GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE E DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR



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Transcrição:

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE E DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR INSTRUÇÕES REGULADORAS DOS DOCUMENTOS SANITÁRIOS DE ORIGEM DO CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (IRDSO-CBERJ ) Anexo à Resolução SSP nº 0375 de 23 de junho de 1980. TÍTULO 1 DOS DOCUMENTOS DE ORIGEM CAPÍTULO 1 DO ATESTADO DE ORIGEM Art. 1º - Atestado de Origem (AO) é um documento administrativo de Bombeiro-Militar (BM) destinado à comprovação de acidentes ocorridos em conseqüência de ato de serviço, que por sua natureza, possam dar origem à incapacidade física, temporária ou definitiva, dos BM do corpo de Bombeiros do Estados do Rio de janeiro (CBERJ). Art. 2º - Ato de serviço é todo aquele praticado por BM, quando: I- no exercício de suas atribuições funcionais, durante o expediente normal, ou quando determinado por autoridade competente, em sua prorrogação ou antecipação; II- III- IV- no decurso de viagens com o objeto de serviço, previstas em regulamento, programas de cursos ou autorizadas por autoridades competentes; no comprimento de ordem emanada de autoridade competente; no decurso de viagens impostas por motivo de movimentação efetuada no interesse do serviço ou a pedido; V- no deslocamento entre a sua residência e a organização de bombeiro militar onde serve, ou local de trabalho, ou naquele em que sua missão deva ter início ou prosseguimento, e vice- versa; VI- VII- em extinção de incêndio ou serviço de busca e salvamento, e na defesa e manutenção da ordem pública, mesmo sem determinação explícita; e no exercício dos deveres previstos em leis, regulamentos ou instruções baixadas por autoridade competente.

Parágrafo único - Aplica-se o disposto neste artigo ao bombeiro militar que, embora aguardando transferência para a inatividade, esteja, comprovadamente, transmitindo o exercício de suas funções ao seu substituto, bem como ao bombeiro militar da reserva remunerada, quando convocado para o serviço ativo. Art. 3º - São considerados, também, acidente em serviço, para os fins estabelecidos na legislação vigente, os ocorridos nas situações do artigo anterior, ainda quando não sejam eles a causa única e exclusiva da morte ou da perda ou redução da capacidade do bombeiro militar, desde que, entre o acidente e a morte ou incapacidade para o serviço de bombeiro militar, haja relação de causa e efeito. Art. 4º - Não será considerado acidente de serviço, quando o mesmo resultar de crime, transgressão disciplinar, imprudência ou desídia do bombeiro militar acidentado ou de subordinado seu, com sua aquiescência. Parágrafo único - São considerados acidentes em serviços, também, os verificados no interior dos quartéis ou OBM, independentemente da vontade das vitimas e em virtudes de motivo de força maior, tais como: incêndios, explosões, desabamentos, desmoronamentos, etc. Art. 5º - Os acidentes em serviço que justificam a lavratura de AO podem ser produzidos por: I- agentes mecânicos - atuando por pressão (feridas puntiformes, incisas, contusas, contusões, comoção, compressão) ou por distensão (ativa ou passiva). II- III- IV- agentes físicos - pressão atmosférica, frio, calor, luz, som, eletricidade e radiações; agentes químicos - cáusticos e tóxicos; agentes biológicos - picadas e mordeduras de animais; Art. 6º - Sendo o AO o documento que se destina à comprovação dos acidentes em serviço somente nos casos especiais, definidos no art.25 destas instruções, será admitida a instauração de Inquérito Sanitário de Origem (ISO) para mesmo fim. Art. 7º - Em todos os processos em que seja solicitado amparo do Estado, sob qualquer forma, por motivo de incapacidade física temporária ou definitiva, com invalidez, ou não resultante de acidente de tempo de serviço deverá ser feita a anexação da 3º via ou de uma cópia autêntica do AO, que constitui a peça fundamental como documento de prova. Art. 8º - O AO (modelo anexo I) será constituído por três (03) partes essenciais: prova testemunhal, prova técnica e prova de autenticidade. Parágrafo único. No verso do documento, serão registrados os laudos da inspeção de saúde de controle, realizada na vigência do tratamento, e do exame de sanidade, feito no momento de alta e de acordo com o que dispõe o art.19. Art. 9º - A prova testemunhal será preenchida e assinada por três (3) testemunhas, que deverão relatar com exatidão os fatos presenciados e as circunstâncias que cercam acidente, indicando hora e o dia em que se deu o fato e a natureza do serviço que o BM desempenhava no momento do acidente, sem necessidade de indicarem as perturbações mórbidas resultantes.

