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Transcrição:

1 PROC. CIVIL PONTO 1: EXECUÇÕES PONTO 2: a) PRINCÍPIOS E TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS PONTO 3: b) IMPUGNAÇÃO DE TÍTULOS JUDDICIAIS PRINCÍPIOS GERAIS DA EXECUÇÃO 1º) PRINCÍPIO DA AUTONOMIA: a execução é dotada de autonomia procedimental. Tem princípios e regras próprias._ AUTONOMIA NA EXECUÇÃO DE TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS: se regem de acordo com as regras do título dois do código. Havendo procedimentos especiais. As obrigações para pagamento corporificadas em títulos extrajudiciais a execução vai se processar de acordo com as regras dos artigos 652 1 e seguintes do CPC. Neste procedimento nos últimos anos alteraram 85 artigos. Encontra-se no livro II as obrigações de fazer e não fazer corporificadas em títulos extrajudiciais cujo procedimento vai se processar de acordo com os artigos 632 2 e SS CPC. Nesse procedimento foram alterados dois artigos: 634 3 e 637 4 do CPC. Temos ainda, as obrigações para entrega de coisa certa ou incerta corporificadas em títulos extrajudiciais arts. 621 5 e SS CPC, nesse procedimento não houve alteração direta, todavia, indiretamente esse procedimento teve alteração, no tocante a dispensa de segurança no juízo em sede de embargos. O Livro II não é completo, na ausência de regra própria aplicam-se subsidiariamente as regras do livro I, por força do artigo 598 6 CPC. A aplicação deste artigo não é automática exigindo o preenchimento de dois requisitos: 1º ausência de regra própria no livro II, 2º mesmo que não haja regra própria no livro II, a regra do livro I para que seja aplicável na execução tem que ser compatível com a execução, se for incompatível não aplica. Entretanto, há procedimentos executórios em leis especiais, legislação extravagante que também contemplam execução de título extrajudicial. L 6830 (execução de títulos extrajudiciais). Esta lei não é completa, utilizando-se do CPC subsidiariamente, ao que for compatível. 1 Art. 652. O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida. (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 1 o Não efetuado o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado. (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 2 o O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655). (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 3 o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento do exeqüente, determinar, a qualquer tempo, a intimação do executado para indicar bens passíveis de penhora.(incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 4 o A intimação do executado far-se-á na pessoa de seu advogado; não o tendo, será intimado pessoalmente. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 5 o Se não localizar o executado para intimá-lo da penhora, o oficial certificará detalhadamente as diligências realizadas, caso em que o juiz poderá dispensar a intimação ou determinará novas diligências. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 2 Art. 632. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz Ihe assinar, se outro não estiver determinado no título executivo. (Redação dada pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994) 3 Art. 634. Se o fato puder ser prestado por terceiro, é lícito ao juiz, a requerimento do exeqüente, decidir que aquele o realize à custa do executado. (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).

2 EXECUÇÕES HIPOTECÁRIAS prevista na lei 5741/71 no tocante aos extrajudiciais. AUTONOMIA DE EXECUÇÃO DOS TÍTULOS JUDICIAIS: via de regra, prevista no livro I. Parágrafo único. O exeqüente adiantará as quantias previstas na proposta que, ouvidas as partes, o juiz houver aprovado. (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 4 Art. 637. Se o credor quiser executar, ou mandar executar, sob sua direção e vigilância, as obras e trabalhos necessários à prestação do fato, terá preferência, em igualdade de condições de oferta, ao terceiro. Parágrafo único. O direito de preferência será exercido no prazo de 5 (cinco) dias, contados da apresentação da proposta pelo terceiro (art. 634, parágrafo único). (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 5 Art. 621. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, dentro de 10 (dez) dias, satisfazer a obrigação ou, seguro o juízo (art. 737, II), apresentar embargos. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) Parágrafo único. O juiz, ao despachar a inicial, poderá fixar multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação, ficando o respectivo valor sujeito a alteração, caso se revele insuficiente ou excessivo.(incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) 6 Art. 598. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições que regem o processo de conhecimento.

