REGULAMENTO DO MESTRADO EM MODELAÇÃO E SIMULAÇÃO ECONÓMICA PELA FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Artigo 1.º Criação A Universidade do Porto, através da Faculdade de Economia, confere o grau de Mestre em Modelação e Simulação Económica. Artigo 2.º Objectivos do curso Ao grau de Mestre em Modelação e Simulação Económica correspondem as seguintes competências fundamentais: a) Nível aprofundado de conhecimentos na respectiva área científica, com recurso à actividade de investigação, de inovação ou de aprofundamento de competências profissionais; b) Capacidade de compreensão e de resolução de problemas em situações novas ou em contextos alargados e multidisciplinares, seja para a prática da investigação, seja para o exercício de uma actividade profissional especializada; c) Capacidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas, desenvolver soluções ou emitir juízos em situações de informação limitada ou incompleta, incluindo reflexões sobre as implicações e responsabilidades éticas e sociais que resultem dessas soluções e desses juízos ou os condicionem; d) Ser capaz de comunicar as suas conclusões, os conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes, quer a especialistas, quer a não especialistas, de uma forma clara e sem ambiguidades; e) Competências que permitem uma aprendizagem autónoma ao longo da vida. Artigo 3.º Direcção do curso 1 O ciclo de estudos terá um Director e será coordenado por uma Comissão Científica e acompanhado por uma Comissão de Acompanhamento. 2 As entidades responsáveis pela gestão do ciclo de estudos poderão vir a integrar-se em órgãos de gestão previstos pelos Estatutos da Faculdade de Economia. 3 O Director do mestrado é um professor catedrático, um professor associado ou, excepcionalmente, um professor auxiliar, nomeado pelo Director da Faculdade de Economia, ouvido o respectivo Conselho Científico. 4 Ao Director do mestrado compete: a) Assegurar o normal funcionamento do curso e zelar pela sua qualidade; b) Assegurar a ligação entre o curso e as entidades da Faculdade de Economia responsáveis pela leccionação das unidades curriculares do curso; c) Elaborar e submeter à aprovação dos órgãos competentes da Faculdade de Economia propostas de organização ou de alteração de planos de estudos, ouvida a Comissão Científica do mestrado, as quais devem incluir os objectivos das unidades curriculares e os seus contributos para a formação dos alunos, ao nível dos conteúdos programáticos; d) Solicitar, em cada ano lectivo, a leccionação das unidades curriculares do curso às entidades da Faculdade de Economia envolvidas na leccionação do curso, submetendo a distribuição do serviço docente do curso à aprovação dos órgãos competentes; e) Elaborar e submeter à aprovação dos órgãos estatutariamente competentes da Faculdade de Economia propostas de regimes de ingresso e de numerus clausus, ouvida a Comissão Científica do mestrado; f) Validar, no início de cada período lectivo, as fichas de todas as unidades curriculares do curso; g) Garantir que as fichas de unidade curricular, a elaborar pelo docente responsável pela sua leccionação, contêm obrigatoriamente os objectivos, expressos como um conjunto
2 de competências a adquirir pelo aluno, os métodos de ensino e de aprendizagem, os métodos de avaliação e as condições especiais para a obtenção de frequência que serão praticados na unidade curricular, de acordo com o modelo utilizado no sistema de informação; h) Assegurar que as fichas de unidade curricular estejam inseridas no sistema de informação da unidade orgânica e sejam divulgadas junto dos alunos no início de cada ano lectivo; i) Velar pela elaboração, por parte dos docentes, e a publicitação, nas 48 horas subsequentes à sessão lectiva, dos sumários de todas as aulas efectivamente leccionadas no âmbito do curso; j) Acompanhar a realização de inquéritos pedagógicos aos alunos, analisar os seus resultados e promover a sua divulgação; l) Elaborar e submeter ao Director da Faculdade e demais órgãos competentes, anualmente, um relatório sobre o funcionamento do curso, ao qual serão anexos os relatórios das unidades curriculares, a preparar pelos respectivos docentes responsáveis, e que deverão obrigatoriamente conter os conteúdos programáticos efectivamente leccionados e a justificação para qualquer desvio face aos conteúdos estipulados no plano de estudos do curso, de acordo com o modelo utilizado no sistema de informação da Universidade; m) Organizar os processos de equivalência de unidades curriculares e de planos individuais de estudo; n) Presidir às reuniões da Comissão Científica do mestrado e da Comissão de Acompanhamento do mestrado; o) Promover a regular auscultação dos alunos do curso e dos docentes ligados à leccionação das unidades curriculares do curso. 