Depreciação na Administração Pública



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Transcrição:

Elias Cruz Toque de Mestre www.editoraferreira.com.br Agradecemos os comentários e/ou atenção dispensada ao artigo Depreciação na Administração Pública, de nossa autoria, entre outros, aos seguintes Professores, que nos honraram com suas mensagens: - Prof Lino Martins, autor do livro Contabilidade Governamental, Ed Atlas; - Prof Heraldo da Costa Reis, autor do livro 4.320 comentada, IBAM; - Denis Rocha, Questões FCC de AFO e Contabilidade Pública, Ed Ferreira. Os candidatos eleitos em 2010, além de Governadores e Legisladores da COPA 2014, deverão possuir entre outras preocupações, também de tamanha relevância, como na área da Contabilidade aplicada à Administração Pública. Assim como a Contabilidade Geral/Empresarial/Societária, a Contabilidade Pública está se adequando às transformações verificadas nos últimos anos no cenário econômico mundial, representadas, notadamente, pelo acelerado processo de globalização da economia. Tais alterações visam atender às necessidades de se promover a convergência das práticas contábeis vigentes no setor público às normas internacionais de contabilidade, tendo em vista as condições, peculiaridades e o estágio de desenvolvimento do país. Assim sendo, em todas as esferas de Governo, desde o Município mais remoto no interior da Amazônia Ocidental até os distantes municípios dos pampas gaúcho ou mesmo no próprio Governo Federal, os entes buscarão atender o disposto na Lei Complementar Nº 131, de 27 de maio de 2009, que veio alterar a Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como as alterações normativas que destacamos a seguir: O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), ainda em 2008, publicou a Resolução CFC Nº. 1.136/08, que aprovou a NBC T 16.9 Depreciação, Amortização e Exaustão, considerando a internacionalização das normas contábeis, que vem levando diversos países ao processo de convergência e o que dispõe a Portaria nº. 184/08, editada pelo Ministério da Fazenda, que dispõe sobre as diretrizes a serem observadas no setor público quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e divulgação das demonstrações contábeis, de forma a torná-las convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. No fim de 2009, foi publicada a Portaria nº 749, de 15 de dezembro de 2009, do Tesouro Nacional que aprova as alterações dos seguintes Anexos da Lei 4.320/64: nº 12 (Balanço Orçamentário); nº 13 (Balanço Financeiro); nº 14 (Balanço Patrimonial); e nº 15 (Demonstração das Variações Patrimoniais), incluindo os seguintes anexos: nº 18 (Demonstração dos Fluxos de Caixa); nº 19 (Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido); e nº 20 (Demonstração do Resultado Econômico). As alterações da citada Portaria entraram em vigor, ainda em 2009, determinando os seus efeitos de forma facultativa a partir de 2010 e obrigatória a partir de 2012 para União, Estados e Distrito Federal e 2013 para os Municípios. Toque de Mestre - 1 - www.editoraferreira.com.br

Entretanto, sugerimos que poderia ser reconhecido o bem intangível no âmbito da Administração Pública, como por exemplo, o valor de um software desenvolvido pela própria administração que possui sim um valor intelectual e, portanto mensurável, que deveria compor o patrimônio público, porém ainda não reconhecido na Administração Pública, como é feita no âmbito empresarial, conforme descrito a seguir: Lei 6404/76, atualizada pela Lei 11.638/07: Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: VI no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido Sobre a, destacamos a necessidade de uma Norma Geral determinando os critérios de sua aplicação, bem como a padronização do método a ser utilizado, tendo em vista que já é facultado aos Entes a utilização em 2010, por este motivo destacamos os Arts 24 e 30, da Constituição Federal de 1988: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico... 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.... Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; Ainda, sobre a, acreditamos que o melhor procedimento a ser adotado é a elaboração de uma norma geral, a ser observada pelos Entes em todas as esferas de governo, determinando tais procedimentos, como acontece no âmbito privado, como por exemplo a IN SRF nº 162, de 31/12/98 e nº 130, de 10/11/99, definido pela Receita Federal. Destacamos a Res CFC 1.136/08, NBC T 16.9, que estabelece critérios e procedimentos para o registro contábil da depreciação, da amortização e da exaustão aplicadas ao Setor Público: Extrato da Res CFC 1136/08, NBC T 16.9: MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 13. Os métodos de depreciação, amortização e exaustão devem ser compatíveis com a vida útil econômica do ativo e aplicados uniformemente. 14. Sem prejuízo da utilização de outros métodos de cálculo dos encargos de depreciação, podem ser adotados: (a) o método das quotas constantes; Toque de Mestre - 2 - www.editoraferreira.com.br

