DOCUMENTO REFERÊNCIA PRONATEC APRENDIZ

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Transcrição:

DOCUMENTO REFERÊNCIA PRONATEC APRENDIZ

Sumário DOCUMENTO REFERÊNCIA... 1 PRONATEC APRENDIZ... 1 APRESENTAÇÃO DOS PARCEIROS... 3 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO... 3 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO... 4 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL... 5 SECRETARIA DE MICRO E PEQUENA EMPRESA... 7 I - INTRODUÇÃO... 7 II O APRENDIZ NO ÂMBITO DO PRONATEC -PRONATEC APRENDIZ... 8 2.1 Público Alvo... 9 2.2 Rede de Ofertantes... 10 2.2.2 Premissas da Organização dos Itinerários Formativos... 11 2.2.3 Prática dos Itinerários Formativos de Aprendizagem... 13 2.3 Articulação de Matrículas... 15 2.4 A inserção em micro e pequenas empresas... 18 2.4.1 Contrato de Trabalho... 19 III FLUXO DE AÇÕES E ATUAÇÃO DOS PARCEIROS... 22 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL... 24 ANEXOS... 25 Modelo de Contrato de trabalho especial Contrato de Aprendizagem... 25 Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil Lista TIP... 30 I Trabalhos Prejudicais à Saúde e à Segurança... 30 II Trabalhos Prejudicais à Moralidade... 50

APRESENTAÇÃO DOS PARCEIROS A atuação governamental tem se pautado cada vez mais por ações integradas para potencializar o alcance das políticas públicas. Já faz parte das diretrizes do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) a parceria entre instituições para otimizar a implementação e potencializar os resultados pretendidos. Nesse sentido, o Pronatec Aprendiz é um trabalho coordenado entre diversos parceiros na busca conjunta de ampliar o acesso do jovem ao mundo do trabalho por meio de qualificação profissional e inserção concomitante mediante contrato profissional de aprendiz. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO A educação profissional e tecnológica, em termos universais, e no Brasil em particular, reveste-se cada vez mais de importância como elemento estratégico para a construção da cidadania e para uma melhor participação de jovens e trabalhadores na sociedade contemporânea, plena de grandes transformações e marcadamente tecnológica. A questão fundamental da educação profissional e tecnológica envolve necessariamente o estreito vínculo com o contexto maior da educação, circunscrita aos caminhos históricos percorridos por nossa sociedade. Trabalhadores mais qualificados possuem maiores chances de inclusão profissional em empregos de melhor remuneração, o que contribui, a médio e longo prazo, com a melhoria das condições de vida da população. O lançamento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), por meio da Lei nº 12.513 de 26 de outubro de 2011, foi um passo importante na consolidação da Educação Profissional, o qual permitirá ampliar a oferta de programas de formação técnico-profissional gratuita para o acesso de adolescentes, jovens, trabalhadores e pessoas com deficiência, especialmente os que estão em situação de vulnerabilidade. O Pronatec, na modalidade aprendiz, destinará ao financiamento da formação teórica de potenciais aprendizes, possibilitando a redução do custo dos contratos que tradicionalmente ocorrem, exclusivamente, às expensas das empresas contratantes. O MEC garantirá os recursos necessários para o pagamento da bolsa-formação às instituições ofertantes alinhadas ao programa de aprendizagem e almeja-se potencializar a contratação de jovens em micro e pequenas empresas locais, garantindo a inserção do jovem no mundo do trabalho de forma qualificada.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO A Aprendizagem Profissional, instituída pela Lei nº 10.097/2000 e regulamentada pelo Decreto nº 5.598/2005, incentiva a inserção de que jovens entre 14 e 24 anos em cursos de formação técnico-profissional metódica combinada a um contrato formal de trabalho com duração de até dois anos. Atualmente, o programa atende apenas médias e grandes empresas, que são obrigadas a contratar aprendizes, e algumas empresas públicas que também participam, embora ainda não haja regulamentação específica para estas. A inovação trazida pelo Pronatec Aprendiz é possibilitar que micro e pequenas empresas sejam incorporadas ao Programa de Aprendizagem Profissional, mediante adesão, com o próprio governo federal financiando a parte teórica da formação profissional. A incorporação desse segmento traz mais capilaridade e escala à inserção dos aprendizes no mundo do trabalho. O Pronatec Aprendiz incentiva e favorece a contratação nos empreendimentos de pequeno porte à medida que diminui os encargos devidos ao empregado aprendiz e oferece o curso profissionalizante gratuitamente. O contrato de aprendizagem envolve, além do empregador e do aprendiz, a entidade formadora. O Programa de Aprendizagem Profissional, cuja duração se define por igual período do contrato, deve prever a alternância de aulas teóricas e atividades práticas referentes à ocupação ou profissão objeto do programa, vivenciadas nessas entidades e nas empresas contratantes, respectivamente. De acordo com a Portaria MTE 723/2012, a carga horária teórica mínima para os cursos, ou seja, a parte teórica de um Programa de Aprendizagem é de 400 horas, que devem ser distribuídas no decorrer de todo o período do contrato, de forma a garantir a alternância e a complexidade progressiva das atividades práticas a serem realizadas no ambiente da empresa. O Ministério do Trabalho e Emprego, guardião das Leis Trabalhistas, busca aperfeiçoar a inserção profissional, combatendo a precarização do trabalho. Os programas de aprendizagem profissional colaboram para evitar a precarização do trabalho de jovens e adolescentes e permitem, além disso, a recolocação daqueles retirados de situação irregular de trabalho infantil ou escravo. Assim, o Pronatec Aprendiz surge como uma iniciativa promissora alinhada aos objetivos do MTE de melhorar o ambiente de trabalho, promover a qualificação do trabalhador e propiciar aos jovens uma oportunidade digna de primeiro emprego.

