SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO EM SÃO PAULO PACTO TRIPARTITE PARA INSERÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO



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Transcrição:

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO EM SÃO PAULO Seção de Fiscalização do Trabalho Seção de Segurança e Saúde do Trabalhador Coordenação do Projeto de inserção das Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho PACTO TRIPARTITE PARA INSERÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo e as entidades sindicais: 1. SNEA - Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Código da Atividade Sindical nº 08008-0, inscrito no CNPJ sob o nº 33.613.258/0001-12, com sede na S.C.N. Quadra 2 Bloco D Torre A, Sala 1.126, Brasília, DF, Cep 70712-904, neste ato representado por seu Presidente, sr. José Márcio Monsão Mollo, CPF nº 076.335.801-00, e por seu Diretor, sr. Arturo Spadale, CPF nº 270.988.347-34, representando as empresas aeroviárias, de outro lado, as entidades sindicais de trabalhadores: 2. SAESP - Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo, com base territorial no Estado de São Paulo, Registro Sindical nº 00702302675-5, CNPJ nº 60.423.027/0001-19, com sede na Av. Washington Luiz nº 6.979, Congonhas, São Paulo, Cep 04627-005, neste ato representado por seu Presidente, sr. Reginaldo Alves de Souza, CPF nº 011.545.338-59; 3. Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, com base territorial na Cidade de Guarulhos/SP, Registro Sindical nº 24000001343/90, CNPJ nº 58.481.367/0001-54, com sede na Rua Santo Antonio nº 10, Guarulhos, Cep 07110-150, neste ato representado por seu Presidente, sr. Orisson de Souza Melo, CPF nº 014.619.448-99, representando os aeroviários; 4. Sindicato Nacional dos Aeronautas, com base nacional, Registro Sindical nº 00750008214-3, CNPJ nº 33.452.400/00001-97, com sede na Av. Franklin Roosevelt, 194-8º andar Sala 803, Rio de Janeiro, Cep 20021-120, neste ato representado por seu presidente, sr. Gelson Dagmar Fochesato, CPF 910.968.808-06, representando os aeronautas; 5. FENTAC Federação Nacional dos Trabalhadores na Aviação Civil, com base nacional, Registro Sindical nº 46000001985/96, CNPJ nº 01.206.428/0001-58, com sede na Av. Franklin Roosevelt, 194 sala 805 - Centro - Rio de Janeiro - Cep 20021-120, neste ato representado por seu presidente, sr. Celso André Klafke, CPF 441.451.280-87; 6. FNTTA Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo, com base nacional, Registro Sindical nº 173.267, CNPJ nº 34.273.656/0001-08., com sede na Av. Franklin Roosevelt, 84-4º andar - Grupo 404 - Castelo - RJ Cep 20021-120, neste ato representado por seu presidente, sr. Uébio José da Silva, CPF nº 086.120.388-71; Considerando que o Programa de Ação Interinstitucional da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, criado pela Portaria/GD/DRT/SP nº 700, de 10/9/2004, estabeleceu como uma das prioridades da sua ação fiscal para o Estado de São Paulo a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, por meio do cumprimento do artigo 93, da Lei nº 8.213/91;