(b) o método das somas dos dígitos; (c) o método das unidades produzidas. 15. A depreciação de bens imóveis deve ser calculada com base, exclusivamente, no custo de construção, deduzido o valor dos terrenos. (grifo nosso) Enquanto não houver uma Norma Geral, aplicada à União, aos Estados, Distrito Federal e aos Municípios, definindo quais os métodos de depreciação e as formas de aplicações na Administração Pública ou dando competência a um determinado Órgão, como acontece com a Secretaria do Tesouro Nacional, pela LRF. Considerando assim, o disposto nos Art. 24 e 30 da Magna Carta, os Estado exercerão a Competência Legislativa Plena, como acontece com o IPVA, podendo ainda ser suplementada pelos Municípios. A necessidade desta normatização vai ao encontro de nosso exemplo a seguir, onde dois supostos gestores, fictícios, eleitos terão o resultado de sua administração alterada pela simples utilização da escolha de método apropriado de depreciação: 1) Durante 5 (cinco) anos a receita prevista e executada em sua integralidade do Município é de R$ 100 mil reais. Implantado a política de redução de gastos de 1 mil por ano, que foi observado rigorosamente em todos os anos subseqüentes, sendo a despesa fixada, empenhada, liquidada e paga no exercício, no 1º ano de 95 mil. A Prefeitura possui um veiculo no valor de 30 mil, que será depreciado de acordo com a Lei Municipal que estabelece o método da soma dos dígitos dos anos crescente. Apresentando assim a seguinte evolução nos anos: Gestor 1 Gestor 2 Ano X1 X2 X3 X4 X5 X6 Receitas 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 Despesas 95.000,00 94.000,00 93.000,00 92.000,00 91.000,00 90.000,00 Depreciação 2.000,00 4.000,00 6.000,00 8.000,00 10.000,00 0,00 Resultado 3.000,00 2.000,00 1.000,00 0-1.000,00 10.000,00 Assim sendo, concluiríamos que o resultado do Gestor 1 foi superavitário nos primeiros 3 anos e equilibrado (nulo) no 4º ano, porém o 1º ano do 2º Gestor, apesar de ter observados os limites para economia do Município, ter efetuado políticas para diminuição dos gastos, terá seu resultado no exercício, de acordo com o regime de competência, deficitário. Apresentamos a seguir os principais métodos de depreciação: a) Método das somas dos dígitos dos anos: realiza-se a soma de todos os algarismos dos respectivos anos de vida útil do bem, pode ser crescente ou decrescente. Utilizando-se do exemplo anterior: Base de Calculo: anos = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 1º ano = (1/15) x 30000 = 2000; 2º ano = (2/15) x 30000 = 4000; 3º ano = (3/15) x 30000 = 6000; 4º ano = (4/15) x 30000 = 8000; 5º ano = (5/15) x 30000= 10000. Toque de Mestre - 3 - www.editoraferreira.com.br

(Obs: se somarmos as depreciações anuais teremos 2000 + 4000 + 6000 + 8000 + 10000 = 30000). IMPORTANTE: Este método, de forma decrescente, possui grandes valores gerenciais, pois ele nos permite maior uniformidade nos custos, pois o crescimento de despesas de manutenção e reparos seria compensado pelas quotas decrescente de depreciação, devido a maior necessidade das mesmas devido a utilização dos veículos. b) Método das quotas constantes (Método dos anos ou Linear): Amortiza o custo do bem em função do tempo: Depreciação Anual (DA)= (Custo corrigido - Valor Residual Estimado) / (Período de vida útil) Exemplo: Veículo (custo)=10.000, vida útil (IR): 5 anos; Valor residual (estimado): 1000 Quota anual de depreciação=(10.000-1000)/5=1.800 anuais (despesa) c) Método de Unidades Produzidas: Baseia-se no número de unidades (ou medida) que devem ser produzidas pelo bem a ser depreciado. Fórmula: Quota DA= (nº de unidades produzidas no ano X) / (nº de unidades estimadas a serem produzidas durante a vida útil do bem). O resultado da fração acima representará o percentual de depreciação a ser aplicado no ano X. É uma excelente ferramenta de controle e gestão para, por exemplo, um obra de construção de um aeroporto, onde em seu período de Desmatamento e Terraplenagem, necessita-se da utilização de diversas medições para os centros de custos como: derrubada de árvores (m3), desmatamento destocamento e limpeza (m2) e Transporte de material (TxKm) d) Método de horas de trabalho: Baseia-se na estimativa de vida útil do bem. É utilizado para fins gerenciais para aeronaves, por exemplo, que possuem sua vida útil em horas de vôo. Concluímos assim, sugerindo a necessidade de se promover estudos a respeito do assunto, evitando que Municípios vizinhos possam ter métodos completamente diferentes, refletindo nos resultados de seus exercícios, quando tais normas forem de observância obrigatórias e a promoção de estudos no sentido do reconhecimento de bens intangíveis já que são reconhecidos na iniciativa privada, adequando-as às alterações promovidas. Toque de Mestre - 4 - www.editoraferreira.com.br

Nosso grupo onde disponibilizamos outros materiais e informações sobre Contabilidade Geral e Pública, sobre a SUFRAMA, Áreas de Livre Comércio(ALC) e Zona Franca(ZF). Para acessar: * Nome do grupo: profeliascruz * Página inicial do grupo: http://groups.google.com/group/profeliascruz * E-mail: eliascsilva1@yahoo.com.br BIBLIOGRAFIA UTILIZADA Ferreira, Ricardo J., Contabilidade Básica, Ed Ferreira Rocha, Denis, Questões FCC de AFO e Contabilidade Pública, Ed Ferreira Silva, Lino Martins, Contabilidade Governamental, Ed. Atlas Reis, Heraldo da Costa, 4320 comentada, Ed. IBAM Curso de Contabilidade Básica e Avançada do Prof Elias Cruz Curso Novas regras da Contabilidade aplicada aos Municípios, IBAM Rio de Janeiro, em Set 2010, do Prof Heraldo da Costa Reis (www.ibam.org.br) Normas Citadas no Texto Graduação em Ciências Contábeis na UERJ Toque de Mestre - 5 - www.editoraferreira.com.br