3 1º EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL que tenha por objeto obrigação para pagamento dinheiro o procedimento observado será o dos arts. 475-J 7 e SS CPC. Entretanto, o livro I não é completo, faltam regras na ausência de regra própria por força do artigo 475-R 8 CPC aplicam-se subsidiariamente as regras do livro II. Precisando dos 2 requisitos preenchidos, isto é, ausência de regra própria e compatibilidade das regras do livro II com as do livro I. não se aplicam na execução contra a fazenda pública que tenha por objeto obrigação para pagamento seja corporificada em título judicial ou extrajudicial a execução seguirá os arts. 730 9, 731 10 e 741 11 CPC. 7 Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 1 o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 2 o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo.(incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 3 o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 4 o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 5 o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 8 Art. 475-R. Aplicam-se subsidiariamente ao cumprimento da sentença, no que couber, as normas que regem o processo de execução de título extrajudicial. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 9 Art. 730. Na execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, citar-se-á a devedora para opor embargos em 10 (dez) dias; se esta não os opuser, no prazo legal, observar-se-ão as seguintes regras: (Vide Lei nº 8.213, de 1991) (Vide Lei nº 9.494, de 1997) I - o juiz requisitará o pagamento por intermédio do presidente do tribunal competente; II - far-se-á o pagamento na ordem de apresentação do precatório e à conta do respectivo crédito. 10 Art. 731. Se o credor for preterido no seu direito de preferência, o presidente do tribunal, que expediu a ordem, poderá, depois de ouvido o chefe do Ministério Público, ordenar o seqüestro da quantia necessária para satisfazer o débito. 11 Art. 741. Na execução contra a Fazenda Pública, os embargos só poderão versar sobre: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) I falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) II - inexigibilidade do título; III - ilegitimidade das partes; IV - cumulação indevida de execuções; V excesso de execução; (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)

4 2º EXECUÇÃO DE TÍTULOS JUDICIAIS COM OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER: a execução ou cumprimento de sentença se dará de acordo com o art. 461 12 CPC. 3º EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL QUE TENHA POR OBJETO OBRIGAÇÃO DE ENTREGA DE COISA CERTA OU INCERTA: a execução ou cumprimento de sentença se dará de acordo com o art. 461-A 13 CPC. PRINCÍPIO DO TÍTULO: toda e qualquer execução, necessariamente, deverá ter por base um título judicial ou extrajudicial que deve existir ao lado do pressuposto de fato que é o inadimplemento. Hoje nos termos do art. 618 14 do CPC as características da certeza, liquidez e exigibilidade não são mais características do título executivo, mas sim da obrigação nele corporificada. VI qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença; (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) Vll - incompetência do juízo da execução, bem como suspeição ou impedimento do juiz. Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. (Redação pela Lei nº 11.232, de 2005) 12 Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 1 o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 2 o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287). (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 3 o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 4 o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 13 Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) 1 o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) 2 o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) 3 o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos 1 o a 6 o do art. 461.(Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) 14 Art. 618. É nula a execução: I - se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível (art. 586); (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).

