Escola Bíblica Dominical Igreja Apostólica Verdade e Vida



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Transcrição:

INTRODUÇÃO Escola Bíblica Dominical Igreja Apostólica Verdade e Vida Esboço n 003 JUSTIFICAÇÃO, SOMENTE PELA FÉ EM JESUS CRISTO Na lição passada vimos sobre o estado pecaminoso da humanidade que estava de baixo do domínio do pecado, tanto gentios quanto judeus e concluímos que, devido a esse fato, a necessidade de salvação é universal, ou seja, se estende a todos. Na lição de hoje estudaremos sobre um assunto de extrema importância sendo ele, praticamente, o tema central da epístola de Paulo aos Romanos: A justificação pela fé. Entenderemos o que é a justificação, como ela foi manifestada e também os paradigmas que ela quebrou com relação ao conceito que se tinha de salvação. Fomos tornados justos pela graça maravilhosa de Deus manifestada em Jesus Cristo, nosso Senhor. A Ele seja toda a honra e a glória para todo o sempre. VERSÍCULO CHAVE E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glórias a Deus. Romanos 4:20 CONTEÚDO Dando continuidade ao estudo da epístola de Paulo aos Romanos, estudaremos hoje sobre a justificação pela fé. O estudo dessa epístola está sendo realizado de forma sistemática e sequencial, conforme abaixo: Lição 1: nessa lição foi feita uma análise panorâmica da epístola aos Romanos. O estudo foi baseado em Romanos 1:1 a 1:17. Lição 2: nessa lição foi estudada a necessidade universal de salvação onde foi abordada a situação pecaminosa, tanto dos gentios quanto dos judeus. O estudo foi baseado em Romanos 1:18 a 3:20. Lição 3: na lição de hoje estudaremos sobre a justificação pela fé com base em Romanos 3:21 a 4:25. Como apresentado acima, o estudo dos temas está sendo disposto de forma sequencial onde na lição de hoje terminaremos o estudo do capítulo 3 e também estudaremos todo o capítulo 4. Como vimos na lição de número 2, o processo de nossa salvação é composto por 3 diferentes estágios conforme abaixo: 1. Justificação: isenção de culpa e de condenação. O pecador se arrepende, apresenta-se diante de Deus aceitando a Cristo como Senhor e Salvador e é justificado, ou seja, é tornado justo. 2. Regeneração: regenerar significa produzir novamente. É a operação feita pelo Espírito Santo que nos garante uma mudança de condição. 3. Santificação: ser santo significa ser separado do pecado e do mundo no que se refere a sua forma de viver. É um ato do Espírito Santo no interior do crente e que reflete em seus atos exteriores. Na lição de hoje abordaremos com maior profundidade sobre o primeiro estágio que é a JUSTIFICAÇÃO. Justificação significa ser tornado justo. É a situação onde alguém que está sob acusação é declarado inocente por um juiz. Alguns pontos importantes nesse contexto: Quando alguém é tornado justo ele fica automaticamente livre. Livre de todas as penalidades inerentes àquilo de que se está sendo acusado. Página 1 de 6

