Sondagem do Setor de Serviços



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Transcrição:

Sondagem do Setor de Serviços % Setor 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Agropecuária 5,9 4,9 4,7 4,8 5,0 5,2 Indústria 25,8 25,1 24,7 23,9 23,3 21,8 Serviços 54,1 55,8 56,5 57,3 56,8 58,9 Impostos líquidos 14,2 14,2 14,1 14,0 14,9 14,0 Fonte: IBGE 1/ Valores a preços correntes. A crescente importância relativa dos Serviços no Produto Interno Bruto (PIB) do país o setor foi responsável por 58,9% do agregado em 2009, ante 54,1% em 2004, conforme observado na tabela 1 evidencia a necessidade de monitorar as tendências de curto prazo dos segmentos que compõem o setor. Nesse contexto, em parceria com o Banco Central, a Fundação Getulio Vargas (FGV) desenvolveu a Sondagem do Setor de Serviços. A Sondagem do Setor de Serviços tem por finalidade, dentre outras, gerar indicadores que antecipem tendências econômicas para o setor. Trata-se de pesquisa mensal, de abrangência nacional, junto a mais de 2.000 empresas com um ou mais empregados. A cobertura nas atividades do setor de serviços é semelhante à da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que abrange todo o setor de serviços, com exceção de governo, do setor de saúde, de parte das atividades de ensino, do setor financeiro e do comércio. Assim, os resultados são divulgados para o setor de serviços como um todo, por porte (pequenas, médias e grandes) e para sete segmentos: - serviços prestados às famílias (alojamento; alimentação; atividades recreativas e culturais; serviços pessoais e atividades de ensino continuada); - serviços de informação (telecomunicações; atividade de informática; serviços audiovisuais e agências de notícias e serviços de jornalismo); - serviços prestados às empresas (atividades jurídicas, contábeis e de assessoria empresarial; serviços de arquitetura e engenharia; ensaios de materiais e produtos de análise de qualidade; 18 Relatório de Inflação Junho 2010

publicidade; seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra temporária; serviços de investigação, segurança, vigilância e transportes de valores; serviços de limpeza em prédios e domicílios e outros serviços prestados às empresas); - transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (transporte ferroviário e metroviário; transporte rodoviário; transporte aquaviário; transporte aéreo; agências de viagens e organizadoras de viagens; serviços auxiliares do transporte e correio e outras atividades de entrega); - atividades imobiliárias e aluguel de bens móveis e imóveis (incorporação, compra e venda de imóveis por conta própria; administração, corretagem e aluguel de imóveis de terceiros; e aluguel de veículos, máquinas e objetos pessoais e domésticos); - serviços de manutenção e reparação (manutenção e reparação de veículos; manutenção e reparação de objetos pessoais e domésticos e manutenção e reparação de máquinas de escritório e de informática); - outras atividades de serviços (serviços auxiliares de agricultura; agentes de comércio e representação comercial; serviços auxiliares, financeiros, de seguros e de previdência complementar e limpeza urbana e esgoto). Esses segmentos foram definidos de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 1.0 (CNAE 1.0), do IBGE. O resultado de cada segmento é obtido a partir da agregação das proporções estimadas para os três níveis de porte, segundo a ponderação do total de pessoal ocupado das empresas, com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado relativo ao setor de serviços deriva da agregação das proporções estimadas para 31 segmentos, segundo o valor adicionado do segmento, com base na PAS do IBGE, com exceção dos quesitos relacionados ao emprego, que são ponderados pelo total de pessoal ocupado divulgado pela PAS. As opções de respostas para as questões levantadas são majoritariamente qualitativas, o que facilita a avaliação imediata sobre o estado cíclico Junho 2010 Relatório de Inflação 19

