PED - PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA CIDADE DE SANTOS



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Transcrição:

PED - PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA CIDADE DE SANTOS MARÇO-2009 OBJETIVO Os principais objetivos desta pesquisa são: conhecer e divulgar a situação do emprego e desemprego na cidade de Santos, de forma a poder estabelecer elo de comparação com outros centros pesquisados, bem como poder abastecer os poderes público e privado de informações tidas como fundamentais para o desenvolvimento regional. Acredita-se que a partir dos indicadores aqui demonstrados, possam ser desenvolvidas medidas corretivas adequadas ao estabelecimento de algumas diretrizes visando à minimização dos desequilíbrios causadores do desemprego. AMOSTRA Foram pesquisados, durante o mês de março, 500 domicílios, totalizando um universo de 1601 pessoas (sendo 846 mulheres e 755 homens), correspondente a 0,41 % da população residente, conforme dados estatísticos do IBGE, contagem de 2007. Este universo garante uma margem de erro de 1,9% sobre os índices apurados, para um intervalo de confiança de 95,5%. Uma vez definido o tamanho, a amostra foi subdividida pelos 34 bairros e morros da cidade, proporcionalmente à população de cada um. O processo de escolha do domicílio a ser pesquisado foi aleatório, com realização de sorteio eletrônico dos endereços, sendo excluídos os endereços comerciais.

2 CONCLUSÕES O índice de desemprego apurado é de 10,94 % da PEA 1, um percentual não só inferior ao obtido em setembro de 2008, quando atingiu 12,17% mas é o índice mais baixo já apurado na série histórica da PED NESE. As causas deste comportamento do índice de desemprego estão detalhadamente analisadas no subtítulo correspondente, mas de forma sintética, pode-se afirmar que a menor participação dos aposentados no mercado ativo (apenas 11%) abriu vagas para a entrada de novos trabalhadores. Outro fator relevante, o aumento do número de pessoas empregadas e a conseqüente redução na busca de uma oportunidade. Se comparado ao índice apurado na região metropolitana de São Paulo, em março 14,9%, verifica-se então na cidade uma situação significativamente melhor, o que vem sendo constatado nos últimos anos, e que os efeitos da crise econômica até março foram menos sentidos. Em termos de comparação com os indicadores da fundação Seade, é necessário lembrar que o mesmo é apurado pela média móvel trimestral. Está demonstrada, no quadro I, a composição da distribuição projetada da população, face aos percentuais apurados na pesquisa, sendo evidenciada a participação dos desempregados no contexto geral da população na proporção de 5,43%. Quadro I Demonstrativo da população total % Habitantes População Total * 100,0 418.288 Empregados 43,72 182.887 Desempregados 5,43 22.730 Inativos 50,84 212.671 Fonte da População estimada - IBGE 1 População Economicamente Ativa - constituída pela população empregada, mais a população desempregada apta ao trabalho e que quer trabalhar, só não o fazendo por falta de oportunidade dentro de suas respectivas capacidades e habilidades pessoais

3 Composição da População Total 5,43% 43,72% 50,84% INATIVO EMPREGADO DESEMPREGADO INATIVOS Os inativos correspondem ao contingente da população não apta ou indisposta ao trabalho. Aqui são agrupados: os incapazes por vários motivos, inclusive por doença, os muito jovens, os estudantes, aposentados e donas de casa, todos na condição de dependentes, ou seja, que não trabalham de forma remunerada, etc. Crianças com 14 anos ou mais, que estejam procurando emprego ou trabalhando, foram consideradas na pesquisa, respectivamente como, desempregados e empregados. A quantidade de inativos na população da cidade de Santos está situada no patamar de 50,8% dos residentes, percentual oscilado ligeiramente nas amostragens efetuadas, o que pode ser considerado normal. Além da mobilidade das pessoas em termos de deslocamento eventualmente saindo da cidade, e principalmente vindo para a cidade, fato constatado na pesquisa onde cerca de 3% a 4% dos inativos vêm para a cidade após a aposentadoria ou muito próximo da sua obtenção. Há também a natural obtenção da aposentadoria. No quadro II verifica-se que do total da população