5 A Comissão Científica do mestrado é constituída por três a cinco docentes ou investigadores doutorados ou equiparados, designados pelos órgãos competentes da Faculdade, ouvido o Director do mestrado. 6 O Director designará um Professor, de entre os membros da Comissão Científica do mestrado, para o substituir nas suas ausências e impedimentos. 7 Compete à Comissão Científica do mestrado: a) Promover a coordenação curricular do curso; b) Pronunciar-se sobre as propostas de organização ou de alteração dos planos de estudo, incluindo os conteúdos programáticos das unidades curriculares; c) Pronunciar-se sobre a solicitação de serviço docente do curso às entidades da(s) unidade(s) orgânica(s) da UP envolvida(s) na leccionação do curso; d) Pronunciar-se sobre propostas de regimes de reingresso e de numerus clausus; e) Propor aos órgãos competentes da Faculdade alterações ao regulamento do curso. 8 A Comissão de Acompanhamento do mestrado é constituída por dois docentes ou investigadores e por dois alunos do curso designados pelos órgãos competentes da Faculdade mediante proposta do Director do mestrado. 9 À Comissão de Acompanhamento do mestrado compete verificar o normal funcionamento do curso e propor ao Director do mestrado medidas que visem ultrapassar as dificuldades funcionais encontradas. Artigo 4.º Regras de admissão e processo de candidatura 1 Podem candidatar-se ao ciclo de estudos: a) Titulares do grau de licenciado ou equivalente legal;
3 b) Titulares de um grau académico superior estrangeiro conferido na sequência de um 1º ciclo de estudos organizado de acordo com os princípios do Processo de Bolonha por um Estado aderente a este Processo; c) Titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja reconhecido como satisfazendo os objectivos do grau de licenciado pelo Conselho Científico da Faculdade de Economia da Universidade do Porto; d) Detentores de um currículo escolar, científico ou profissional, que seja reconhecido como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pelo Conselho Científico da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. 2 O Conselho Científico da Faculdade de Economia, mediante proposta do Director do mestrado poderá fixar outras condições de acesso para além das referidas no número anterior. 3 A matrícula e inscrição estão limitadas pelo número de vagas que, conjuntamente com os prazos de candidatura, serão fixados anualmente pelo Conselho Científico da Faculdade de Economia mediante proposta do Director do mestrado. 4 Das condições de acesso referidas no n.º 2, bem como do número de vagas e dos prazos de candidatura a que se refere o n.º 3 será feita divulgação através de edital afixado nas instalações da Faculdade de Economia e de outros meios considerados apropriados pelo Director do mestrado. 5 As candidaturas fazem-se mediante o preenchimento do Boletim de Candidatura, que deverá ser entregue aos serviços de secretariado do curso juntamente com um Curriculum Vitae do candidato e documentos comprovativos das suas habilitações académicas, bem como de quaisquer outros elementos solicitados no edital a que se refere o número anterior. Artigo 5.º Selecção e seriação dos candidatos 1 Os candidatos à matrícula que preencham as condições de acesso a que se refere o artigo 4.º serão seriados pela Comissão Científica do mestrado de acordo com os seguintes critérios: a) Classificações de licenciatura e de outro(s) grau(s) ou diploma(s) de pós-graduação detidos pelo candidato; b) Currículo académico e ou científico; c) Currículo profissional. 2 Dos critérios de seriação referidos no número anterior será feita divulgação pelos meios referidos no n.º 4 do artigo 4.º. 3 Podem ser efectuadas entrevistas aos candidatos para avaliar a motivação, os conhecimentos de línguas estrangeiras e as disponibilidades de tempo. 4 - Os candidatos podem ser submetidos a provas de selecção para a avaliação do seu nível de conhecimentos nas áreas científicas de base correspondentes ao curso; 5 A Comissão Científica do mestrado pode determinar a obrigatoriedade da frequência, com aproveitamento, de determinadas unidades curriculares dos primeiros ciclos de estudos da Faculdade ou de unidades curriculares especialmente oferecidas para o efeito; 3 Os candidatos à matrícula que preencham as condições de acesso a que se refere o artigo 4.º serão admitidos até ao limite do número de vagas fixado nos termos do artigo 4.º. 4 A lista final, seriada, dos candidatos admitidos será aprovada pelo Conselho Científico da Faculdade de Economia mediante proposta do Director do mestrado. Artigo 6.º Estrutura curricular e plano de estudos 1 O curso de especialização conducente ao grau de Mestre em Modelação e Simulação Económica é integrado pelas áreas científicas da Economia, da Matemática e dos Estudos de Gestão. 2 O plano de estudos do curso é o que consta do Anexo ao presente Regulamento.