do setor. Um dos principais atributos da pesquisa é a rapidez com que os dados são colhidos, processados e divulgados, sem que sejam necessárias revisões posteriores. Os resultados apurados fornecem sinalizações para um horizonte de três a seis meses, durante o mês de referência da divulgação. As avaliações feitas em relação ao momento presente fazem referência ao nível ou à situação da variável no momento de aplicação da pesquisa (situação boa, normal ou ruim). As previsões para o futuro e as observações sobre o passado recente são feitas de modo comparativo (situação melhorará, ficará igual ou piorará). Algumas perguntas são direcionadas à empresa como um todo, a exemplo dos quesitos relacionados ao nível de emprego, fatores limitativos à melhora dos negócios e condições de crédito, enquanto outras são relacionadas ao nível dos serviços ofertados. Quando a empresa possui mais de uma linha relevante de serviços, as respostas são fornecidas para cada uma delas. As perguntas da Sondagem são relativas aos seguintes quesitos: - situação atual dos negócios: a pesquisa procura captar o sentimento da empresa em relação ao estado geral dos negócios. Normalmente, ao avaliar o estado dos negócios, as empresas levam em consideração fatores de ordem microeconômica, tais como margens de lucro e faturamento, e fatores macroeconômicos que afetam seu desempenho, como taxas de juros e de câmbio, bem como carga tributária. Quanto ao horizonte temporal, a Situação dos negócios é avaliada em relação ao momento de realização da pesquisa; - tendência dos negócios: as empresas devem avaliar, desconsiderando efeito sazonal, se o estado dos negócios para os próximos seis meses estará melhor, igual ou pior; - emprego previsto: o objetivo é captar as perspectivas para os próximos três meses do contingente mão-de-obra empregado pela empresa em relação ao mês de referência da pesquisa; - volume de demanda atual: a finalidade é avaliar o nível atual da demanda por serviços da empresa para a época do ano relativa ao mês de referência da pesquisa; 20 Relatório de Inflação Junho 2010

- demanda prevista: a empresa deve estimar, desconsiderando efeitos sazonais, como evoluirá o volume de demanda por seus serviços nos próximos três meses; - previsão de faturamento: o objetivo é mensurar as perspectivas para os próximos três meses em relação ao trimestre do mês de referência da pesquisa; - preços: avalia-se a perspectiva para os preços praticados pela empresa no trimestre seguinte ao mês de referência da pesquisa; - condições de crédito: procura-se avaliar o grau de dificuldade para aquisição de crédito no sistema bancário no mês de referência da pesquisa; - fatores limitativos à melhora da situação dos negócios: caso existam, a empresa deve selecionar, entre seis fatores sugeridos, os mais importantes ou especificar um fator não incluído no questionário. Para cada quesito da pesquisa é criado um indicador síntese, construído a partir da proporção de respostas favoráveis ao quesito menos a proporção de respostas desfavoráveis ao quesito, acrescido de 100. Assim, se a proporção de respostas favoráveis for igual à proporção de respostas desfavoráveis, o indicador atinge 100 pontos, ou seja, zona de indiferença. Valores superiores a 100 indicam otimismo e valores inferiores a 100, pessimismo. Gráfico 1 Índice de Confiança dos Serviços e PIB Serviços Pontos Var % Tri / Tri -4 140 7 O Índice de Confiança de Serviços (ICS), indicador síntese da pesquisa, representa a média aritmética de dois indicadores: o Índice da Situação Atual (ISA-S) e o Índice de Expectativas (IE-S). O ISA-S é dado pela média aritmética dos quesitos situação atual dos negócios e volume atual de demanda. Similarmente, o IE-S é igual à média aritmética dos indicadores dos quesitos tendência dos negócios e demanda prevista. 125 110 95 Jun 2008 Fontes: IBGE e FGV Set Dez Mar 2009 ICS Jun Set Dez Mar 2010 PIB - Serviços 5 3 1 Jun A evolução do ICS, cuja série histórica se inicia em junho de 2008, mostra-se consistente com a evolução recente do setor de serviços. Nesse sentido, após registrar aumento nos três primeiros meses, o ICS recuou a partir de agosto de 2008 e atingiu o valor mínimo em janeiro de 2009, durante o período de acentuação da crise financeira internacional. Vale Junho 2010 Relatório de Inflação 21

Gráfico 2 Índice de Confiança de Serviços Pontos 165 155 145 135 125 115 105 95 85 75 Jul 2008 Set Nov Jan 2009 Mar Mai Jul Set Nov Jan 2010 ICS ISA-S IE-S Fonte: IBRE/FGV, em parceria com o Bacen Mar Mai destacar a boa aderência da média trimestral do ICS ao Setor de Serviços do PIB, divulgado trimestralmente pelo IBGE, conforme observado no gráfico 1. A média do ICS nos primeiros meses do segundo trimestre de 2010 sugere a continuidade do crescimento da atividade no setor de serviços, que deverá se refletir no próximo resultado do PIB. A análise na margem, expressa no gráfico 2, revela que o indicador recuou 1,1% em abril, em relação ao mês anterior, e atingiu 134 pontos, patamar inferior apenas aos assinalados no mês anterior, 135,5 pontos, e em agosto de 2008, 138,4 pontos. Na margem, o ISA-S cresceu 1,2% no mês, para 119,4 pontos, maior valor desde outubro de 2008, e o IE-S recuou 2,9%, para 148,6 pontos, mas manteve-se em patamar elevado. 22 Relatório de Inflação Junho 2010