Art. 10 - A prova técnica será preenchida pelo Oficial BM médico que prestar os primeiros socorros ao acidentado e constará de uma descrição detalhada das lesões ou perturbações mórbidas resultantes do acidente referido na prova testemunhal, tal como se fora um auto de exame de corpo de delito. 1º - Se não existir oficial BM médico na localidade, poderá ser preenchida a prova técnica por médico civil, desde que autorizado pelo Comandante, Chefe ou Diretor da OBM a que pertencer o BM acidentado. 2º - Quando o acidente ocorrer em localidade onde não haja BM médico ou médico civil, será o fato, depois de preenchida a prova testemunhal, comunicado imediatamente à autoridade superior, a fim de que sejam, tomadas as providências julgadas convenientes no sentido de ser socorrido o BM acidentado sendo, então lavrada à prova técnica pelo primeiro oficial BM médico ou médico civil autorizado que atender o paciente. Art. 11 - A prova de autenticidade é feita e assinada pelo Comandante, Chefe ou Diretor da OBM a que pertencer o BM acidentado ou por quem o represente, reconhecendo como verdadeiras as firmas das testemunhas e do médico. Também lhe compete, obrigatoriamente declarar a natureza do serviço de que o BM se incumbia no momento do acidente, o que saiba sobre os fatos constantes da prova testemunhal, e que não houve, por parte do BM acidentado, crime, imprudência ou desídia, ou prática de outras transgressões disciplinares. Parágrafo único - Nos casos previstos pelo parágrafo do art. 10, a firma do médico será reconhecida pela autoridade a que estiver subordinada ou por tabelião. Art. 12 - Todo AO, depois de preenchidas as três partes essenciais, deverá receber o visto do Chefe do Estado-Maior-Geral do CBERJ. Parágrafo único - O visto do Chefe do Estado-Maior-Geral importa no reconhecimento, por sua parte, de que o acidente se deu em ato de serviço e de que não contesta a prova testemunhal. Art. 13 - O AO será lavrado em três (3) vias, sendo a primeira arquivada na Diretoria de Pessoal (DP). A segunda no Hospital Central do CBERJ (HCB) e a terceira entregue ao BM acidentado. 1º - O arquivamento da 1ª via na DP será publicado em aditamento administrativo de pessoal, devendo ser feito o registro da ocorrência nas folhas de alterações do BM acidentado. 2º - Se for extraviada a 3ª via, por qualquer motivo, poderá a mesma ser substituída por uma cópia autêntica da 1ª via, as requerimento do interessado, ou a pedido da autoridade competente. Art. 14 - A gravação de males preexistentes, latentes, estados personalíssimos, por acidente em serviço, somente poderá ser justificada em casos excepcionais mediante ISO controlado por inspeção de saúde, com recurso final para a Junta Superior de Saúde (JSS). Art. 15 - Os Comandantes, Chefes ou Diretores de OBM, ao receberem parte ou outra comunicação idônea da ocorrência de um acidente em serviço, conforme é definido nestas Instruções, com e seu subordinado, após ouvirem o oficial BM médico sobre a necessidade,