4 residente cerca de 21% são aposentados inativos. Para melhor análise da condição da inatividade ver comentários sobre o quadro III. Quadro II - Demonstrativo da participação da população inativa e aposentada na população total. Inativos Aposentados % Habitantes % Habitantes mar/00 47,5 195.403 21,0 86.670 set/00 52,1 215.094 21,6 89.044 mar/01 53,3 222.258 23,6 98.595 set/01 49,5 206.800 23,2 96.924 mar/02 52,8 220.586 22.2 92.746 set/02 49,9 208.574 21,3 89.030 mar/03 52,1 217.796 23,6 98.643 set/03 50,7 211.792 20,6 86.188 mar/04 50,0 209.116 22,8 95.091 set/04 51,4 215.024 22,9 95.871 mar/05 50,5 211.010 23.0 96.198 set/05 47,9 200.388 21.7 90.823 mar/06 50,3 210.286 22,7 94.992 set/06 51,3 214.527 21,0 88.054 mar/07 50,9 212.961 22,5 94.213 set/07 50,0 209.283 20,5 85.911 mar/08 51,3 214.565 20,1 84.056 set/08 51,3 218.708 20,2 84.720 mar/09 50,8 212.671 21,1 88.308 O quadro III informa, com base na amostra, os motivos pelos quais as pessoas estão na condição de inativos e, portanto, não trabalham nem buscam um emprego.

5 QUADRO III - Condição de Inatividade (por que não trabalha?). Set/08 Mar/09 Quantidade Percentual Quantidade Percentual Aposentado Inativo/Pensionista 339 39,93 341 41,84 Crianças abaixo de 16 anos 307 36,16 244 29,94 Dependente 117 13,78 99 12,15 No momento não tem interesse 37 4,36 60 7,36 Está estudando 30 3,53 40 4,91 Doença 15 1,77 14 1,72 Pensão Alimentícia 2 0,24 7 0,86 Já tem proposta de trabalho 1 0,12 10 1,23 Vive de renda 1 0,12 0 0 Total 849 100 815 100 A análise da condição de inativos permite concluir que do total 41,84% são aposentados ou pensionistas, (nota-se que em relação a setembro a participação dos aposentados era menor em 2 pontos percentuais) e 29,94% são crianças e adolescentes, ou seja, cerca de 70% estão nestas condições. Dos demais predominam os dependentes, os estudantes e nesta pesquisa destacaram-se os que informaram não ter interesse em um emprego, que em setembro, eram 4,36%, em março saltaram para 7,36%. Em seguida, buscou-se determinar, com base na amostra, o número de aposentados que seguem trabalhando (quadro IV). Quadro IV Série histórica: aposentados ativos e inativos % % Aposentados (inativos) % Aposentados (ativos) mar/00 80,8 19,2 set/00 82,4 17,6 mar/01 82,9 17,1 set/01 77,7 22,3

6 mar/02 81,1 18,9 set/02 81,6 18,4 mar/03 85,5 14,5 set/03 82,7 17,3 mar/04 81,3 18,7 set/04 81,9 18,1 mar/05 81,2 18,8 set/05 81,2 18,8 mar/06 82,1 17,9 set/06 82,7 17,3 mar/07 85,4 14,6 set/07 86,0 14,0 mar/08 85,5 14,5 set/08 86,6 13,4 mar/09 88,7 11,3 É possível constatar que desde março de 2003, vinha aumentando a quantidade de aposentados na ativa, no entanto de março de 2006 em diante, iniciou-se um processo de reversão deste quadro, verificando-se a redução da quantidade de aposentados ativos, e entre inicio de 2007 e setembro de 2008 houve redução de 1,3 pontos percentuais. Entretanto a redução continuou e em março de 2009 em comparação a setembro de 2008 houve uma brusca queda de 2,1% pontos percentuais explicando boa parte da melhoria do índice de desemprego na cidade, pois estima-se a saída do mercado de cerca de 1373 aposentados. DESEMPREGADOS A atual pesquisa projeta que 22.730 pessoas estariam desempregadas na cidade, contra a projeção de 24.784 em setembro e 26.544 em março de 2008, ou seja, uma redução de 2054 desde setembro. Por outro lado, a quantidade projetada de empregados no mesmo período passou de 177.207 em março-08, para 178.797 em setembro de 2008 e nesta pesquisa para 182.887 (estimativa para residentes na cidade).

