EDIFICAÇÕES. Técnicas construtivas Memória de aula 04 FUNDAÇÕES



Documentos relacionados
Tecnologia da Construção Civil - I Fundações. Roberto dos Santos Monteiro

Faculdade Sudoeste Paulista Curso de Engenharia Civil Técnicas da Construção Civil

17:39. Departamento de Construção Civil FUNDAÇÕES INTRODUÇÃO FUNDAÇÕES DIRETAS

ESTRUTURAS DE FUNDAÇÕES RASAS

Os principais tipos de fundações profundas são:

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 1

Fundações Diretas Rasas

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS I. Fundações

Grupo de Materiais de Construção 1

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO

UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES CAMPUS VILLA LOBOS. Construção Civil

1 INFRA-ESTRUTURA Fundações PROFESSORA MSC DAYANA RUTH

INFRAESTRUTURA DE PONTES FUNDAÇÕES PROFUNDAS

INFRAESTRUTURA-FUNDAÇÃO DIRETA. Elizeth Neves Cardoso Soares 2016

ExEcução de fundações

LEB- 418 COSNTRUÇOES RURAIS Capacidade de Carga. Transmitir o peso da estrutura à superfície do terreno.

PRINCIPAIS TIPOS DE FUNDAÇÕES

FUNDAÇÕES. Aspectos a considerar para a escolha da fundação? Aspectos a considerar para a escolha da fundação?

DIRETRIZES EXECUTIVAS DE SERVIÇOS

Nspt = 25 Nspt = 13 σ a = 500 kpa σ a = 260 kpa Prova de carga, σ a = 500 kpa Prova de carga, σ a = 375 kpa

Capacidade de carga dos solos RECALQUES. Solos e Fundações. Sondagem - solos. Profa. Geilma Lima Vieira

CAPÍTULO 4 4. ELEMENTOS ESTRUTURAIS. 4.1 Classificação Geométrica dos Elementos Estruturais

Fundações Indiretas. Tipos de Fundações. Fundações Indiretas. Tipos de fundações

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS. Prof. Janine Gomes da Silva

Memorial Descritivo BUEIROS CELULARES DE CONCRETO. 01 BUEIRO triplo na RS715 com 3,00m X 2,50m X 16m, cada célula, no km ,5m.

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO

ALICERCES Fundações Rasas Obras de Pequeno Porte

Aula2 Tecnologia dos Processos Construtivos Residenciais

Memorial Descritivo Escola Municipal Professor Ismael Silva

PRÁTICAS DE PEQUENAS OBRAS NO MEIO RURAL

Departamento de Construção Civil. Fundações indiretas profundas. 1. Pré-moldadas 2. Moldadas in loco

Prof. Marcos Valin Jr. Prof. Marcos Valin Jr. Definição. Fundações. 1

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS


Ministério da Educação Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE Coordenação Geral de Infraestrutural Educacional CGEST

AULA 01: SISTEMAS DE FUNDAÇÃO E O PROJETO DE FUNDAÇÕES

DESENHO ARQUITETÔNICO

FATEC - SP Faculdade de Tecnologia de São Paulo. ESTACAS DE CONCRETO PARA FUNDAÇÕES - carga de trabalho e comprimento

SUMÁRIO. laboração Revisão Data da revisão Aprovado (ou Aprovação) Data aprovação Luiz Fernando J. Albrecht

TUBULÃO A CEU ABERTO TUBULÃO A AR COMPRIMIDO

CÂMARA MUNICIPAL DE IJACI Legislatura 2009/2012

RELATÓRIO VISTORIA NA ESTRUTURA DO CARTÓRIO ELEITORAL DE GURINHÉM - SEARQ

ESCOLA TÉCNICA UNISUAM ETUS

4. DIMENSIONAMENTO DE ESCADAS EM CONCRETO ARMADO

PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO URBANA MEMORIAL DESCRITIVO

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES CÁLCULO ESTRUTURAL AULA 10

Estrutura de uma Edificação

MEMORIAL DE CÁLCULO Demolição de piso cimentado inclusive lastro de concreto 5,58X2,98=16,62 10,73+10,70+19,98=41,41 m² TOTAL=58,03m²

Aspectos relevantes sobre execução de fundações FUNDAÇÕES SLIDES 04. Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt

ESTACA ESCAVADA, BARRETE E RAIZ (EM SOLO E ROCHA): CONCEITOS BÁSICOS, EXECUÇÃO

Sistemas de Fundação. Sobre o Projeto de Fundações. Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt FUNDAÇÕES SLIDES 02.

