua existência, incluindo a indicação de ter sido iniciado ou não o processo de licenciamento e, em caso afirmativo, as razões que levaram à sua suspensão;

8. A indicação do fundamento da desconformidade com os instrumentos de gestão territorial vinculativos dos particulares, servidões administrativas ou restrições de utilidade pública, assim como dos impactes da manutenção da atividade; 9. Fundamentação da opção da não deslocalização do estabelecimento para local adequado do mesmo concelho ou nos concelhos vizinhos, em função da estimativa do respetivo custo; 10. A caracterização dos métodos e sistemas disponíveis ou a implementar para valorização dos recursos naturais em presença, incluindo medidas de minimização e de compensação de impactes;

11. A explicitação das medidas de mitigação ou eliminação de eventuais impactes ambientais, incluindo eventuais práticas disponíveis ou a implementar para atingir níveis de desempenho ambiental adequadas designadamente nos domínios da água, energia, solos, resíduos, ruído e ar; 12. Os processos tecnológicos inovadores disponíveis ou a implementar ou colaboração com entidades do sistema científico ou tecnológico;

13. Os custos económicos e sociais da desativação do estabelecimento e de desmantelamento das explorações; 14. No caso dos recursos geológicos, a implantação georreferenciada e nota técnica justificativa do potencial e da especificidade da exploração na localização proposta; 15. Demonstração da compatibilidade da localização, com a segurança de pessoas, bens e ambiente, bem como a explicitação.

EFEITOS E VANTAGENS DA APRESENTAÇÃO DO PEDIDO DE REGULARIZAÇÃO 1. Com a apresentação do pedido e pagamento das taxas devidas a exploração provisória do estabelecimento ou o exercício da atividade é viabilizada por título legítimo até à deliberação final; 2. Os procedimentos contraordenacionais em curso suspendemse, bem como a execução coerciva de medidas de tutela da legalidade urbanística de caracter definitivo; 3. A atribuição do título definitivo de exploração ou de exercício da atividade determina o arquivamento dos processos contraordenacionais e da aplicação das medidas de tutela da legalidade que se encontravam suspensas.

FASE DO SANEAMENTO E APRECIAÇÃO LIMINAR (Fase procedimental) 1. Após a emissão do recibo comprovativo da apresentação do pedido e no prazo de 10 dias a entidade coordenadora ou licenciadora disponibiliza-o ás entidades que em razão da matéria devam pronunciar-se sobre o mesmo; 2. No mesmo prazo deverá ser facultado às entidades responsáveis pelo plano de ordenamento do território, servidão administrativa e restrição de utilidade pública; 3. As pronúncias atrás referidas devem ter lugar no prazo de 20 dias; 4. No prazo de 30 dias contados da receção do pedido a entidade coordenadora ou licenciadora se concluir pela desconformidade do pedido ou dos elementos instrutórios apresentados, convida o apresentante a aperfeiçoar o pedido por uma só vez facultando-lhe o prazo de 30 dias para o efeito; 5. Se da apresentação dos elementos instrutórios em falta subsistirem deficiências, o pedido é liminarmente indeferido e determinado o imediato encerramento do estabelecimento.

A CONFERÊNCIA DECISÓRIA Novo diploma de regularização de unidades produtivas 1. Sempre que a localização do estabelecimento ou exploração ou alteração e ampliação pretendidas sejam desconformes com os IGT, são obrigatoriamente convocadas com a antecedência de 20 dias para a conferência decisória a Câmara Municipal, a CCDR territorialmente competente, a entidade responsável pela elaboração do PEOT e a entidade responsável pela servidão administrativa ou restrição de utilidade pública; 2. Até 5 dias antes da conferência decisória as entidades convocadas devem designar um representante com poderes para vincular os respetivos serviços ou entidades. A falta de designação de representante devidamente mandatado, é participada pela entidade coordenadora ou licenciadora à entidade competente para efeitos disciplinares; 3. O quórum necessário ao funcionamento da conferência decisória impõe o mínimo de 2/3 das entidades convocadas e pode realizar-se através de videoconferência. E a PONDERAÇÃO DOS INTERESSES EM PRESENÇA

A ponderação da regularização dos estabelecimentos ou instalações, ou a sua alteração ou ampliação, por referência aos IGT vinculativos dos particulares tem em conta os seguintes aspetos obrigatoriamente objeto de análise e pronuncia fundamentada: 1. Os impactes da manutenção do estabelecimento ou da instalação ou da alteração ou ampliação, na perspetiva do ordenamento do território, da segurança de pessoas e bens, dos regimes de salvaguarda dos recursos e valores naturais e culturais, bem como dos interesses públicos subjacentes à servidão administrativa ou restrição de utilidade pública; 2. As medidas e os procedimentos a adotar que sejam suscetíveis de fazer cessar ou minimizar os eventuais impactes decorrentes da manutenção ou da alteração ou ampliação do estabelecimento, designadamente em matéria de gestão ambiental;

3. A necessidade de manutenção, alteração ou ampliação da atividade, por motivos de interesse económico e social; 4. Os custos económicos, sociais e ambientais da desativação do estabelecimento ou da cessação da atividade; 5. A ausência de soluções alternativas que minimizem os efeitos referidos no n.º anterior e a possibilidade de adoção das medidas referidas no n.º3; 6. A impossibilidade ou excessiva onerosidade da deslocalização do estabelecimento para local adequado no mesmo concelho ou nos concelhos vizinhos.