7 Analisado o comportamento anterior, nota-se clara tendência de elevação nos empregos gerados, ou seja, mesmo considerando o caráter amostral da pesquisa, é possível constatar a tendência de alta. Ressaltamos, ainda, que o fato de haver menos aposentados na ativa como demonstrado anteriormente e o aumento do contingente de novos aposentados certamente contribuiu para a obtenção de um menor índice de desemprego, pois a reposição dos cargos certamente absorveu parte dos desempregados. Este cenário reflete o crescimento na geração de empregos na região cujas principais atividades estão voltadas ao comércio exterior e tendo como principais setores o de serviços e o comércio como grandes geradores. Os efeitos da crise econômica mundial estão amenizados destes dados uma vez que a pesquisa foi realizada durante o mês de março, cujos efeitos ainda estavam amenizados na economia local até pelo efeito temporada. Lembramos ainda que a coleta de dados foi realizada com residentes da cidade de Santos e eventuais cortes de vagas de moradores de outros municípios não são captadas nesta pesquisa. Através do quadro VI pode-se constatar o decréscimo do índice de desemprego ao longo da série histórica, mesmo se considerado o erro amostral inerente à pesquisa conforme informado no início do relatório, que não invalida a clara tendência de redução do desemprego apontada. Esta tendência fica agora comprometida com as conseqüências do desaquecimento da economia global que provavelmente terá efeitos negativos nos indicadores futuros. A comparação dos indicadores de Santos e a região Metropolitana de São Paulo tem demonstrado a mesma tendência, mas neste mês especificamente houve distanciamento evidenciando que nos meses seguintes pode haver agravamento da questão emprego.

8 Quadro V - Apuração do índice de desemprego População Economicamente Ativa março/08 Setembro/08 março/09 Habitantes Habitantes Habitantes Total PEA 203.751 203.581 205.617 Empregados 177.207 178.797 182.887 Desempregados 26.544 24.784 22.730 Índice de desemprego 13. 02% 12,17% 10,94% Quadro VI - Índices de desemprego apurados em Santos e região metropolitana de São Paulo. Fonte: Seade /Dieese - por Internet Região Met. SP. % SANTOS % jul/99 20,1 23,7 mar/00 18,4 18,0 set/00 17,3 15,2 mar/01 17,3 20,1 set/01 17,8 16,4 mar/02 19,9 15,2 set/02 18,9 17,6 mar/03 19,7 19,0 set/03 20,6 18,6 mar/04 20,6 17,7 set/04 17,7 12,2 mar/05 17,3 16,4 set/05 16,9 17,5 mar/06 16,9 16,7 set/06 16,0 14,7 mar/07 15,9 15,2 set/07 15,1 13,5 mar/08 14,3 13,0 set/08 13,5 12,2 mar/09 14,9 10,9

