Carga horária total: 60H Teórica: 40H Prática: 20H Profª Lucia R. Iori luciaiori@gmail.com Presença/ Ausência Horário Notas Material de Estudo/ slides Objetivo Caracterizar os diferentes grupos de microorganismos e sua interação com o corpo humano. Compreender os mecanismos de resposta imunológica e desenvolvimento de imunidade Conteúdo Programático Introdução e história da microbiologia Estruturas, nutrição, crescimento, manutenção em laboratório, cultivo e controle de m.o Genética e resistência microbiana Epidemiologia e ecologia microbiana relacionada às principais enfermidades 1
Semana Tema Conteúdo Programático Principais grupos de bactérias, vírus e fungos causadores de doenças no homem Características da interação hospede-parasita Sistema imunológico Mecanismo da resposta imune inata e adquirida Hipersensibilidade, imunização e imunodiagnóstico. 1. Apresentação do plano de aula. Introdução ao estudo da microbiologia. Conceitos e termos 2. Diferenciação estrutural entre eucariotos e procariotos. Bacteriologia: morfologia, estrutura e funções. 3. Controle de m.o e resistência bacteriana às drogas. Nutrição. 4. Controle de crescimento 5. Agentes físicos aplicados no controle microbiano; métodos gerais de esterilização e desinfecção: aplicações e o uso correto 6. Agentes químicos e quimioterápicos no controle microbiano; métodos gerais de esterilização e desinfecção: aplicações e o uso correto 7. Patogenia e patogenicidade: relação hospedeiro-parasita; epidemiologia das infecções e Saúde pública 8. Doenças nosocomiais. Diagnóstico laboratorial microbiológico Semana Tema 9. Enfermidades bacterianas: principais grupos. Linhas de defesa 10. Avaliação 11. Introdução à micologia: propriedades gerais dos fungos e leveduras 12. Principais enfermidades fúngicas (micoses cutâneas, subcutâneas e sistêmicas). Micotoxinas. 13. Introdução à virologia: propriedades gerais dos vírus. Príons 14. Principais enfermidades virais ( gastroenterites, viroses respiratórias, hepáticas e oculares) 15. Principais enfermidades virais ( viroses associadas ao sistema nervoso e linfático) 16. Fundamentos de imunologia: sistema imune e mecanismos da resposta imune inata e adquirida Semana Tema 17. Fundamentos de imunologia: sistema imune e mecanismos da resposta imune inata e adquirida. Hipersensibilidade, imunização. 18. Prova escrita oficial 19. Revisão 20. Prova Substitutiva 2
BURTON, G.L.;MENGELKIRK,P.G. Microbiologia para as Ciências da Saúde. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005 BENJAMIN,E.;et al. Imunologia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002 ROITT,I.;BROSTOFF,J;MALE, David. Imunologia. 5ª ed Ramo da biologia que estuda os M.O Nome do M.O Microbiologia e Imunologia Escrito em itálico/ Sublinhado Primeiro Nome: Gênero Segundo Nome: espécie ENFERMAGEM Lucia Robloski Iori Lucia.iori@anhanguera.com Ex.: Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium tuberculosis 3