4 3 A duração do ciclo de estudos é de 4 semestres para os alunos que frequentam o curso em regime de tempo integral e de 8 semestres para os alunos que frequentam o curso em regime de tempo parcial. Artigo 7.º Orientação da dissertação, do trabalho de projecto ou do estágio 1 A elaboração da dissertação ou do trabalho de projecto ou a realização do estágio devem ser orientadas por um professor ou investigador da Universidade do Porto ou por um doutor ou especialista de mérito reconhecido pelo Conselho Científico da Faculdade de Economia nacional ou estrangeiro, ouvida a Comissão Científica do mestrado. 2 A nomeação do orientador e do co-orientador, caso este exista, será feita pelo Conselho Científico da Faculdade de Economia, depois de ouvidos o aluno de mestrado e o orientador a nomear. Artigo 8.º Composição, nomeação e funcionamento do júri 1 Compete à Comissão Científica do mestrado a proposta de constituição do júri, para aprovação pelo Reitor, ou pelo Vice-Reitor ou Director da Faculdade em quem o Reitor delegue. 2 O júri é constituído por: a) Director do mestrado, que preside; b) Orientador ou co-orientador da dissertação, trabalho de projecto ou estágio profissional; c) Um professor, ou investigador doutorado, ou um especialista de reconhecido mérito, do domínio em que se insere a dissertação, o trabalho de projecto ou o relatório de estágio; d) Excepcionalmente, em casos especiais devidamente justificados, poderão ainda integrar o júri mais dois a três professores ou investigadores doutorados especialistas no domínio em que se insere a dissertação, o trabalho de projecto ou o relatório de estágio. 3 Sempre que possível, pelo menos um dos membros do júri pertencerá a outra instituição de ensino superior. 4 O Director do mestrado poderá delegar a presidência do júri num professor ou num investigador doutorado da área científica da dissertação, trabalho de projecto ou estágio, de preferência pertencente à Comissão Científica do mestrado. 5 As deliberações do júri são tomadas por maioria dos membros que o constituem, através de votação nominal justificada, não sendo permitidas abstenções. 6 Das reuniões do júri serão lavradas actas, das quais constam os votos de cada um dos seus membros e a respectiva fundamentação, que pode ser comum a todos ou a alguns membros do júri. Artigo 9.º Prazos para realização do acto público 1 O prazo limite para a entrega das dissertações e dos relatórios do trabalho de projecto ou do estágio profissional é o final do último semestre da duração máxima do máxima do mestrado de acordo com o disposto no artigo 14.º. 2 O acto público de defesa da dissertação, do trabalho de projecto ou do relatório de estágio terá de ocorrer até ao 90.º dia posterior ao da sua entrega. 3 Mediante parecer favorável do orientador e do co-orientador, caso este exista, o Director do mestrado pode propor ao Conselho Científico a prorrogação da data a que se refere o n.º 1 por um período máximo de seis meses. 4 A entrega da dissertação ou a entrega dos relatórios do trabalho de projecto ou do estágio profissional deve ser acompanhada de uma declaração do orientador e do coorientador, caso este exista, que atesta que têm conhecimento e dão a sua anuência a essa entrega.