Considerando que os dispositivos legais garantidores da inclusão da pessoa com deficiência no mundo do trabalho inspiram-se nos preceitos constitucionais que preconizam a dignidade da pessoa humana e o valor social do trabalho, a não-discriminação, a igualdade, a liberdade de exercício profissional e no dispositivo que proíbe qualquer forma de discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com deficiência (artigo 1º, incisos III e IV, artigo 3º, inciso IV, artigo 5º, caput e inciso XII e artigo 7º, inciso XXXI, da Constituição Federal) e, também, na Convenção nº 159/1993, da Organização Internacional do Trabalho OIT, ratificada pelo Brasil por meio do Decreto Legislativo nº 51, de 28 de agosto de 1989; Considerando que compete ao Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer a sistemática de fiscalização, avaliação e controle das empresas, bem como instituir procedimentos e formulários que propiciem estatísticas sobre o número de empregados portadores de deficiência e de vagas preenchidas, para fins de acompanhamento do disposto no caput, do artigo 36, do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, conforme dispõe o seu 5º; Considerando, que as políticas públicas de inclusão das pessoas com deficiência não se esgotam com a contratação das pessoas com deficiência, mas incluem que lhes sejam oferecidas condições dignas de trabalho, com eqüidade e possibilidade de ascensão profissional, dentro de um contexto em que se busque promover as mudanças culturais necessárias para a valorização da diversidade e para a eliminação de qualquer tipo de discriminação no mundo do trabalho; Considerando que o conjunto normativo regulador da matéria envolve, de forma direta ou indireta, especificidades múltiplas, tais como a acessibilidade, adaptabilidade, qualificação e formação profissional e, também, a responsabilidade social corporativa dos empregadores, tipicidades essas que colocam o arcabouço normativo no patamar de política de transformação social, em alinhamento com noção de inclusão efetiva e em contraposição à mera criação da oferta assistencialista de postos de trabalho às pessoas com deficiência; Considerando, assim, que o alcance da plena eficácia das leis concernentes ao tema pressupõe, por parte do Poder Público, a implantação e o manejo de procedimentos também multifacetados, não podendo restringir-se às medidas de fiscalização e apenação do infrator; Considerando, que as características da referida obrigação patronal apontam para a necessidade de estabelecer-se um padrão das ações de fiscalização e auditoria, com vistas à otimização de seus resultados; Considerando, que a sociedade brasileira, seus empresários, entidades voltadas à defesa dos legítimos interesses das pessoas com deficiência e sindicatos representativos dos segmentos econômicos e profissionais, estão amadurecidos para cumprir e fazer cumprir as leis de proteção aos diretos do trabalhador com deficiência; Considerando, reiteradas decisões o Egrégio Tribunal Superior do Trabalho vem prestigiando o pactuado em norma coletiva de trabalho, à luz do princípio da autonomia da vontade coletiva previsto no artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal. Considerando, por fim, que a Instrução Normativa Nº 23, de 26 de maio de 2001, que orienta os auditores-fiscais do trabalho e as chefias de fiscalização quanto ao procedimento a ser adotado na realização das mesas de entendimento, estabelece que: o supervisor dessas mesas poderá convidar para dela participarem entidades sindicais representantes das categorias envolvidas e de outros

segmentos econômicos e profissionais, e que para a fixação de prazos superiores a 120 (cento e vinte) dias para o saneamento das irregularidades será obrigatória a participação e a anuência da entidade representativa da categoria profissional envolvia; RESOLVEM, firmar o presente PACTO TRIPARTITE PARA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO, sendo que os sindicatos profissionais, desde já, manifestam formalmente sua anuência quanto à concessão de prazos superiores a 120 dias para o cumprimento da cota de pessoas com deficiência ou reabilitadas para quaisquer empresas do segmento econômico que firmar o Termo de Compromisso, doravante denominadas empresas aderentes, para o cumprimento do Art. 93 da Lei 8.213, desde que respeitados os termos deste pacto, conforme segue: CLÁUSULA 1ª As partes signatárias do presente pacto constituirão uma comissão de acompanhamento e avaliação dos resultados alcançados, integrada, no mínimo, por representantes de seus signatários e das empresas aderentes, à qual competirá reunir-se ordinariamente, a cada 90 (noventa) dias, em datas previamente definidas, para proceder ao balanço e apontar eventuais medidas para a garantia da qualidade do processo de inclusão e do cumprimento das metas acordadas. Parágrafo primeiro: As partes signatárias se comprometem a se reunir, no prazo máximo de 01 (um) mês, a contar da data de assinatura do presente pacto, a fim de formar a comissão citada no parágrafo anterior. O Sindicato dos empregadores deverá comunicar a SRTE sobre a formação e composição da referida comissão. Parágrafo segundo. O Sindicato dos empregadores deverá registrar as reuniões em ata e encaminhar à Coordenação do Projeto Estadual de Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho, no prazo de 5 (cinco) dias úteis. CLÁUSULA 2ª. - As empresas aderentes deverão promover a capacitação profissional de pessoas com deficiência, por meio de cursos adequados às necessidades do mercado relacionado com as atividades aeroviárias, ao longo da duração deste Pacto. As turmas periódicas deverão ter, no máximo, 30 capacitandos. Parágrafo Primeiro - O conteúdo e carga horária dos cursos serão definidos pelas empresas aderentes, garantindo-se, entretanto, a qualidade necessária para atender às exigências do mercado, sendo que tais cursos podem ser ministrados diretamente pela empresa aderente, bem como através de parcerias destas com entidades habilitadas a promover tal capacitação. Além disso, as empresas aderentes poderão optar por realizar a capacitação antes ou após a contratação dos profissionais. Parágrafo Segundo - Os cursos serão totalmente gratuitos e as empresas aderentes, sempre que necessário, deverão oferecer os recursos para viabilizar a freqüência e bom aproveitamento, dentre eles, material didático, acessibilidade, transporte e alimentação. Parágrafo Terceiro - A aprovação e conclusão do curso de capacitação estão sujeitos à freqüência mínima às aulas e atingimento de nota mínima estabelecida, conforme condições estabelecidas pela empresa aderente.