Cap.: 01 Os microrganismos são encontrados em uma vasta diversidade de ambientes e desempenhando importantes papéis na natureza. Acredita-se que cerca de metade da biomassa do planeta seja constituída pelos microrganismos, sendo os 50% restantes distribuídos entre plantas (35%) e animais (15%). Bactérias Vírus: agentes infecciosos Fungos Protozoários Arqueas Príons Em termos de habitat, os microrganismos são encontrados em quase todos os ambientes, tanto na superfície, como no mar e subsolo. Obs.: ubiquidade aquele que é encontrado em todos os lugares. Cap.: 01, 10 Benéficos Indústria alimentícia Engenharia genética Produtores de substâncias Antibióticos: substância produzida por um micro organismo que mata ou inibe o crescimento de outros m.o Flora indígena, residente Inibe crescimento de patógenos Ocupa espaço Diminui suprimento de alimentos Secreta materiais ( Lactobacillus) Ex.: Echerichia coli (E. coli) Cândida spp Staphilococcus spp Patógenos oportunistas 4
Não Patogênicos : não causadores de doenças Benéficos Decompositores ou saprófitas Patogênicos patógenos patogenicidade Causadores de doenças Mycobacterium tuberculosis Neisseria meningitidis Cap.; 14 Doenças infecciosas: patógeno coloniza corpo causando uma infecção Intoxicação microbiana: ingestão de toxinas produzidas pelo m.o Exotoxinas: crescimento e metabolismo bacteriano Ex. Clostridium tetani (neurotoxina) Endotoxinas: faz parte da parede celular da bactéria Gram negativa Ex. Neisseria meningitidis, Proteus spp (esmegmafimose) Conceito (variável):características fenotípicas que capacitam o m.o a causar doença (virulento) Expressa Patogenia Ex.: cepas virulentas e cepas não virulentas Expressa grau de Patogenicidade Ex.: quantidade de bactéria necessária para causar doença (Shiguela x Salmonella) Expressa gravidade da doença Ex.: meningite (Meningococcus), pneumonia (S. pneumoniae) 5
Louis Pasteur Breve histórico: 1837 Louis Pasteur: provou que a acidificação do leite era provocada por microorganismos; 1860 Louis Pasteur: conseguiu assegurar a preservação de vinho e cerveja por meio de um tratamento térmico suave, posteriormente denominado pasteurização; Antony van Leeuwenhoek Breve histórico: Microbiologia teve seu início com os relatos de Robert Hooke e Antony van Leeuwenhoek, que desenvolveram microscópios que possibilitaram as primeiras observações de bactérias e outros microrganismos, além de diversos espécimes biológicos. Embora van Leeuwenhoek seja considerado o "pai" da microbiologia, os relatos de Hooke, descrevendo a estrutura de um bolor, foram publicados anteriormente aos de Leeuwenhoek. Assim, embora Leeuwnhoek tenha fornecido importantes informações sobre a morfologia bacteriana, estes dois pesquisadores devem ser Robert Hooke considerados como pioneiros nesta ciência. Breve histórico: Breve histórico: Esquema do microscópio construído por Robert Hooke e um esquema de um fungo observado por este pesquisador. (Adaptado de Tortora et al., Microbiology - 8 ed) Réplica do microscópio construído por Leeuwenhoek e de suas ilustrações, descrevendo os "animálculos" observados. (Adaptado do livro Brock Biology of Microorganisms, 10 Ed., 2003) 6
Pag.; 29 Organismos unicelulares Simples Procariontes: material genético não envolto por membrana nuclear Reino Monera- Unicelulares e Procariontes Cap..; 04 COCO : De forma esférica BACILO : Forma de bastão, bastonetes COCO DIPLOCOCO ESTREPTOCOCO BACILO DIPLOBACILO ESTREPTOBACILO ESTAFILOCOCO BACILO COM FLAGELO ESTAFILOBACILO 7
Cap..; 03 COCOBACILO : Forma de bastão curto Espiroqueta (espirilo), vibrião: forma de espiral Listeria monocytogene (listeriose, meningite), Haemophilus inluenzae (meningite bacteriana, Bortedella pertussis (coqueluche- endêmica) ESPIRILO ESPIROQUETA VIBRIÃO Conceito: célula especializada de repouso Clostridium Bacillus Bactérias são classificadas quanto: Forma celular Composição da Parede Celular Forma de obtenção matéria orgânica Capacidade de formação de endosporos Características específicas 8