5 OBRIGAÇÃO LÍQUIDA: é obrigação expressamente determinada quanto ao seu objeto. OBRIGAÇÃO CERTA: é obrigação corporificada em um título executivo previsto em lei como título executivo. OBRIGAÇÃO EXIGÍVEL: é obrigação não sujeita a termo ou condição, ou seja, está vencida. Se o título executivo não corporificar uma obrigação que tenha estas características a execução será nula. SÚMULAS STJ: 233 15, 247 16, 258 17, 300 18. De acordo com a súmula 233 os contratos de abertura de crédito rotativo não são títulos executivos. De acordo com a jurisprudência do STJ eles não são títulos executivos por que lhes falta liquidez. Ex: cheque especial. Contrato de abertura de crédito fixo tem força executiva. De acordo com a súmula 247 os contratos de abertura de crédito rotativo em que pese não serem títulos executivos são documentos hábeis a instruir uma ação monitória, ou seja, as instituições financeiras perderam a execução e ganharam a monitória. Nos termos da súmula 258 as notas promissórias vinculadas a dívidas ilíquidas ou contratos rotativos são dotadas da mesma iliquidez e não tem força executiva, ou seja, não deu certo o que as instituições financeiras fizeram. De acordo com a súmula 300 as confissões de dívida vinculadas a esses contratos de abertura de crédito tem força executiva. PRINCÍPIO DO RESULTADO: de acordo com este princípio a execução se desenvolve no exclusivo interesse do credor. Art. 612 19 CPC. PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE (Tb chamado DE MENOR GRAVOSIDADE): de acordo com este princípio se por diversas formas, se por diversas modalidades o devedor puder ser executado o credor deverá optar pelo meio menos gravoso. Ex: penhoras. PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE: tem haver com a desistência da execução. Temos uma regra específica para desistência art. 569 20 CPC. O caput do 569 contempla uma regra para a desistência da execução e o ú do 569 trata da extinção dos embargos. II - se o devedor não for regularmente citado; III - se instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrido o termo, nos casos do art. 572. 15 SÚM. 233 - O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-corrente, não é título executivo. 16 SÚM. 247 - O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, acompanhado dodemonstrativo de débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitória. 17 SÚM. 258 - A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. 18 SÚM. 300 - O instrumento de confissão de dívida, ainda que originário de contrato de abertura de crédito, constitui título executivo extrajudicial. 19 Art. 612. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal (art. 751, III), realiza-se a execução no interesse do credor, que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados. 20 Art. 569. O credor tem a faculdade de desistir de toda a execução ou de apenas algumas medidas executivas.

6 Regra para desistência da execução: o credor pode desistir da execução mesmo após a citação do devedor sem que o devedor precise concordar. Problema: e se o devedor tiver oposto embargos a execução? Se os embargos versarem sobre questões, exclusivamente, processuais eles serão extintos automaticamente, sem que o devedor precise concordar. O contrário vai ocorrer se os embargos versarem sobre mérito, o devedor nesse caso, precisará ser ouvido sobre a extinção, pois poderá ter interesse de modo a conseguir a coisa julgada material e nunca mais ser executado. EMBARGOS VERSAM SOBRE MÉRITO, credor desiste da execução, mas o devedor não concorda com a extinção dos embargos; em ocorrendo esta hipótese a execução será extinta, mas os embargos continuarão tramitando (só é possível que os embargos que versarem sobre mérito continuem tramitando por que os embargos tem a natureza de ação sendo dotado de autonomia procedimental. PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO: os meios executórios harmonizam-se com o objeto da prestação. A utilização do meio executório inadequado acarreta a inépcia da petição inicial. EXECUÇÕES DE TÍTULOS JUDICIAIS que tenham por objeto OBRIGAÇÃO PARA PAGAMENTO (DINHEIRO) conhecida também como CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: de acordo com entendimento dominante, via de regra, não é ação, mas tem natureza meramente incidental. É mera fase. Hoje ao invés de termos 3 processos (conhecimento, liquidação e execução) temos 3 fases (conhecimento, liquidação e execução). Há 3 características para ser fase: *o cumprimento de sentença não é desencadeado através de petição inicial, mas através de requerimento. * o devedor é intimado para pagar em 15 dias, se fosse ação não seria intimado e sim citado. * o devedor se insurge com a execução através da chamada impugnação. Se fosse ação não impugnaria, mas sim oporia embargos na execução. Art. 5º, inc. LXXVIII 21 CF que contempla o princípio da duração do processo dentro de um prazo razoável como direito fundamental. Esse procedimento de sentença como fase tem sido aplicado como penhora e não tem sido aplicado nas execuções contra a fazenda pública (não quiseram celeridade). EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA continua tendo a natureza de ação, logo desencadeadas por petição inicial e o devedor continua sendo citado para embargar e a fazenda continua embargando, ou seja, o procedimento continua sendo aquele previsto no arts. 730 22, 731 23 e 741 24 CPC. Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994) a) serão extintos os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o credor as custas e os honorários advocatícios; (Incluído pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994) b) nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do embargante. (Incluído pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994) 21 LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 22 Art. 730. Na execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, citar-se-á a devedora para opor embargos em 10 (dez) dias; se esta não os opuser, no prazo legal, observar-se-ão as seguintes regras: (Vide Lei nº 8.213, de 1991) (Vide Lei nº 9.494, de 1997) I - o juiz requisitará o pagamento por intermédio do presidente do tribunal competente; II - far-se-á o pagamento na ordem de apresentação do precatório e à conta do respectivo crédito.