Parágrafo Quarto - Essas capacitações deverão ser comprovadas por meio de cópias dos certificados de conclusão emitidos, a serem apresentadas à fiscalização nas datas previstas para comparecimento, conforme estipulado no Termo de Adesão. CLÁUSULA 3ª. - As entidades sindicais signatárias deverão divulgar amplamente, por meio de sítio na internet ou por outros meios de comunicação, as vagas oferecidas pelas empresas aderentes para as pessoas com deficiência e também disponibilizar para a consulta os currículos de pessoas interessadas em serem empregadas, principalmente daquelas que foram capacitadas profissionalmente conforme previsto na Cláusula 1ª, caso não tenham sido contratadas pela empresa aderente que promoveu o curso de capacitação. As empresas aderentes deverão enviar aos sindicatos e divulgar, por meio de sítio na internet ou por outros meios de comunicação, as vagas oferecidas para as pessoas com deficiência. As empresas aderentes poderão optar por realizar a divulgação das vagas no SIVC Sistema Integrado de Vagas e Currículos para Pessoa com Deficiência, por meio do site www.selursocial.org.br. Parágrafo único - Essas ações deverão ser documentadas e apresentadas à fiscalização nas datas CLÁUSULA 4ª. - Os processos de seleção promovidos pelas empresas para contratação de trabalhadores deverão ser de caráter inclusivo, garantindo-se sempre aos candidatos, sejam eles pessoas com deficiência ou não, a possibilidade de comprovar sua capacidade para o trabalho. CLÁUSULA 5ª. - As empresas deverão desenvolver ações programáticas na forma de comunicados periódicos, através de seus veículos internos de comunicação, de conscientização junto aos colegas de trabalho, chefias e aos próprios trabalhadores com deficiência para que lhes sejam garantidas as condições para o desenvolvimento de sua atividade profissional. Parágrafo Único - Essas ações deverão ser documentadas e apresentadas à fiscalização nas datas CLÁUSULA 6ª. - As empresas aderentes, individualmente, deverão efetuar avaliação estrutural, analisar e desenvolver projetos específicos para adequar o ambiente de trabalho, segundo a natureza e grau das deficiências, conforme legislação vigente; Parágrafo Primeiro Nas áreas em que dependam de autorização da INFRAERO para eventual adequação do local, na qualidade de concedente das áreas utilizadas pelas empresas nos aeroportos e prédios localizados dentro da área aeroportuária, as empresas se comprometem a empenhar esforços para conseguir modificar tais áreas. Parágrafo Segundo - Essas ações deverão ser documentadas e apresentadas à fiscalização nas datas CLÁUSULA 7ª- O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PCMSO e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais das empresas aderentes deverão constar as medidas necessárias para que sejam garantidas aos trabalhadores com deficiência, condições de trabalho seguras e saudáveis, incluindo medidas especiais eventualmente necessárias;

