O Nosso Corpo Volume XX. Aparelho Genital Masculino Parte 1. um Guia de O Portal Saúde. www.oportalsaude.com. Abril de 2010. www.oportalsaude.



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Transcrição:

O Nosso Corpo Volume XX Aparelho Genital Masculino Parte 1 um Guia de O Portal Saúde Abril de 2010 O Portal Saúde Rua Braancamp, 52-4º 1250-051 Lisboa Tel. 212476500 geral@oportalsaude.com Copyright O Portal Saúde, todos os direitos reservados. Este Guia não pode ser reproduzido ou distribuído sem a expressa autorização de O Portal Saúde. Salvo as indicações contrárias, este Guia tem como fonte a Nova Enciclopédia Médica Publicit O Nosso Corpo - Volume XX 1 O Portal Saúde

Índice 1. Introdução 3 2. Embriogénese 4 3. Bolsas escrotais 6 4. Testícuclos 8 Sobre os autores deste Guia 11 O Nosso Corpo - Volume XX 2 O Portal Saúde

1. Introdução O aparelho genital masculino corresponde a um conjunto de órgãos que servem para a reprodução e para a emissão e introdução do esperma, sémen ou líquido seminal, nas estruturas genitais da mulher durante as relações sexuais. Os órgãos produtores das células seminais, ou espermatozóides, são as duas gónadas, ou seja, os testículos. O sistema de excreção é constituído pelas vias espermáticas que se abrem na uretra, ao longo do canal que o aparelho genital masculino tem em comum com o aparelho urinário. Com efeito, a uretra começa na bexiga, recebe na sua porção a terminação das vias espermáticas e continua no pénis, em cuja formação participa e em cujo vértice se abre. O pénis é o órgão da copulação. As vias espermáticas estão anexas a outras formações glandulares de importância particular: vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretais de Cooper, que, com a sua secreção, formam a parte líquida do esperma. Os testículos têm uma dupla função: função espermatogénica - formar espermatozóides; realiza-se nos tubos seminíferos; função endócrina - produzir hormonas; realiza-se nas células intersticiais de Leydig, nas quais é sintetizada uma hormona masculina, a testosterona, e, em quantidade menor, os estrogénios. O Nosso Corpo - Volume XX 3 O Portal Saúde

2. Embriogénese Tanto no sexo masculino como no feminino, o aparelho reprodutor tem, na vida embrionária, uma origem comum, isto é, a gónada primitiva, formada pela confluência de duas estruturas diferentes: as células do celoma na região em que virá a formar-se o mesonefro e os gonocitos. As duas gónadas primitivas são constituídas por uma porção cortical e por uma medular. A primeira, para dentro da qual migraram os gonocitos geneticamente destinados a originar futuras células reprodutoras masculinas, dá origem ao testículo, isto é, aos tubos seminíferos. O testículo já se encontra diferenciado por volta da 10.ª semana de vida intra-uterina e apresenta entre os tubos seminíferos as células intersticiais de Leydig. A partir da localização primitiva, a gónada masculina inicia, entre o 4.º e o 7.º mês de gestação a sua migração para baixo, por detrás dos órgãos abdominais, e, no final do 7.º mês, atravessa o canal inguinal para chegar à sua sede definitiva, as bolsas escrotais. A diferenciação entre gónadas masculinas e femininas deriva do código cromossómico que se estabelece no momento da união do espermatozóide com o óvulo. Juntamente com as gónadas, diferenciam-se na embriogénese o sistema dos canais excretores e os órgãos genitais externos. No seu conjunto, portanto, o aparelho genital masculino consta das seguintes estruturas fundamentais, que na sua actividade harmónica permitem, no indivíduo sexualmente maduro, a função reprodutora: bolsas escrotais; O Nosso Corpo - Volume XX 4 O Portal Saúde

testículos com os respectivos epidídimos e canais deferentes; vesículas seminais; canais ejaculadores; próstata; glândula bulbo-uretral de Cowper; pénis; uretra. O Nosso Corpo - Volume XX 5 O Portal Saúde

