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Transcrição:

Xeloda capecitabina Roche Agente citostático IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Nome do produto: Xeloda Nome genérico: capecitabina Forma farmacêutica, via de administração e apresentações Comprimidos revestidos de 150 mg. Uso oral. Caixa com 60 comprimidos. Comprimidos revestidos de 500 mg. Uso oral. Caixa com 120 comprimidos. USO ADULTO Composição Princípio ativo: Cada comprimido revestido de Xeloda 150 mg contém: Capecitabina...150 mg Cada comprimido revestido de Xeloda 500 mg contém: Capecitabina...500 mg Excipientes: Lactose anidra, croscarmelose sódica, hipromelose, celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de titânio, talco, óxido de ferro amarelo e óxido de ferro vermelho. INFORMAÇÕES AO PACIENTE Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações abaixo. Caso não esteja seguro a respeito de determinado item, favor informar ao seu médico. 1. AÇÃO DO MEDICAMENTO Xeloda pertence ao grupo de drogas denominadas agentes citostáticos, que interrompem o crescimento das células tumorais ou cancerígenas. Xeloda contém a substância ativa capecitabina, que é transformada no organismo (principalmente nos tecidos tumorais) em um agente citostático. 2. INDICAÇÕES DO MEDICAMENTO Xeloda é prescrito pelos médicos para o tratamento de câncer de mama e de câncer de cólon e reto (que são partes do intestino) em determinadas condições. Câncer de mama Xeloda em combinação com docetaxel está indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático após falha da quimioterapia citotóxica contendo antraciclina. Xeloda está indicado em monoterapia no tratamento de pacientes com câncer de mama metastático resistente a regimes de quimioterapia com paclitaxel e antraciclina, ou resistente a paclitaxel para pacientes em que a terapia adicional com antraciclina não está indicada, por exemplo, pacientes que receberam doses cumulativas de 400 mg/m 2 de doxorrubicina ou equivalente. Define-se resistência como progressão da doença na vigência do tratamento, com ou sem resposta inicial, ou recorrência nos 6 meses após término do tratamento adjuvante com antraciclina ou regimes contendo antraciclina.

Câncer colorretal: Xeloda é indicado em monoterapia no tratamento adjuvante de pacientes com câncer colorretal Dukes C (estágio III), submetidos à ressecção completa do tumor primário, nos casos em que haja preferência para terapia com fluoropirimidinas. Xeloda demonstrou não inferioridade ao 5-FU/LV no que se refere à sobrevida livre de progressão. Embora nem Xeloda nem quimioterapia combinada prolonguem a sobrevida global, a quimioterapia combinada tem demonstrado uma melhor sobrevida livre de progressão se comparada ao 5-FU/LV. O médico deve considerar estes resultados ao prescrever Xeloda em monoterapia no tratamento adjuvante do câncer colorretal Dukes C. Xeloda é indicado no tratamento de primeira linha de pacientes com carcinoma colorretal metastático, nos casos em que haja preferência para terapia com fluoropirimidinas. A quimioterapia combinada tem demonstrado benefício na sobrevida se comparado à monoterapia com 5-FU/LV. O uso de Xeloda ao invés de 5-FU/LV em combinação não foi adequadamente estudado para assegurar segurança ou a manutenção da vantagem de sobrevida. 3. RISCOS DO MEDICAMENTO Contra-indicações Existem algumas condições em que o uso de Xeloda está contra-indicado, como em pacientes que tenham alergia conhecida a determinados medicamentos ou sejam portadores de determinadas doenças. Você não deve tomar Xeloda caso possua alergia conhecida a qualquer um de seus componentes. Portanto, deve informar ao seu médico caso saiba que possui alergia ou hiperreatividade a Xeloda. Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento. Xeloda não deve ser administrado com sorivudina ou com seus análogos quimicamente semelhantes, assim como brivudina (vide Interações medicamentosas ). Antes de iniciar o tratamento, certifique-se de que seu médico saiba que você tem: - doenças do fígado ou dos rins; - outras doenças. Converse com o seu médico caso tenha dúvidas a respeito das possíveis contra-indicações de Xeloda. Advertências e precauções Interrupção do tratamento: Seu médico pode solicitar que você deixe de tomar Xeloda durante algum tempo (ou que tome menor quantidade do mesmo, caso desenvolva qualquer efeito colateral de difícil controle). Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Xeloda foi prescrito a você individualmente e, sob nenhuma circunstância, você deve dar Xeloda para qualquer outra pessoa. Principais interações medicamentosas Antes de iniciar o tratamento, certifique-se de que o seu médico sabe que você está tomando outros medicamentos (inclusive aqueles não prescritos por um médico). Isso é extremamente importante porque, ao tomar mais de um medicamento simultaneamente, você poderá estar diminuindo ou aumentando os efeitos dos medicamentos. Avise o seu médico se estiver tomando anticoagulantes ou fenitoína. Alterações nos resultados de exames laboratoriais

Normalmente o médico solicita que os pacientes sejam submetidos a exames laboratoriais periodicamente. Xeloda pode causar alterações nos exames laboratoriais e seu médico saberá como proceder adequadamente nesses casos. Siga corretamente a orientação do seu médico com relação às doses e eventuais interrupções de tratamento. Gravidez e amamentação Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. Não foram realizados estudos com mulheres grávidas usando Xeloda, porém, com base nas propriedades farmacológicas e toxicológicas de Xeloda, presume-se que Xeloda possa causar dano para o feto se administrado a mulheres grávidas. Antes de iniciar o tratamento, você deve informar a seu médico caso esteja grávida, caso pense que está grávida ou caso pretenda engravidar. Você não deve tomar Xeloda caso esteja grávida ou pense que poderia estar. Você não deve amamentar caso esteja tomando Xeloda. Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas, quando for o caso. Não foram realizados estudos sobre os efeitos de Xeloda sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas. Este medicamento é contra-indicado para crianças. Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. 4. MODO DE USO Aspecto físico Os comprimidos de Xeloda são de cor rosa Cuidados de administração Xeloda somente deve ser usado quando receitado por médico. Tomar os comprimidos pela manhã e à noite, 30 minutos após as refeições. Ingerir os comprimidos com água, sem mastigá-los. Doses Seu médico prescreverá a dose adequada, dependendo da natureza de sua doença, de seu peso corpóreo e de sua resposta individual a Xeloda. Seu médico o informará sobre a quantidade correta de comprimidos que você deverá tomar pela manhã e à noite. Não mude as doses por sua conta. Em alguns casos, pode ser necessário reduzir a dose e seu médico saberá identificar essa situação para orientá-lo adequadamente. Duração do tratamento