Em parceria com o Ministério Público do Trabalho, por meio da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (COORDINFÂNCIA), o MTE também atua para a inserção de adolescentes com idade a partir de 14 anos e resgatados do trabalho infantil em contratos regulares de aprendizagem profissional. Tal ação é fundamental para impedir que o adolescente volte a ser explorado irregularmente e que possa ter uma fonte de renda digna, legal e garantida para ele e sua família. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Uma das principais ações de inclusão produtiva do MDS é a parceria com MEC por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), especialmente o Pronatec Aprendiz. A oferta gratuita de qualificação profissional possibilita a inserção de jovens em situação de vulnerabilidade em cursos profissionalizantes e contrato de trabalho, vislumbrando a construção de alternativas para a geração de renda e a conquista de uma vida melhor. A atuação da rede socioassistencial municipal concentra-se em (a) busca ativa e mobilização de beneficiários interessados em participar das ações formativas, (b) prématrícula e encaminhamento para confirmação de matrícula junto às unidades ofertantes e (c) acompanhamento da trajetória dos alunos. Uma vez definida a oferta de vagas nos municípios contemplados pelo Pronatec Jovem Aprendiz, as prefeituras iniciam a divulgação dos cursos e a mobilização dos beneficiários por meio da rede socioassistencial presente nos municípios, com apoio especial dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e das equipes do ACESSUAS Trabalho 1. Os municípios têm autonomia para definirem suas estratégias de mobilização de acordo com suas especificidades e recursos e, preferencialmente, por meio da busca ativa, utilizando as informações do CADÚNICO. A mobilização dos beneficiários pode ser feita por meio de visitas às comunidades mais pobres, disponibilização das informações de cursos pela rede de assistência social (CRAS, CREAS e ACESSUAS Trabalho) e demais parceiros municipais; anúncios em rádios, jornais, televisão, bem como em meios de transporte locais e utilização de carros de som; contato 1 O Programa Nacional de Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho) é uma iniciativa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), com o objetivo de promover o acesso dos usuários da assistência social ao mundo do trabalho. O Acessuas Trabalho consiste na estruturação de equipes capazes de viabilizem a mediação do acesso ao mundo do trabalho e a mobilização social para a construção de estratégias coletivas, promovendo a mobilização e encaminhamento dos usuários, além do acompanhamento de sua trajetória.