3. Bolsas escrotais As bolsas escrotais localizam-se na região pudenda, entre a raiz das duas coxas, onde formam uma volumosa saliência ímpar e mediana, entre a base de implantação do pénis, adiante, e o períneo, atrás. Na linha mediana há uma pequena crista longitudinal, o rafe, que profundamente se continua com o septo escrotal que divide o órgão em duas locas, direita e esquerda, onde se encontram os testículos respectivos, cada um com o epidídimo e o cordão espermático. As características do escroto variam muito de acordo com a idade: pequeno e não pigmentado até à puberdade; com o desenvolvimento, pigmenta-se e acentua-se a rugosidade, para se tornar fino e flácido na velhice. A pele que o reveste, escura e com numerosas rugas em arco de concavidade superior, está mais ou menos distendida segundo condições funcionais ou de temperaturas particulares que têm influência sobre a contracção das fibras musculares do darto e, sobretudo, do cremáster: com poucos pêlos, é rica em glândulas sebáceas e sudoríparas. Sob a pele há uma série de camadas ou estratos: primeiro, a túnica de dartos, uma camada fina de tecido ricamente vascularizado contendo fibras elásticas e musculares lisas; em seguida, a túnica celulosa, e depois a cremasteriana, na qual se encontra uma camada fina mas bem definida de fibras musculares estriadas (é esta que permite a retracção do escroto e, portanto, dos testículos, e que os protege dos traumatismos externos e estímulos, como o frio, O Nosso Corpo - Volume XX 6 O Portal Saúde

por exemplo. A sua função termorreguladora permite a manutenção de uma temperatura testicular óptima para a espermatogénese); a mais profunda é a túnica vaginalis, que, juntamente com a túnica vaginal visceral, reveste a albugínea do testículo. Tem origem no prolongamento do peritoneu que acompanha o testículo, circundando-o na sua descida para o escroto. O Nosso Corpo - Volume XX 7 O Portal Saúde

4. Testículos Em número de dois, os testículos têm forma elíptica, com uma superfície interna e outra lateral, um bordo anterior e outro posterior e cor branco-azulada particularmente luzidia. Cada testículo encontra-se envolvido por uma serosa própria, ou túnica vaginal do testículo, que, por seu turno, circunda uma túnica fibrosa resistente, a albugínea, que forma a cápsula do órgão. Da túnica albugínea partem finos septos que subdividem o parênquima do órgão em 200 a 300 lóbulos e que, depois, ao terminarem no bordo posterior da glândula, formam uma massa fibrosa, o corpo de Highmore, que é o ponto de entrada e saída dos nervos e dos vasos do cordão espermático (hilo do testículo). Os lóbulos têm forma piramidal com a base periférica para o lado da albugínea e o vértice voltado para o corpo de Highmore. São constituídos pela densa rede dos canais ou tubos seminíferos, que têm escassas anastomoses com os dos lóbulos vizinhos, constituindo, por isso, uma unidade anátomofuncional independente que serve para a formação dos espermatozóides. Por cada lóbulo encontram-se de um a quatro tubos seminíferos. Têm um trajecto sinuoso no início e confluem no vértice do lóbulo para um colector único, o tubo recto. Os tubos rectos dirigem-se para o corpo de Highmore, onde se abrem numa série de lacunas, amplamente anastomosadas entre si, formando a rete testis, donde se origina uma série de 10 a 15 canículos eferentes, denominados cones, lóbulos eferentes ou vasculares que atravessam a albugínea e vão para O Nosso Corpo - Volume XX 8 O Portal Saúde

o globus major para constituírem as estruturas canaliculares da cabeça do epidídimo. A primeira parte do sistema excretor é o epidídimo, com as suas três porções: cabeça, ou globus major, em cima; corpo; cauda, ou globus minor, em baixo. A imagem mostra uma representação esquemática de uma secção de testículo e de epidídimo. O Nosso Corpo - Volume XX 9 O Portal Saúde

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