NOTA TÉCNICA Nº 892 /2010/COGNOR/DENOP/SRH/MP



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Transcrição:

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Secretaria de Recursos Humanos Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais Coordenação-Geral de Elaboração, Sistematização e Elaboração das Normas NOTA TÉCNICA Nº 892 /2010/COGNOR/DENOP/SRH/MP ASSUNTO: Concessão Indenização de transporte a servidor para exercer as atribuições inerentes ao cargo em localidade distinta de sua lotação. Referência: Processo nº 11042.000398/2009-51 SUMÁRIO EXECUTIVO 1. Vem a exame, processo referente a pleito do servidor ANDRÉ RICARDO GALLAS, encaminhado pela Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda - COGRH/MF, que solicita análise e pronunciamento desta Coordenação-Geral acerca de concessão de indenização de transporte para serviços realizados em recintos alfandegados serem consideradas como serviços externos, em observância ao que estabelece o art. 60 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, regulamentado pelo Decreto nº 3.184, de 27 de setembro de 1999, que dispõe sobre a concessão da indenização de transporte. ANÁLISE 2. Trata-se o caso em tela, de ocupante do cargo de Auditor Fiscal, lotado na Delegacia da Receita Federal em Pelotas/RS, que exerce habitualmente as suas atribuições no Porto Seco de Jaguarão/RS, pleiteando a concessão do pagamento da indenização de transporte. 3. Relativamente ao pleito, faz-se necessário trazer à colação as legislações suscitadas pelo requerente, quais sejam: o art. 60 da Lei nº 8.112, de 1990, bem como o Decreto nº 3.184, de 1999, assim transcritas:

Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento. Decreto nº 3.184, de 27 de setembro de 1999 Art 1º Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que, por opção, e condicionada ao interesse da administração, realizar despesas com utilização de meio próprio de locomoção para execução de serviços externos inerentes às atribuições próprias do cargo que ocupa, efetivo ou comissionado, atestados pela chefia imediata. (Redação dada pelo Decreto nº 7.132, de 2010). 1º Somente fará jus à indenização de transporte o servidor que estiver no efetivo desempenho das atribuições do cargo, efetivo ou comissionado, vedado o cômputo das ausências e afastamentos, ainda que considerados em lei como de efetivo exercício. (Redação dada pelo Decreto nº 7.132, de 2010). 2º Para efeito de concessão da indenização de transporte, considerar-se-á meio próprio de locomoção o veículo automotor particular utilizado à conta e risco do servidor, não fornecido pela administração e não disponível à população em geral. 4. É importante observar que o termo indenização oriunda de reparação de danos, assim, só cabe falar em indenização quando um dano é caracterizado. Quanto à indenização de transporte, o dano é presumido pela Lei nº 8.112, de 1990, c/c o Decreto nº 3.184, de 1999, e a Portaria Normativa/SRH nº 08, de 1999, na perspectiva de que o deslocamento do servidor, no exercício de suas atribuições funcionais, utilizar meio próprio de locomoção, para execução de serviços externos, atestados pela chefia imediata, por força das atribuições habituais do cargo efetivo ou comissionado. 5. Neste sentido, entendemos que a caracterização de atividade externa para fins de percepção do benefício reporta-se as seguintes questões básicas: a) servidor ocupante de cargo efetivo ou comissionado; b) manifeste opção condicionada ao interesse da Administração; 2