telefônico com as pessoas inscritas ou em processo de inscrição no CadÚnico; envio de correspondência a interessados em potencial e distribuição de impressos nas localidades de residência ou circulação de beneficiários potenciais. Em seguida, inicia-se o processo de pré-matrícula. É a fase em que os gestores municipais registram no SISTEC os dados das pessoas interessadas em realizar os cursos de qualificação do Pronatec/BSM. Efetuada a pré-matrícula, o SISTEC emite um comprovante a ser entregue ao candidato, que indica informações sobre o curso, tais como nome, endereço da Unidade Ofertante e data de início das aulas. A matrícula é o momento em que o beneficiário se dirige à unidade ofertante para confirmar sua inscrição no curso desejado. O MDS orienta que a matrícula seja feita imediatamente após a realização da pré-matrícula, para que o candidato garanta sua vaga na turma, pois a matrícula é efetuada e confirmada na unidade ofertante por ordem de chegada. É fundamental que a Prefeitura e as Unidades Ofertantes tenham um bom diálogo para programar as fases de pré-matrícula e de matrícula, evitando, assim, que o intervalo de tempo entre essas duas etapas seja longo e desestimule os beneficiários a participarem dos cursos. O MDS recomenda que, sempre que possível, a rede socioassistencial municipal e os ofertantes realizem pré-matrícula e matrícula no mesmo momento e local. O acompanhamento dos beneficiários durante os cursos é uma das principais missões da rede socioassistencial municipal. Durante a realização das aulas, cabe à unidade ofertante inserir os dados sobre o desempenho e frequência dos beneficiários no SISTEC. A partir dessas informações e do diálogo constante com as Unidades Ofertantes, o gestor municipal do Pronatec/BSM e a equipe do ACESSUAS Trabalho têm condições de acompanhar os beneficiários que demandem apoio socioassistencial para permanecer nos cursos. Alguns aspectos que influenciam a permanência em cursos de qualificação profissional, sobretudo de longa duração, são a dificuldade em conciliar os cursos com o trabalho ou a procura de emprego, os cuidados com filhos pequenos, problemas de saúde na família e dificuldades de inserção na cultura institucional ou de acompanhar os conteúdos ministrados nos cursos. Nessas situações, é atribuição da rede municipal de Assistência Social articular iniciativas para solucionar o problema, reforçando a importância dos cursos para a trajetória profissional do beneficiário.

SECRETARIA DA MICRO E PEQUENA EMPRESA Diversos estudos revelam a robusta participação das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) na economia do país. As MPEs representam 99% do total de empresas brasileiras; participam com 27% de toda riqueza gerada; empregam 52% da força de trabalho formal e geram 40% da massa salarial. Os setores econômicos nos quais estão a maior parte dos pequenos negócios são: i) Comércio 49%; ii) Serviços - 31% e iii) Indústria 15%. Hoje, no Brasil, há mais de 9 milhões de empreendimentos de pequeno porte, conforme dados da Receita Federal. A contribuição deste segmento na economia é grande para a geração de empregos. Entre 2011 e 2014, foram gerados cerca de 3,5 milhões de postos de trabalho em MPE, enquanto médias e grandes empresas fecharam mais de 263 mil vagas. Embora as MPE não sejam obrigadas por lei à contratação de aprendizes, as características desses negócios (proximidade com a comunidade, ambiente familiar, maior proximidade entre o empreendedor e o jovem) e seu dinamismo econômico fazem delas local privilegiado para incentivo no contexto do Pronatec Aprendiz. A Secretaria da Micro e Pequena Empresa participa do processo de desenvolvimento do Pronatec Aprendiz articulando-se com entidades e instituições de classe relacionadas às Micro e Pequenas Empresas para estimulá-las a disponibilizarem vagas de trabalho voltadas para os jovens aprendizes. Cada pequeno negócio poderá contar com, ao menos, um aprendiz. A atuação conjunta e articulada entre MEC e sua rede ofertante, MTE, MDS e SMPE visa aprimorar a relação entre educação profissional e a inserção qualificada de jovens no mundo do trabalho. I - INTRODUÇÃO Este documento tem como propósito sistematizar e explicitar os procedimentos necessários à implementação do Pronatec Aprendiz, programa que visa ampliar e diversificar a oferta de programas de formação técnico-profissional para o acesso de adolescentes, jovens e pessoas com deficiência, possibilitando contratos especiais de trabalho previstos na Consolidação das Leis do Trabalho CLT, especialmente nas Micro e Pequenas Empresas. O Pronatec Aprendiz é um desdobramento do Pronatec Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, resultado de parceria entre o Ministério da Educação, o Ministério do Trabalho e Emprego, o Ministério do Desenvolvimento Social, e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, cujo objetivo é a ampliação da inserção de jovens, de 14 a 24 anos, nas micro e pequenas empresas na qualidade de aprendiz. Os pequenos empresários que possuam pelo menos um empregado poderão aderir ao programa e o curso do Pronatec