7 ART. 475-J 25. QUESTÕES CONTROVERTIDAS: 23 Art. 731. Se o credor for preterido no seu direito de preferência, o presidente do tribunal, que expediu a ordem, poderá, depois de ouvido o chefe do Ministério Público, ordenar o seqüestro da quantia necessária para satisfazer o débito. 24 Art. 741. Na execução contra a Fazenda Pública, os embargos só poderão versar sobre: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) I falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) II - inexigibilidade do título; III - ilegitimidade das partes; IV - cumulação indevida de execuções; V excesso de execução; (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) VI qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença; (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) Vll - incompetência do juízo da execução, bem como suspeição ou impedimento do juiz. Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. (Redação pela Lei nº 11.232, de 2005) 25 Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 1 o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 2 o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo.(incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 3 o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 4 o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 5 o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

8 ** MULTA DE 10%: POSIÇÃO DOMINANTE a natureza desta multa é coercitiva e não ressarcitória, ou seja, o devedor é intimado para pagar em 15 dias, sob pena de multa. De acordo com esse entendimento se o devedor pagar dentro dos 15 dias eles se libera da multa. De acordo com posição minoritária tem natureza punitiva imposta para punir o devedor que não pagou a divida. De acordo com a segunda posição esta multa vai incidir passado o prazo de 15 dias do transito em julgado, independentemente, de intimação, ou seja, o devedor deverá controlar a data do trânsito e pagar dentro dos 15 dias subsequentes, se não pagar no prazo será intimado para pagar com a multa. Será que o cumprimento de sentença pode ser encaminhado de ofício como as execuções trabalhistas? De acordo com entendimento dominante não. Precisa de requerimento. ** INTIMAÇÃO PARA PAGAR EM 15 DIAS: pode ser feita na pessoa do advogado, não sendo necessário que seja pessoal. ** O DEVEDOR EM CUMPRIMENTO DE SENTENÇA: é apenas intimado para pagar em 15 dias. Não é mais intimado para pagar ou nomear bens a penhora, ou seja, o devedor não tem mais a prerrogativa de nomeação de bens a penhora podendo o credor no requerimento, desde logo, nomear bens. ** HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: de acordo com entendimento atual, no STJ há a incidência de honorários no cumprimento de sentença apenas se o devedor não pagar em 15 dias. Se o devedor pagar em 15 dias vai se livrar da multa e dos honorários. Se não pagar irá pagar multa e honorários. ** Indicando bens à penhora o credor deverá decidir sobre quais bens serão penhorados. Sob penhora aplica-se as regras do livro II. ** Após o magistrado decidir sobre o que será penhorado o magistrado lavrará um termo ou auto de penhora, sendo que o devedor será intimado. (é importante, pois com a intimação nasce o direito do devedor de apresentar a impugnação). IMPUGNAÇÃO DE TÍTULOS JUDICIAIS: NATUREZA DA IMPUGNAÇÃO: a impugnação tem a natureza meramente incidental. Não é ação, pois não há procedimento próprio previsto para ela como há nos embargos. SEGURANÇA DO JUÍZO E IMPUGNAÇÃO: de acordo com entendimento dominante há a necessidade de segurança do juízo para impugnar. Há a necessidade da penhora de bens, pois o prazo flui com a penhora. Marinoni entende que não precisa de penhora (entendimento minoritário). E se a penhora for insuficiente? De acordo com entendimento dominante, ainda que a penhora de bens seja insuficiente o juízo é considerado seguro para apresentação de impugnação. Será que é possível a apresentação da EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE no CUMPRIMENTO DE SENTENÇA? De acordo com o entendimento dominante é possível a apresentação da exceção em uma hipótese é inegável que ela possa ser apresentada quando versar sobre questões de ordem pública. Evidentemente, que as hipóteses de utilização da exceção por que o devedor já se defendeu na fase de conhecimento.