Cap.; 3 Estrutura: Semi - rígida, responsável pela forma da bactéria A maioria dos procariontes apresentam parede celular Bactérias Gram positivas Função: Prevenir a ruptura das células bacterianas da pressão da água Proteger o interior da célula do ambiente externo. Serve como local de ação p/ antibióticos Bactérias Gram negativas ( 9
Pag.; 74 10
Bactérias Gram Positivas: apresentam várias camadas de peptideoglicano (dissacarídeo), formando uma estrutura espessa e rígida; ácido teicóico (álcool) Ex. Staphylococcus OBS: são mais sensíveis a penicilina Bactérias Gram Negativas: apresentam uma ou algumas camadas finas de peptideoglicano e membrana externa (LPS) São mais suscetíveis ao rompimento mecânico OBS: a membrana externa confere proteção contra alguns antibióticos, como é o caso da penicilina. Ex: E. coli, Leptospira, salmonella GLICOCÁLICE- Fixação Virulência Fagocitose FLAGELOS- Motilidade FÍMBRIAS e PILI- Fixação Transferência material genético 11
Cap.; 03 Cap.: 03 Açucar (polipeptídeo, polissacarídeo) Cápsula- firmemente aderida a parede celular Ex. Haemophilus influenza, Sterptococcus pneumoniae Proteção contra fagocitose Camada limosa- fracamente aderida a parede celular Permite deslizamento das bactérias Ex. Pseudomonas sp Conceito: organelas de locomoção Prolongamento da superfície da célula Origina-se na membrana plasmática Polímero de flagelina (proteinaglobular) Função: locomoção Quimiotaxia Fototaxia Proteção contra desidratação Conceito: organelas de locomoção Pag.; 43/48 12
Cap.: 03 Conceito: prolongamentos proteicos imóveis Encontrados principalmente em Gram negativos Pili: permite a bactéria aderir às superfícies; Pili sexual: permite transferência de material genético Alguns Ac bloqueiam a adesão das bactérias MEMBRANA PLASMÁTICA CITOPLASMA ORGANELAS: RIBOSSOMOS NÚCLEO (RNA, DNA e PROTEÍNAS) MEMBRANA PLASMÁTICA: Estrutura em mosaico fluído com fosfolipídeo formando uma dupla camada e proteínas; CITOPLASMA: Substância semifluida delimitada pela MP ORGANELAS: RIBOSSOMOS- Formado de RNA e proteína; serve como sítio para a síntese de proteínas NÚCLEO (RNA, DNA e PROTEÍNAS)Cromossomo único e circular com DNA e algum RNA e proteínas que formam o material estes materiais genéticos 13
Cap.: 03, 07 Cap.: 08 Plasmídio: DNA extracromossômico Cromossomo: único e celular (procariontes) Placa Agar com colônias de bactérias DIVISÃO BINÁRIA: Reprodução assexuada em que cada bactéria divide-se em outras duas geneticamente idênticas. Cap.: 08 Divisão Binária Fatores que Afetam o Crescimento Microbiano FATORES FÍSICOS FATORES QUÍMICOS T EMPERATURA PH PRESSÃO OSMÓTICA Fontes de Carbono, H, N Água Oxigênio Macromoléculas Micromoléculas Fontes Orgânicas e Inorgânicas 14
Fase lag: absorção de nutrientes, pouco crescimento; Fase log: crescimento, multiplicação acelerada; Fase estacionária: maior densidade populacional, aumento de produtos tóxicos; Fase de declínio (morte): poucos m. o sobrevivem ou a colônia toda pode morrer Recolha de amostras: faz-se pela recolha de amostras a partir dos tecidos ou secreções infectadas do doente. Assim, numa enterite usam-se amostras fecais, numa pneumonia expectoração, em órgãos internos biópsia e em muitas amostras de sangue. As amostras são cultivadas em placas de Petri (placas de vidro) com os nutrientes e fatores necessários ao seu crescimento. Coloração de Gram em Streptococcus São retiradas colônias bacterianas e espalhadas numa lâmina, onde são fixadas e coloridas (por exemplo com a técnica de Gram ou a técnica de Ziehl-Neelsen). 15
