CIDI 2013 6TH CIDI 5TH InfoDesign 6TH CONGIC 6 th Inform ation Design International Conference 5 th Brazilian Conference of In form ation Design 6 th Inform ation Design Student Conference Blucher Design Proceedings May 2014, Vol. 1, Num. 2 www.proceedings.blucher.com.br/evento/cidi Uso do design instrucional na concepção de artefatos para construção do planejamento de coleções Use of instructional design in design artifacts of planning for instruction of collections Danielle Simões-Borgiani, Hans Waechter Design instructional, Educação, Planejamento de coleções Este trabalho apresenta um relato de experiência da construção de um artefato baseado nos princípios do design instrucional para melhor fixação. O conteúdo do artefato, sobre o planejamento de coleções, foi desenvolvido durante pesquisa de mestrado em design. Esse conteúdo foi apresentado em um minicurso para os produtores locais no Pólo Comercial de Caruaru. Durante a pesquisa no Pólo, percebeu-se que além de ministrar o curso, seria necessário que a informação ficasse também em outro suporte para o público-alvo, dessa forma, surgiu a necessidade da cartilha. Todo o texto e layout foi desenvolvido visando ser convidativo e facilitador do aprendizado. A linguagem e os grafismos complementam a proposta da instrução. Instructional Design, Education, Planning collections This paper presents an experience report the construction of an artifact based on the principles of instructional design for better grip. The artifact content on planning collections, was developed during research masters in design. This content was presented in a short course for local farmers in the Southern Commercial Caruaru. During the research at the Pole, it was realized that in addition to teach the course, you would need that information also stayed in another support for the target audience, thus came the need for primer. All text and layout was developed to be inviting and facilitator of learning. The language and the graphics complement the proposed instruction. Introdução O presente relato apresenta a resolução de problema no tocante ao acesso a informação do processo de planejamento de coleções no Pólo Comercial de Caruaru. Este estudo é parte da dissertação de mestrado que investigou como algumas confecções poderiam ser potencializadas através do planejamento de suas coleções. Durante o estudo foi identificada a carência das confecções em planejamento na produção de coleções. Isso implicava diretamente na produtividade, compra de tecidos, organização interna da confecção e dispêndio financeiro. Além disso, percebeu-se também que as confecções não transmitiam uma marca, identidade. Todas estavam iguais, misturadas e desvalorizadas. A cópia constante, a falta de planejamento e de materiais certos, deixava as confecções sem valor de concorrência umas com as outras (SIMÕES, 2010). O estudo propôs a identificar soluções para este fato, que culminou num método para o planejamento de coleções. Ao consolidar as diretrizes deste método, percebe-se que levar esta informação aqueles empresário não poderia ser apenas num curso de qualificação ou mesmo num livro. Partindo dos fundamentos do design instrucional, percebeu-se que este método Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação 5º InfoDesign Brasil 6º Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação SBDI Recife Brasil 2013 Proceedings of the 6 th Information Design International Conference 5 th InfoDesign Brazil 6 th Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação SBDI Recife Brazil 2013 Simões-Borgiani, Danielle; Waechter, Hans. 2014. Uso do design instrucional na concepção de artefatos para construção do planejamento de coleções. In: Coutinho, Solange G.; Moura, Monica; Campello, Silvio Barreto; Cadena, Renata A.; Almeida, Swanne (orgs.). Proceedings of the 6th Information Design International Conference, 5th InfoDesign, 6th CONGIC [= Blucher Design Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Blucher, 2014. ISSN 2318-6968, ISBN 978-85-212-0824-2 DOI http://dx.doi.org/10.5151/designpro-cidi-55
deveria vir num formato atrativo ao empresário, de fácil entendimento, fácil manuseio e poucas palavras. Aqui, iremos apresentar como foi concebida a construção gráfica da cartilha, bem como a proposta textual reduzida e direcionada ao fazer. 2 Proposito e ou Problema A necessidade de renovação dos métodos de ensino/aprendizagem é uma constante na sociedade com tantas mudanças decorrentes da globalização e das informações acessíveis. A sociedade da informação, envolve diversos atores e níveis culturais. Para Filatro(2004) e Choo (2003) nos tempos atuais é preciso educar para a liberdade. É preciso educar o indivíduo para caminhar sozinho. O indivíduo deve ser o agente da tomada de decisões. O indivíduo globalizado é mais decidido e informado. Ele deve aprender a aprender. educar na sociedade da informação significa muito mais do que treinar as pessoas para o uso de tecnologias de informações e comunicação: trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens de serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas de seu trabalho, bem como aplicar criativamente novas mídias. FILATRO (2004,35). Uma característica dos ambientes de estudo hoje também é a falta de nivelação dos aprendizes. Neste caso, tínhamos aprendizes graduados, de nível médio e nível fundamental. Como os alunos não são homogeneizados, as diferenças individuais devem ser respeitadas e ao se elogiar as atividades desenvolvidas pelos alunos, deve-se enfatizar o processo e não somente o resultado final (OLIVEIRA FILHO, 2010). Métodos Considerando o desafio que foi levar a informação para um grupo com vários níveis de conhecimento e também considerando que numa das fases do estudo percebemos que os criadores tinham acesso a informação através de livros, mas não tinham o habito de ler ou utilizá-los como fontes de pesquisa. Percebemos que seria preciso usar alguma ferramenta estratégica que deixasse esta informação mais atrativa, de fácil acesso e uso. O design instrucional foi usado como ferramenta de propagação da informação desenvolvida. O uso da instrução se dá para facilitar a compreensão através da comunicação. Para Filatro(2004), o uso das estratégias de aprendizagem testadas para projetar atividades de aprendizagem que permitam a construção de habilidades e conhecimentos é o design instrucional. Em busca da solução final, fundamentos do design da informação e design instrucional e design editorial fundamentaram a decisão do veículo que iria comportar esta informação. Resultados/produtos/argumentos Para levar a informação aos empresários e criadores o formato decidido foi de uma cartilha, pôster e curso. Esta decisão foi baseada nas reflexões quanto as características da pesquisa de campo. As reflexões foram as seguintes: 1. Somente um curso iria atender ao público daquele momento, mas não teria prospecção futura. Não atenderia mais pessoas depois. A pratica de ir para cursos de qualificação também não era comum no público pesquisado. 2. Fazer um livro poderia continuar deixando a informação distante deste público.
