NOTA INFORMATIVA Alojamento Local (Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de Agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23 de Abril) Consideram-se estabelecimentos de Alojamento Local as moradias, apartamentos e estabelecimentos de hospedagem que, dispondo de autorização de utilização, prestem serviços de alojamento temporário, mediante remuneração, e que reúnam os requisitos nos diplomas legais em vigor, mas não reúnam os requisitos para serem considerados empreendimentos turísticos. Os estabelecimentos de Alojamento Local devem ser registados, sendo o referido registo efectuado mediante mera comunicação prévia dirigida ao Presidente da Câmara territorialmente competente, sendo feita exclusivamente por meio electrónico através dos seguintes meios: no Balcão de Atendimento do Edifício dos Paços do Concelho (sito na Praça do Município, em Mafra), através de um atendimento mediado na utilização do Balcão do Empreendedor; ou directamente através do Balcão do Empreendedor, no Portal do Cidadão, se o requerente dispuser do leitor cartão do cidadão: www.portaldocidadao.pt. O registo de estabelecimentos de alojamento local efectuado mediante mera comunicação prévia, obrigatória e condição necessária para a exploração de estabelecimento de alojamento local, pressupõe a existência de autorização de utilização ou de título de utilização válido do imóvel, cuja verificação cabe à câmara municipal da respectiva área, com excepção dos estabelecimentos instalados em imóveis construídos em momento anterior à entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 38 382, de 7 de Agosto de 1951. Elementos necessários para efectuar o registo: Autorização de utilização ou de título de utilização válido do imóvel; Identificação completa do titular da exploração; Endereço do titular da exploração; Nome adoptado pelo estabelecimento e respectiva morada; Capacidade (quartos, camas e utentes); Data de abertura; Nome, morada e telefone para contacto em caso de emergência. Documentos necessários para efectuar o registo: Cópia simples do documento de identificação do titular da exploração do estabelecimento, no caso de este ser pessoa singular, ou indicação do 1
código de acesso à certidão permanente do registo comercial, no caso de este ser pessoa colectiva; Termo de responsabilidade, subscrito pelo titular da exploração do estabelecimento, assegurando a idoneidade do edifício ou sua fracção autónoma para a prestação de serviços de alojamento e que o mesmo respeita as normas legais e regulamentares aplicáveis; Cópia simples da caderneta predial urbana referente ao imóvel em causa, no caso de o requerente ser proprietário do imóvel; Cópia simples do contrato de arrendamento ou outro título que legitime o titular de exploração ao exercício da actividade e, caso do contrato de arrendamento ou outro não conste prévia autorização para a prestação de serviços de alojamento, cópia simples do documento contendo tal autorização; Cópia simples da declaração de início ou alteração de actividade do titular da exploração do estabelecimento para o exercício da actividade de prestação de serviços de alojamento correspondente à secção I, subclasses 55201 ou 55204 da Classificação Portuguesa de Actividades Económicas. Requisitos mínimos do estabelecimento de Alojamento Local: Ligação à rede pública de saneamento e abastecimento ou detenção de um sistema privativo de abastecimento de água com origem controlada; no caso de ter fossa séptica, a dimensão deverá ser de acordo com a capacidade do alojamento; Unidades de alojamento com janela ou sacada com comunicação directa para o exterior; Condições de ventilação e arejamento adequados; Mobiliário e utensílios necessários; Sistema que permita vedar a entrada de luz exterior e portas que assegurem a privacidade dos utentes; Uma instalação sanitária por cada três quartos, composta por lavatório, sanita e banheira e/ ou chuveiro, com sistema de segurança que garanta a privacidade; Condições de higiene e limpeza. Requisitos de segurança Os estabelecimentos de alojamento local devem cumprir as regras gerais de segurança contra riscos de incêndio (SCIE) (DL n.º 220/2008, de 12 de Novembro e PT n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro). 2
Para os estabelecimentos de Alojamento Local com a capacidade igual ou inferior a 10 utentes: Extintor; Manta de incêndio; Equipamento de primeiros-socorros; Manuais de instruções de electrodomésticos; Indicação do n.º nacional de emergência (112). Hostel Só podem utilizar a denominação hostel os estabelecimentos de alojamento local, na modalidade de hospedagem, cujo número de utentes em dormitório seja superior ao número de utentes em quarto; Os dormitórios são constituídos por um número mínimo de quatro camas; O número de camas dos dormitórios pode ser inferior a quatro se as mesmas forem em beliche; Os dormitórios devem dispor de ventilação e iluminação directa com o exterior através de janela; Os dormitórios devem dispor de um compartimento individual por cada cama, com sistema de fecho, com uma dimensão mínima interior de 55cmx40cmx20cm; Os estabelecimentos de hospedagem que utilizem a designação de hostel devem dispor de espaços sociais comuns, cozinha e área de refeição de utilização e acesso livre pelos hóspedes; As instalações sanitárias podem ser comuns a vários quartos e dormitórios e ser mistas ou separadas por género; Nas instalações sanitárias comuns a vários quartos, desde que não separadas por género, os chuveiros devem configurar espaços autónomos separados por portas com fecho interior. Livro de reclamações: Os estabelecimentos de alojamento local devem dispor de livro de reclamações nos termos e condições estabelecidos no Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 371/2007, de 6 de Novembro (em caso de reclamações, o original da folha deve ser enviado para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica ASAE). Actualização de dados: Obrigatória no prazo de 10 dias após a ocorrência de qualquer alteração. Número de registo: A cada pedido de registo é atribuído um número, o qual constitui o número de registo de Alojamento Local. 3
Cessação da exploração: Deverá ser comunicada através do Balcão Único Electrónico no prazo máximo de 60 dias após a sua ocorrência. Título de abertura: O documento emitido pelo Balcão Único Electrónico, contendo o número de registo do estabelecimento, constitui o único título válido de abertura ao público. Vistoria: A Câmara Municipal competente deverá realizar a vistoria no prazo de 30 dias após a apresentação da mera comunicação prévia, a fim de confirmar o cumprimento dos requisitos legais. Caso se verifique desconformidade com a informação constante da mera comunicação prévia, o registo deverá ser cancelado. Comunicação à Autoridade Tributária: A Informação será enviada semestralmente pelo Instituto de Turismo de Portugal. A presente nota informativa não dispensa a consulta do texto integral dos diplomas legais em vigor: Decreto-Lei n.º 63/2015, de 23 de Abril; Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de Agosto; Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de Março. 4
ANEXO Primeiros-socorros De acordo com o n.º 6 do anexo 1 da Informação Técnica 2/2010 da Direcção Geral de Saúde (http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i013221.pdf), a caixa de primeiros-socorros deve conter: Compressas de diferentes dimensões; Pensos rápidos; Rolo adesivo; Ligadura não elástica; Solução anti-séptica (unidose); Álcool etílico 70% (unidose); Soro fisiológico; (unidose); Tesoura de pontas rombas; Pinça; Luvas descartáveis em latex. Em adição ao atrás exposto, sugere-se: termómetro, gaze esterilizada, saco de gelo instantâneo e manual de primeiros-socorros (se possível). 5