MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO ESTRUTURAL E DE FUNDAÇÕES CENTRO VOCACIONAL TECNOLÓGICO RIO PARDO



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Transcrição:

MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO ESTRUTURAL E DE FUNDAÇÕES CENTRO VOCACIONAL TECNOLÓGICO RIO PARDO

MEMORIAL DESCRITIVO 1 - INTRODUÇÃO 1.1 - Este Memorial Descritivo tem a função de propiciar a perfeita compreensão do projeto e de orientar o construtor objetivando a boa execução da obra. 1.2 - Este documento tem por objetivo estabelecer procedimentos executivos para os principais serviços a serem realizados na obra, de acordo com a boa técnica; 1.3 - A construção deverá ser feita rigorosamente de acordo com o projeto. 1.4 - Toda e qualquer alteração que por necessidade deva ser introduzida no projeto ou nas especificações, visando melhorias, só será admitida com autorização da fiscalização e submetida à aprovação do responsável técnico. 1.5 - Os serviços que não estiverem de acordo com as indicações de projeto e as especificações do presente memorial serão considerados inaceitáveis. 1.6 - Estas considerações referem-se ao Projeto Estrutural e de fundações do prédio do Centro Vocacional Tecnológico, localizado na BR-471, Km 143 - Rincão del Rey, Município de Rio Pardo, Rio Grande do Sul. 2 CONSIDERAÇÕES DO PROJETO: 2.1 - O projeto estrutural obedece as Normas Técnicas Brasileiras, destacando-se: - NBR6118 - Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado; - NBR6120 - Cargas para o Cálculo de Edificações; - NBR6122 Projeto e execução de fundações. O concreto utilizado na estrutura deverá ter as seguintes características: - Resistência característica - fck = 25MPa - Relação água/cimento: a/c 0,65 - Módulo de Elasticidade na Desforma: Eci = 25 GPa As armaduras serão de aço CA-60B (diâmetro 5.0mm) e CA-50A (diâmetros 6.3, 8.0, 10.0, 12.5 e 16mm). Foi considerado o controle rigoroso para o cobrimento das armaduras. Na elaboração do projeto foi considerado apenas o segundo pavimento pois o pavimento térreo é existente. Será executado um complemento do pavimento térreo, conforme projeto em anexo. 2.2 - DAS CARGAS 2.2.1 - CARGAS UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDAS NAS LAJES COBERTURA Nas lajes da cobertura, que possuem telhado, foi considerada uma sobrecarga de reboco inferior + carga variável + telhado= 1,50 kn/m². 2.2.2 - CARGAS DAS ALVENARIAS Para obtermos as cargas das alvenarias internas nas lajes e vigas foi considerada a utilização de blocos de concreto celular com peso específico igual a 8,0 kn/m³. 2.3 - ESTRUTURA A estrutura será composta de vigas, lajes tipo vigota-tavela e pilares moldados no local, com dimensões conforme os desenhos das plantas de formas.