Parágrafo Primeiro A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA deverá ter conhecimento do processo de inclusão dos trabalhadores com deficiência na empresa e quando necessário, ser objeto de discussão em suas reuniões; Parágrafo Segundo A empresa se compromete a desenvolver, seja por meios próprios ou de terceiros, os perfis profissográficos dos postos de trabalhos existentes, na perspectiva de identificar e sanar as barreiras de acessibilidade no local de trabalho; Parágrafo Terceiro - Essas ações deverão ser documentadas e apresentadas à fiscalização nas datas CLÁUSULA 8ª As empresas deverão publicar matérias, informes ou equiparados, sobre a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, em veículos de comunicação que exista ou passe a existir, destinada a informação de seus passageiros, a qual poderá ser a própria revista de bordo da empresa ou outros meios disponíveis. Parágrafo Único - Essas ações deverão ser documentadas e apresentadas à fiscalização nas datas CLÁUSULA 9ª - METAS PARCIAIS DE CONTRATAÇÃO (PERCENTAGEM MÍNIMA DE CONTRATAÇÕES DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU REABILITADOS) Vigência do Pacto 36 (trinta e seis) 6 12 18 24 30 36 Número de empregados 100 a 200 0,60% 0,80% 1,20% 1,40% 1,70% 2% 201 a 500 0,90% 1,20% 1,80% 2,10% 2,55% 3% 501 a 1.000 1,20% 1,60% 2,40% 2,80% 3,40% 4% mais que 1.000 1,50% 2% 3% 3,50% 4,25% 5% Parágrafo Primeiro - Para fins de fiscalização e cálculo das metas estabelecidas para o cumprimento das metas parciais de contratação, será considerado o número de empregados ativos na data da adesão das empresas ao presente pacto. Parágrafo Segundo No decorrer do prazo estabelecido para o cumprimento das metas parciais de contratação, caso ocorra a redução do número de empregados ativos, para fins de fiscalização e cálculo das metas, será considerado aquele número imediatamente inferior ao estabelecido no parágrafo primeiro. Parágrafo Terceiro - As empresas aderentes que neste período passarem por processos de fusão, incorporação ou cisão, deverão informar o SNEA - Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias para que seja verificada a possibilidade de adequação das metas e cronograma, com o sindicato laboral e a SRTE/SP.

