Lei Est. PI 4.261/89 - Lei do Estado do Piauí nº 4.261 de 01.02.1989



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Transcrição:

Lei Est. PI 4.261/89 - Lei do Estado do Piauí nº 4.261 de 01.02.1989 DOE-PI: 01.02.1989 Data da publicação para efeito de pesquisa, não substituindo a mencionada no Diário Oficial. Disciplina o Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de quaisquer Bens ou Direitos, previstos na alínea "a", do inciso I, do artigo 155, da Constituição Federal. O GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍ, FAÇO saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Esta Lei disciplina a cobrança do Imposto sobre Transmissão "causa-mortis" e Doação de quaisquer bens ou direitos, de conformidade com a alínea "a", do inciso I, do artigo 155, da Constituição Federal. CAPÍTULO II DA INCIDÊNCIA Art. 2º O imposto sobre Transmissão "causa-mortis" e Doação de quaisquer bens ou direitos tem como fato gerador a transmissão "causa-mortis" e a doação, a qualquer título, de: I - propriedade ou domínio útil de bem imóvel; II - direitos reais sobre imóvel; III - bens móveis, direitos, títulos e créditos. 1º Para efeito deste artigo, considera-se doação qualquer ato ou fato, não oneroso, que importe ou se resolva transmissão de quaisquer bens ou direitos. 2º Nas transmissões "causa-mortis" e doação ocorrem tantos fatos geradores distintos quanto forem os herdeiros, legatários ou donatários. Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador: I - na transmissão "causa-mortis", na data do falecimento do "de cujus"; II - na doação, na data da efetivação pela tradição ou transcrição ou na do contrato. CAPÍTULO III DA IMUNIDADE E DA NÃO INCIDÊNCIA

Art. 4º São imunes ao Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" ou Doações de Bens ou Direitos as transmissões ou doações para: I - os Partidos Políticos, inclusive suas fundações, entidade sindicais dos trabalhadores, instituição de educação e de assistências social, sem fins lucrativos; II - a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e respectivas Autarquias e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, quando os bens ou direitos forem destinados aos seus serviços próprios e inerentes aos seus objetivos; III - os templos de qualquer culto. A redação deste artigo foi dada pela Lei nº 5.114 de 29.12.1999. Art. 5º O imposto não incide: I - nas transmissões de quinhão de até 60 (sessenta) Unidades Fiscais do Estado do Piauí - UFEPI, quando os herdeiros ou legatários forem reconhecidos pobres; II - nas doações de bens ou direitos de valor igual ou inferior a 60 (sessenta) Unidades Fiscais do Estado do Piauí - UFEPI quando o beneficiário preencher a condição prevista no artigo anterior. A redação deste artigo foi dada pela Lei nº 4.338 CAPÍTULO IV DA BASE DE CÁLCULO E DA ALÍQUOTA Art. 6º A base de cálculo para incidência do imposto será o valor venal dos bens ou direitos transmitidos ou doados. 1º Nas transmissões "causa-mortis", o valor referido no Caput será considerado à data da avaliação judicial e corrigido monetariamente para efeito da fixação do imposto, se o recolhimento vier a ser efetuado mais de 06 (seis) meses após a referida avaliação. 2º Para cálculo do imposto devido pelo fideicomissário, o valor será o da data em que este entrar na posse dos bens legados. 3º Quando se tratar de imóveis compromissado à venda pelo " de cujus " imposto será calculado sobre o crédito existente à data da abertura da sucessão. 4º O valor venal, nas doações de bens imóveis, será estabelecido pela autoridade fazendária com base nos preços praticados no mercado imobiliário. 5º Nas doações em que houver reserva do usufruto, uso ou habitação sobre o imóvel, em favor do doador, o imposto será recolhido sobre a seguinte base de cálculo: a) no ato da escritura, sobre o valor da nua-propriedade, assim entendida o valor total atribuído pela autoridade fazendária, reduzido a 40% (quarenta por cento);

b) por ocasião da consolidação da propriedade plena na pessoa do nu-proprietário, sobre o valor do usufruto, uso ou habitação, correspondente aos 60% (sessenta por cento) restante do valor originariamente estabelecido, corrigido monetariamente. 6º Em substituição ao disposto no parágrafo anterior, o donatário poderá optar pelo pagamento do imposto sobre o valor total ou integral da propriedade. Art. 7º A alíquota do imposto é de 4% (quatro por cento). Art. 8º São contribuinte do imposto: CAPÍTULO V DOS CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS I - nas transmissões "causa-mortis", os herdeiros ou legatários, conforme o caso; II - nas doações, o donatário. Art. 9º Os tabeliães, escrivães e oficiais de Registro de Imóveis somente lavrarão, registrarão ou inscreverão os atos e termos de seu cargo, com a prova do pagamento do imposto. Parágrafo Único. Fica atribuída às pessoas referidas neste artigo a responsabilidade pelo crédito tributário decorrente de transmissões prevista nesta Lei, lavradas, registradas ou inscritas nos respectivos cartórios sem a prova do pagamento do imposto sobre as mesmas incidente. Art. 10. Os serventuários da Justiça são obrigados a facultar aos encarregados da fiscalização, em cartório, o exame dos livros, autos e papéis que interessem à arrecadação do imposto. CAPÍTULO VI DO DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO Art. 11. Considera-se local da transmissão ou doação: I - tratando-se de imóveis e de direitos a eles relativos, o da situação do bem; II - tratando-se de bens móveis, direitos, títulos e créditos, aquele onde se processou o inventário, o arrolamento ou partilha a amigável, ou ainda onde tiver domicílio o doador. Art. 12. O imposto deverá ser recolhido: CAPÍTULO VII DOS PRAZOS PARA RECOLHIMENTO I - nas transmissões "causa-mortis", no prazo de 60 (sessenta) dias da data da intimação da homologação do cálculo ou despacho que determinou o seu pagamento;