2.4 - SOLICITAÇÕES Para o cálculo das solicitações foi utilizado o sistema Eberick V9, composto por Modulos Formas, Modulo Escadas, Modulo Fundações e Modulo Master. 2.5 - VINCULAÇÃO DAS LAJES As lajes foram consideradas como simplesmente apoiadas, com a utilização de armadura negativa mínima para combater a fissuração. 3 FUNDAÇÕES: 3.1 - As fundações serão executadas com estacas escavada do tipo rotativa e viga de baldrame, em concreto armado. 3.2 - Será executado estaqueamento e vigas de fundação, de acordo com o projeto. O concreto deverá possuir fck 25 Mpa e o aço a ser utilizado será o CA-50A para bitolas maiores que 6.3mm e CA-60 para as demais bitolas. 3.3 - Execução de lastro de concreto não-estrutural no fundo das valas, com 5cm de espessura, para execução das vigas de fundação e contenções internas. 3.4 - As fôrmas serão confeccionadas com chapas de compensado de madeira resinada, espessura 12mm. 3.5 - As armaduras serão confeccionadas em aço CA-50 e CA-60, conforme projeto estrutural e, após concluídas, deverão ser submetidas à aprovação da Fiscalização, que fará a liberação para concretagem. 3.6 - O concreto para os diversos elementos estruturais poderá ser usinado ou feito in loco, com fck=25mpa, conforme projeto estrutural, sendo feito o devido controle de resistência, através de ensaios destrutivos com corpos de prova; 3.7 - A liberação da medição referente à infra-estrutura será feita somente após a apresentação dos resultados dos ensaios; 3.8 - A aceitação da infra-estrutura ficará sujeita aos resultados obtidos; 4 - ESTRUTURA: 4.1 - A estrutura será em concreto armado, O concreto estrutural deverá possuir fck 25 Mpa, e os tipos de aço serão: para bitolas menores ou iguais a 6,3 mm - Aço CA-60; para bitolas maiores que 6,3 mm - Aço CA-50A. 4.2 - Os pilares serão dimensionados e locados de acordo com o projeto estrutural. O concreto utilizado deverá apresentar uma resistência à compressão de 25 Mpa após 28 dias de execução. 4.3 Execução da estrutura de concreto armado, com lajes, vigas, pilares e demais elementos estruturais, fck=25mpa, de acordo com o projeto estrutural. 4.4 Deverão ser observadas as considerações anteriores também para supra-estrutura, em relação a formas, armaduras, concreto e ensaio tecnológico. 4.5 A liberação da medição referente à supra-estrutura será feita somente após a apresentação dos resultados dos ensaios. 4.6 As lajes serão pré-moldadas do tipo vigota-tavela cerâmica, com vigotas de concreto com altura de 8cm, e cobertura com concreto usinado Fck 25Mpa, com espessura de 5cm, formando uma laje com altura total de 13cm. Sobre as vigotas e as tavelas, será colocada uma malha de aço soldada diâmetro 4.2mm, com uma distância de 10cm entre um e outro. 5 - CONCRETO ARMADO 5.1 - DOSAGEM DO CONCRETO O concreto deverá assegurar, após a cura, a resistência indicada no projeto estrutural, sendo que a resistência-padrão será a da ruptura de corpos-de-prova de concreto simples aos 28 dias de idade;

Se o concreto for fornecido por usina, o responsável técnico da obra deverá contratar a entrega pelo fck; Se o concreto for misturado em obra, o responsável técnico da obra deverá estabelecer a dosagem adequada, inicialmente calculando o fc 28 pela equação fc 28 = fck + 115 (kg/cm 2 ), e a seguir estabelecendo o traço por dosagem experimental ou por tabela de traço; O traço estabelecido para o concreto deverá ser apresentado à Fiscalização; Não será admitida a utilização de quaisquer aditivos de modificação das condições de pega, endurecimento, resistência, trabalhabilidade, durabilidade e permeabilidade do concreto. 5.2 - CONTROLE DA TRABALHABILIDADE A verificação da trabalhabilidade do concreto deverá ser feita através do teste de abatimento (Slump Test) logo após o início do trabalho, para se estabelecer o padrão, e durante o dia deverão ser feitas verificações adicionais; O procedimento para o ensaio é o seguinte: - A forma cônica deve estar limpa e permanecer sobre uma chapa metálica; - O moldador terá de manter os seus pés nos estribos da forma; - O preenchimento da forma deverá ser feito em três camadas de concreto, sendo cada camada socada 25 vezes com haste de aço; - As camadas devem corresponder a 6, 15 e 30cm do cone; - Cada socada não poderá penetrar na camada anterior; - Após o preenchimento da forma, a superfície superior do concreto deverá ser alisada; - O moldador deverá limpar a placa metálica onde a forma foi assentada; - O moldador deverá levantar a forma com cuidado, mantendo-a verticalmente, invertendo a sua posição e colocando-a na chapa ao lado do monte de concreto; - A forma deverá ser retirada e então será medido o abatimento ocorrido, apoiandose a haste na superfície superior da forma esvaziada, para que passe por cima do monte de concreto; - Deverá ser medida com régua a distância entre o ponto médio do monte de concreto e a haste horizontal. único abatimento que apresenta validade é o abatimento verdadeiro, ou seja, se o monte de concreto tombar para o lado ou ceder completamente, deverá ser efetuado novo teste, e, em casos sucessivos, reestudo da dosagem; O abatimento verdadeiro deverá estar entre os seguintes limites: - paredes de fundação e sapatas: 2 a 8 - lajes, vigas e paredes armadas: 1 a 10 - pilares: 2 a 10 - pavimentos: 2 a 8 5.3 - CONFECÇÃO DE FORMAS E ARMADURAS 5.3.1 - FORMAS As formas dos pilares deverão ser bem contraventadas, segundo duas direções ortogonais entre si, com os contraventamentos bem fixados no terreno ou na forma do pavimento onde se apóiam. Em caso de pilares altos, recomenda-se contraventá-los em mais de um ponto na sua altura. Na base da forma dos pilares deverão ser deixadas janelas para a limpeza e lavagem do fundo. Na base dos pilares a distância entre gravatas não deve exceder 40cm; Antes do lançamento do concreto, as formas deverão ser bem molhadas, a fim de não absorverem a água necessária à pega do concreto.

