Amanda de Souza é aluna do terceiro ano da E.E. Sólon Borges dos Reis Amanda, conhecendo os sentimentos escritos Buscar o início da minha paixão pelos sentimentos escritos, não é tão difícil, para falar a verdade, comecei a gostar de escrever desde antes saber escrever. Quando criança, brincava normalmente como qualquer criança, rica em imaginação, escutava músicas e as escrevia em cadernos " tudo rabiscado ", porque não sabia as formas das letras. Sempre fui uma criança saudável, alegre e rodeada de amigos. Por volta dos 8 anos de idade, escrevi minha primeira canção, gostei e continuei escrevendo sem parar, conhecendo palavras e compondo desabafos, alegrias e "sentimentos de criança", que não tinha eu a coragem de pronunciá-los. Aos 11 anos, ganhei o melhor presente que alguém poderia dar-me, o sonho maior da minha vida, meu violão... Foi com ele que sonhei, que brilhava cantava aos sons das nuvens; onde só quem é criança pode entender, sem menos saber tocar uma cifra ou saber interpretar um símbolo musical, fui feliz, tocando com as cordas soltas e o coração a mil. Aos 12 anos viajei, e descobri em uma pequena cidade em P.E, algo que nunca poderia imaginar que seria capaz, atuei, aprendi a tocar flauta-doce, violão e aprendi a cantar. Foi assim que conheci a sensibilidade, da palavra, aprendi que cada coração precisa bater por si próprio, descobri que tenho um coração de poeta. Aos 15 anos, escrevi meu primeiro poema " O Primeiro Amor ", esse pequeno poema que seria para nota de classe, acabou mobilizando professores e alunos, e isso fez com que eu me destacasse na escola, e recebi um convite de representa-la a mesma escrevendo uma crônica " O Lugar Onde Moro ", em que logo depois, ganhou o 14 lugar na secretaria de ensino de P.E.
Conheci livros, obras de alguns Poetas e fui apaixonando-me cada vez mais pelas palavras. Voltei a morar em S.P, e a ambiciosa vontade de escrever não parou, destaquei-me mais uma vez pelas palavras que escrevo. E a professora Edna Moroto da escola Sólon Borges, incentivou-me a continuar e compartilhálos. No que tange ao tema dos meus poema, o foco principal é o tempo, por ser ele transitório, cíclico, ademais, foi com o mesmo que pude descobrir-me, pude valorizar as minhas fases, as minhas transições e vislumbrar o que me reserva o futuro. TEMPO... Ah tempo... tempo ingrato, tempo sem coração! Onde está tua face? Porque só mostras a minha? Porque és tão cruel? E levastes os melhores momentos da minha vida? Há este tempo!!!... Porque fazes coisas sem te importar? Porque levastes a minha inocência? Porque me mostrastes a realidade? Tempo ingrato! Tirastes de mim meus amigos, minhas músicas, meus versos, meus sonetos, Tirastes sem dúvida a minha inocência! Criastes momentos bons e ruins,
Trouxestes e levastes sorrisos e lágrimas minhas... Sentimentos que já se foram, emoções que já senti: O primeiro amor que já se foi, O dentinho que já caiu, Os primeiros passos, a primeira queda, as louças sujas, e os gritos da minha mãe! Sem pedir licença expuseste-me ao mundo Sem sentido algum, disseste para eu me virar E com o acaso, ou com realidade, estou a viver, sem saber o que pode me acontecer! (Amanda Souza Silva ) 04/03/2012 Perguntas por acaso Como querer parar o tempo, se é ímpossivel? Como querer pegar o vento, se não consigo? Como querer deixar de amar, querer largar, aquilo que nunca tive? Como querer ter o que já se foi?
Como reencontrar quem nunca vi? Como não sentir saudade da verdadeira amizade da infância ocorrida? como poder chorar lágrimas que já se foram? Como querer ser Poeta, se não sei Amar? Como amar o amor que não existe? como viver uma fotografia? como ter alguém que já se foi? Como sentir saudades do que nunca aconteceu? Como achar o que não foi perdido? E como perder o que nunca foi achado? Como ter certeza da incerteza? Como olhar pro vazio e pensar em tudo? É como andar na chuva, sem se molhar É como olhar nos olhos de quem você ama, sem poder beijar É como estar com fome, sem querer comer É como tocar violão, sem poder cantar É como se pudesse escutar o coração de um poeta É como ter nas mãos um beijo roubado
É como fechar os olhos e sentir a sensibilidade da alma É como te querer, sem ter você. 14/05/2012) (Amanda Souza Silva Vi Hoje, vi algo que muito me entristeceu Vi um enorme navio cheio de homens brancos e malvados Ví uma cena absurda... Vi o povo Indígena sendo arrancados e cruelmente escravizados Vi a tristeza na face do Brasil Hoje vi pessoas sendo escravizadas, Vi crianças de suas mães sendo arrancadas Vi a pátria amada pegar fogo Hoje vi a crueldade nas águas, Vi as crenças sendo invadidas, Vi a mata secar... Ontem, vi a miséria da cor, ví o amargo do sabor, da doçura da inocência Será que amanhã continuarei a chorar pela morte marcada De uma nação isolada, massacrada e roubada?... Viva ao Cacique, ao Pau - Brasil, ao Tupí Guaraní e ao Tabajara! (Amanda Souza Silva - 2012 )