9 PRAZO PARA APRESENTAR IMPUGNAÇÃO: nos termos do art. 475-L 26 CPC o prazo é de 15 dias, da intimação da penhora. Se a intimação for feita na pessoa do advogado, como é feita via de regra, não é feita a contagem desse prazo, esse prazo conta da data da publicação no diário oficial. Problema: se a intimação for pessoal discute-se se o prazo é da intimação ou da juntada. Há posicionamentos nos dois sentidos há quem entenda que o prazo é da intimação e outros da prova da juntada aos autos da intimação. Para prova objetiva é a contar da intimação e não juntada por estar na lei. (segundo professora). EFEITO SUSPENSIVO E IMPUGNAÇÃO: ART. 475-N 27 CPC a impugnação não tem efeito suspensivo. EXCEÇÃO: o magistrado poderá agregar efeito suspensivo à impugnação, mediante o preenchimento de alguns requisitos. São dois requisitos que estão na lei cumulados e outros que não estão na lei. 1º - relevância dos fundamentos da impugnação que é a probabilidade do direito estar ao lado do devedor. 2º - risco de dano irreparável se a execução prosseguir (+ fácil de comprovar). 3º - (não está na lei) requerimento de efeito suspensivo, quer dizer que o efeito suspensivo não pode ser agregado de ofício. A decisão que deferir ou indeferir o pedido de efeito suspensivo é decisão interlocutória logo atacada por agravo de instrumento. EXCEÇÃO da exceção: se o magistrado agregar efeito suspensivo a impugnação o credor poderá pedir a revogação do mesmo mediante a prestação da caução que poderá ser real ou fidejussória. 26 Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) I falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) II inexigibilidade do título; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) III penhora incorreta ou avaliação errônea; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) IV ilegitimidade das partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) V excesso de execução; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) VI qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 1 o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 2 o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 27 Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) I a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) II a sentença penal condenatória transitada em julgado; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) III a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) IV a sentença arbitral; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

10 EFEITO SUSPENSIVO PARCIAL: nos termos do art. 475-L, inc. V, c/c 2º CPC, sempre que o devedor afirmar que há excesso de execução na impugnação não basta dizer que há excesso. Ele obrigatoriamente deverá declinar o valor da dívida que entende devido e consequentemente o valor do excesso, ou seja, forçaram o devedor a reconhecer parcelas incontroversas. Se o devedor não reconhecer parcelas incontroversas a impugnação vai ser rejeitada liminarmente. Em contrapartida, se o devedor reconhecer parcelas incontroversas e for agregado efeito suspensivo à impugnação, o efeito suspensivo, eventualmente agregado vai atingir apenas as parcelas controvertidas. No tocante às parcelas incontroversas a execução vai prosseguir como execução definitiva. RESPONSABILIDADE CIVIL DO CREDOR NA EXECUÇÃO DEFINITIVA DE TÍTULOS JUDICIAIS: o credor, por exemplo, ingressam com execução de 100 mil reais e concede penhora on-line nesse valor, devedor impugna, não conseguindo efeito suspensivo. O credor como devedor não conseguindo efeito suspensivo e como a execução é definitiva não há a necessidade da prestação de caução. Impugnação tramita e juiz acolhe extinguindo a execução pela prescrição. Problema: pode o devedor buscar de volta o que o credor levantou? Sobre esse tema art. 574 28 CPC por força do 475-R CPC evidentemente que o devedor poderá buscar de volta o que o credor, indevidamente tiver levantado. Imaginar o contrário significaria enriquecimento sem causa. Como buscará de volta os valores? Há a necessidade do ajuizamento de repetição de indébito, ou será que os prejuízos poderão ser liquidados nos próprios autos? De acordo com entendimento dominante, o STJ entende que não há necessidade de ajuizamento de repetição de indébito, os prejuízos sofridos pelo devedor serão liquidados nos próprios autos. NATUREZA DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO CREDOR NA EXECUÇÃO DEFINITIVA: de acordo com entendimento dominante, é de natureza objetiva. Credor que levanta dinheiro, credor que promove a venda de bens, quando ainda há uma impugnação tendente de julgamento, assume o risco de causar prejuízo ao devedor. MATÉRIAS DEDUZÍVEIS EM SEDE DE IMPUGNAÇÃO: ART. 475-L CPC será que o rol de matérias previstas nesse artigo é taxativo ou exemplificativo? Segundo Arakén de Assis, o rol deste artigo é taxativo em razão da palavra somente. O Min. Teori diverge, em que pese à palavra somente há matérias que podem ser arguidas pelo devedor e podem ser elencadas referindo-se as questões de ordem pública. Por serem pronunciadas de ofício, evidentemente, podem ser arguidas pela parte. As matérias dedutíveis em sede de impugnação estão restrita sendo a impugnação dotada de cognição sumária e não plenária, pois o devedor já teve a oportunidade de se defender na fase de conhecimento. V o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) VI a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) VII o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) 28 Art. 574. O credor ressarcirá ao devedor os danos que este sofreu, quando a sentença, passada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação, que deu lugar à execução.