Estribos verticais: 2 Largura X: 45.0 cm Ø10 CA-50-A P9, P10, P11, Largura Y: 45.0 cm

MEMORIAL DESCRITIVO DE OBRA I - IDENTIFICAÇÃO DA OBRA E DO PROPRIETÁRIO: PROPRIETÁRIO: PREFEITURA MUNICIPAL DE CÂNDIDO DE ABREU -

Sistemas de Fundação. Sobre o Projeto de Fundações. Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt FUNDAÇÕES AULA 02.

COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS

FUNDAÇÕES INTRODUÇÃO FUNDAÇÕES DIRETAS

Patologia e recuperação de obras ENG /1

Compactação Exercícios

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE EDIFICAÇÕES EM CONCRETO ARMADO

Mecânica dos Solos e Fundações PEF a Aula. CAPACIDADE DE CARGA Fundações Diretas rasas e profundas Tipos de sapatas

UTILIZAÇÃO DE GEOTÊXTIL BIDIM EM MURO MISTO DE SOLO REFORÇADO E SOLO GRAMPEADO NA BASE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS SP

ANEXO 5 MEMORIAL DE CÁLCULO QUANTITATIVO ÍNDICE ANALÍTICO

PLANILHA DE FORMAÇÃO DE PREÇOS

Elementos Componentes da Mesoestrutura

FUNDAÇÕES RASAS DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO

TOTAL DO ITEM ,42

REFORÇO DE FUNDAÇÃO. (21)

UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES CAMPUS VILLA LOBOS. Construção Civil

PLANILHA CONTRATUAL VIGENTE - RECOPA

NOÇÕES ESTRUTURAIS. Sistemas Estruturais. Profª Joana Pinheiro

ANEXO 02 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS OBRA: SUBST PISO RESIDEN 01 CONDOM SOBRAL LOCALIZAÇÃO: CONDOMINIO SOBRAL

07/05/2017. Cuiabá/MT Maio

FUNDAÇÕES DE EDIFÍCIOS ANTIGOS

CÁLCULO DE ESTAQUEAMENTO PLANO POR MEIO DE

Construções Rurais. Prof. João Marcelo

Estruturas Especiais de Concreto Armado I. Aula 1 -Sapatas

AUTOR(ES): FELIPE DOS SANTOS GOUVEIA, DEREK TAVARES DA SILVA JARDIM, WILKER DA SILVA MORAIS

Ministério da Educação Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE Coordenação Geral de Infraestrutural Educacional CGEST

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ÂNGELO

MUROS DE ARRIMO. Tipos Drenagem Estabilidade Dimensionamento

PREFEITURA MUNICIPAL DE DOUTOR PEDRINHO Estado de Santa Catarina

MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

* variável em função do 145 ' ~$.O. Fundações - 1" sem Padm(kN) - estrutural Com rimento (m) 100 a a

QUADRO 1 GLOSSÁRIO. ATERRO: Colocação de terra ou entulho para nivelar uma superfície irregular.

Dicas importantes para você construir ou reformar a sua casa.

FUNDAÇÕES PARA HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL Apresentador: W. N. M., Diego¹ Co-autor: L.T., Karina² Orientador: S. D., J. Mário³

Lista de Exercícios Aula 04 Propagação do Calor

8 Curso de ENGENHARIA APLICADA ÀS OBRAS DE FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES

Blocos e Alicerces CONCEITO

MEMORIAL DESCRITIVO DESCRIÇÃO DA OBRA

e o da placa (S P ) será:, sendo (BF ) a menor dimensão da fundação e (B P ) a menor dimensão da placa.

21/10/2010. Origem das estruturas... Homem. Sobrevivência. Agua, alimentos, proteção. IF SUL Técnicas Construtivas Profa.