c) realização de despesas com utilização de meio próprio de locomoção para execução de serviços externos à conta e risco do servidor, não fornecido pela administração e não disponível à população em geral; d) serviços externos inerentes as atribuições próprias do cargo que ocupa, efetivo ou comissionado; e) serviços externos sejam atestados pela chefia imediata. 6. De acordo com o requerimento às fls. 01/17, o servidor presta serviços com habitualidade no Porto Seco de Jaguarão/RS, localizado em endereço diverso da sua unidade de lotação. Consta ainda, que a administração contrata transporte privado, com vistas a viabilizar o deslocamento dos servidores até o local de execução das atividades. 7. Sob este aspecto, resta deixar claro que a Administração, presente o interesse público e segundo critério de oportunidade e conveniência, poderá, discricionariamente, determinar o exercício do servidor em localidade diversa da qual se encontra a sua lotação original, desde que, obviamente, a função a ser exercida seja compatível com as atribuições do cargo. Tal sujeição afeta todos os servidores, sejam efetivos, comissionados, estáveis, não estáveis, professores, especialistas de educação, pessoal de apoio, etc., sendo conseqüência da hierarquia, base da organização da administração pública. 8. Necessário considerar que o exercício em caráter permanente em uma mesma localidade, não constitui uma atividade externa, mas o local de exercício do servidor. No que tange ao deslocamento do local de lotação e exercício para atividades externas, a utilização de meio próprio de locomoção, também constitui fator determinante para a concessão da indenização conforme estabelecido pelo 2º, do art. 1º do Decreto nº 3.184, de 1999. Assim a indenização de transporte tem como finalidade compensar os gastos do servidor no deslocamento trabalho/serviço externo. 9. Para melhor deslinde do assunto, entende-se por serviços externos aqueles que obriguem o servidor, no interesse da Administração, a se deslocar da unidade administrativa em que esteja lotado ou tenha exercício, para realizar as atividades inerentes 3

às atribuições próprias do cargo que ocupa, efetivo ou comissionado, a título de exemplo pode-se citar: fiscalização, inspeção, auditoria ou diligências externas, para desempenhá-las junto a estabelecimentos, firmas, escritórios ou outras entidades congêneres, localizados na área de jurisdição do órgão a que pertence, dentre outros. 10. Cumpre destacar que os servidores lotados na Delegacia da Receita Federal estão atuando dentro da estrutura da Administração, conforme Regimento Interno daquele órgão, por isso, entende-se que o escritório em Porto Seco de Jaguarão/RS pode ser considerado como unidade de exercício do requerente, o que corresponde a sua unidade administrativa. 11. Infere-se que as normas de regência da matéria, ao estabelecerem para a execução de serviços externos inerentes as atribuições próprias do cargo que ocupa, efetivo ou comissionado, em observância ao Decreto nº 3.184, de 1999 e a Portaria Normativa/SRH nº 08, de 1999, se referiram às atividades fora da unidade em que o servidor se encontrar efetivamente exercendo as atividades inerentes ao seu cargo. 12. Quanto ao caso em comento, não se pode falar em indenização de despesas com transporte, pois de acordo com os autos, o requerente exerce as suas atribuições de forma direta e continuada em local indicado pela Administração. Nesse sentido, não poderá ser considerado o deslocamento efetuado para o Porto Seco de Jaguarão/RS como serviços externos. Ademais, não há utilização de meio próprio de locomoção, pois a Administração contrata transporte privado, com vistas a viabilizar o deslocamento dos servidores até o local de execução de atividades. Destarte, não consta nos autos o atesto da chefia imediata considerando as atividades desenvolvidas no Porto Seco de Jaguarão/RS como de serviços externos. 13. Saliente-se, que a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos deve sempre ocorrer quando estiver presente o interesse da Administração, pois é fator determinante para a concessão do referido benefício, devendo o serviço ser atestado pela chefia imediata. Dessa forma, entende-se que o deslocamento que se pretende subsidiar não é a bem do serviço, mas por interesse do servidor, que como 4

qualquer outro agente público, em qualquer setor de atuação, tem que comparecer ao local do trabalho, por sua conta e risco, independentemente de haver ou não transporte público regular, nos horários em que necessita deslocar-se. CONCLUSÃO 14. Por todo o exposto, entende-se que o requerente não fará jus à indenização de transporte, pois os requisitos para a concessão da indenização de transporte devem estar presentes, sendo que ao analisar os autos estão ausentes: utilização de meio próprio de locomoção, manifestação de opção condicionada ao interesse da Administração, caracterização de execução das atividades no Porto Seco de Jaguarão/RS como serviços externos e o atestado emitido pela chefia imediata do servidor. 15. Com estes esclarecimentos, submetemos a presente Nota Técnica à consideração superior, sugerindo a restituição dos autos Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda COGRH/MF, para conhecimento e providências. Á consideração superior. Brasília, 22 de setembro de 2010. MÁRCIA ALVES DE ASSIS Agente Administrativo TEOMAIR CORREIA DE OLIVEIRA Chefe da DILAF De acordo. Encaminhe-se à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda - COGRH/MF, para conhecimento e demais providências. Brasília, 22 de setembro de 2010. GERALDO ANTONIO NICOLI Coordenador-Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas 5