5.3.2 - ARMADURAS Na falta de barras com bitolas indicadas em projeto, a substituição só poderá ser feita com autorização do engenheiro calculista responsável pelo projeto; As barras de aço, antes de serem montadas, deverão ser limpas, retirando-se o excesso de ferrugem, manchas de óleo, barro, argamassa aderente ou qualquer outra substância que impeça a perfeita aderência ao concreto; As barras da armadura deverão estar afastadas entre si de uma distância mínima igual a um diâmetro da barra ou 2cm, a fim de permitir a penetração da massa do concreto em todos os pontos da forma; A confecção das armaduras, após concluída, deverá ser submetida à aprovação da Fiscalização, que fará a liberação para concretagem; Deverão ser utilizados espaçadores, para evitar contato das armaduras com as formas; As plataformas de serviço deverão estar dispostas de modo a não provocar deslocamentos das armaduras, antes e/ou durante o lançamento do concreto. 5.3.3- PROCEDIMENTOS PARA CONCRETAGEM LANÇAMENTO O concreto deve ser lançado logo após o seu preparo, não sendo permitido intervalo maior do que uma hora entre o preparo e o lançamento; Em caso de concreto usinado, o tempo decorrido entre o início da mistura na usina e o fim do lançamento na obra não deverá ser superior a duas horas e meia; só poderá ser adicionada água ao concreto na quantidade permitida pela concreteira, jamais por determinação do responsável técnico da obra; Em nenhuma hipótese deverá ser usado concreto com pega já iniciada; A aceitação do concreto será feita com base no ensaio de abatimento; na mesma ocasião deverão ser moldados os corpos-de-prova; Antes da concretagem de pilares, deverá ser executada uma camada de argamassa de cimento e areia no traço 1:1, com 2cm de espessura, na base dos mesmos, para evitar segregação do concreto; Nos pilares com altura superior a 3m, o lançamento do concreto deverá ser feito em etapas, através de janelas abertas nas laterais das formas; Quando for preciso interromper o lançamento do concreto, as juntas de concretagem deverão estar localizadas a 1/5 do vão das lajes e vigas, a partir dos apoios, ficando os restantes a 4/5 do vão, para a próxima concretagem; As juntas de concretagem devem ser quase na vertical, executadas com o auxílio de sarrafo ou tábua, e terão removidos da superfície a nata de cimento e os fragmentos soltos, limpando-a bem antes do novo lançamento do concreto; O novo lançamento do concreto não deve exceder 72 horas após a interrupção, a fim de não prejudicar a pega do concreto em fase de endurecimento. ADENSAMENTO Deverão ser empregados vibradores de imersão, vibradores de forma ou réguas vibradoras, de acordo com a natureza dos serviços executados e desde que satisfaçam à condição de perfeito adensamento de concreto; O adensamento do concreto deverá ser feito de maneira cuidadosa, a fim de preencher todos os vazios e sem a formação de ninhos ou bicheiras; Deverá ser evitada a vibração das armaduras, que pode provocar a formação de vazios em volta da armadura, prejudicando a aderência.