A duração do tratamento com Xeloda varia, dependendo da natureza de sua doença e de sua resposta individual ao tratamento. Seu médico a informará sobre quando você deve parar de tomar Xeloda. Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento. Este medicamento não pode ser partido ou mastigado. 5. REAÇÕES ADVERSAS Informe ao seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis. Adicionalmente aos efeitos benéficos de Xeloda, é possível que ocorram efeitos indesejados durante o tratamento, mesmo quando usado conforme a prescrição médica. Os efeitos indesejados comumente ocorrem no início do tratamento. As reações indesejáveis mais comuns são diarréia, perda de apetite, náuseas, vômitos, feridas na boca, vermelhidão, formigamento, inchaço e adormecimento das palmas das mãos e plantas dos pés. Esses efeitos colaterais normalmente melhoram rapidamente (dentro de 2-3 dias) se o tratamento com Xeloda for interrompido; o tratamento poderá, então, ser reiniciado, de acordo com as instruções de seu médico. Caso perceba qualquer um desses efeitos, você deve informar ao seu médico imediatamente a respeito. Diarréia: caso você tenha mais de 4 evacuações por dia e diarréia durante a noite, pare de tomar Xeloda imediatamente e procure seu médico para obter orientação adicional. Você pode perder o apetite e ficar com náusea devido ao uso de Xeloda. Caso você perceba que a quantidade de alimentos que você ingere diariamente está muito menor do que a normal, procure o seu médico para obter informações adicionais. Você poderá vomitar enquanto estiver tomando Xeloda. Caso vomite mais do que uma vez durante um período de 24 horas, pare de tomar Xeloda imediatamente e procure seu médico para obter orientação adicional. Algumas vezes, Xeloda poderá causar formigamento, adormecimento, inchaço ou avermelhamento nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Caso os sintomas se agravem, com presença de DOR e inchaço ou bolhas, pare de tomar Xeloda imediatamente e procure seu médico para obter orientação adicional. Pode acontecer avermelhamento ou feridas na parte interna da boca. Caso você tenha feridas DOLORIDAS, pare de tomar Xeloda imediatamente e procure seu médico para obter orientação adicional. Foram observados outros efeitos colaterais menos comuns e normalmente leves, como erupções cutâneas, perda leve de cabelo, fadiga, febre, fraqueza, sonolência, cefaléia, dormência ou sensações de formigamento, alterações do paladar, tontura, insônia, inchaço das pernas, perda do apetite e desidratação. Caso você esteja preocupado a respeito destes ou de qualquer outro efeito inesperado, consulte o seu médico. Atenção: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe ao seu médico.

6. CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE As manifestações agudas de superdose incluem náusea, vômitos, diarréia, inflamação das mucosas, irritação e sangramento gastrintestinal, e alterações no sangue. Em casos de superdose aguda, interromper o uso de Xeloda imediatamente e procurar orientação do seu médico. 7. CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO Cuidados de armazenamento Mantenha este medicamento sempre dentro da embalagem original, devidamente fechada, em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC). Prazo de validade Este medicamento possui prazo de validade a partir da data de fabricação (vide embalagem externa do produto). O uso de qualquer remédio com prazo de validade vencido não é aconselhável, podendo ser prejudicial à sua saúde. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 1. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS Farmacodinâmica Mecanismo de ação A capecitabina é um agente citotóxico, derivado do carbamato de fluoropirimidina, tumor-ativado e tumor-seletivo, que foi planejado para administração oral. A capecitabina é atóxica in vitro, porém, in vivo, a mesma é seqüencialmente convertida para a fração citotóxica 5-fluorouracil (5-FU) que, por sua vez, é metabolizada adicionalmente. A formação de 5-FU é catalizada preferencialmente no tumor por um fator angiogênico associado ao tumor, denominado timidina-fosforilase (ThyPase), minimizando assim a exposição dos tecidos sadios do organismo ao 5-FU sistêmico. A biotransformação enzimática seqüencial da capecitabina para 5-FU leva a maiores concentrações dentro dos tecidos do tumor. Após a administração oral de capecitabina para pacientes com câncer colorretal (N = 8), a relação entre a concentração nos tumores colorretais e nos tecidos adjacentes foi de 3,2 (variação de 0,9 a 8,0). A relação entre a concentração de 5-FU no tumor e no plasma foi de 21,4 (variação de 3,9 a 59,9), enquanto a relação entre os tecidos saudáveis e o plasma foi de 8,9 (variação de 3,0 a 25,8). Foi medida a atividade da timidina-fosforilase, observando-se que a mesma é 4 vezes maior no tumor colorretal primário do que no tecido adjacente normal. Outras pesquisas demonstraram que diversos tumores humanos, como câncer de mama, gástrico, colorretal, câncer de colo de útero e ovariano, apresentam nível de timidina-fosforilase maior (capaz de converter 5'-DFUR [5'-deoxi-5-fluorouridina] em 5-FU) do que os tecidos normais correspondentes. Tanto as células normais quanto as células tumorais, metabolizam o 5-FU para monofosfato de 5- fluoro-2-desoxiuridina (FdUMP) e trifosfato de 5-fluorouridina (FUTP). Estes metabólitos causam dano à célula através de dois mecanismos diferentes. Inicialmente, o FdUMP e o cofator folato N5-10-metileno-tetrahidrofolato ligam-se à timidilato sintetase (TS) para formar um complexo ternário covalente. Esta ligação inibe a formação de timidilato a partir do uracil. O timidilato é o precursor necessário do trifosfato de timidina, que por sua vez, é essencial para a síntese de DNA, de forma que uma deficiência deste composto pode inibir a divisão celular. Em segundo lugar, as enzimas nucleares de transcrição podem incorporar FUTP erroneamente, no lugar do trifosfato de uridina (UTP) durante a síntese de RNA. Esse erro metabólico pode interferir com o processamento do RNA e com a síntese protéica.

Farmacocinética Absorção Após administração oral, a capecitabina é rápida e extensamente absorvida, seguida de extensa conversão para os metabólitos, 5 -deoxi-5-fluorocitidina (5 -DFCR) e 5 -DFUR. A administração com alimentos diminui a taxa de absorção da capecitabina, porém com mínimo efeito sobre as áreas sob a curva (AUCs) do 5 -DFUR e de seu metabólito subseqüente 5-FU. Com a dose de 1250 mg/m 2 no décimo-quarto dia de administração após a ingestão de alimentos, as concentrações plasmáticas de pico (C máx em mcg/ml) para a capecitabina, 5 -DFCR, 5 DFUR, 5- FU e FBAL foram 4,47; 3,05; 12,1; 0,95 e 5,46, respectivamente. Os tempos para as concentrações plasmáticas de pico (T máx em horas) foram 1,50; 2,00; 2,00; 2,00 e 3,34. Os valores da AUC 0- em mcg x h/ml foram 7,75; 7,24; 24,6; 2,03 e 36,3. Distribuição Ligação protéica Estudos realizados com plasma humano in vitro determinaram que as ligações da capecitabina, 5 -DFCR, 5 -DFUR e 5-FU às proteínas, principalmente à albumina, foram de 54%, 10%, 62% e 10% respectivamente. Metabolismo A capecitabina é metabolizada inicialmente, através da carboxilesterase hepática, para 5 -DFCR, a qual é convertida a seguir em 5 -DFUR através da citidina-desaminase, localizada principalmente no fígado e nos tecidos tumorais. A formação de 5-FU ocorre preferencialmente no tumor pela ação do fator angiogênico associado ao tumor, dthdpase (timidina-fosforilase), minimizando assim a exposição sistêmica dos tecidos sadios do organismo ao 5-FU sistêmico. A AUC plasmática do 5-FU é 6 a 22 vezes menor do que aquela observada após a administração intravenosa em bolus de 5-FU (dose de 600 mg/m 2 ). Os metabólitos da capecitabina tornam-se citotóxicos somente após sua conversão para 5-FU e para anabólitos do 5-FU. (vide Farmacodinâmica ). O 5-FU é então catabolizado dando origem aos metabólitos inativos diidro-5-fluoruracil (FUH2), ácido 5-fluoro-ureidopropiônico (FUPA) e α-fluoro-β-alanina (FBAL), via diidropirimidina desidrogenase (DPD), a qual é limitante da taxa. Eliminação As meias-vidas de eliminação (t 1/2 em horas) da capecitabina, 5 -DFCR, 5 -DFUR, 5-FU e FBAL foram de 0,85; 1,11; 0,66; 0,76 e 3,23 respectivamente. A farmacocinética da capecitabina foi avaliada em uma faixa de dose de 502-3514 mg/m 2 /dia. Os parâmetros da capecitabina, 5 - DFCR e 5 -DFUR medidos nos dias 1 e 14 foram similares. A AUC de 5-FU foi 30% - 35% maior no dia 14, mas não aumentou subseqüentemente (dia 22). Com doses terapêuticas, a farmacocinética da capecitabina e de seus metabólitos foi proporcional à dose, exceto para 5-FU. Após sua administração oral, os metabólitos da capecitabina são recuperados principalmente na urina. 95,5% da dose de capecitabina administrada são recuperados na urina. A excreção fecal é mínima (2,6%). O principal metabólito excretado na urina é FBAL, que representa 57% da dose administrada. Aproximadamente 3% da dose administrada são excretados na urina como droga não modificada. Terapia combinada Os estudos fase I para avaliação dos efeitos de Xeloda sobre a farmacocinética, tanto do docetaxel como do paclitaxel e vice-versa, não demonstraram efeitos do Xeloda sobre a farmacocinética do docetaxel ou do paclitaxel (C máx e AUC), assim como nenhum efeito do docetaxel ou do paclitaxel sobre a farmacocinética do 5 -DFUR (o metabólito mais importante da capecitabina).