O culpado se apresenta diante de Deus, porém, mesmo sendo culpado, Deus o julga inocente. Pode-se concluir então que se trata de alguém que, por ser culpado, merece a punição. Deus, porém, o declara inocente. Deus declara justo o pecador. A justificação está disponível para todos, porém nem todos são justificados uma vez que, para que ela ocorra na vida de alguém, é necessário ter fé. O estudo de hoje será dividido em 3 tópicos, apresentados abaixo: A justificação manifestada: Romanos 3:21 a 3:26 A justificação contestada: Romanos 3:27 a 3:31 A justificação exemplificada: Romanos 4:1 a 4:25 Antes de entrar em cada um dos tópicos, faz-se importante conceituar o termo justificação. A justificação manifestada Em Romanos 1:18 a 3:20 Paulo fala sobre a condição pecaminosa da humanidade e, a partir do versículo 21 até o 26 Paulo apresenta a solução de Deus para essa rebelião do homem. O texto base desse primeiro tópico está em Romanos 3:21 a 3:26 onde faremos uma análise expositiva dessas passagens, dividindo-as em 3 sub-tópicos conforme abaixo: Um culpado que é inocentado: Romanos 3:21-22 - Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas, isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença. Paulo inicia dizendo, mas, agora dando a entender que algo completamente novo entrou na história. Algo novo acaba e entrar na narrativa, logo após Paulo ter falado sobre a pecaminosidade da humanidade. Essa novidade na narração é referente à manifestação ( se manifestou ) da justiça de Deus. Manifestação significa revelação, ou seja, trata-se de algo que já existia e que estava oculto, sendo depois revelado ao homem. O versículo ainda deixa claro que essa manifestação foi sem a lei, ou seja, independente da lei. Deus quis fornecer um meio para se alcançar a justiça, mas não por meio da lei. A lei e os profetas já apontavam para a justiça de Deus que é conquistada pela fé em Jesus Cristo. Em outras palavras, a maneira de ser justificado diante de Deus é através da fé em Jesus Cristo e essa maneira é para todos, tanto para judeus quanto para gentios. Porém existe uma ressalva no versículo: sobre todos os que creem, ou seja, apesar da justificação ser universal (para todos) ela só será efetiva para os que creem. Crer em Jesus Cristo significa depositar nele a confiança, para que os pecados sejam perdoados e para que se torne justo diante de Deus. Crer em Jesus é o único caminho para essa justificação e, consequentemente, para a salvação. Em resumo, a justiça de Deus se tornou conhecida, sem a lei, através da fé em Jesus Cristo. Um prisioneiro que é libertado: Romanos 3:23-24 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Aqui Paulo traz novamente à lembrança que o pecado é universal, ou seja, se estendeu a todos ( todos pecaram ). Ninguém está livre do pecado. A consequência do pecado é a separação da humanidade em relação à Deus ( destituídos estão da glória de Deus ). Logo após tem-se uma narração muito profunda: Nossa justificação não vem através de méritos pessoais, mas sim de forma gratuita, como um favor imerecido da parte de Deus para conosco ( justificados gratuitamente pela sua graça ). Ninguém é merecedor. Deus, por ser justo, requeria que fosse efetuado o pagamento pelo pecado. A pena deveria ser paga. Como o homem não era capaz de pagá-la pois o valor era muito alto, era necessário um resgate para que houvesse a libertação dessa pena. Então ocorreu a redenção, ou seja, o resgate, o salvamento, o pagamento da pena, a salvação. E quem pagou esse regate foi Jesus Cristo ( em Cristo Jesus ). Um inocente teve que ser sacrificado para que houvesse perdão ou remissão dos pecados da humanidade, para os que tem fé em Jesus Cristo. Em Jesus o pecador pode ser perdoado e assim ser declarado livre da pena do pecado. Página 2 de 6