A DELIBERAÇÃO FINAL No final da conferência decisória a deliberação final assume um dos seguintes sentidos: a) Deliberação favorável. b) Deliberação favorável condicionada. c) Deliberação desfavorável. A deliberação favorável ou favorável condicionada constitui título legítimo para a exploração provisória do estabelecimento ou para o exercício da atividade até que seja emitido título definitivo (cujo limite máximo é de 2 anos a contar do pedido sob pena de caducidade do título provisório) ou indeferida a respetiva emissão. A mesma deliberação deve identificar as normas dos IGT vinculativos dos particulares a alterar, o sentido da alteração e o âmbito territorial da mesma, notificando desse facto a entidade competente em função da matéria.

A alteração, revisão ou elaboração dos IGT, está sujeita a discussão pública pelo prazo de 15 dias, seguindo as demais regras do RJIGT (regras de aprovação publicação e depósito) Caso esta alteração revisão ou alteração não seja aprovada até à emissão de título definitivo pode ser determinada a suspensão do IGT, e decretadas medidas preventivas nos termos do RJIGT. Em todo o caso a promoção da alteração, revisão ou elaboração de PEOT pode ser recusada por decisão fundamentada do membro do governo competente.

SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS E RESTRIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA Quando as entidades responsáveis pela alteração da delimitação da servidão administrativa e restrição de utilidade pública não promova a mesma até ao termo do prazo para ser requerido o título definitivo, a decisão favorável ou favorável condicionada constitui fundamento bastante para o reconhecimento de relevante interesse público (RIP) previsto nos art.º 21.º do DL 166/2008, de 22 de agosto, alterado pelos D.L. n.º 239/2012, de 2 de novembro, e 96/2013(RJREN), 19 de julho, no art.º 25.º do D.L. n.º73/2009, de 31 março (RJRAN).

LEGALIZAÇÃO URBANISTICA Quando concluídos os processos de adequação dos IGT ou servidões e restrições de utilidade pública, o particular deve requerer a legalização da operação urbanística, que segue uma tramitação aligeirada por parte das Câmaras quando as edificações e outras operações urbanísticas integrem os estabelecimentos e explorações abrangidas no art.º 1.º. (vide art.º14)

OBTENÇÃO DO TITULO DE EXPLORAÇÃO OU DE EXERCICIO DE ATIVIDADE 1. O título de exploração ou de exercício de atividade deve ser requerido no prazo fixado em sede de conferência decisória com o limite máximo de 2 anos a contar da data do pedido de regularização, sob pena de caducidade do título provisório; 2. Este prazo pode ser prorrogado por mais 6 meses em caso de relocalização do estabelecimento ou exploração; 3. Para efeitos da obtenção do título definitivo o requerente deve submeter declaração comprovativa ou termo de responsabilidade que comprove:

a) O cumprimento das medidas corretivas e de minimização estabelecidas, sempre que constituam condição da sua atribuição; b) A obtenção dos títulos de autorização aplicáveis nos termos dos regimes legais em matéria ambiental ou da verificação do seu deferimento tácito; c) Quando a instalação, ampliação ou alteração do estabelecimento ou atividade envolva a realização de uma operação urbanística sujeita a controlo prévio, a emissão de autorização de utilização ou da verificação do seu deferimento tácito.

4 A recusa de emissão de título de exploração pela entidade coordenadora ou licenciadora com fundamento no não cumprimento das condições estabelecidas na deliberação relativa à regularização e das demais condições previstas no regime legal, determina encerramento do estabelecimento ou da instalação bem como a cessação da atividade no prazo máximo de 6 meses pela entidade coordenadora ou licenciadora.

AVALIAÇÃO AMBIENTAL 1. No caso de estabelecimentos ou explorações abrangidas pelo regime jurídico de avaliação de impacte ambiental (RJAIA) a desconformidade da localização com os IGT não condiciona o sentido da DIA; 2. Nos estabelecimentos ou explorações já existentes abrangidos pelo RJAIA, o EIA contempla somente a identificação e avaliação dos impactes da exploração e desativação da atividade e o estabelecimento das respetivas medidas de minimização e ou compensação e condicionantes.

FISCALIZAÇÃO Findo os prazos estabelecidos no art.º 3.º (prazo de um ano após a entrada em vigor deste D.L.) ou o estabelecido no art.º 15 (2 anos a contar do pedido para a obtenção do título definitivo) a entidade competente nos termos do regime legal setorial aplicável, ou a CCDR, no que respeita à violação de regras de ambiente ou de ordenamento do território, ordenam o encerramento dos estabelecimentos e explorações que se mantenham em funcionamento sem título definitivo de exploração ou de exercício.

MONITORIZAÇÃO Compete às CCDR a monitorização na aplicação deste regime excecional com a colaboração dos municípios, bem como na elaboração de um relatório final findo o período de aplicação deste regime com indicação dos elementos estatísticos relevantes, a avaliação dos resultados e as propostas de atuação que se revelem necessárias.

PENHORANDO-ME DESDE JÁ POR TER ABUSADO DA VOSSA PACIÊNCIA QUERO AGRADECER A VOSSA ATENÇÃO