Farmacocinética em situações clínicas especiais A análise farmacocinética da população foi realizada após o tratamento de 505 pacientes, portadores de câncer colorretal, com Xeloda, na dose de 1250 mg/m 2 duas vezes ao dia. Sexo, presença ou ausência de metástases hepáticas ao diagnóstico, performance status de Karnofsky, bilirrubina total, albumina sérica, TGO e TGP, não tiveram efeito estatístico significante na farmacocinética do 5 -DFUR, 5-FU e FBAL. Pacientes com insuficiência hepática em decorrência de metástases hepáticas. Nenhum efeito clinicamente significante foi observado na bioativação e farmacocinética da capecitabina em pacientes portadores de câncer com insuficiência hepática leve a moderada devida a metástases hepáticas (vide Instruções especiais de dosagem ). Não há dados farmacocinéticos de pacientes com insuficiência hepática grave. Pacientes com insuficiência renal Com base em estudo farmacocinético em pacientes com câncer e insuficiência renal leve a grave, não há evidência de efeito do clearance de creatinina sobre a farmacocinética da droga intacta e do 5-FU. Foi constatado que o clearance de creatinina influencia a exposição sistêmica ao 5 - DFUR (35% de aumento da AUC quando o clearance de creatinina diminui em 50%) e ao FBAL (aumento de 114% da AUC quando o clearance de creatinina diminui em 50%). O FBAL é um metabólito sem atividade antiproliferativa; o 5 -DFUR é um precursor direto do 5-FU (vide Instruções especiais de dosagem e Advertências ). Idosos Baseado na análise farmacocinética da população, a qual incluiu pacientes com a idade variando de 27 a 86 anos, sendo 234 (46%) pacientes com idade superior ou igual a 65 anos, a idade não teve influência na farmacocinética do 5 -DFUR e 5-FU. A AUC do FBAL aumentou com a idade (20% de aumento na idade resultou em 15% de aumento na AUC do FBAL). Este aumento provavelmente é devido a uma alteração na função renal (vide acima Pacientes com insuficiência renal ). Raça Baseado na análise farmacocinética da população, que incluiu 455 pacientes brancos (90,1%), 22 pacientes negros (4,4%) e 28 pacientes de outra raça ou etnia (5,5%), não houve diferenças quanto à farmacocinética entre pacientes negros e brancos. 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA Monoterapia - Carcinoma colorretal Os dados de um estudo clínico controlado de fase III, multicêntrico, randomizado, em pacientes com câncer de cólon em estágio III (Dukes C) suportam o uso de Xeloda como tratamento adjuvante de pacientes com câncer de colorretal (X-Act Study). Neste estudo, 1987 pacientes foram randomizados para receberem tratamento com Xeloda (1250 mg/m 2 duas vezes ao dia, durante 2 semanas, seguido por um período de descanso de 1 semana, e administrado em ciclos a cada 3 semanas, durante 24 semanas), ou 5-FU e Leucovorin (ácido folínico) (esquema de tratamento Mayo: 20 mg/m 2 de Leucovorin (ácido folínico) endovenoso seguido por 425 mg/m 2 endovenoso em bolo de 5-FU, nos dias 1 a 5, a cada 28 dias durante 24 semanas). Xeloda foi pelo menos equivalente ao 5-FU/LV endovenoso na sobrevida livre de doença (p=0,0001), margem de não inferioridade de 1,2. Em toda a população randomizada, os testes para diferença entre Xeloda e 5-FU/LV na sobrevida livre de doença, sobrevida global e sobrevida livre de recidiva mostraram proporção de risco de 0,88 (IC de 95%, 0,77-1,01; p= 0,68) e 0,86, respectivamente. O acompanhamento médio no momento da análise foi de 6,9 anos. (1) Os dados de dois estudos clínicos com desenho idêntico, multicêntricos, randomizados, controlados, de fase III, proporcionam suporte para o uso de Xeloda como tratamento de primeira escolha do câncer colorretal metastático. Nestes estudos, 603 pacientes foram randomizados para o tratamento com Xeloda (1250 mg/m 2 duas vezes ao dia durante 2