II - nas doações de bens ou direitos realizadas por documento público, antes de efetivar-se o ato ou contrato sobre o qual incide; quando realizada por instrumento particular, no prazo de 30 (trinta) dias da sua data; III - nas doações com reserva de usufruto, uso ou habitação, nos termos estabelecidos no 5º, do artigo 6º, alíneas "a" e "b". Art. 13. No fideicomisso, o imposto será pago pelo fiduciário, com redução de 50% (cinqüenta por cento), ao tempo da abertura da sucessão e pelo fideicomissário, também com a mesma redução, quando entrar na posse dos bens. 1º Se o fideicomisso caducar pela renúncia ou morte do fideicomissário, consolidando-se a propriedade do fiduciário, pagará este o restante do imposto devido. 2º Na hipótese do parágrafo anterior, se a extinção do fideicomisso não for requerida dentro de 60 (sessenta) dias da morte ou renúncia do fideicomissário, o imposto será pago com acréscimo de multa no valor de 30% (trinta por cento) do imposto devido. Art. 14. Nos inventários que não forem requeridos dentro do prazo de 60 (sessenta) dias de abertura da sucessão, o imposto incidente sobre os bens ou direitos transmitidos será calculado com acréscimo da multa de 10% (dez por cento). CAPÍTULO VIII DAS MULTAS MORATÓRIAS Art. 15. O pagamento expontâneo do imposto, fora dos prazos regulamentares e antes de qualquer procedimento do Fisco, ficará sujeito aos seguintes acréscimos moratórios, sem prejuízo da atualização monetária: A redação deste artigo foi dada pela Lei nº 4.455 de 1991. I - de 5% (cinco por cento) do valor do imposto, atualizado monetariamente, se pago integralmente no prazo de 30 (trinta) dias, contados do vencimento; II - de 10% (dez por cento) do valor do imposto, atualizado monetariamente, se pago integralmente depois de 30 (trinta) dias e até 60 (sessenta) dias, contados do vencimento; III - de 15% (quinze por cento) do valor do imposto, atualizado monetariamente, se pago integralmente depois de 60 (sessenta) dias, contados do vencimento. A redação deste inciso foi dada pela Lei nº 4.952 de 06.08.1996. Parágrafo Único. Quando constatado pelo Fisco que o recolhimento do imposto foi feito em atraso, sem a cobrança dos acréscimos moratórios, será o contribuinte ou responsável intimado a pagar multa penal correspondente a 40% (quarenta por cento) do valor do imposto.

A redação deste parágrafo foi dada pela Lei nº 4.952 de 06.08.1996. Art. 16. O disposto no artigo anterior aplicar-se-á sobre o valor do imposto corrigido monetariamente. Art. 17. As penalidades e acréscimos moratórios comuns aos tributos estaduais aplicar-se-ão ao imposto normatizado nesta Lei, salvo se incompatíveis. CAPÍTULO IX DA FISCALIZAÇÃO Art. 18. A fiscalização compete à Secretaria de Fazenda, e será exercida, exclusivamente, pelos Agentes Fiscais de Tributos Estaduais. A redação deste artigo foi dada pela Lei nº 4.455 de 1991. CAPÍTULO X DAS RECLAMAÇÕES E RECURSOS Art. 19. O contribuinte que não concordar com o valor previamente fixado poderá apresentar reclamação contra a estimativa fiscal ao subsecretário de Fazenda, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da data fixada para pagamento do imposto. 1º A reclamação não terá efeito suspensivo e deverá ser instruída com a prova do pagamento do imposto. 2º Se a decisão favorável ao reclamante reduzir o valor da estimativa fiscal em mais de 50% (cinqüenta por cento), o órgão julgador de 1ª instância recorrerá, de ofício, à instância superior. Art. 20. Da decisão proferida caberá recurso ao Conselho de Contribuintes, no prazo de 30 (trinta) dias contados da intimação da decisão contrária ao reclamante. Art. 21. Reduzida a estimativa fiscal, por força de decisão da instância julgadora, proceder-se-á a restituição da diferença a maior, observados os critérios de restituição fixados para os demais tributos estaduais. CAPÍTULO XI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 22. O Processo Administrativo Fiscal para apuração e fixação da exigência tributária, bem como para impugnação de seu valor pelo contribuinte, obedecerá, respeitado o disposto nesta Lei, ao estabelecido na legislação comum aos demais tributos estaduais. Art. 23. O Poder Executivo poderá, por iniciativa do Secretário de Fazenda, normatizar por Decreto outros procedimentos inerentes ao Imposto Sobre Transmissão "causa-mortis" e Doação, com o objetivo de resguardar os direitos do erário estadual, de explicitar dispositivos desta Lei ou de regulamentar direitos e obrigações latentes. Art. 24. Para efeito de controle da arrecadação ficam mantidos os seguintes códigos:

I - 1236, para as transmissões "causa-mortis"; II - 1228, para as doações. Art. 25. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo seus efeitos a partir de 01 de março de 1989. PALÁCIO DE KARNAK, em Teresina - Piauí, 01 de fevereiro de 1989