Técnico em Edificações Cálculo Estrutural Aula 05

fundamentos e aplicações

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 1

CONSTRUÇÃO DA REDE DE COLETA DE ESGOTO E DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE AGUA DA RUA SETE DE SETEMBRO

1.0 - SERVIÇOS PRELIMINARES

Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia Civil Departamento de Estruturas. Elementos estruturais. Prof. MSc. Luiz Carlos de Almeida

AULA 0: FUNDAÇÕES QUESTÕES COMENTADAS

Fundações em Tubulão

Transcrição:

Professora Carolina Barros EDIFICAÇÕES Técnicas construtivas Memória de aula 04 FUNDAÇÕES 1. INTRODUÇÃO Fundações são elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno as cargas da estrutura. Devem ter resistência adequada para suportar as tensões causadas pelos esforços solicitantes. O solo deve ter resistência e rigidez apropriada para não sofrer ruptura e não apresentar deformações exageradas ou diferenciais. 2. TIPOS DE FUNDAÇÕES As fundações são classificadas em fundações diretas ou rasas e indiretas ou profundas. As fundações diretas ou rasas são aquelas em que a carga da estrutura é transmitida diretamente ao solo pela fundação. São executadas em valas rasas, com profundidade máxima de 3,0 metros, e caracterizadas por blocos, alicerces, sapatas e radiers. As fundações indiretas ou profundas são aquelas que transferem a carga por efeito de atrito lateral do elemento com o solo e por meio de um fuste. Estas estruturas de transmissão podem ser estacas ou tubulões.

3. DIRETAS OU RASAS As fundações diretas são empregadas onde as camadas do subsolo, logo abaixo da estrutura, são capazes de suportar as cargas. São aquelas que são dimensionadas de forma a distribuírem o peso da construção no solo para que a pressão exercida sobre o solo seja compatível com a sua resistência (do solo ). Descrevemos com mais detalhes as fundações diretas mais comuns para obras de pequeno porte. 1.SAPATA CORRIDA DE ALVENARIA São utilizadas em obras de pequena área e carga, (edícula sem laje, barraco de obras, abrigo de gás; água etc.). É importante conhecer esse tipo de alicerce pois foram muito utilizados nas construções antigas e se faz necessário esse conhecimento no momento das reformas e reforços dos mesmos. As etapas de execução são: a) Abertura de vala Profundidade nunca inferiores a 40cm Largura das valas: - parede de 1 tijolo = 45cm -parede de 1/2 tijolo = 40cm Em terrenos inclinados, o fundo da vala é formado por degraus. Sempre em nível mantendo-se o valor "h" em no mínimo 40 cm e h1, no máximo 50cm. Detalhe do nivelamento do fundo da vala b) Apiloamento Se faz manualmente com soquete (maço) de 10 à 20kg, com o objetivo unicamente de conseguir a uniformização do fundo da vala e não aumentar a resistência do solo. c) Lastro de concreto Sobre o fundo das valas devemos aplicar uma camada de concreto magro de traço 1:3:6 ou 1:4:8 (cimento, areia grossa e pedra 2 e 3) e espessura mínima de 5cm com a finalidade de: Diminuir a pressão de contato visto ser a sua largura maior do que a do alicerce; Uniformizar e limpar o piso sobre o qual será levantado o alicerce de alvenaria. d) Alicerce de alvenaria (Assentamento dos tijolos) Ficam semi-embutidos no terreno; Tem espessuras maiores do que a das paredes sendo: -paredes de 1 tijolo - feitos com tijolo e meio. -paredes de 1/2 tijolo - feitos com um tijolo. Seu respaldo deve estar acima do nível do terreno, a fim de evitar o contato das paredes com o solo; O tijolo utilizado é o maciço queimado ou requeimado; Assentamento dos tijolos é feito em nível; Argamassa de assentamento é de cimento e areia traço 1:4. e) Cinta de amarração É sempre aconselhável a colocação de uma cinta de amarração no respaldo dos alicerces. Normalmente a sua ferragem consiste de barras "corridas", no caso de pretender a sua atuação como viga deverá ser calculada a ferragem e os estribos. Sobre a cinta será

efetuada a impermeabilização. Para economizar formas, utiliza-se tijolos em espelho, assentados com argamassa de cimento e areia traço 1:3. A função das cintas de amarração é "amarrar" todo o alicerce e distribuir melhor as cargas, não podendo contudo serem utilizadas como vigas. f) Re-aterro das valas Após a execução da impermeabilização das fundações, podemos re-aterrar as valas. O re-aterro deve ser feito em camadas de no máximo 20 cm bem compactadas. g) Tipos de alicerces para construção simples 2.PAREDE DE UM TIJOLO Sem cinta de amarração 3.PAREDE DE MEIO TIJOLO Com cinta de amarração Com cinta de amarração Obs. Para manter os ferros corridos da cinta de amarração na posição, devem ser usados estribos, espaçados de mais ou menos 1,0m. A função desses estribos é somente posicionar as armaduras.