semanas, seguido de um período de descanso de uma semana e sendo administrado como ciclo de 3 semanas). Outros 604 pacientes foram randomizados para o tratamento com 5-FU e Leucovorin (ácido folínico) (regime Mayo: 20 mg/m 2 de Leucovorin (ácido folínico) EV seguido de 425 mg/m 2 EV de 5-FU em bolus, nos dias 1 a 5, a cada 28 dias). Os índices de resposta objetiva global em toda a população randomizada (avaliação do pesquisador) foi 25,7% (Xeloda ) vs. 16,7% (regime Mayo); p < 0,0002. A mediana do tempo para progressão foi de 140 dias (Xeloda ) vs. 144 dias (regime Mayo). A mediana da sobrevida foi de 392 dias (Xeloda ) vs. 391 dias (regime Mayo). (2,3) Terapia combinada - Câncer de mama Os dados de um estudo clínico multicêntrico, randomizado, controlado, de fase lll proporcionam suporte à utilização de Xeloda para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático ou localmente avançado, em combinação com docetaxel, após insucesso de quimioterapia citotóxica incluindo uma antraciclina. Neste estudo, 255 pacientes foram randomizados para tratamento com Xeloda (1250 mg/m 2 duas vezes ao dia durante 2 semanas, seguido de um período de descanso de 1 semana) e docetaxel (75 mg/m 2 como infusão venosa de 1 hora a cada 3 semanas). Outros 256 pacientes foram randomizados para tratamento com docetaxel isoladamente (100 mg/m 2 como infusão intravenosa de 1 hora a cada 3 semanas). A sobrevida foi superior no grupo tratado com a combinação Xeloda + docetaxel (p = 0,0126). A mediana da sobrevida foi de 442 dias [Xeloda + docetaxel] vs. 352 dias (docetaxel isoladamente). Os índices de resposta objetiva global em toda a população randomizada (avaliação do pesquisador) foram 41,6% [Xeloda + docetaxel] vs. 29,7% (docetaxel somente); p = 0,0058. O tempo para a progressão da doença ou morte foi superior no grupo tratado com a combinação Xeloda + docetaxel (p < 0,0001). A mediana do tempo até a progressão foi de 186 dias [Xeloda + docetaxel] vs. 128 dias (docetaxel isoladamente). (6) Monoterapia - Carcinoma de mama Os dados de dois estudos clínicos multicêntricos, de fase ll proporcionam suporte ao uso de Xeloda em monoterapia para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático ou localmente avançado após insucesso de um taxano e de regime quimioterápico contendo antraciclina, ou, para aqueles pacientes nos quais a terapia adicional com antraciclina não está indicada. Nestes estudos, um total de 236 pacientes foi tratado com Xeloda (1250 mg/m 2 duas vezes ao dia durante 2 semanas seguido de um período de descanso de 1 semana). Os índices de resposta objetiva global (avaliação do pesquisador) foram 20% (primeiro estudo) e 25% (segundo estudo). A mediana do tempo até a progressão foi de 93 e de 98 dias. A mediana da sobrevida foi de 384 e de 373 dias. (5,6) Referências Bibliográficas 1. Twelves C., Wong A., Nowacki M. P., Abt M., Burris H. III, et al. Capecitabine as Adjuvant Treatment for Stage III Colon Cancer. N Engl J Med; 352:2696-2704, 2005. 2. Hoff PM, Ansari R, Batist G, et al. Comparison of Oral Capecitabine Versus Intravenous Fluorouracil Plus Leucovorin as First-Line Treatment in 605 Patients With Metastatic Colorectal Cancer: Results of a Randomized Phase III Study. JCO : 2282-2292, 2001. 3. Van Cutsem E, Twelves C, Cassidy J, et al. Oral Capecitabine Compared With Intravenous Fluorouracil Plus Leucovorin in Patients With Metastatic Colorectal Cancer: Results of a Large Phase III Study. JCO 4097-4106, 2001. 4. O`Shaugnessy J, Miles D, Vukelja S et al. Superior survival with capecitabine plus docetaxel combination therapy in antracycline-pretreated patients with advanced breast cancer: phase III trial resultes. JCO; 20: 2812-23, 2002. 5. Blum J L, Jones SE, Buzdar AU et al. Multicenter phase II study of Capecitabine in paclitaxel refractory MBC. JCO; 17: 485-93,1999.

6. Blum JL, Dieras V, Lo Rosso PM, et al. Multicenter phase II study of oral capecitabine in taxane pretreated metastatic breast carcinoma patients. Cancer; 92: 1759-68, 2001. 3. INDICAÇÕES Câncer de mama Xeloda em combinação com docetaxel está indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático, após falha da quimioterapia citotóxica contendo antraciclina. Xeloda está indicado em monoterapia no tratamento de pacientes com câncer de mama metastático resistente a regimes de quimioterapia com paclitaxel e antraciclina, ou resistente a paclitaxel para pacientes em que a terapia adicional com antraciclina não está indicada, por exemplo, pacientes que receberam doses cumulativas de 400 mg/m 2 de doxorrubicina ou equivalente. Define-se resistência como progressão da doença na vigência do tratamento, com ou sem resposta inicial, ou recorrência nos 6 meses após término do tratamento adjuvante com antraciclina ou regimes contendo antraciclina. Câncer colorretal Xeloda é indicado em monoterapia no tratamento adjuvante de pacientes com câncer colorretal Dukes C (estágio III), submetidos à ressecção completa do tumor primário, nos casos em que haja preferência para terapia com fluoropirimidinas. Xeloda demonstrou não inferioridade ao 5-FU/LV no que se refere à sobrevida livre de progressão. Embora nem Xeloda nem quimioterapia combinada prolonguem a sobrevida global, a quimioterapia combinada tem demonstrado uma melhor sobrevida livre de progressão se comparada ao 5-FU/LV. O médico deve considerar estes resultados ao prescrever Xeloda em monoterapia no tratamento adjuvante do câncer colorretal Dukes C. Xeloda é indicado no tratamento de primeira linha de pacientes com carcinoma colorretal metastático, nos casos em que haja preferência para terapia com fluoropirimidinas. A quimioterapia combinada tem demonstrado benefício na sobrevida se comparado à monoterapia com 5-FU/LV. O uso de Xeloda ao invés de 5-FU/LV em combinação não foi adequadamente estudado para assegurar segurança ou a manutenção da vantagem de sobrevida. 4. CONTRA INDICAÇÕES Xeloda está contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida à capecitabina ou a quaisquer dos demais componentes da fórmula do produto. Xeloda está contra-indicado em pacientes que apresentem história de reações graves e inesperadas à terapia com fluoropirimidinas ou com hipersensibilidade conhecida ao fluorouracil. Como as outras fluoropirimidinas, Xeloda está contra-indicado em pacientes com conhecida deficiência de DPD (diidropirimidina desidrogenase). Xeloda não deve ser administrado com sorivudina ou com seus análogos quimicamente semelhantes, tal como brivudina (veja Interações medicamentosas ). Xeloda está contra-indicado em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina abaixo de 30 ml/min). As contra-indicações do docetaxel também se aplicam à combinação Xeloda + docetaxel. 5. MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSEVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO Condições de conservação: Manter este medicamento sempre dentro da embalagem original, devidamente fechada, em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC) e fora da visão e do alcance das crianças. Modo de usar: tomar os comprimidos pela manhã e à noite, até 30 minutos após as refeições. Ingerir os comprimidos com água, sem mastigá-los.

Este medicamento não deve ser usado depois da data de validade (VAL) impressa na embalagem. Via de administração: oral. 6. POSOLOGIA Dosagem recomendada Os comprimidos de Xeloda devem ser ingeridos sem mastigar, com água, até 30 minutos após a refeição. Monoterapia A dose recomendada para monoterapia de Xeloda é 1250 mg/m 2 administradas 2 vezes ao dia (pela manhã e à tarde; equivalente a 2500 mg/m 2 de dose total diária) por 14 dias, seguidos de sete dias de descanso. Em combinação com câncer de mama Em combinação com docetaxel, a dose recomendada de Xeloda é de 1250 mg/m 2 administradas 2 vezes ao dia (pela manhã e à noite; equivalente a 2500 mg/m 2 de dose total diária) por 14 dias, seguidos de sete dias de descanso associada ao docetaxel 75 mg/m 2 em infusão endovenosa durante 1 hora, a cada 3 semanas. A pré-medicação, de acordo com a bula de docetaxel, deve ser iniciada antes da administração de docetaxel para os pacientes que o estiverem recebendo em combinação com Xeloda. Xeloda é administrado de acordo com a superfície corpórea. A tabela 1 mostra exemplos de cálculos da dosagem recomendada e da dosagem reduzida, (vide item Ajuste na dosagem durante o tratamento) para uma dose inicial de 1250 mg/m 2. Tabela 1. Cálculo da dose de Xeloda, de acordo com a superfície corpórea, para uma dose inicial de 1250 mg/m 2 de Xeloda : Superfície corpórea (m 2 ) Dose completa 1250 mg/m 2 Dose por administração (mg) Nível de dosagem 1250 mg/m 2 (duas vezes ao dia) Número de comprimidos de 150 mg e/ ou 500 mg por administração (cada administração pela manhã ou à noite) 150 mg 500 mg Dose reduzida (75%) 950 mg/m 2 Dose por administração (mg) Dose reduzida (50%) 625 mg/m 2 Dose por administração (mg) 1,26 1500-3 1150 800 1,27 1,38 1650 1 3 1300 800 1,39 1,52 1800 2 3 1450 950 1,53 1,66 2000-4 1500 1000 1,67 1,78 2150 1 4 1650 1000 1,79 1,92 2300 2 4 1800 1150 1,93 2,06 2500-5 1950 1300 2,07 2,18 2650 1 5 2000 1300 2,19 2800 2 5 2150 1450 Ajustes na dosagem durante o tratamento