Um inocente que é culpado: Romanos 3:25-26 Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. A redenção ou salvação ocorreu, pois, Deus propôs para a propiciação, ou seja, para assegurar através da fé no sangue de Jesus. Aqui Paulo traz à lembrança o sistema sacrifical do Antigo Testamento onde um animal inocente tinha que morrer, ou seja, tinha que ter seu sangue derramado, para que os pecados fossem perdoados. Como Jesus pagou o preço, a justiça foi feita e a consequência disso foi a remissão dos pecados. Remissão significa perdão. Com o sacrifício de Jesus os pecados foram perdoados; houve absolvição. Com isso a justiça de Deus foi demonstrada neste tempo presente onde Deus, além de justo é o justificador, ou seja, aquele que torna o homem justo diante dele. Apesar da justificação ser uma necessidade de todos e estar disponível para todos, ela será alcançada somente por aqueles que tem fé em Jesus. Deus é justificador somente daqueles que tem fé em Jesus Cristo que foi quem morreu para que a dívida do pecado da humanidade fosse paga; para que a justiça de Deus se cumprisse. A única resposta para a miserável condição da humanidade era a morte pelo pecado. Essa resposta foi dada por Deus na morte e ressurreição de Cristo. A justificação contestada O texto base desse segundo tópico está em Romanos 3:27 a 3:31 que também será dividindo em 3 sub-tópicos conforme abaixo: Oposição à salvação meritória: Romanos 3:27-28 Onde está, logo, a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei. Jactância significa orgulho excessivo, arrogância. Paulo aqui questiona: onde está o orgulho?. O que ele quis dizer aqui foi: após tudo o que foi explanado sobre a justificação não ser conquistada por méritos pessoais, onde fica então o orgulho de vocês?. Paulo mesmo responde a essa indagação dizendo que esse orgulho foi extinto, não tendo mais razão de existir e quem eliminou esse orgulho não foi a lei, mas sim a fé. Paulo termina com a conclusão de que, diferente do que os judeus acreditavam e defendiam, o homem é justificado pela fé. Ninguém pode ser justificado diante de Deus pela lei ou pelas obras da carne. É necessário ter fé na obra expiatória de Jesus Cristo. Obra expiatória porque expiou, ou seja, pagou, resgatou. Nesse contexto os judeus tinham um conceito equivocado pois entendiam que a justificação era por méritos pessoais, pelo fato de serem o povo escolhido e por terem a lei. Oposição ao orgulho nacionalista: Romanos 3:29-30 É, porventura, Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente. Se Deus é um só, que justifica, pela fé, a circuncisão e, por meio da fé, a incircuncisão. Além de pensarem que eram justificados por serem o povo escolhido e por causa da lei, os judeus tinham outro pensamento equivocado. Eles entendiam que Deus era exclusivo deles. Paulo então contesta esse pensamento deixando claro que Deus é universal (tanto de judeus quanto de gentios) e, não somente Deus, mas a justificação também é universal. Deus justifica tanto judeus quanto gentios, ou seja, todos aqueles que têm fé em Cristo e na sua obra. Oposição ao antinomismo: Romanos 3:31 Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei. Os judeus acusavam Paulo de ensinar que a lei não tinha valor nenhum. Então Paulo deixa claro que a lei tem valor, porém os homens não eram capazes de cumpri-la. Somente Jesus Cristo cumpriu a lei. Paulo continua dizendo que a lei foi estabelecida, ou seja, confirmada. A lei não foi anulada. Ela continua sendo importante pois aponta para Cristo uma vez que ela mostra a impossibilidade humana de cumpri-la e que conduz todos para a única alternativa para a salvação: Jesus Cristo. Página 3 de 6

Nesse contexto, vejamos o que nos diz a bíblia em Gálatas 3:23-26: Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados. Mas, depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Paulo diz que antes do tempo da fé todos estavam debaixo da lei e que a lei serviu de aio que significa tutor ou guia. A lei os a Cristo para que fossem justificados pela fé. Paulo termina dizendo que, tendo chegado o tempo da fé, não se precisa mais da lei como tutor ( aio ). Em resumo, a lei serviu para conduzir todos a Cristo. A justificação exemplificada O texto base desse terceiro tópico está em Romanos 4:1-25: Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus. Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora, àquele que faz qualquer obra, não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. Assim também Davi declara bemaventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado. Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão. Como lhe foi, pois, imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão. E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que creem (estando eles também na incircuncisão, a fim de que também a justiça lhes seja imputada), e fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai, que tivera na incircuncisão. Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé. Pois, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada. Porque a lei opera a ira; porque onde não há lei também não há transgressão. Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós (como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí.), perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se já fossem. O qual, em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu próprio corpo já amortecido (pois era já de quase cem anos), nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus; e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer. Pelo que isso lhe foi também imputado como justiça. Ora, não só por causa dele está escrito que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus, nosso Senhor, o qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação. Paulo, para mostrar a prioridade da fé, traz à tona as origens da raça judaica, falando do patriarca Abraão provando que a fé era o único requisito bem antes da lei ser dada. Se Abraão não tentou ganhar a graça de Deus através de suas obras, sua descendência também não deveria fazê-lo. Deus fez uma promessa à Abraão de que faria dele uma grande nação. E Abraão creu nas promessas de Deus e, por isso, foi justificado. Paulo faz referência a Gênesis 15:6 dizendo que Abraão creu no Senhor e isso lhe foi imputado como justiça. Os judeus acreditavam que Abraão foi justificado por suas obras. Primeiramente pela circuncisão e também pela obediência a Deus oferecendo seu filho Isaque em sacrifício. Mas Paulo mostra que a justiça foi imputada em Abraão não pelas obras, mas sim pela fé. Deus fez uma aliança com Abraão e ele creu em Deus e então foi justificado. Isso ocorreu antes da circuncisão e também antes de Isaque nascer. Quando Deus fez a promessa a Abraão ele ainda não havia sido circuncidado. Então, por crer em Deus e nas suas promessas, Abraão foi justificado. Página 4 de 6