4.SAPATA ISOLADA São fundações de concreto simples ou armado. As sapatas de concreto simples (sem armaduras), possuem grande altura, o que lhes confere boa rigidez. Também são denominadas de Blocos. As sapatas de concreto armado, podem ter formato piramidal ou cônico, possuindo pequena altura em relação a sua base, que pode ter forma quadrada ou retangular (formatos mais comuns). Sapata isolada retangular 5.SAPATAS CORRIDAS Executadas em concreto armado e possuem uma dimensão preponderante em relação às demais. Sapata corrida sob paredes Sapata corrida sob pilares Sapata corrida com viga 6.RADIERS Quando todas as paredes ou todos os pilares de uma edificação transmitem as cargas ao solo através de uma única sapata, tem-se o que se denomina uma fundação em radier. Os radiers são elementos contínuos que podem ser executados em concreto armado, protendido ou em concreto reforçado com fibras de aço.

Radiers EXECUÇÃO Em geral, deve-se considerar os seguintes cuidados na execução de fundações diretas ou rasas: a) Executar o escoramento adequado na escavação das valas com profundidades maiores que 1,5 m, quando o solo for instável; b) Consolidar o fundo da vala, com a regularização e compactação do material (apiloamento); c) Executar o lastro de concreto magro (5 a 10 cm de espessura), para melhor distribuir as cargas quando se tratar de alicerces de alvenaria de tijolos ou pedras, ou proteger o concreto estrutural, quando se tratar de sapatas; d) Determinar um sistema de drenagem para viabilizar a execução, quando houver necessidade; e) Construir uma cinta de amarração a fim de absorver esforços não previstos, recalques diferenciais, distribuir o carregamento e combater os esforços horizontais; f) Determinar um processo de impermeabilização da fundação acima do soco, para não permitir a percolação capilar; g) Controlar a locação do centro dos blocos e das linhas das paredes e a cota do fundo da vala. 4. FUNDAÇÕES INDIRETAS OU PROFUNDAS São caracterizadas pelo comprimento preponderante em relação à seção transversal. São fundações cuja resistência é composta de duas parcelas. A primeira é baseada na superfície de sua extremidade inferior que distribui o peso atuante, sobre ela, no solo (ponta). A segunda parcela é gerada pela força de atrito entre a sua superfície lateral da estaca e o solo.podem ser cravadas ou escavadas no solo. Os principais tipos de fundações profundas são: ESTACAS São peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, cravadas ou confeccionadas no solo, essencialmente para: a) Transmissão de carga a camadas profundas; b) Contenção de empuxos laterais (estacas pranchas); c) Compactação de terrenos. Podem ser: Pré-moldadas Moldadas in loco As estacas recebem esforços axiais de compressão. Esses esforços são resistidos pela reação exercida pelo terreno sobre sua ponta e pelo atrito entre as paredes laterais da estaca e o terreno. Nas estacas prancha além dos esforços axiais temos o empuxo lateral (esforços horizontais).

Esforços nas estacas BLOCOS DE COROAMENTO DAS ESTACAS Os blocos de coroamento das estacas são elementos maciços de concreto armado que solidarizam as "cabeças" de uma ou um grupo de estacas, distribuindo para ela as cargas dos pilares e dos baldrames. As estacas devem ser preparadas previamente, através de limpeza e remoção do concreto de má qualidade que, normalmente, se encontra acima da cota de arrasamento das estacas moldadas "in loco". Os blocos de coroamento têm também a função de absorver os momentos produzidos por forças horizontais, excentricidade e outras solicitações (Caputo. H.P., 1973). Bloco de coroamento Configuração em planta dos blocos sobre estacas BROCAS São feitas a trado, em solo sem água, de forma a não haver fechamento do furo nem desmoronamento. Limite de diâmetro : 15 (6") a 25cm (10") Limite de comprimento: é da ordem de 6,0m, no mínimo. de 3,0 m a 4,0m Os Æ mais usados são 20cm e 25cm. A execução das brocas é extremamente simples e compreende apenas três fases: abertura da vala dos alicerces perfuração de um furo no terreno compactação do fundo do furo lançamento do concreto