mandarão lavrar o AO, cujas três (3) partes essenciais deverão ser preenchidas, obrigatoriamente, até oito (8) dias após o acidente. 1º- Publicada a ordem em Boletim Interno (BI), caberá ao signatário da parte do acidente arrolar as testemunhas e providenciar o preenchimento da prova testemunhal. 2º- Se não houver razão para ser lavrado o AO, quando este não for confeccionado, por motivo de força maior, dentro do prazo de oito (8) dias da data do acidente, deverá o fato constar do BI, que deverá declarar o motivo por que não foi lavrado. 3º - A não ser em casos excepcionais, plenamente justificados, toda praça BM vítima de acidente em serviço que exija a lavratura do AO deverá baixar, obrigatoriamente, ao HCB. Art. 16 - Quando o BM acidentado tiver sido socorrido por médico civil ou pelos postos de assistência pública, não será dispensada a prova testemunhal, com os elementos possíveis de coligir, sendo a prova técnica do AO realizada pelo primeiro oficial BM médico que atender, no mesmo dia ou no dia imediato do acidente, ressalvado o disposto no 1º do art.10. Art. 17 - Se o BM acidentado, socorrido por médico civil em postos de assistência, pública, permanecer em seguida recolhido a estabelecimento civil ou em domicílio, deverão os Comandantes, Chefes ou Diretores a que estiver subordinado, providenciar, dentro do prazo de quarenta e oito (48) horas, o cumprimento do dispositivo no artigo anterior. Art. 18 - Quando a OBM a que pertencer o BM acidentado não dispuser de médico, deverá o Comandante, Chefe ou Diretor, solicitar ao Diretor do HCB a designação de um oficial BM médico para, no mais curto prazo, serem cumpridas as exigências do art.16. Art.19 - Todos os BM vítimas de acidente em serviço que justifique a lavratura de AO serão submetidos à inspeção de saúde de controle, na vigência do tratamento, e a exame de sanidade, no momento da alta, sendo os laudos dessas perícias transcritos no AO, em local para esse fim destinado, e conforme normas constantes do modelo anexo às presentes instruções. 1º- Nas inspeções de saúde destinadas ao controle sistemático e obrigatório dos AO, a Junta Ordinária de Saúde (JOS) indicará o diagnóstico e estabelecerá em seu parecer a

relação que possa existir entre as lesões encontradas e as constantes da prova técnica desse atestado. 2º - O oficial BM médico habilitado a fazer o exame de sanidade deverá descrever minuciosamente o que tiver averiguado e feito, declarando se o paciente saiu curado completamente ou não, e se a lesão ou perturbação mórbida resultante do acidente pode trazer complicações futuras. 3º - Se o tratamento se fizer no HCB, a inspeção de saúde será procedida pela JOS e o exame de sanidade pelo oficial BM médico que conceder a alta. 4º - Se o tratamento se fizer em estabelecimento civil ou em domicílio, a inspeção de controle será feita pelo JOS, que comparecerá, se o BM estiver impossibilitado de locomover-se, ao local onde estiver recolhido, e o exame de sanidade será efetuado pelo oficial BM médico da OBM ou do HCB no mesmo dia da alta ou no máximo no dia imediato. 5º - Se ocorrer o falecimento do BM antes da realização de inspeção de controle e do exame de sanidade, estas perícias serão substituídas pelo exame de corpo de delito e pelo laudo de necropsia. Art. 20 - Os acidentes em serviço em que as lesões sejam mínimas, não justificado, de acordo com o parecer do oficial BM médico da OBM ou do HCB, a lavratura do AO, deverão ser apenas, obrigatoriamente mencionados em BI e registrados nas folhas de alterações do BM acidentado. Parágrafo único - Se o BM acidentado em serviço nas condições do presente artigo não se apresentar logo após o acidente ao oficial BM médico de sua OBM ou ao HCB para curativo e conseqüente registro, deixará de existir no caso, responsabilidade para o oficial BM médico. Art. 21 - Se o acidente resultar de crime, imprudência ou desídia, ou prática de outras transgressões disciplinares por parte do BM acidentado, não será lavrado AO, devendo, entretanto, a ocorrência ser publicada em BI, registrada no HCB e nas folhas de alterações do BM, declarando-se o motivo que deixou de ser lavrado o documento.

Art. 22 - Os AO serão sempre acompanhados de um esquema, feito por decalque, do modelo anexo, com a localização das lesões encontradas. Art. 23 - Se houver irregularidades insanáveis no AO, por omissão de exigências fundamentais expressamente declaradas nestas instruções, servirá o documento, posteriormente de peça de juntada para instruir a instauração de um ISO, nos termos do 1º do art. 24.