A toxicidade causada pela administração de Xeloda pode ser controlada por tratamento sintomático e/ou modificação da dose de Xeloda (interrupção do tratamento ou redução da dose). Uma vez que a dose foi reduzida, ela não deve ser aumentada posteriormente. No caso de toxicidades em que o médico prescritor considere que é improvável um agravamento ou risco de vida, o tratamento pode ser continuado na mesma dosagem sem redução ou interrupção. Não são recomendadas modificações de dosagem para eventos grau 1. A terapia com Xeloda deve ser interrompida se um evento adverso, grau 2 ou 3 acontecer. Uma vez que o evento adverso foi solucionado ou diminuiu de intensidade para grau 1, a terapia com Xeloda pode ser reiniciada com dose total ou conforme ajuste de dose conforme a Tabela 2. Se um evento grau 4 acontecer, a terapia deve ser descontinuada ou interrompida até que o evento tenha sido solucionado ou diminuído para grau 1 quando a terapia deve ser reiniciada com 50% da dose original. Os pacientes tratados com Xeloda devem ser informados sobre a necessidade de interromper o tratamento imediatamente se ocorrer toxicidade grave ou moderada. As doses de capecitabina não recebidas devido à toxicidade não são substituídas. Hematologia: Os pacientes com contagens de neutrófilos na avaliação inicial basal < 1,5 x 10 9 /L e/ou com contagem de plaquetas < 100 x 10 9 /L, não devem ser tratados com Xeloda. Caso avaliações laboratoriais não-programadas durante um ciclo de tratamento mostrem toxicidade hematológica de grau 3 ou 4, o tratamento com Xeloda deve ser interrompido. A tabela a seguir mostra as modificações de dose recomendadas após uma toxicidade: Tabela 2. Recomendação de redução de dose para Xeloda Toxicidade graus conforme o NCIC * Ajuste de dose para o próximo ciclo (% da dose inicial) Alteração de dose durante um ciclo de tratamento Grau 1 Manter o nível de dosagem Manter o nível de dosagem Grau 2-1ª ocorrência Interrompa até resolução para graus 0-1 100% - 2ª ocorrência Interrompa até resolução para graus 0-1 75% - 3ª ocorrência Interrompa até resolução para graus 0-1 50% - 4ª ocorrência Interrompa o tratamento permanentemente Não aplicável Grau 3-1ª ocorrência Interrompa até resolução para graus 0-1 75% - 2ª ocorrência Interrompa até resolução para graus 0-1 50% - 3ª ocorrência Interrompa o tratamento permanentemente Não aplicável Grau 4-1ª ocorrência Se o médico julgar ser do melhor interesse 50% do paciente continuar, interrompa até a resolução para graus 0-1 ou Interrompa o tratamento permanentemente *De acordo com National Cancer Institute of Canada Clinical Trial Group (NCIC CTG) Common Toxicity Criteria (versão 1) ou Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE) do Cancer Therapy Evaluation Program, US National Cancer Institute versão 3.0. Para síndrome mão-pé e hiperbilirrubinemia (vide Precauções e advertências). Terapia combinada

Ao usar Xeloda em combinação com outra terapia, as modificações de dose devido à toxicidade devem ser efetuadas de acordo com a Tabela 2 para Xeloda e de acordo com a respectiva bula para outros agentes. No início do ciclo de tratamento, caso seja indicado o adiamento do tratamento tanto para Xeloda como para outras terapias, a administração de todos os agentes deve ser protelada até que os requisitos para o reinício da administração de todas as drogas sejam atendidos. Durante um ciclo de tratamento em que as toxicidades não são consideradas pelo médico prescritor como relacionadas ao Xeloda. Deve-se continuar o tratamento com Xeloda e a dose do outro agente deve ser ajustada de acordo com a bula do produto. Caso haja necessidade da descontinuação permanente do outro agente, o tratamento com Xeloda pode ser recomeçado quando os requisitos para o reinício forem atendidos. Esta recomendação aplica-se a todas as populações especiais. Instruções especiais de dosagem Pacientes com insuficiência hepática devida a metástases hepáticas Em pacientes com disfunção hepática leve a moderada devida a metástases hepáticas, nenhum ajuste da dose inicial é necessário. Porém, tais pacientes devem ser cuidadosamente monitorados (vide Farmacocinética e Advertências ). Não foram estudados pacientes com insuficiência hepática grave. Pacientes com insuficiência renal Em pacientes com insuficiência renal moderada [clearance de creatinina 30 50 ml/min (Cockroft e Gault)], na avaliação basal, recomenda-se reduzir a dose para 75% da dose inicial. Em pacientes com insuficiência renal leve (clearance de creatinina 51 80 ml/min) não se recomendam ajustes da dose inicial. Recomenda-se monitoramento cuidadoso e interrupção rápida do tratamento caso o paciente desenvolva um evento adverso de graus 2, 3 ou 4 com subseqüente ajuste de dose como definido na tabela acima (vide Farmacocinética em situações clínicas especiais ). Caso o clearance de creatinina calculado diminua durante o tratamento para um valor abaixo de 30 ml/min, Xeloda deve ser descontinuado. A recomendação de ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal moderada se aplica tanto à monoterapia quanto ao uso em combinação. Para os cálculos de dosagem, vide a Tabela 1. Crianças A segurança e eficácia de Xeloda em crianças não foram estabelecidas. Idosos Para a monoterapia de Xeloda não são necessários ajustes da dose inicial. Porém, os eventos adversos graves graus 3 ou 4 relacionados ao tratamento foram mais freqüentes em pacientes com mais de 80 anos de idade comparado com pacientes mais jovens. Quando Xeloda foi usado em combinação com outro agente, pacientes idosos ( 65 anos), comparados com pacientes mais jovens, tiveram mais reações adversas de graus 3 ou 4 e reações adversas que levaram à descontinuação do tratamento. Recomenda-se efetuar monitoramento cuidadoso dos pacientes idosos. Em combinação com docetaxel, foi observada incidência aumentada de eventos adversos graus 3 ou 4 relacionados ao tratamento e de eventos adversos graves relacionados ao tratamento em pacientes com 60 anos de idade ou mais. Para pacientes com 60 anos de idade ou mais, tratados com a combinação Xeloda mais docetaxel, recomenda-se a redução da dose inicial de Xeloda para 75% (950 mg/m 2 duas vezes ao dia). Para o cálculo de dosagem, vide a Tabela 1. 7. ADVERTÊNCIAS Geral