CLÁUSULA 10ª - As empresas do ramo de atividade do sindicato patronal poderão aderir aos termos do presente Pacto, por meio do termo de adesão, conforme modelo anexo, objetivando atender o comando legal relativo ao cumprimento de suas cotas, independentemente das ações adotadas pelas entidades signatárias. Parágrafo primeiro - As empresas poderão formalizar o Termo de Adesão, mediante o comparecimento na Coordenação do Projeto de Inserção de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo, sita à Rua Martins Fontes, n. 109, 8º andar, São Paulo, Capital, de segunda à quinta-feira, das 10h às 12h, e apresentar os seguintes documentos: documentos constitutivos da empresa; livro de inspeção do trabalho e o termo de adesão preenchido, conforme modelo do Anexo I. Parágrafo segundo - A adesão poderá ocorrer a qualquer momento, dentro do período de vigência do Pacto. CLÁUSULA 11ª - As empresas aderentes estão automaticamente convocadas a comparecer a SRTE/SP, a quem caberá a fiscalização relativa às empresas cuja matriz esteja situada em São Paulo, de acordo com datas previstas em cronograma ou em notificações especificas, para apresentar os documentos comprobatórios do cumprimento das metas de contratação e das demais ações estabelecidas neste Pacto. Parágrafo único - O não comparecimento nas datas aprazadas, bem como a não comprovação de qualquer dos itens pactuados, conforme metas e cronogramas estabelecidos, desde que sem justificativa relevante e a critério da auditoria fiscal, será motivo de exclusão automática da empresa do presente Pacto, sendo que a mesma passará a ser fiscalizada de rotina pela SRTE/SP, até o cumprimento da legislação. CLÁUSULA 12ª. - A vigência do presente Pacto é de 36(trinta e seis), a contar da data de sua assinatura, prevalecendo o aqui acordado, exceto se diplomas legais dispuserem o contrário, ou se houver pedido de revisão de seus termos aceito pelas partes signatárias, bem como se ocorrer adesão, de maneira individual ou coletiva, em novos Acordos, Pactos, Termo de Ajuste de Conduta ou equiparados. Parágrafo Primeiro Ao final dos 24 (vinte e quatro) da vigência do presente pacto, este poderá ser renovado para dispor sobre o cumprimento da reserva legal de vagas e novas condições. Parágrafo Segundo - Ao final da vigência do presente Pacto, a SRTE/SP e as entidades sindicais signatárias farão um balanço da situação e definirão formas de continuidade do Programa de Inclusão das Pessoas com Deficiência. CLÁUSULA 13ª - Durante o prazo de vigência do Termo de Adesão celebrado nos moldes do Anexo I, a empresa aderente, desde que adimplente com as obrigações assumidas, não poderá sofrer autuações da Fiscalização Trabalhista em decorrência do não preenchimento da cota de pessoas com deficiência ou reabilitadas nos termos ali estabelecidos. CLÁUSULA 14ª A partir da assinatura do presente Pacto, as entidades pactuantes terão um prazo de 90 (noventa) dias para dar ciência de seu conteúdo, bem como divulgá-lo a toda a sua base, incentivando todas as empresas interessadas à adesão.

E assim, por estarem cientes dos termos acima e como resultado da Comissão Paritária formada para tratar das questões relativas as pessoas com deficiência, conforme o item 34 da Convenção Coletiva dos Aeroviários, assinam o presente termo, com validade em todo o Estado de São Paulo, em 03 (três) vias, sendo uma para cada parte signatária. São Paulo, 24 de agosto de 2011. SNEA - Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias SAESP - Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos Sindicato Nacional dos Aeronautas FENTAC Federação Nacional dos Trabalhadores na Aviação Civil FNTTA Federação Nacional dos Trabalhadores no Transporte Aéreo SRTE/SP - Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo

ANEXO - Modelo I TERMO DE ADESÃO AO PACTO TRIPARTITE PARA INCLUSÃO DE PESSOAS INCLUSÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO Art. 93 da lei 8.213/91, CELEBRADO ENTRE O SNEA SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS AEROVIÁRIAS, SAESP - SINDICATO DOS AEROVIÁRIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E SINDICATO DOS AEROVIÁRIOS DE GUARULHOS. Pelo presente Termo de Adesão, a empresa (DADOS DA EMPRESA)..., com sua matriz localizada na cidade de São Paulo, compromete-se a cumprir as metas de contratação de pessoas com deficiência, conforme os termos da Cláusula 9ª e as demais ações previstas no referido Pacto, bem com comparecer à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego SRTE/SP, na Rua Martins Fontes, 109, 8º andar, São Paulo/SP, nas datas previamente estabelecidas ou comunicadas para apresentação dos documentos comprobatórios deste cumprimento. METAS PARCIAIS DE CONTRATAÇÃO (PERCENTAGEM MÍNIMA DE CONTRATAÇÕES DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA) Vigência do Pacto 36 (trinta e seis) 6 12 18 24 30 36 Número de empregados 100 a 200 0,60% 0,80% 1,20% 1,40% 1,70% 2% 201 a 500 0,90% 1,20% 1,80% 2,10% 2,55% 3% 501 a 1.000 1,20% 1,60% 2,40% 2,80% 3,40% 4% mais que 1.000 1,50% 2% 3% 3,50% 4,25% 5% Desta feita, a empresa aderente assina o referido termo de adesão em 02 (duas) vias de igual teor, as quais serão protocoladas perante a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego SRTE/SP. (Local e data) Nome da empresa e Assinatura