11 INCISO I NULIDADE OU INEXISTÊNCIA DE CITAÇÃO SE O PROCESSO CORREU A REVELIA DO DEVEDOR: (denominado também, pela doutrina de SOBREVIVÊNCIA DA QUERELA NULLITATIS NO DIREITO BRASILEIRO vide OVÍDIO E MARINONI) na escola Paulista chamam de VÍCIO TRANSRECISÓRIO (Arruda Alvin): trata-se de um vício tão sério e tão grave que por comprometer a formação da relação processual impedem a formação da CJ MATERIAL. Sentenças prolatadas em processos onde não haja citação ou onde as citações sejam nulas, não transita em julgado nunca. Estas sentenças jamais poderão ser objeto de ação rescisória por faltar pressuposto de rescindibilidade que é a CJ MATERIAL. RESCISÓRIAS ajuizadas contra estas sentenças são todas indeferidas liminarmente. Nestas hipóteses, o devedor poderá adotar duas condutas 1ª adotar uma postura ativa, ajuizando uma ação anulatória para desconstituir esta sentença. Esta ação anulatória não tem prazo para ser ajuizada. 2ª adotar conduta passiva: não ajuizar anulatória. Se adotar uma conduta passiva, poderá arguir esse vício em sede de impugnação (não há prazo). Mesmo que este vício não seja arguido em sede de impugnação poderá ser arguido em exceção de pré-executividade, pois não sana nunca. Querela nullitatis ou vício rescisório não é a mesma coisa que a relativização da CJ, pela tese da relativização da CJ modifica-se uma sentença que já transitou em julgado materialmente. Já na querela nullitatis impede a formação da CJ, ou seja, modifica-se uma sentença que não transitou em julgado materialmente. Será que é possível, a partir do inciso I, o devedor arguir a nulidade ou inexistência de citação no âmbito penal ou é restrito ao civil? de acordo com o entendimento uníssono praticamente, é apenas no civil, pois há meios específicos no processo penal do réu arguir a nulidade ou inexistência de citação (vide Marinoni). II INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO: (desatualizado, pois a obrigação é que se exige e não o título): no tocante a obrigação do título o 1º do art. 475-L CPC, contempla uma dessas hipóteses de inexigibilidade. Diante de inconstitucionalidades o devedor também pode arguir a inexigibilidade da obrigação. o 1º do art. 475-L CPC assim como o 741, ú rompem, modificam a chamada coisa soberanamente julgada. Há quem entenda que esses dispositivos seriam inconstitucionais por violar a CJ. (voto Min. Celso de Melo) de acordo com entendimento dominante esses artigos NÃO SÃO INCONSTITUCIONAIS, devendo, portanto, ser aplicados.

12 BIBLIOGRAFIA: MANUAL DE EXECUÇÃO ARAKEN DE ASSIS (coloca a posição dominante também) CURSO DE PROCESSO CIVIL LUIZ GUILHERME MARINONI (não coloca outros posicionamentos e nem sempre é o entendimento dominante) INSTITUIÇÕES DE PROCESSO CIVIL CÂNDIDO DINAMARCO (bem aceito no Brasil) CURSO DE PROCESSO CIVIL JAQUELINE MIELKE SILVA