INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS

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COEFICIENTES DE ABERTURA COMERCIAL

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INDICADORES INDUSTRIAIS

INDICADORES INDUSTRIAIS

COEFICIENTES DE ABERTURA COMERCIAL

INDICADORES INDUSTRIAIS

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INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS

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RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Participação de importados na economia brasileira segue em crescimento

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

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COEFICIENTES DE ABERTURA COMERCIAL

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SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

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67 ESPECIAL SONDAGEM

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RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

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SONDAGEM INDUSTRIAL. Indústria segue com dificuldades 35,6 34,7 ABR JUL OUT JAN 2016

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

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62 ESPECIAL SONDAGEM

59 SONDAGEM ESPECIAL

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SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

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SONDAGEM INDUSTRIAL. Atividade em baixa com expectativas em queda. Índices de expectativa Índices de difusão (0 a 100 pontos)*

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Primeiro trimestre de 2008 registra o maior crescimento em cinco anos

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ÍNDICE NACIONAL DE EXPECTATIVA DO CONSUMIDOR. Cai a confiança do consumidor na primeira leitura do ano

Atividade industrial acentua queda em dezembro

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INDICADORES INDUSTRIAIS

DESEMPENHO DA INDÚSTRIA NO MUNDO

60 ESPECIAL SONDAGEM

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

SONDAGEM INDUSTRIAL. Indústria segue com dificuldades, apesar de alguns sinais de melhora

SONDAGEM INDUSTRIAL. Aumento no uso da capacidade instalada da indústria. Utilização média da capacidade instalada Percentual (%)

INDICADORES INDUSTRIAIS

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

65 ESPECIAL SONDAGEM

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

COEFICIENTES DE ABERTURA COMERCIAL

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

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RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

INDICADORES INDUSTRIAIS

SONDAGEM INDUSTRIAL. Situação da indústria segue sem alterações

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Perspectivas positivas para a construção civil

SONDAGEM INDUSTRIAL. Destaca-se ainda que o emprego industrial parou de cair, como aponta o índice de número de empregados.

Construção encerra o semestre em crescimento

NOTA ECONÔMICA. Crise dá sinais de arrefecimento. O Termômetro da Indústria Fonte: Termômetro da Indústria, 22 de agosto de 2016.

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

SONDAGEM INDUSTRIAL. Novo indicador

SONDAGEM INDUSTRIAL. Recuperação da atividade industrial em outubro

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

SONDAGEM INDUSTRIAL. Estoques baixos sugerem aumento da produção futura

SONDAGEM INDUSTRIAL. Utilização da capacidade instalada aumenta

70 ESPECIAL SONDAGEM

Atividade industrial recua em outubro

SONDAGEM INDUSTRIAL. Melhora das condições financeiras no trimestre

NOTA ECONÔMICA. Falta de segurança é menor na região Sul. Região Nordeste 4,4 a cada 10 famílias. Região Sul 3,1 a cada 10 famílias

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

SONDAGEM INDUSTRIAL. Aumento da atividade industrial em maio. Utilização média da capacidade instalada Percentual (%)

SONDAGEM INDUSTRIAL PARAÍBA

Transcrição:

INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS Custos industriais aceleram ao longo de 2015 e fecham o ano com crescimento de 8,1% O Indicador de Custos Industriais (ICI) apresentou crescimento dessazonalizado de 3,3% no quarto trimestre de 2015 em relação ao terceiro. Esta foi a maior taxa trimestral do ano, que se encerrou com tendência de crescimento dos custos industriais. Na média de 2015 em relação a 2014, o ICI apresentou crescimento de 8,1%, segundo maior crescimento anual da série histórica iniciada em 2006, pouco abaixo do crescimento registrado em 2008. Com exceção do custo tributário, que apresentou retração em 2015, todos os componentes contribuíram para o crescimento dos Variação da média de 2015 em relação à média de 2014 Indicador de Custos Industriais 8,1% Índice de custo com pessoal 9,6% Índice de custo com energia 38,9% Índice de custo tributário -2,2% Índice de custo com capital de giro 16,3% Índice de custo com produção 10,6% Índice de custo com bens intermediários 9,5% custos industriais. Os aumentos mais expressivos se verificaram nos custos com energia (38,9%), com bens intermediários importados (34,2%) e com capital de giro (16,3%). A indústria brasileira não foi capaz de repassar para os preços dos produtos a totalidade do aumento de custos em 2015: os preços dos produtos manufaturados cresceram 7,0% frente ao aumento de 8,1% dos custos industriais. A desvalorização do real ao longo de 2015 resulta em ganho de competitividade para a indústria brasileira tanto no mercado doméstico quanto no mercado externo. No mercado doméstico, o índice de preço dos produtos manufaturados importados, em reais, cresceu 30,5%. Já o índice de preços de produtos manufaturados nos Estados Unidos, em reais, apresentou expansão de 34,4%. Ambos os índices apresentaram aumentos significativamente superiores ao verificado nos custos industriais nacionais.

INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS E SEUS COMPONENTES Custos fecham o ano com tendência de crescimento No último trimestre de 2015, o Indicador de Custos Industriais cresceu 3,3% em relação ao terceiro trimestre. É o maior crescimento trimestral desde o terceiro trimestre de 2013, e indica uma tendência de aumento dos custos ao longo de 2015. Variação percentual trimestral do Indicador de Custos Industriais em 2015 Dados dessazonalizados O crescimento no trimestre foi puxado pela elevação dos custos com energia (10,7%) e dos custos com intermediários (5,7%). A redução de 5,2% nos custos tributários ajudou a conter a alta do indicador. 3,0 2,8 2,8 3,3 Os dados do último trimestre de 2015 também revelam que a alta de alguns componentes do custo começa a ser repassada pela indústria de bens intermediários. Com isso, a tendência de aumento de custos é realimentada. Esse movimento é indicado pelo custo com bens intermediários nacionais, que apresentou entre o terceiro e o quarto trimestres de 2015 a maior variação trimestral observada na série histórica iniciada em 2006: 5,3%. 1,0 1,5 I-2015 II - 2015 III - 2015 IV - 2015 Custos industriais crescem 8,1% em 2015 Na média de 2015, o indicador cresceu 8,1%, a segunda maior taxa da série histórica iniciada em 2006. O único crescimento superior ao verificado em 2015 ocorreu em 2008. A variação de 8,1% ocorrida em 2015 quebra a tendência de estabilidade no aumento do indicador, que desde 2011 apresentava variação média anual entre 4,5% e 5,5%. Variação percentual das médias anuais do Indicador de Custos Industriais 1 8,0 8,2 8,1 6,0 5,3 5,2 4,1 5,2-1,8-1,8 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2

A decomposição da variação do ICI ano a ano revela que o custo com intermediários nacionais e o custo com pessoal representam, historicamente, grande parte da variação do Indicador de Custos Industriais, o que se manteve em 2015. No entanto, a variação verificada em 2015 com relação a 2014 apresenta diferenças em relação à série histórica: a maior influência dos custos com intermediários importados e com energia na variação do ICI. Esses dois componentes possuem baixo peso no custo estrutural da indústria. O custo com intermediários importados representa 7,1% do ICI e o custo com energia representa 2,9%. Apesar de sua baixa participação no indicador, esses componentes sofreram aumentos tão expressivos em 2015 que influenciaram significativamente o aumento do indicador. Influência dos componentes na variação média anual do Indicador de Custos Industriais (%) 1 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 0,5 1,1 2,6 3,0 1,0-1,0 2,8 1,6-0,5 - -3,0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Índice de custo com pessoal Índice de custo com intermediários importados Índice de custo de capital de giro Índice de custos com intermediários nacionais Índice de custo com energia Índice de custo tributário O custo com bens intermediários importados se destaca na composição do crescimento do Indicador em 2015, representando 2,6 pontos percentuais do crescimento de 8,1%. O aumento do custo com energia também deve ser mencionado, pois representa 1,1 ponto percentual do aumento de 8,1% no ICI total. A alta no custo com bens intermediários importados se deve, principalmente à desvalorização do real em 2015. Na média de 2014 um dólar valia R 2,35, e passou a ser comprado por R 3,33 na média de 2015, uma desvalorização de 42%, em termos nominais 1. A alta do custo com energia foi puxada pelo aumento de 51,1% no custo com energia elétrica, quando comparadas as tarifas médias de 2015 com as tarifas médias do ano anterior. A elevação dos preços de energia elétrica pode ser atribuída à operação do sistema no limite de fornecimento em parte do ano, com acionamento das termoelétricas, fontes de energia mais caras que as regula- 1 Taxa de câmbio Livre Dólar americano (compra) Média de período anual. 3