São observadas ao microscópio óptico, e identificadas pela morfologia e coloração Gram. O tipo de colônia pode sugerir o organismo em questão: de uma forma geral, os bacilos gram negativos apresentam colônias brilhantes, úmidas ou cremosas; os estafilococos apresentam colônias médias opacas e os estreptococos colônias pequenas e opacas. MICROSCÓPIO ÓTICO Se persistem dúvidas são usados testes bioquímicos. São efetuados testes de crescimento na presença de antibióticos (teste de sensibilidade aos antibióticos). CONTADOR DE COLÔNIAS ELETRÔNICO Cap.: 09 Salmonelose Pneumonia Gonorreía/Sífilis Alexander Fleming- Staphilococcus aureus Cárie Listeriose Meningite Antibiose ANTIBIÓTICO Streptomyces (Neomicina, Gentamicina) Penicillium ( Penicilina, Griseofulvina) Erisipela Tuberculose Infecção urinária Cephalosporium (Cefalotina) 16
Drogas Antimicrobianas Natural: produzido por microrganismos (antibióticos) Ex. Penicilina G e V Semi- Sintético: produzido parte por m.o e parte em laboratório Ex. Penicilina Sintético: produzido em laboratório (Quimioterápicos) A estrutura química dos quimioterápicos e antibióticos é bastante variada: β-lactâmico: Penicilinas Aminoglicosídeo: estreptomicina Glicopeptídeos: Vancomicina Rifamicinas: Rifampicina Tetraciclina Cloranfenicol Quinolonas Macrolídios e Sulfonamidas Amplo Espectro de Atividade: Amoxicilina Curto Espectro de Atividade: Vancomicina BACTERICIDA BACTERIOSTÁTICO Parede Celular: Penicilina, Cefalosporina Síntese de Proteínas: Estreptomicina, Gentamicina Membrana Plasmática: PolimixinaB, Cetoconazol Síntese de Acido Nucleico: Rifampicina Síntese de Metabólitos Essenciais: Sulfanilamida 17
Através de meios químicos ou físicos podemos destruir m.o patógenos: Desinfecção Esterilização Assepsia Anti-sepsia Cap.: 08 Higienização: Limpeza Desinfecção: destruição ou remoção da maioria m.o, não elimina endosporos Esterilização: promove a destruição completa de todas as formas de m.o (incluindo endosporos) Anti-sepsia: baixa toxicidade- pele, mucosa, tecidos vivos (desinfetantes cutâneos) Assepsia: ausência de m.o. Técnica que previne a entrada de m.o Calor Úmido Calor Seco Pasteurização Radiação Filtração Substância Química ( álcoois, aldeídos, fenóis etc) Esterilizantes gasosos (óxido de etileno) Dessecação Calor : Capacidade de multiplicação; M.o diferentes; Quantidades diferentes; Estágios metabólicos diferentes Desnaturação de proteínas Fluidificação de lípides Oxidação 18
Alta Temperatura Calor úmido: Autoclave Alta Temperatura Calor seco: Estufa Tempo X Temperatura X Pressão Tempo X Temperatura FERVURA FLAMBAGEM/ INCINERAÇÃO Ionizantes Radiações gama Ex: Cobaltos Seringas plásticas, luvas, cateteres, suturas. Radiações: Não Ionizantes Luz Ultravioleta Ex:Lâmpadas Germicidas Centro cirúrgico, berçários Indicadores Biológicos: Esporos Bacterianos, Bacillus athrophaeus, Bacillus pumilus, Geobacillus stearotermophilus Indicadores Químicos: Mudança de cor. Tiras de papel 19
Seladora e grau cirúrgico Soluções alcoólicas Cloro, Iodo Fenol e derivados Halogênios e derivados Ácidos inorgânicos e Orgânicos Agentes de superfície (derivado de amônia) Metais pesados Óxido de Etileno Biguanidas- Clorhexidine (2%, 0,5%, 0,2%) 20