9 Evolução da Taxa de Desemprego Comparativa Santos x RMSP 25 20 15 10 5 0 mar/00 set/00 mar/01 set/01 mar/02 set/02 mar/03 set/03 mar/04 set/04 mar/05 set/05 mar/06 set/06 mar/07 set/07 mar/08 set/08 mar/09 SANTOS % Região Met. SP. % POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA - PEA A PEA de Santos vinha apresentado flutuações mais significativas até março de 2003, a partir daí houve uma acomodação com variações de menor intensidade. Esta flutuação depende de fatores como: entrada de novos indivíduos no mercado de trabalho, aposentadorias novas e até, face às crises econômicas mais agudas, o retorno dos inativos ao mercado de trabalho. Quando isso ocorre, aumenta o índice de desemprego. Nesta pesquisa houve aumento de 0,5 ponto percentual em relação a setembro, por aumento dos empregados e queda do contingente de desempregados. Quadro VII População economicamente ativa Período PEA % nov/98 257.033 62,3 mar/00 216.840 52,6 set/00 197.148 47,8

10 mar/01 195.519 46,8 set/01 210.977 50,5 mar/02 197.191 47,2 set/02 209.449 50,1 mar/03 200.254 47,9 set/03 206.191 49,3 mar/04 208.866 50,0 set/04 203.145 48,6 mar/05 207.245 49,6 set/05 217.928 52,1 mar/06 208.030 49,7 set/06 203.789 48,7 mar/07 205.355 49,0 set/07 209.033 50,0 mar/08 203.751 48,7 set/08 203.581 48,7 mar/09 205.617 49,2 AUTÔNOMOS Outro indicador é o relativo aos autônomos (atividade exercida por comerciantes, profissionais liberais e prestadores de serviços) que, nesta pesquisa, representam 24,14% do total dos empregos, contra 26,03% de setembro. Ressalvamos que 2,57% exercem tanto a atividade de autônomos quanto de empregados. Pode-se afirmar, então, que a atividade autônoma é significativamente representativa para a economia local e importante fator de geração de emprego. Quadro VIII Participação dos autônomos no conjunto de empregados março/08 setembro/08 março/09 Frequência % Frequência % Frequência % Empregado 514 71,29 502 71,0 513 73,29 Autônomo 180 24,97 184 26,03 169 24,14 Empreg. e Autôn. 27 3,74 21 2,97 18 2,57 Total 721 100 707 100 700 100

11 ESCOLARIDADE Quanto à escolaridade, pode-se constatar, com base na amostra, que as classes mais atingidas pelo desemprego são as dos detentores de 2º grau de instrução completo (ensino médio), cujo total é de 47,67 %, vindo a seguir os detentores do ensino médio incompleto. Nos demais estão empatados os de ensino superior incompleto e fundamental, podendo ser estudantes ou que não concluíram o curso. Nos empregados predomina o ensino médio, seguido de perto dos detentores do ensino superior que tendem a se aproximar em quantidade dos que detêm escolaridades mais baixas. Os que possuem pós graduação só aparecem nos empregados, também evidenciando o fato da qualificação ser considerada pelo mercado de trabalho. Quadro IX Nível de escolaridade (em %) Empregados Desempregados set/08 Março/09 set/08 Março/09 Analfabetos 0,28 0,29 0 0 Fundamental Incompleto 13,58 17,29 10,20 10,47 Fundamental Completo 10,18 9,00 8,16 4,65 Médio Incompleto 9,19 8,57 21,43 17,44 Médio Completo 34,37 31,43 40,82 47,67 Superior Incompleto 9,05 9,29 11,22 10,47 Superior Completo 21,50 20,71 8,16 9,30 Pós-graduação Incompleta 0,42 0,43 0 0 Pós-graduação Completa 1,41 3,00 0 0