3. Somente a cartilha também poderia com o tempo não ser utilizada, por isso, foi proposta a mesma informação num outro veículo (pôster). De tal forma, que sempre estaria a vista para consulta dos criadores. Para levar a informação e para que a mesma ficasse como ferramenta de consulta constante, de forma acessível, utilizamos o formato cartilha/poster e apresentação em curso. Esta decisão teve fundamentos no design instrucional. O design instrucional está pautada em 4 diretrizes: propósito, resultados desejados, medidas de eficiência e medidas de efetividade. Assim, para a criação deste artefato, consideramos o proposito: Otimizar a construção de habilidades e conhecimentos em planejamento de coleções. Para os resultados desejados eram as habilidades e conhecimento adquirido pelo aluno no planejamento de coleções. Para as medidas de eficiência, consideramos o tempo necessário para que o aprendiz dominasse o conteúdo e as medidas de efetividade eram quando o aprendiz conseguisse replicar o que fora aprendido. As reflexões anteriores foram diretrizes no momento da criação da cartilha, o que resultou na adaptação do texto, interferências no projeto gráfico e na montagem do plano de aula do curso(figura 1 e 2). 3 Figura 1. Inicio de sessão 3 da cartilha (usado com a permissão de Simões-Borgiani). Figura 2. Páginas da sessão 3 da cartilha(usado com a permissão de Simões-Borgiani). Ainda para facilitar o uso, percebemos que o conteúdo poderia vir também em um pôster. Assim a informação sempre estaria muito próxima do criador. O conteúdo desenvolvido que versava sobre o planejamento de coleções foi dividido em 4 fases, para facilitar o entendimento e caminhar do leitor. As sessões fora distinguidas por cor na cartilha e cada abertura de sessão continha uma faixa de cor em destaque, conforme apresentado na Figura 1.
As páginas são todas ilustradas e contém poucos textos formais. A linguagem é direcionada como uma conversa. A citar passagens como: faça um painel. A voz imperativa também é largamente usada. Imagens de post its como lembretes aparecem em várias páginas e reforçam o conteúdo apresentado. As sessões foram intituladas em: Rabiscando, Alinhavando, Ajustando e Arrematando, em referência a processos da tecnologia da confecção (figura 3). 4 Figura 3. Páginas da sessão 2 da cartilha(usado com a permissão de Simões-Borgiani). Considerações Finais Através do desenvolvimento deste artefato e do curso ministrado para uma turma de 40 criadores/empresários, conseguimos perceber a adesão dos mesmos ao formato cartilha. Também percebemos os resultados das novas coleções após o curso. O uso do design instrucional foi fundamental para fundamentar as decisões no formato do artefato. Esta preocupação a respeito de educar e como educar na sociedade da informação deve ser uma constante. Este estudo teve mais desdobramentos que hoje tem continuidade numa pesquisa de doutoramento. Referências Livros, e material não publicados CHOO, C. (2003). A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Editora Senac. FILATRO, A. Design instrucional contextualizado. São Paulo: Senac, 2004. OLIVEIRA FILHO, J R. Motivação dos Alunos em Sala de Aula. Disponível em < http://webcache.gooleussercontentent.com/ >. Acesso em 8 out.2010. SIMÕES, D. S. Procedimentos metodológicos para criação de coleções para o Pólo de Confecções do Agreste de Pernambuco. 2010. 151p. Dissertação(Mestrado em Design) - Universidade Federal de Pernambuco, Cidade Universitária, 2010. Sobre o(a/s) autor(a/es)
5 Danielle Simões-Borgiani, Mestre, UFPE, Brasil, danielle@simoes-borgiani.com Hans da Nóbrega Waechter, Doutor, UFPE, Brasil, hnwaechter@terra.com.br