As condições eram completamente desfavoráveis, aos olhos humanos, para que a promessa de Deus a Abraão de que iria torná-lo em uma grande nação fosse cumprida. Isso porque Abraão era avançado em idade e sua esposa Sara era estéril. A fé de Abraão, mesmo contra as evidências, lhe garantiu que as promessas de Deus fossem cumpridas em sua vida. Em outras palavras, Abraão teve fé no impossível (humanamente falando). Da mesma forma a fé na morte e ressurreição de Jesus como filho de Deus garante o cumprimento das promessas de Deus em nossas vidas. Novamente concluímos que a fé é o ponto central para a justificação. Conclusão Para concluir a lição de hoje, façamos uma reflexão em Efésios 2:8-9 que diz: Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Aqui fica bem claro que ninguém pode se gloriar uma vez que absolutamente nada é de nossa autoria no processo da salvação. A salvação vem de Deus, a graça vem de Deus e até mesmo a fé exercida para receber a salvação não vem de nós, mas é um dom de Deus. A salvação é um presente para ser aceito com gratidão. REFERÊNCIAS PARA ESTUDO Bíblia Sagrada como referência mais importante Revista Lições Bíblicas CPAD 2º trimestre de 2016 Maravilhosa Graça O evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos romanos José Gonçalves Maravilhosa Graça O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos José Gonçalves CPAD Manual bíblico: Entendendo a bíblia Um guia sobre QUEM, QUANDO, ONDE, COMO e o PORQUÊ de cada livro da bíblia CPAD Comentário Bíblico Beacon Novo Testamento Volume 8 Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal Um guia de aplicação da bíblia para a vida diária Volume 2 CPAD O Novo comentário bíblico Novo Testamento com recursos adicionais A palavra de Deus ao alcance de todos Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen, H. Wayne House Editora Central Gospel A Bíblia através dos séculos A história e formação do livro dos livros Antônio Gilberto CPAD Quem é que na bíblia Sociedade Bíblica do Brasil Cartas de Paulo e a nossa igreja Odilon Chaves Dicionário bíblico Wycliffe Atlas histórico e geográfico da bíblia Paul Lawrence Sociedade Bíblica do Brasil Revista Lições Bíblicas CPAD 1º trimestre de 2011 Atos dos Apóstolos Até os confins da terra Antônio Gilberto CPAD Teologia sistemática pentecostal - CPAD Página 5 de 6

CONSIDERAÇÕES FINAIS O pecado gerou uma dívida que não podia ser paga pela humanidade. Deus então providenciou uma forma para que a justiça fosse feita, para que a dívida fosse paga. O pagamento foi através da morte vicária de seu filho unigênito Jesus Cristo. E para receber a justificação basta a fé, crendo que Jesus é o filho de Deus e que morreu pela humanidade, aceitando esse sacrifício vicário (substitutivo). A justificação está disponível porque a condenação do pecado, ou seja, a pena, foi paga. Devido a isso, mesmo não sendo merecedores, somos justificados através de Jesus Cristo que pagou o preço pelos nossos pecados. Que através do Espírito Santo possamos manter uma vida de santidade que, da mesma forma que a justificação, é necessária em nosso processo de salvação, para que um dia possamos estar juntos com Jesus Cristo, nosso Senhor. De seu irmão em Cristo Jesus, Marcos Paulo Diniz. Página 6 de 6