12 GÊNERO Constatou-se, ainda, que as mulheres empregadas correspondem a 47,43% do total de empregados contra 52,57% dos homens, portanto mantendose a tendência histórica. No entanto, no contingente de desempregados, as mulheres aparecem com 47,67%, ou seja, participação inferior à dos homens, fato inédito nesta série de pesquisas. A ocorrência pode ser interpretada como uma diminuição da busca de emprego face a questões de confiança quanto ao emprego de outros membros da família, aposentadorias e até a aceitação da condição de dependentes por parte das antigas postulantes a uma vaga. A análise destes dados nos permite concluir que as mulheres estão quase que dividindo as vagas existentes com os homens, tendendo ao equilíbrio, o que na atualidade pode ser considerado normal. Quadro X - Distribuição por sexo Sexo Empregados % Desempregados % set/07 mar/08 set/08 Mar/09 set/07 mar/08 set/08 Mar/09 Feminino 45,30 44,66 49,22 47,43 61,06 62,04 68,37 47,67 Masculino 54,70 55,34 50,78 52,57 38,94 37,96 31,63 52,33 Conforme quadro XI, verifica-se que na comparação entre os desempregados por sexo há melhor qualificação das mulheres. Nota-se que com o fundamental incompleto dos homens atinge a 17,78% e no curso superior completo estão 9,76% das mulheres e 8,89% dos homens. Nesta amostra há mais equilíbrio do que nas anteriores, quando em setembro mais de 11% das mulheres tinham nível superior e nenhum homem (da amostra) com nível superior estava desempregado.

13 Quadro XI - Desempregados por sexo e escolaridade em % Mulheres Homens Fundamental Incompleto 2,44 17,78 Fundamental Completo 9,76 0 Médio Incompleto 19,51 15,56 Médio Completo 48,78 46,67 Superior Incompleto 9,76 11,11 Superior Completo 9,76 8,89 Pós-Graduado Completo 0 0 Total 100 100 RENDA Quanto à renda familiar dos pesquisados, a amostra identifica renda média de R$ 1967,54, ou seja, inferior ao valor de setembro de 2008 R$ 2.283,06 e que, por sua vez, já era inferior ao valor de março de 2008 R$ 2.548,80 para as famílias dos que trabalham (ativos). Esta queda pode ser justificada pelo turn over de mão de obra, bem como da substituição de aposentados com salários mais elevados por iniciantes com faixas salariais mais reduzidas. Já a renda média familiar dos aposentados é de R$ 1670,50 contra R$ 1806,59 em setembro e R$1.968,44 em março, evidenciando a queda sistemática da renda dos aposentados. Vale ressalvar que os valores se referem à amostra obtida, estando, portanto, sujeitos à margem de erro inerentes ao processo.

14 Quadro XII Renda familiar média dos empregados Setor de Atividade R$ Indústria 1662,00 Serviço Público 1454,81 Atividade Portuária 1303,33 Porto 1295,00 Transporte 1281,82 Serviços 1063,84 Construção Civil 1013,33 Entretenimento 991,67 Comércio 883,03 Outros 712,50 EFEITO IDADE NA EMPREGABILIDADE Ao analisar a faixa etária do contingente de desempregados (quadro XIII), verifica-se que permanece a concentração entre os jovens abaixo dos 24 anos, com 37,21% do total. No entanto nota-se queda em relação á média das pesquisas anteriores. A faixa etária em segundo lugar é dos 30 a 39 anos com 27,91% dos desempregados. Nas demais faixas, há mais equilíbrio com predominância na faixa etária dos 25 a 29 anos. Por outro lado, verifica-se que a faixa etária dos empregados se concentra entre os 30 e 49 anos, com mais de 46% do total, mostrando certa estabilidade em relação aos períodos anteriores. Nota-se sensível redução da faixa etária acima dos 60 anos. Quadro XIII - Empregados e Desempregados por faixa etária (em %) Faixa etária Desempregados Empregados set/07 mar/08 set/08 mar/09 set/07 mar/08 set/08 mar/09 Abaixo de 16 anos 0,88 0 0 2,33 0,28 0,28 0,14 0,29 de 16 a 24 anos 47,79 48,15 44,90 37,21 17,68 15,95 16,12 15,71