Aprendiz será custeado pelo Governo Federal. O empregador arcará com os custos de contratação normais: salário-mínimo hora e encargos correspondentes. A ação é vantajosa para empresários e jovens: o empregador poderá formar a mão-de-obra que necessita para sua empresa crescer e o jovem encontrará na aprendizagem o meio de inserção no mundo de trabalho. Numa perspectiva coordenada, instituições parceiras trabalham de forma integrada no Pronatec Aprendiz visando proporcionar maior efetividade ao programa. Por um lado, o jovem é incentivado pela rede de assistência social a entrar em formação profissionalizante, especialmente para jovens em situação de vulnerabilidade. Por outro lado, as empresas de pequeno porte são incentivadas a abrirem vagas para aprendizes em seus estabelecimentos. Por fim, a Rede de Educação Profissional é estimulada a disponibilizar cursos de Formação Inicial e Continuada - FIC, com carga horária compatível aos horários de cursos regulares e com potencial de efetivar contrato de trabalho para os jovens. O documento está organizado em duas partes, em que a primeira introduz o Programa Pronatec Aprendiz, detalhando os pontos importantes do programa. A segunda aborda o fluxo do programa, com as respectivas responsabilidades dos parceiros. Finalmente, o documento finaliza com as referências bibliográficas e com os anexos referentes a documentos que regem o instituto da aprendizagem e do Pronatec Aprendiz. II O APRENDIZ NO ÂMBITO DO PRONATEC - PRONATEC APRENDIZ O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego Pronatec foi criado pelo Governo Federal por meio da Lei 11.513/2011, com objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país. Cursos técnicos profissionalizantes são financiados pelo Governo Federal e ofertados de forma gratuita por instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e das redes estaduais, distritais e municipais de educação profissional e tecnológica. Também são ofertantes as instituições do Sistema S, como SENAI, SENAT, SENAC e SENAR. A junção de esforços entre o Pronatec e o Programa de Aprendizagem tem por finalidade combinar o esforço do MEC e da rede ofertante na expansão da formação profissional à inserção efetiva e qualificada de adolescentes e jovens com idade entre 14 e 24