Os pacientes tratados com Xeloda devem ser cuidadosamente monitorados quanto à toxicidade. A maioria dos efeitos adversos é reversível e não requer descontinuação permanente da terapia, embora suspensão e ajuste de dose possam ser necessárias. Diarréia: Xeloda pode induzir diarréia, a qual eventualmente pode ser grave. Os pacientes com diarréia grave devem ser monitorados cuidadosamente e se ficarem desidratados, deverão receber fluídos com reposição de eletrólitos. Tratamentos-padrão anti-diarréia (por exemplo, loperamida) devem ser instituídos, caso indicado, o quanto antes. Caso necessário, uma redução de dose deve ser efetuada (vide Posologia) Desidratação: A desidratação deve ser evitada ou corrigida tão logo constatada. Os pacientes com anorexia, astenia, náusea, vômito ou diarréia podem ficar desidratados rapidamente. Caso ocorra desidratação de grau 2 (ou maior), o tratamento com Xeloda deve ser imediatamente interrompido e a desidratação deve ser corrigida. O tratamento não deve ser reiniciado até que o paciente esteja re-hidratado e todas as causas que precipitaram a desidratação tenham sido corrigidas ou controladas. As modificações de dose a serem aplicadas são aquelas para o evento adverso que causou a desidratação, de acordo com as diretrizes acima mencionadas. O espectro da cardiotoxicidade observada com Xeloda é similar ao de outras pirimidinas fluoretadas. Isto inclui infarto do miocárdio, angina, disritmias, parada cardíaca, insuficiência cardíaca e alterações eletrocardiográficas. Estes eventos adversos podem ser mais comuns em pacientes com história prévia de doença coronariana. Raramente, uma toxicidade grave e inesperada (por exemplo, estomatite, diarréia, neutropenia e neurotoxicidade) associada com 5-fluorouracil, foi relacionada a uma deficiência da atividade da diidropirimidina desidrogenase (DPD). Uma ligação entre a diminuição dos níveis de DPD e o aumento dos efeitos tóxicos potencialmente fatais do 5-fluorouracil não pode, portanto, ser excluída. Xeloda pode induzir a síndrome mão-pé [eritrodisestesia palmar-plantar ou eritema acral (das extremidades) induzido por quimioterapia], que é uma toxicidade cutânea com gravidade que varia do grau 1 ao 3 (em pacientes recebendo monoterapia no âmbito da doença metastática, o tempo mediano do início é de 79 dias, com uma variação de 11 a 360 dias). O grau 1 da síndrome mão-pé é definido como dormência, disestesia/parestesia, formigamento ou eritema das mãos e/ou pés e/ou desconforto que não interrompe as atividades normais. A síndrome mão-pé grau 2 está definida como eritema doloroso e inchaço dos pés e/ou mãos e/ou desconforto afetando as atividades diárias do paciente. A síndrome mão-pé grau 3 está definida como uma descamação úmida, ulceração, bolhas ou dor intensa dos pés e/ou mãos e/ou desconforto grave que impede o paciente de trabalhar ou executar as atividades diárias normais. Se a síndrome mão-pé graus 2 ou 3 ocorrer, a administração de Xeloda deve ser interrompida até a resolução do evento ou diminuição da intensidade para grau 1. Após a ocorrência de síndrome mão-pé grau 3, as doses subseqüentes de Xeloda devem ser diminuídas (vide Posologia ). Xeloda pode induzir hiperbilirrubinemia. A administração de Xeloda deve ser interrompida caso as elevações da bilirrubina, relacionadas ao tratamento, sejam >3 vezes o limite superior de normalidade ou caso ocorram elevações das transaminases hepáticas (ALAT, ASAT) relacionadas ao tratamento, > 2,5 vezes o limite superior de normalidade. O tratamento pode ser reiniciado quando a bilirrubina diminuir para <3 vezes o limite superior de normalidade ou quando as transaminases hepáticas diminuírem para <2,5 vezes o limite superior de normalidade. Em um estudo de interações medicamentosas, após uma dose única de varfarina, houve um aumento significativo na AUC média (+57%) de S-varfarina. Estes resultados sugerem uma interação, provavelmente devida a uma inibição do sistema da isoenzima 2C9 do citocromo P450, pela capecitabina. Os pacientes recebendo Xeloda concomitantemente com tratamento anticoagulante oral com derivados cumarínicos devem ser rigorosamente monitorados com

relação à resposta anticoagulante (tempo de protrombina ou INR) e a dose do anticoagulante deve ser ajustada apropriadamente. Gestação e lactação Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. Não foram realizados estudos com mulheres grávidas usando Xeloda ; porém, com base nas propriedades farmacológicas e toxicológicas de Xeloda, presume-se que Xeloda possa gerar dano para o feto se administrado a mulheres grávidas. Em estudos sobre a toxicidade na reprodução, em animais, a administração de capecitabina causou embrioletalidade e teratogenicidade. Estes achados são efeitos esperados de derivados das fluoropirimidinas. A capecitabina deve ser considerada potencialmente teratogênica em humanos. Xeloda não deve ser usado durante a gravidez. Se Xeloda for usado durante a gravidez, ou se a paciente ficar grávida enquanto estiver recebendo essa droga, a mesma deve ser advertida sobre o risco potencial para o feto. Mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a evitar gravidez enquanto estiverem em tratamento com Xeloda. Não se tem conhecimento se Xeloda é excretado no leite humano. Em um estudo com administração de dose única de Xeloda em ratas lactantes, uma significante quantidade de metabólitos da capecitabina foi detectada no leite. A lactação deve ser descontinuada durante o tratamento com Xeloda. Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas, quando for o caso. Não foram realizados estudos sobre os efeitos de Xeloda sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas. 8. USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO Pacientes idosos Entre os pacientes com câncer colorretal, com idades entre 60-79 anos recebendo Xeloda em monoterapia no âmbito da doença metastática, a incidência de toxicidade gastrintestinal foi semelhante à da população geral. Em pacientes geriátricos, com 80 anos ou mais, uma porcentagem maior apresentou eventos adversos gastrintestinais reversíveis, graus 3 ou 4, como diarréia, náuseas e vômitos (vide Instruções especiais de dosagem ). Quando Xeloda foi usado em combinação com outros agentes, pacientes idosos ( 65 anos), comparados com pacientes mais jovens, tiveram mais reações adversas de graus 3 ou 4 e reações adversas que levaram à descontinuação do tratamento. Em uma análise nos dados de segurança de pacientes com 60 anos ou mais, tratados com Xeloda em combinação com docetaxel, foi observada incidência aumentada de eventos adversos graus 3 ou 4 relacionados ao tratamento e reações adversas que levaram à descontinuação do tratamento devido eventos adversos graves comparados com pacientes com menos de 60 anos de idade. Pacientes pediátricos Não foram estabelecidas a segurança e eficácia de Xeloda em crianças. Pacientes com insuficiência hepática e renal Xeloda pode ser administrado a pacientes com insuficiência hepática leve a moderada devida a metástases hepáticas sem que sejam necessários ajustes de dose, mas esses pacientes requerem monitoração rigorosa. Não foi estudada a administração de Xeloda em pacientes com insuficiência hepática grave. (ver Advertências)