VISTO (1) Chefe do EMG GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE E DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ATESTADO DE ORIGEM (2) 1 Rubrica do Chefe do Estado Maior Geral. 2 Indicar, por extenso, a OBM. 3 Indicar nome, posto ou graduação, QBMP, número e OBM a que pertencer o acidentado. 4 Indicar hora, dia, mês e ano em que se produziu o acidente. 5 Relatar o acidente sofrido, presenciado pelas testemunhas, com as circunstâncias que o cercaram; bem como a natureza do serviço que a vítima desempenhava no momento do acidente sem, entretanto, referir-se à parte do corpo atingida ou perturbação mórbida resultante do acidente. 6 Nomes, postos ou graduações, QBMP e números das testemunhas. 7 Nome e Posto do Oficial BM Médico. 8 Indicar a função que exerce. 9 Descrever o estado do acidentado no momento em que lhe foram prestados os primeiros socorros médico-cirúrgicos tendo o cuidado de assinalar as lesões ou perturbações mórbidas encontradas, tal como se fora um auto de corpo de delito, na parte referente às descrições das lesões e perturbações mórbidas. 10 Indicar nome, posto, função e OBM em que serve. 11 Confirmar a exatidão do acidente, indicando a natureza do serviço que a vítima se incumbia no momento do acidente, PROVA TESTEMUNHAL (Art 9 o ) Nós abaixo assinados atestamos que (3) às (4) foi (5) OBM em, em de de 1 a testemunha (6) 2 a testemunha (6) 3 a testemunha (6) PROVA TÉCNICA (Art 10) O abaixo assinado (7) em serviço (8) certifica que (3) às (4) foi vítima do acidente constante da prova testemunhal, tendo eu verificado as seguintes lesões ou Perturbações mórbidas resultantes do acidente sofrido: (9) OBM em, em de de (Assinatura e posto do médico) PROVA DE AUTENTICIDADE (Art. 11) O ABAIXO ASSINADO (10) declara que reconhece como verdadeiras as firmas das testemunhas e do médico e que (11) (Assinatura do Comandante, Chefe ou Diretor da OBM)

1 Rubrica do Chefe do Estado Maior Geral. 2 Indicar, por extenso, a OBM. 3 Indicar nome, posto ou graduação, QBMP, número e OBM a que pertencer o acidentado. 4 Indicar hora, dia, mês e ano em que se produziu o acidente. 5 Relatar o acidente sofrido, presenciado pelas testemunhas, com as circunstâncias que o cercaram; bem como a natureza do serviço que a vítima desempenhava no momento do acidente sem, entretanto, referir-se à parte do corpo atingida ou perturbação mórbida resultante do acidente. 6 Nomes, postos ou graduações, QBMP e números das testemunhas. 7 Nome e Posto do Oficial BM Médico. 8 Indicar a função que exerce. 9 Descrever o estado do acidentado no momento em que lhe foram prestados os primeiros socorros médico-cirúrgicos tendo o cuidado de assinalar as lesões ou perturbações mórbidas encontradas, tal como se fora um auto de corpo de delito, na parte referente às descrições das lesões e perturbações mórbidas. 10 Indicar nome, posto, função e OBM em que serve. 11 Confirmar a exatidão do acidente, indicando a natureza do serviço que a vítima se incumbia no momento do acidente, bem como os fatos constantes da prova testemunhal. INSPEÇÃO DE SAÚDE DE CONTROLE (Art. 46) A Junta Ordinária de Saúde declara que inspecionou o (3) dono do presente atestado de origem, no dia de de, com o seguinte resultado: (12) (13), em de de. (Assinatura do Presidente da Junta) OBSERVAÇÃO (Art. 48) A Junta Ordinária de Saúde declara que o presente atestado de origem (14) todas as formalidades exigidas nas instruções reguladoras dos documentos sanitários de origem., de de (Assinatura do Presidente da Junta) EXAME DE SANIDADE DE ACIDENTADO EM ATO DE SERVIÇO (Art. 19) Aos dias do mês de do ano de nesta em (15) presente (16) o abaixo assinado (17) procedeu a exame de sanidade em (18) por ter tido alta por (19) de (20) onde esteve em tratamento em conseqüência de acidente sofrido em ato de serviço, conforme consta do atestado de origem que lhe foi concedido. E passando a fazer os exames e investigações necessárias declaro o seguinte: (21). E por nada mais ter visto e que declarar, dou por findo este exame, de que lavrei o presente termo, que vai assinado pelo (16) e por mim (Assinatura, por inteiro, do Presidente da Junta Ordinária de Saúde) (Assinatura do médico que procedeu ao exame e lavrou o auto )