Ao contrário de outros tipos de estacas, que veremos adiante, as brocas só serão iniciadas depois de todas as valas abertas, pois o trabalho é exclusivamente manual, não utilizando nenhum equipamento mecânico. Inicia-se a abertura dos furos com uma cavadeira americana e o restante é executado com trado, que tem o seu comprimento acrescido através de barras de cano galvanizado, (geralmente com 1,5m cada peça) até atingir a profundidade desejada. Tipos de trado Perfuração da broca ESTACAS ESCAVADAS As estacas escavadas caracterizam-se também por serem moldadas no local após a escavação do solo, que é efetuada mecanicamente com trado helicoidal. São executadas através de torres metálicas, apoiadas em chassis metálicos ou acoplados em caminhões (Figura 3.22). Em ambos os casos são empregados guinchos, conjunto de tração e haste de perfuração, podendo esta ser helicoidal em toda a sua extensão ou trados acoplados em sua extremidade. Seu emprego é restrito a perfuração acima do nível d'água. (Falconi et al, 1998). Perfuração da broca ESTACA STRAUSS A estaca Strauss é executada utilizando equipamento mecanizado composto por um tripé, guincho, soquete (pilão) e a sonda (balde). Inicia-se a perfuração utilizando o soquete. Após abertura inicial do furo com o soquete, coloca-se o tubo de molde do mesmo diâmetro da estaca, o soquete é substituído pela sonda com porta e janela a fim de penetrar e remover o solo no seu interior em estado de lama. Alcançado o comprimento desejado da estaca, enche-se de concreto em trechos de 0,5 a 1,0 m que é socado pelo pilão à medida que se vai extraindo o molde formando o bulbo.

O procedimento acima se repete, exceto a formação do bulbo, até completar o nível proposto pelo projeto. Execução das Estaca Strauss ESTACAS FRANKI Coloca-se o tubo de aço (molde), tendo no seu interior junto à ponta, um tampão de concreto de relação água/cimento muito baixa, esse tampão é socado por meio de um soquete (pilão) de até 4t; ele vai abrindo caminho no terreno devido ao forte atrito entre o concreto seco e o tubo e o mesmo é arrastado para dentro do solo. Alcançada a profundidade desejada o molde é preso à torre, coloca-se mais concreto no interior do molde e com o pilão, provocasse a expulsão do tampão até a formação de um bulbo do concreto. Após essa operação descesse a armadura e concreta-se a estaca em pequenos trechos sendo os mesmos fortemente, apiloados ao mesmo tempo em que se retira o tubo de molde. Execução das Estacas Franki TUBULÕES São elementos de fundação profunda constituído de um poço (fuste), normalmente de seção circular revestido ou não, e uma base circular ou em forma de elipse. Seção típica de um tubulão

Os tubulões dividem-se em dois tipos básicos: à céu aberto (com ou sem revestimento) e a ar comprimido (pneumático) revestido. O revestimento dos tubulões podem ser constituído de camisa de concreto armada ou de aço. Sendo a de aço perdida ou recuperada. ANOTAÇÕES 1. Verificar se o terreno confirma a sondagem quando da execução da fundação. 2. Verificar a exata correspondência entre os projetos, arquitetônico, estrutural e o de fundações. 3. Verificar se o traço e o preparo do concreto, atendem as especificações de projeto. 4. Verificar qual o sistema de impermeabilização indicada no projeto. Constatar se as especificações dos materiais, bem como as recomendações técnicas dos fabricantes estão sendo rigorosamente obedecidas. Noções de segurança na execução de fundação: Evitar queda de pessoas nas aberturas utilizando proteção com guarda corpos de madeira, metal ou telas. Realizar escoramento em valas para evitar desmoronamentos. O canteiro de obra deverá ser mantido limpo, organizado e desimpedidos, para evitar escorregões, e tropeços. Sinalizar com guarda-corpo, fitas, bandeirolas, cavaletes as valas, taludes poços e buracos.