15 de 25 a 29 anos 16,81 19,44 16,33 16,28 15,75 11,65 12,73 13,57 de 30 a 39 anos 15,93 16,67 18,37 27,91 21,55 22,75 22,49 22,00 de 40 a 49 anos 15,04 8,33 13,27 10,47 22,10 23,58 23,76 24,43 de 50 a 59 anos 3,54 6,48 6,12 2,33 14,92 16,92 18,25 16,86 acima de 60 anos - 0,93 1,02 3,49 7,73 8,88 6,51 7,14 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 No quadro XIV está demonstrado o cruzamento de escolaridade por faixa etária, permitindo uma análise mais criteriosa dos 37,21% de jovens desempregados. A análise por faixa etária dos desempregados permite conhecer o perfil de escolaridade da amostra obtida. No caso dos jovens verifica-se uma concentração nos detentores de ensino médio completo com mais de 50% do contingente seguido dos que detêm escolaridade de médio incompleto. Nota-se que há alguns com ensino superior completo e incompleto, o que para o mês de março costuma ser normal devido à formação neste período, ou seja, trata-se de recém formados. Nas pesquisas de setembro este percentual tende a diminuir, pois o jovem tende a se encaixar no mercado de trabalho. A segunda faixa etária com maior desemprego é a dos 30 a 39 anos e com ensino médio completo. Aliás, é neste nível de escolaridade que o desemprego prevalece também porque há mais pessoas com este nível de escolaridade. Há perspectivas de que as escolaridades mais baixas tenham gradativamente maior índice de desemprego face à constante melhoria dos níveis de escolaridade média dos jovens. Quadro XIV Desempregados por Idade e Escolaridade Em % Escolaridade Faixa Etária Percentual Abaixo de 16 anos 16 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos Acima de 50 anos Fundamental Incompleto 0 3,13 7,14 12,50 22,22 40,00 10,47 Fundamental Completo 0 3,13 0,00 8,33 0,00 20,00 4,65 Médio Incompleto 100 21,88 21,43 12,50 0,00 0,00 17,44 Total

16 Médio Completo 0 53,13 35,71 50,00 66,67 20,00 47,67 Superior Incompleto 0 9,38 35,71 4,17 0,00 0,00 10,47 Superior Completo 0 9,38 0,00 12,50 11,11 20,00 9,30 Pós-Graduado Incomp 0 0 0 0 0 0 0 Pós-Graduado Completo 0 0 0 0 0 0 0 Total percentual 100 100 100 100 100 100 100 Quantidade (amostra) 2 32 14 24 9 5 86 Participação do total 2,33 37,21 16,28 27,91 10,47 5,80 100% Perfil de escolaridade da população Quadro XV Frequência Percentual Analfabeto 14 0,87 Abaixo de 16 anos 254 15,87 Fundamental Incompleto 318 19,86 Fundamental Completo 170 10,62 Médio Incompleto 124 7,75 Médio Completo 383 23,92 Superior Incompleto 110 6,87 Superior Completo 194 12,12 Pós-Graduado Incompleto 3 0,19 9Pós-Graduado Completo 31 1,94 Total 1601 100 ONDE O SANTISTA TRABALHA Quanto ao local de trabalho dos residentes em Santos (vide quadro XVI), há manutenção em níveis elevados dos que trabalham na própria cidade, com 84,86%. Dos outros locais em que o residente em Santos se emprega, destacamse São Vicente, Cubatão e São Paulo, sendo que Cubatão vem tendo participação decrescente. Está sendo indicado por vários entrevistados o trabalho na Baixada Santista. Entendemos que alguns entrevistados, notadamente autônomos, possuem escritórios/consultórios em mais de uma cidade e preferem citar a região. Os dados apresentados estão consistentes com as pesquisas anteriores, ressalvando-se mais uma vez o caráter amostral da pesquisa e a margem de erro inerente.