res. Tal acionamento foi motivado por condições hidrológicas adversas, e sinaliza a fragilidade da atual dependência da matriz energética brasileira de fontes hidrelétricas. O aumento de 16,3% do custo com capital de giro acompanhou as decisões do Banco Central em elevar a taxa básica de juros (SELIC). A meta da taxa SELIC definida pelo COPOM passou de uma média de 11,0% em 2014 para uma média de 13,5% em 2015, alta de 22,9%. A elevação das taxas de juros, embora necessária para controle da inflação, gera altos custos de financiamento para as empresas e deprime ainda mais o investimento em momentos de crise. LUCRATIVIDADE E COMPETITIVIDADE EM 2015 Por conta da crise econômica enfrentada em 2015, a indústria não foi capaz de repassar para os preços todo o aumento de custos, sofrendo redução em sua lucratividade: enquanto o aumento de custos foi de 8,1% em 2015, os preços de produtos manufaturados cresceram 7,0% no ano. Embora na média de 2015 a indústria tenha apresentado perda de lucratividade, no último trimestre essa tendência foi quebrada, com a indústria conseguindo elevar seus preços em 4,3% frente a um aumento de 3,3% nos custos industriais. A desvalorização do real frente ao dólar representou um ganho de competitividade dos produtos industriais nacionais frente aos produtos industriais importados ao longo de todo o ano. Os preços médios de produtos industriais importados, em reais, apresentaram aumento de 30,5% em 2015, frente ao aumento de 8,1% dos custos industriais. A desvalorização do real frente ao dólar também contribui para o aumento da competitividade dos produtos brasileiros no exterior. Enquanto os custos industriais cresceram 8,1% em 2015, os produtos manufaturados nos Estados Unidos apresentaram aumento de 34,4% em reais no mesmo período. Esse movimento cambial tem o potencial de estimular as exportações brasileiras, tornado-as mais rentáveis. Lucratividade e competitividade Variação percentual média de 2015 em relação a 2014 4 3 30,5 34,4 2 Indicador de Custos Industriais Índice de preços de manufaturados domésticos (IPA-Indústria de transformação) 1 8,1 7,0 Índice de preços de importação (produtos da indústria de transformação), em reais Índice de preços de manufaturados nos EUA, em reais 4

Indicador de Custos Industriais e seus componentes 3º TRI 2015* 4º TRI 2014** MÉDIA 2015/ MÉDIA 2014 INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS 3,3 1 8,1 Índice de custo de produção 5,3 15,4 10,6 Índice de custo com pessoal 2,9 11,2 9,6 Índice de custo com bens intermediários 5,7 15,7 9,5 Índice de custos com Intermediários nacionais 5,3 11,3 5,7 Índice de custo com intermediários importados 7,7 41,9 34,2 Índice de custo com energia 10,7 35,5 38,9 Índice de custo de capital de giro 3,9 23,8 16,3 Índice de custo tributário -5,2-9,6-2,2 Fonte: CNI Nota: * resultados livres de efeitos sazonais. ** resultados originais. Indicador de Custos Industriais e índices de preços 3º TRI 2015* 4º TRI 2014** MÉDIA 2015/ MÉDIA 2014 INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS 3,3 1 8,1 Índice de preços de manufaturados domésticos (IPA-Indústria de transformação) Índice de preços de importação (produtos da indústria de transformação), em reais Índice de preços de manufaturados nos EUA, em reais 4,3 10,4 7,0 7,6 38,9 30,5 6,1 43,5 34,4 Fonte: CNI e FGV. Nota: * resultados livres de efeitos sazonais. ** resultados originais. Veja mais Acesse a metodologia e a série histórica i dessa pesquisa em: www.cni.org.br/ici INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS Publicação trimestral da Confederação Nacional da Indústria - CNI www.cni.org.br Diretoria de Políticas e Estratégia - DIRPE Gerência Executiva de Pesquisa e Competitividade - GPC Gerente-executivo: Renato da Fonseca Equipe: Maria Carolina Correia Marques e Edson Velloso Núcleo de Editoração CNI Design gráfico: Carla Gadêlha Serviço de Atendimento ao Cliente - Fone: (61) 3317-9992 - email: sac@cni.org.br. Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. Documento elaborado em 22 de março de 2016.