Em pacientes com insuficiência renal a administração de Xeloda requer atenção do médico, pois a incidência de eventos adversos graus 3 e 4 relacionados ao tratamento, foi maior em pacientes com insuficiência renal moderada (clearance de creatinina 30-50 ml/min) sendo necessária monitoração do paciente e ajuste das doses, tanto em monoterapia com Xeloda quanto na terapia combinada. (ver Advertências e Posologia) 9. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Anticoagulantes cumarínicos: Parâmetros de coagulação e/ou sangramento alterados foram relatados em pacientes que tomavam concomitantemente capecitabina e anticoagulantes derivados da cumarina como a varfarina e fenprocumona. Estes eventos ocorreram dentro de alguns dias e até alguns meses após o início da terapia com capecitabina e, em alguns casos, um mês após a interrupção da ingestão da capecitabina. Em um estudo de interação, após uma dose única de 20 mg de varfarina, a capecitabina aumentou a AUC da S-varfarina em 57%, com um aumento de 91% do valor de INR. Pacientes tomando anticoagulantes derivados da cumarina concomitantemente com a capecitabina devem ser monitorados regularmente quanto a alterações nos seus parâmetros de coagulação (TP ou INR) e a dose de anticoagulante deve ser ajustada apropriadamente. Substratos do citocromo P-450 2C9: Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa com capecitabina e outras drogas conhecidas como sendo metabolizadas pelo citocromo P-450 2C9. Devem ser adotadas precauções quando Xeloda (Capecitabina) for coadministrado com estas drogas. Fenitoína: O aumento na concentração plasmática de fenitoína foi relatado durante o uso concomitante de capecitabina e fenitoína. Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa com fenitoína, mas presume-se que o mecanismo de interação seja a inibição do sistema da isoenzima CYP2C9 pela capecitabina (veja Anticogulantes ). Pacientes recebendo fenitoína concomitantemente com capecitabina devem ser regularmente monitorados quanto ao aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína. Interação droga-alimento: Em todos os estudos clínicos os pacientes foram instruídos a tomar Xeloda até 30 minutos após uma refeição. Considerando que os dados de segurança e de eficácia atuais são baseados na administração com alimentos, recomenda-se que Xeloda seja administrado com alimentos. Antiácidos: O efeito dos antiácidos contendo hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio sobre a farmacocinética de Xeloda foi investigado em pacientes com câncer. Houve um pequeno aumento nas concentrações plasmáticas de Xeloda e de um metabólito (5'-DFCR); não houve nenhum efeito nos 3 principais metabólitos (5'-DFUR, 5-FU e FBAL). Leucovorin (ácido folínico): Foi investigado o efeito do Leucovorin (ácido folínico) sobre a farmacocinética da capecitabina em pacientes com câncer. O Leucovorin (ácido folínico) não tem nenhum efeito na farmacocinética da capecitabina e de seus metabólitos. Entretanto, Leucovorin (ácido folínico) possui um efeito na farmacodinâmica de Xeloda e sua toxicidade pode ser aumentada pelo Leucovorin (ácido folínico). Sorivudina e análogos: Foi descrita na literatura uma interação clinicamente significante entre sorivudina e 5-FU, resultante da inibição da diidropirimidina desidrogenase pela sorivudina. Esta interação acarreta um aumento da toxicidade das fluoropirimidinas que é potencialmente fatal. Assim, Xeloda não deve ser administrado concomitantemente com sorivudina ou seus análogos

quimicamente relacionados, como a brivudina (vide Contra-indicações ). Deve haver um período de espera de no mínimo 4 semanas entre o fim da terapia com brivudina e início da terapia com Xeloda. 10. REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS Experiência dos estudos clínicos As reações adversas a medicamentos consideradas pelo investigador como possivelmente, provavelmente ou remotamente relacionadas com a administração de Xeloda foram obtidas a partir de estudos clinicos conduzidos com Xeloda em monoterapia (na terapia adjuvante de câncer do cólon, terapia de câncer colorretal metastático e câncer de mama metastático), e estudos clínicos conduzidos com Xeloda em combinação com docetaxel. Xeloda em monoterapia: Os dados de segurança de Xeloda em monoterapia foram relatados para pacientes que receberam tratamento adjuvante para câncer de cólon e para pacientes que receberam tratamento para câncer de mama ou colorretal metastático. As informações de segurança incluem dados de um estudo de fase III em câncer colorretal (995 pacientes tratados com Xeloda e 974 tratados com 5-FU/LV intravenoso), 4 estudos fase II em pacientes femininos com câncer de mama (N=319) e 3 estudos (1 fase II e dois fase III) em pacientes com câncer colorretal metastático (N=630). O perfil de segurança de Xeloda em monoterapia é comparável ao de pacientes que receberam tratamento adjuvante para câncer de cólon e daqueles que receberam tratamento para câncer de mama ou colorretal metastático. A intensidade de reações adversas foi graduada de acordo com as categorias de toxicidade do NCIC CTC Grading System. Tabela 3. Resumo de reações adversas relatadas em 5% dos pacientes tratados com Xeloda em monoterapia. Sistema/Reação adversa Xeloda em monoterapia 1250 mg/m 2 2x ao dia Dia 1-14, a cada 3 semanas Tratamento de câncer de mama ou colorretal metastático N = 949 Todos os graus (%) Graus 3/4 (%) Tratamento adjuvante de câncer de cólon Todos os graus (%) N = 995 Graus 3/4 (%) Distúrbios gastrintestinais Diarréia 50 13 46 11 Náusea 43 4 33 2 Vômito 27 4 14 2 Estomatite (todos)* 25 4 22 2 Dor abdominal 12 3 10 2 Constipação 8 < 1 6 - Dor abdominal, parte 7 < 1 6 < 1 superior Dispepsia 6 < 1 5 < 1 Distúrbios da pele e tecido subcutâneo Síndrome mão-pé* 53 16 60 17 Dermatite 10 < 1 < 1 < 1

Pele seca 7 < 1 3 < 1 Rash eritematoso 6 < 1 < 1 - Alopecia 5-6 - Rash - - 6 - Eritema - - 6 1 Distúrbios gerais Fadiga 24 3 15 < 1 Pirexia 9 < 1 4 < 1 Fraqueza 6 < 1 - - Letargia 3 < 1 10 < 1 Astenia 4 < 1 9 < 1 Distúrbios neurológicos Cefaléia 5 < 1 4 < 1 Parestesia 5-3 - Tontura (excluindo vertigem) 5 < 1 5 < 1 Distúrbio do paladar 4 < 1 6 - Distúrbios do metabolismo e nutrição Anorexia 11 1 9 < 1 Diminuição do apetite 7 < 1 < 1 - Desidratação 6 3 2 < 1 Distúrbios oculares Aumento do lacrimejamento 6-4 - Conjuntivite 3-5 < 1 * estomatite, inflamação mucosal, ulceração de mucosa, ulceração bucal Fissuras na pele foram relatadas como estando pelo menos remotamente relacionadas ao Xeloda em menos que 2% dos pacientes em sete estudos clínicos completos (n = 949). As seguintes reações adversas representam toxicidade conhecida da terapia com fluoropirimidina e foram relatados como sendo remotamente relacionados ao Xeloda em pelo menos 2% dos pacientes em sete estudos clínicos concluídos (n = 949): - Gastrintestinais: boca seca, flatulência, fezes amolecidas, reações adversas relacionadas à ulceração/inflamação das membranas das mucosas como esofagite, gastrite, duodenite, colite e hemorragia gastrintestinal. - Cardíacos: edema dos membros inferiores, dor torácica cardíaca, incluindo angina, cardiomiopatia, infarto/isquemia miocárdica, insuficiência cardíaca, morte súbita, taquicardia, arritmias atriais incluindo fibrilação atrial, e, extrassístoles ventriculares. - Neurológicos: alteração do paladar, insônia, confusão, encefalopatia, e sinais cerebelares como ataxia, disartria, alteração no equilíbrio, alteração na coordenação. - Infecções: reações adversas relacionadas à depressão da medula óssea, comprometimento do sistema imune, e/ou rompimento da membrana mucosa tais como infecções locais, infecções sistêmicas fatais (incluindo etiologias bacteriana, viral, fúngica) e sepse. - Hematológicos: anemia, depressão da medula óssea (relatada como reação adversa a medicamento) e pancitopenia. - Pele: prurido, exfoliação localizada, hiperpigmentação cutânea, distúrbios ungueais, reações de fotossensibilidade, síndrome da radiossensibilização, onicólise, unhas frágeis, alteração de coloração das unhas e distrofia das unhas. - Geral: astenia, dor nas extremidades, letargia e dor torácica. - Olhos: conjuntivite e irritação ocular. - Respiratórios: dispnéia e tosse. - Musculoesqueléticos: dor lombar, mialgia e artralgia. - Distúrbios psiquiátricos: depressão.