CURA A cura do concreto deverá ser realizada pelo menos 7 dias após a concretagem, protegendo-o de mudanças bruscas de temperatura, incidência direta do sol e chuvas fortes, vibrações e choques; A proteção da superfície do concreto poderá ser feita por serragem, areia umedecida ou lâmina d água. DESFORMA A retirada das formas e escoramentos não deverá ser dar antes dos seguintes prazos: 3 dias para faces laterais; 7 dias para retirada de algumas escoras; 14 dias para faces inferiores, deixando-se algumas escoras; 21 dias para desforma total. CONTROLE TECNOLÓGICO: ENSAIO DE COMPRESSÃO Em obras menores, a moldagem dos corpos-de-prova poderá ser feita pelo pessoal da obra, desde que sejam seguidos os procedimentos adequados; Em obras de maior porte, a moldagem dos corpos-de-prova deverá ser feita por firma especializada, encarregada do controle tecnológico do concreto; Para cada 30m³ de concreto de fundações ou estrutura, será considerado um lote; Para cada lote de concreto deverá ser retirada 1 amostra para ensaio; Cada amostra deverá ter 4 testemunhos; Cada testemunho deverá ter 2 corpos-de-prova da mesma massada e moldados no mesmo ato, tomando-se como resistência do testemunho o maior dos dois valores obtidos no ensaio; Os corpos-de-prova deverão ser devidamente identificados por ordem seqüencial e alfanumérica (ex. 1-A e 1-B, 2-A e 2B); O concreto para ensaio deverá ser retirado sempre do meio da betonada, na saída da betoneira ou da partida que acaba de ser despejada e que se encontra pronta para lançamento; Os corpos-de-prova deverão ser moldados em local próximo daquele em que serão armazenados nas primeiras 24 horas; A moldagem, uma vez iniciada, não poderá ser interrompida; Durante a moldagem, deverão ser retirados agregados com tamanho superior ao normal; O processo de adensamento adotado na moldagem deverá ser compatível com a consistência do concreto, ou seja, para abatimento até 2cm, processo manual enérgico, acima deste valor, processo manual; No adensamento manual, o concreto deverá ser colocado em 4 camadas iguais, e cada camada deverá receber 30 golpes uniformes; a haste de socamento não poderá penetrar na camada já adensada; No adensamento manual enérgico, o concreto deverá ser colocado em 6 camadas iguais, e cada camada deverá receber 60 golpes uniformes; a haste de socamento não poderá penetrar na camada já adensada; após o socamento de cada camada é preciso bater com a haste de socamento na face externa do molde até refluir nata de cimento; Se após o adensamento a forma ainda se apresentar muito cheia, o excesso não poderá ser retirado por raspagem; deverá ser retirada uma porção de concreto e recomposta a camada superior; A superfície do topo dos corpos-de-prova deverá ser alisada com uma colher de pedreiro e coberta com uma placa de vidro ou metal, que precisa permanecer até o momento da desmoldagem; Os moldes deverão ser cuidadosamente transportados para o local de armazenamento, imediatamente após a moldagem; Em laboratório, os corpos-de-prova deverão ser devidamente capeados e curados;

A idade para ruptura dos corpos-de-prova é de 28 dias; O relatório de ensaio deverá ser fornecido por empresa ou instituição devidamente credenciada pelo INMETRO, totalmente desvinculada da empresa fornecedora do concreto, e deverá conter os seguintes itens: - identificação da empresa ou instituição que realizou o ensaio; - identificação do cliente; - procedência do material (obra do Ministério Público); - origem do material (setor concretado); - data de recebimento do material, data de moldagem do corpo-de-prova e data de ensaio; - identificação do corpo-de-prova, idade, carga de ruptura, área da seção transversal e resistência à compressão; - data da última aferição do aparelho de ensaio. Durante o andamento da obra é necessário manter rigoroso controle dos resultados obtidos nos ensaios de compressão. 6 - DECLARAÇÕES FINAIS: 6.1 - A obra obedecerá à boa técnica, atendendo às recomendações da ABNT e das Concessionárias locais. 6.2 - O construtor deverá ter ciência das exigências do Memorial Descritivo, comprometendo-se a cumprir tais instruções. Sapucaia do Sul, junho de 2015. Proprietário: Centro Vocacional Tecnológico Prefeitura Municipal de Rio Pardo Resp. Técnico: Rafael Luciano Pereira Engenheiro Civil CREA: 133.887