5 Artigo 10.º Regras sobre as provas públicas 1 A discussão pública da dissertação, do trabalho de projecto ou do relatório de estágio não pode ter lugar sem a presença do presidente e da maioria dos restantes membros do júri. 2 O candidato iniciará a prova pela apresentação inicial da dissertação, do trabalho de projecto ou do relatório de estágio, com uma duração não superior a trinta minutos. 3 Na discussão pública, cuja duração nunca poderá exceder sessenta minutos, deve ser proporcionado ao candidato tempo idêntico ao utilizado pelos membros do júri. 4 Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, compete ao presidente do júri estabelecer, no início da prova, a ordem e duração concreta de cada uma das intervenções, bem como resolver quaisquer dúvidas, arbitrar eventuais contradições, velar para que todos os direitos sejam respeitados e garantir a dignidade do acto. 5 À dissertação, trabalho de projecto ou relatório de estágio será atribuída uma classificação da escala numérica inteira de 0 a 20, podendo ainda ser atribuída uma menção qualitativa nas seguintes classes: a) 10 a 13 Suficiente; b) 14 e 15 Bom; c) 16 e 17 Muito Bom; d) 18 a 20 Excelente. Artigo 11.º Processo de atribuição da classificação final 1 Ao grau académico de Mestre é atribuída uma classificação final, expressa no intervalo 10-20 da escala numérica inteira de 0 a 20, com o seu equivalente na escala europeia de comparabilidade de classificações, incluindo o percentil relativo aos últimos três anos. 2 A classificação final é calculada pela média ponderada das classificações obtidas nas unidades curriculares que constituem o plano de estudos e no acto público de defesa da dissertação, do trabalho de projecto ou do relatório de estágio. 3 - Os coeficientes de ponderação a aplicar são os que resultam do quociente entre o número de créditos correspondentes a cada unidade curricular e à dissertação, trabalho de projecto ou relatório de estágio e o número total de créditos necessários para completar o ciclo de estudos. 4 As classificações quantitativas finais podem ser acompanhadas de menções qualitativas nas seguintes classes: a) 10 a 13 Suficiente; b) 14 e 15 Bom; c) 16 e 17 Muito Bom; d) 18 a 20 Excelente. Artigo 12.º Diploma do curso de mestrado 1 A aprovação em todas as unidades curriculares que integram o curso é titulada por um diploma de conclusão da parte escolar do mestrado emitido Faculdade de Economia da Universidade do Porto. 2 A emissão do diploma a que se refere o número anterior é acompanhada do respectivo suplemento ao diploma nos termos do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22 de Fevereiro e dos artigos 39.º e 40.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março. 3 A aprovação num conjunto organizado de unidades curriculares ou de módulos de formação totalizando um mínimo de 60 créditos confere o direito, em condições a definir pelo Conselho Científico mediante proposta do Director do mestrado, à atribuição de um diploma. Artigo 13º Titulação do grau de mestre
6 1 O grau de mestre é titulado por uma carta magistral emitida pelo órgão legal e estatutariamente competente da Universidade do Porto. 2 A emissão da carta magistral, bem como das respectivas certidões, é acompanhada da emissão de um suplemento ao diploma elaborado nos termos e para os efeitos do Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro. 3 A carta magistral, acompanhada do suplemento ao diploma, será emitida no prazo de 180 dias após a conclusão do curso. 4 As certidões e o suplemento ao diploma serão emitidos até 30 dias depois de requeridas. Artigo 14.º Regime de prescrição e limite de inscrições 1 É de dois o número máximo de inscrições em cada unidade curricular do curso. 2. É de 5 semestres o limite máximo para completar o ciclo de estudos no regime de tempo integral. 3 É de 8 semestres o limite máximo para completar o ciclo de estudos no regime de tempo parcial. 4 Mediante parecer favorável do Conselho Científico da Faculdade de Economia, e nas condições por ele fixadas, poderá ser admitido o reingresso de alunos que tenham anteriormente frequentado o curso. Artigo 15.º Regime de precedências Não são estabelecidas precedências na inscrição ou aprovação nas diferentes unidades curriculares que compõem o ciclo de estudos. Artigo 16.º Propinas A fixação do valor das propinas obedece ao disposto no artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março.
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