- Foram relatadas insuficiência hepática e hepatite colestática durante os estudos clínicos e durante a exposição pós-comercialização, sendo que não foi estabelecida relação causal com o tratamento com Xeloda. Xeloda em terapia combinada Câncer de mama Xeloda e docetaxel em combinação: Os efeitos indesejáveis associados à monoterapia com Xeloda também podem ocorrer quando Xeloda é usado em combinação com docetaxel. Os efeitos indesejáveis mais freqüentemente relacionados ao tratamento (> 5%) relatados em um estudo de fase III, em pacientes com câncer de mama com insucesso no tratamento com antraciclina encontram-se na tabela 4. Também são apresentados os efeitos relacionados ao tratamento, relatados no grupo de comparação deste estudo, usando a dose padrão de docetaxel. A intensidade das reações adversas está classificada de acordo com as categorias de toxicidade do NCIC CTC Grading System. Tabela 4. Resumo de reações adversas relatadas em 5% dos pacientes tratados com Xeloda combinado ao docetaxel. Sistema/Reação adversa Xeloda 1250 mg/m 2 2x ao dia com docetaxel 75 mg/m 2 / 3 semanas N = 251 Todos os graus % Graus 3/4 % Docetaxel 100 mg/m 2 /3 semanas Todos os graus % N = 255 Graus 3/4 % Distúrbios gastrintestinais Estomatite 67 18 42 5 Diarréia 64 14 45 5 Náusea 43 6 35 2 Vômito 33 4 22 1 Constipação 14 1 12 - Dor abdominal 14 2 9 1 Dispepsia 12-5 < 1 Dor abdominal, parte superior 9-6 1 Boca seca 5-4 - Distúrbios da pele e tecido subcutâneo Síndrome mão-pé* 63 24 7 1 Alopecia 41 6 42 7 Alterações nas unhas 14 2 15 - Dermatite 8-9 1 Rash eritematoso 8 < 1 4 - Alteração de coloração das 6-4 < 1 unhas Onicólise 5 1 5 1 Distúrbios gerais Astenia 23 3 22 5 Febre 21 1 29 < 1 Fadiga 21 4 25 5 Debilidade 13 1 9 2 Dor nos membros 9 < 1 8 < 1 Letargia 6-5 1 Dor 6-2 -

Distúrbios neurológicos Distúrbio do paladar 15 < 1 14 < 1 Parestesia 11 < 1 15 1 Vertigem 9-6 < 1 Cefaléia 7 < 1 8 1 Neuropatia periférica 5-10 1 Distúrbios do metabolismo e nutrição Anorexia 12 1 10 1 Diminuição do apetite 10-4 - Desidratação 8 2 5 1 Perda de peso 6-4 - Distúrbios oculares Aumento do lacrimejamento 12-5 - Distúrbios músculo-esqueléticos, do tecido conectivo e ósseo Mialgia 14 2 24 2 Artralgia 11 1 18 2 Dor lombar 7 1 6 1 Distúrbios cardiovasculares Edema dos membros 14 1 12 1 inferiores Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais Dor de garganta 11 2 7 < 1 Dispnéia 7 1 9 < 1 Tosse 6 < 1 9 - Epistaxe 5 < 1 5 - Infecção Candidíase oral 6 < 1 7 < 1 (*) Apenas grau 3. Anormalidades laboratoriais A tabela seguinte mostra as anormalidades laboratoriais observadas em 995 pacientes, independentemente da relação ao tratamento com Xeloda, no tratamento adjuvante de câncer de colo. Tabela 5. Anormalidades laboratoriais a no tratamento com Xeloda em monoterapia no tratamento adjuvante de câncer de colo. Capecitabina 1250 mg/m 2 /2 vezes ao dia intermitente N = 995 Pacientes com anormalidade graus 3 / 4 Pacientes Pacientes com piora com piora Parâmetro em relação em relação ao inicial, ao inicial, (qualquer (grau 1 ou 2) grau) (%) (%) (%) (%) Aumento da ALAT (TGP) 1,6 27,2 25,9 1,3 Aumento da ASAT (TGO) 0,7 28,7 28 0,7 Aumento da fosfatase 0,1 26 25,9 0,1 alcalina Pacientes com piora em relação ao inicial, (grau 3 ou 4) Aumento de cálcio 1,1 5,2 4,8 0,4 Diminuição de cálcio 2,3 13,2 12,4 0,8

Diminuição de granulócitos 0,3 2,0 1,7 0,3 Diminuição da hemoglobina 1,1 27,8 27,7 0,1 Diminuição dos linfócitos 13 51,3 49,2 2,1 Diminuição de neutrófilos 2,2 30,3 28,4 1,9 Diminuição de 2,4 31,0 28,9 2,1 neutrófilos/granulócitos Diminuição das plaquetas 1,0 17,3 16,8 0,5 Diminuição de potássio 0,3 19,9 19,7 0,2 Aumento da creatinina sérica 0,1 13,8 13,8 0 Diminuição de sódio 0,4 17,5 17,1 0,4 Aumento da bilirrubina 20 50,3 31,7 18,6 * A incidência de anormalidades da contagem de leucócitos de graus 3 / 4 foi de 1,3% no grupo tratado com Xeloda e de 4,9% no grupo tratado com 5-FU/LV a As anormalidades laboratoriais foram classificadas de acordo com as categorias da NCIC CTC Grading System. Pós-comercialização As seguintes reações adversas foram identificadas durante a exposição pós-comercialização: - Muito raro: estenose do ducto lacrimal; - Muito raro: insuficiência hepática e hepatite colestática foram relatadas durante os estudos clínicos e após a comercialização. Atenção: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe ao seu médico. 11. SUPERDOSE As manifestações agudas de superdose incluem náusea, vômitos, diarréia, mucosite, irritação e sangramento gastrintestinal e depressão da medula óssea. A conduta médica para a superdose deve incluir as intervenções médicas de tratamento e suporte habituais objetivando corrigir as manifestações clínicas presentes e prevenindo suas possíveis complicações. 12. ARMAZENAGEM Xeloda deve ser mantido em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC). MS-1.0100.0549 Farm. Resp.: Guilherme N. Ferreira - CRF-RJ n º 4288 Fabricado para F. Hoffmann-La Roche Ltd, Basiléia, Suíça por F. Hoffmann-La Roche Inc, Nutley, NJ, EUA Importado e distribuído no Brasil por Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Est. dos Bandeirantes, 2020 CEP 22710-104 - Rio de Janeiro - RJ CNPJ: 33.009.945/0023-39 Serviço Gratuito de Informações 0800 7720 289 www.roche.com.br R