CURSO DE IRIDOLOGIA APRESENTANDO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO. Prof. Dr. Oswaldo José Gola

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Transcrição:

CURSO DE IRIDOLOGIA APRESENTANDO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO Prof. Dr. Oswaldo José Gola

SISTEMA NERVOSO AUTONOMO - Sistema responsável pelo controle das funções viscerais como pressão arterial, motilidade do trato gastrointestinal, vesical e sudorese. - Organização do sistema nervoso autônomo: este sistema é regulado por centros medulares, pelos núcleos do tronco encefálico como também pelo hipotálamo. - Anatomicamente fazemos a distinção de três sistemas que compõe o sistema nervoso autônomo: Simpático, Parassimpático e Entérico. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO - Conta com uma cadeia de gânglios simpáticos paravertebrais situadas bilateralmente ao lado da coluna vertebral torácica e lombar. - Os neurônios pré-ganglionares, isto é, aqueles que interligam a medula espinhal com o gânglio nervoso, é curto, eferindo do corno lateral do H medular. As fibras pósganglionares, aquelas que partem dos gânglios, são longas atingindo os órgãos alvo do sistema nervoso autônomo simpático.

- As fibras pré-ganglionares simpáticas fazem sinapses num gânglio nervoso liberando acetilcolina (ACh), atuando sobre receptores nicotínicos. Já as fibras pósganglionares simpáticas fazem sinapses com os órgãos alvo com liberação de noradrenalina e ou adrenalina, atuando sobre receptores adrenérgicos alpha e ou beta, dependendo do tecido envolvido. - Apesar dessas considerações, há exceções: As fibras que inervam as glândulas sudoríparas fazem sinapses ganglionares e terminais (nos órgãos alvo) mediadas por ACh. Outra exceção as considerações anteriores é a inervação da glândula supra-renal: há fibras préganglionares curtas liberando ACh porém não há sinapse ganglionar nervosa típica, a própria glândula supra-renal atua como gânglio nervoso com produção e liberação de catecolaminas.

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO - Anatomicamente o sistema nervoso autônomo parassimpático situa-se na porção cranial e caudal da coluna vertebral. - Geralmente as fibras pré-ganglionares são longas (contrário ao SNA Simpático) e as fibras pós-ganglionares são curtas já que os gânglios nervosos, neste sistema, situam-se próximos ao tecido alvo. - A maior parte das fibras (75%) do sistema nervoso autônomo parassimpático são provenientes do nervo vago. - Outros pares de nervos cranianos deixam o sistema nervoso compondo o sistema parassimpático: III (nervo óculomotor), VII (nervo facial) e IX (nervo glossofaríngeo). - Os receptores ganglionares, a exemplo do sistema nervoso autônomo simpático, são colinérgicos nicotínicos enquanto que nas terminações (órgãos alvo) os receptores são muscarínicos (subdivididos ainda em diversos tipos, dependendo do órgão envolvido).

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

SNA Via motora autônoma neurovegetativa nível subcortical simpática e parassimpática

SNA SNA opera por reflexos viscerais sinais sensitivos de partes do corpo enviam impulsos ao centro medular, tronco encefálico, ou hipotálamo que transmitem respostas reflexas as víceras para controlar sua atividade O SNA atua no músculo liso, cardíaco e glândulas

CADEIA SIMPÁTICA Descarga simpático adrenal dilatação da pupila Taquicardia aumenta pressão arterial Vasoconstricção inibição gastrintestinal efeitos metabólicos (energia)

P A R A S S I M P Á T I C O SIMPÁTICO

SNA SIMPÁTICO emerge a nível medular T1 a L2 inerva glândula suprarenal atuação generalizada dispêndio de energia gastador

RECEPTORES ADRENÉRGICOS vasoconstrição α vasodilatação β aceleração cardíaca β contração do miocárdio β bronquiodilatação β piloeretores α lipólise α e β olho α

SNA PARASSIMPÁTICO emerge dos 10 pares de nervos cranianos e S2 a S4 não inerva: vasos, glândulas sudoríparas, pêlos, baço e suprarenal atuação mais restrita restauração e conservação de energia poupador

SNA PARASSIMPÁTICO favorece a digestão e a absorção aumenta a contratilidade aumenta secreções gastrintestinais aumenta fluxo sanguíneo regional restaura e conserva energia sistema poupador

REGULAÇÃO E INTEGRAÇÃO Hipotálamo Córtex Sistema Límbico

INTERAÇÃO SIMPÁTICO/ PARASSIMPÁTICO órgão com inervação simpática exclusiva o grau de função é dado por ou do tônus local órgão com inervação dupla: complexo descarga simpático adrenal simpática (extrema) conservação de energia (digestão) (parassimpático)

REGULAÇÃO CENTRAL E INTEGRAÇÃO SNC nível medular já existe integração animal com secção medular responde a estímulos nocivos com PA HIPOTÁLAMO: função integradora SISTEMA LÍMBICO: função moduladora CÓRTEX CEREBRAL: função reguladora fina

ORGÃO ALVO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO Miocárdio FC e força da contração cardíaca FC e taxa de contração Coração vasodilatação vasoconstrição Pulmão bronquiodilatação bronquioconstrição Figado a liberação de glicose nenhum efeito Sistema Digestivo atividade das glândulas e dos músculos lisos peristaltismo e secreção glandular Pupila midríase (dilatação) miose (constrição) Vasos Abdominais constrição dilatação Vasos musculares constrição (Adr) dilatação (Ach) Nenhum efeito

HIPOTÁLAMO multiplas ligações com o SNC respostas complexas comportamento emocional balanço energético Temperatura osmolaridade plasmática concentração hormonal glicemia

HIPOTÁLAMO SISTEMA ENDÓCRINO regulação do balanço hídrico, metabólico e reprodutivo SISTEMA HIPOTÁLAMO HIPÓFISE COMPORTAMENTO EMOCIONAL descarga simpático adrenal: ira, fuga

HIPOTÁLAMO COMPORTAMENTO ALIMENTAR centro da fome x centro da saciedade atividade gastrointestinal, glicemia, temperatura REGULAÇÃO DA TEMPERATURA temperatura parassimpático temperatura simpático COMPORTAMENTO SEXUAL ereção conjuga fatores hormonais com ambientais (hormônios e época do ano, temperatura, luz) FUNÇÃO HOMEOSTÁTICA seleção de respostas somáticas e autônomas

SISTEMA LÍMBICO Rinencéfalo formado por estruturas corticais e subcorticais projeções direta na olfação indireta através do hipotálamo

SISTEMA LÍMBICO Funções COMPORTAMENTO EMOCIONAL expressão das emoções por reações motoras, autônomas e endócrinas através do hipotálamo confere afetividade às informações sensoriais analisadas pelo córtex COMPORTAMENTO ALIMENTAR Homeostático: reage frente aos desvios do meio interno tentando corrigí-los motivacional COMPORTAMENTO SEXUAL ovulação

MEMÓRIA a curto e a longo prazo a longo prazo é tanto mais duradoura quanto mais fortalecida pelo uso TEORIAS: alteração da estrutura do neurônio aumento na área de contato pré-sináptica aumento do número de ramos dendríticos síntese de proteínas para formação da memória LOCALIZAÇÃO: difusa e não existe área específica locais específicos do córtex