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE E DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR Esquema das lesões existentes na face lateral do corpo de : REGIÕES 1 Parietal 2 Frontal 3 Orbitária 4 Temporal 5 Occipital 6 Auricular 7 Nasal 8 Malar 9 Zigomática 10 Masseteriana 11 Nuca 12 Supra-clavicular 13 Mentoniana 14 Bucinadora 15 Labial 16 Mentoniana 17 Supra-hioidéia 18 Infra-hioidéia 19 Escapulo-humeral 20 Clavicular 21 Infra-clavicular 22 Hemitórax 23 Esternal 24 Deltoidiana 25 Terço superior do braço 26 Terço médio do braço 27 Terço inferior do braço 28 Lateral do cotovelo 29 Cotovelo 30 Terço superior do antebraço 31 Terço médio do antebraço Fig. 5 32 Terço inferior do ante-braço 33 Punho 34 Dorsal da mão 35 Palmar da mão 36 Mamária 37 Hipocôndrio 38 Epigástrica 39 Flanco 40 Abdominal (mesogástrica) 41 Umbelical 42 Hipogástrica 43 Pubiana 44 Fossa ilíaca 45 Inguinal 46 Crural 47 Quadril 48 Glútea 49 Terço superior da coxa 50 Terço médio da coxa 51 Terço inferior da coxa 52 Face lateral do joelho 53 Joelho 54 Poplitéia 55 Terço superior da perna 56 Terço médio da perna 57 Terço inferior da perna 58 Maleolar 59 Dorsal do pé 60 Calcâneo 61 Lateral do pé 62 - Artelhos

Esquema das lesões existentes na face anterior da cabeça de : GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE E DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR Esquema das lesões existentes na face anterior da cabeça de : Fig. 1 REGIÕES 1 Frontal 5 Masseterianas 9 Supra-hioidéia 2 Orbitárias 6 Bucinadora 10 Infra-hioidéia 3 Nasal 7 Lábios 11 Carotidianas 4 Malares 8 Mentoniana 12 Supra-claviculares Fig. 2 REGIÕES 1 Parietais 2 Temporais 3 Occipital 4 Mastoidéia 5 Nuca

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE E DA DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR Esquema das lesões existentes na face anterior do corpo de : Esquema das lesões existentes na face posterior do corpo de : REGIÕES 1 Frontal 2 Orbitárias 3 Nasal 4 Malares 5 Masseterianas 6 Auriculares 7 Bucinadoras 8 Labial 9 Mentoniana 10 Supra-hioidéia 11 Infra-hioidéia 12 Carotidianas 13 Supra-claviculares 14 Claviculares 15 Infra-claviculares 16 Esternal 17 Deltodianas 18 Torácicas 19 Mamárias 20 Epigástrica 21 Hipocôndrios 22 Abdominal (mesogástrica) 23 Ubelical 24 Hipogástrica 25 Pubiana 26 Flancos REGIÕES 1 Parietais 2 Occipitais 27 Fossas ilíacas 28 Inguinais 29 Crurais 30 Peniana 31 Escrotal 32 Terços superiores dos braços 33 Terços médios dos braços 34 Terços inferiores dos braços 35 Dobras anteriores dos cotovelos 3 Temporais 4 Nuca 5 Supra-escapulares 6 Coluna vertebral 7 Auriculares 8 Deltoidianas 9 Escapulares 10 Goteiras costovertebrais 11 Terço superior do braço 36 Terços superiores dos 12 Terço médio do braço antebraços 37 - Terços médios dos antebraços 38 - Terços inferiores dos antebraços 39 Punhos 40 Côncavos das mãos 41 Faces palmares das mãos 42 Terços superiores das coxas 43 Terços médios das coxas 44 Terços inferiores das coxas 45 Anteriores dos joelhos 46 Rutilianas 47 - Terços superiores das pernas 48 - Terços médios das pernas 49 - Terços inferiores das pernas 50 Dorsais dos pés 51 Maleolares internas 52 Maleolares externas 13 Terço inferior do braço 14 Cotovelos 15 Terço superior do antebraço 16 Terço médio do antebraço 17 Terço inferior do antebraço 18 Punhos 19 Dorso das mãos 20 Infra-escapulares 21 Lombares 22 Ilíacas 23 Sacra 24 Glúteas 25 Quadris 26 Terço superior do coxa 27 Terço médio do coxa 28 Terço inferior do coxa 29 Poplitéias 30 Terço superior da perna 31 Terço médio da perna 32 Terço inferior da perna Fig. 3 33 Maleolar externa 34 Calcâneos Fig. 4 35 Dorso dos pés