17 Quadro XVI - Onde o residente trabalha (em %) Local set/06 mar/07 set/07 mar/08 set/08 mar/09 Santos 85,6 83,22 86,60 85,44 85,01 84,86 São Vicente 3,4 3,81 3,87 2,77 3,11 4,43 Cubatão 4,7 3,81 3,31 3,88 3,11 3,43 São Paulo 3,6 3,67 2,49 3,61 2,83 2,57 Guarujá 1,5 2,12 1,66 1,80 1,13 2,29 Praia Grande 0,8 1,41 1,24 0,97 1,41 0,86 Outros 0,4 1,97 0,83 1,53 1,13 1,57 Baixada Santista 0 0 0 0 2,26 0 Total 100,00 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 84,86 Onde Trabalha o Santista 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 4,43 3,43 2,57 2,29 1,57 0,86 Santos São Vicente Cubatão São Paulo Guarujá Outras localidades Praia Grande

18 RAMOS DE ATIVIDADE Os dados apurados mostram que o contingente de empregados está distribuído pelos diversos ramos de atividade, evidenciando-se que o setor de serviços mantém primazia como o maior empregador, com 48,29% da amostra, seguido pelo comércio, 20,57%, e serviços públicos, 9,71%, sendo aqui considerados os contingentes de policial-militares, prefeituras, governos estaduais e federais. O caráter amostral da pesquisa permite variações na apuração e é recomendável a análise da tendência dos dados. Assim, verifica-se que a indústria perde a quarta colocação em geração de empregos, passando para as atividades portuárias, que vêm tendo crescimento significativo. As atividades portuárias, transportes e os empregos diretos no porto seguem como importantes atividades e somam mais de 12,0% de todo o conjunto. Destacamos o crescimento dos serviços de forma significativa e a queda do setor público. Deve-se ressalvar que, em função da amostra, os setores de menor participação são fortemente influenciados na pesquisa. Por esse motivo, deixa-se de comentar, restringindo a informação à amostragem obtida. Quadro XVII - Ramos de atividade por freqüência (em %) Ramos de Atividade set/06 mar/07 set/07 mar/08 set/08 mar/09 Serviços 46,02 44,99 45,58 44,38 39,89 48,29 Comércio 16,90 21,30 16,71 17,20 20,79 20,57 Serviços Públicos 11,54 11,14 14,92 13,18 17,40 9,71 Atividades Portuárias 5,36 4,51 6,49 3,74 3,96 6,00 Indústria 6,87 7,19 6,08 7,35 5,66 4,86 Transportes 5,08 3,67 3,18 4,44 4,24 4,71 Construção Civil 1,92 1,41 1,52 3,61 3,54 2,29 Porto 3,16 2,82 3,04 3,74 2,55 1,71

19 Entretenimento e Lazer 2,06 2,12 1,38 1,53 0,71 1,29 Outros 1,10 0,85 1,10 0,83 1,27 0,57 Total 100 100 100 100 100 100 1,71% 4,86% 4,71% Emprego por Atividade 2,29% 6,00% 0,57% 1,29% 48,29% 20,57% 9,71% Serviço Serviço Público Comércio Entretenimento Indústria Porto Transporte Construção Civil Atividade Portuária Outros ECONOMIA FORMAL E INFORMAL Quanto à informalidade (quadro XVII), observa-se queda em relação a setembro e uma oscilação no período demonstrado. Em março de 2006 a informalidade estava em menos de 30%, em 2007 passa a índices de 37% e agora volta a 31,6%.. Vale ressaltar que do contingente na economia informal, 54,75% são autônomos e 41,63% trabalhadores sem registro em carteira, e ainda 3,52% que, além de autônomos, são assalariados também.

20 Quadro XVII - Empregos formais e informais Classificação mar-06 set-06 mar/07 set/07 mar/08 set/08 mar/09 % Formal 70,33 68,27 71,51 62,71 64,49 63,79 68,43 % Informal 29,67 31,73 28,49 37,29 35,51 36,21 31,57 Total 100 100 100 100 100 100 100 Mercado Formal e Informal 80 70 60 50 40 30 20 10 0 % Formal % Informal mar/06 set/06 mar/07 set/07 mar/08 set/08 mar/09