anos no mundo do trabalho, especialmente por meio de contratos em Micro e Pequenas Empresas. No Pronatec Aprendiz, os cursos de formação inicial e continuada cursos FIC são organizados em itinerários formativos de ao menos 400 horas teóricas, com cursos cuja temática seja relacionada entre si e de complexidade progressiva. A necessidade de articular três cursos FIC para a composição do Pronatec Aprendiz decorre das características do programa de aprendizagem do Ministério do Trabalho e Emprego, reguladas pela Portaria MTE nº 723/2012 e pela Instrução Normativa nº 97/2012 da SIT/MTE. Em tese, a maioria dos cursos constantes do Catálogo FIC pode compor um itinerário formativo de aprendizagem. A particularidade é que o curso precisa ter a distribuição da carga horária compatível com a jornada de trabalho de um aluno aprendiz. O aprendiz precisa comparecer à empresa durante o seu expediente, pois isso corresponde à parte prática do programa. Alternadamente, deve comparecer à entidade de ensino profissionalizante para realizar a parte teórica da sua formação. O MEC definirá, em consenso com os parceiros demandantes, os requisitos que os cursos devem cumprir para que possam ser considerados apto à aprendizagem. Desde o lançamento dessa modalidade, as instituições parceiras trabalham em conjunto para que o Pronatec Aprendiz atinja seu objetivo. O custo da qualificação é financiado pela União por meio da Bolsa-Formação. Os potenciais alunos são identificados por órgãos que trabalham na assistência de jovens em situação de vulnerabilidade social, os quais são incentivados a participar dos cursos. As empresas de pequeno porte são estimuladas a abrirem vagas de empregos aos jovens aprendizes e as entidades de ensino profissionalizantes ofertam cursos compatíveis com a aprendizagem. Assim, a cooperação dos parceiros é fundamental para que se efetive o programa. 2.1 Público Alvo Os cursos deverão se reverter, preferencialmente, em favor da população mais vulnerável, respeitados os requisitos de idade previstos na Lei da Aprendizagem entre 14 e 24 anos para adolescentes e jovens em geral e pessoas com deficiência sem o limite máximo de idade. São grupos prioritários para o Pronatec Aprendiz: Adolescentes afastados do trabalho infantil; Adolescentes em situação de acolhimento institucional; Alunos matriculados no Ensino Médio da Rede Pública;

Jovens com mais de 18 anos matriculados em EJA Fundamental ou Médio; Jovens com ensino médio concluído; e, Pessoas com deficiência a partir dos 14 anos. É possível que os adolescentes e jovens iniciem o curso na instituição ofertante sem que esteja garantida, de início, a sua inserção como aprendiz em uma micro ou pequena empresa. Isso faz parte de uma das estratégias do programa, pois, com a dispersão desses empregadores, é necessário um pouco mais de tempo para a articulação dos contratos. Para a instituição ofertante, a confirmação de alunos em curso com contratos de trabalho de aprendiz celebrados significa o compromisso em dar continuidade ao itinerário formativo desses jovens, pois essa ação é fundamental para que o programa de aprendizagem seja cumprido em sua totalidade. O Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (SISTEC) será adaptado para capturar essa informação e reduzir a necessidade de novas pactuações de vagas no futuro. 2.2 Rede de Ofertantes As escolas da rede de educação profissional federal, estadual, distrital e municipal, bem como o Sistema S SENAI, SENAC, SENAT e SENAR, são responsáveis pelo processo de ensino aprendizagem dos jovens. No SISTEC, a rede ofertante irá visualizar as demandas realizadas pelas Entidades Demandantes e deverá inserir os cursos que estão aptas a ofertar, tal como já ocorre no Pronatec. A diferença é que as ofertantes que se comprometerem com o programa de aprendizagem deverão se programar para a sequência mínima de três cursos em um itinerário formativo. O Decreto nº 5.154/2004, que regulamenta a Lei nº 9.394/1996 considerada um marco para a educação profissional, em seu artigo 3º, 1º determina que para fins do disposto no caput considera-se Itinerário Formativo o conjunto de etapas que compõem a organização da educação profissional em uma determinada área, possibilitando o aproveitamento contínuo e articulado dos estudos. A ênfase na necessidade de elaboração de Itinerários Formativos, como base da organização das ofertas de Educação Profissional, sinaliza o fato de que a estruturação curricular deve permitir que o aluno possa caminhar desde a formação inicial até a pós- graduação, aproveitando estudos realizados anteriormente ou mesmo validando competências desenvolvidas em situações de trabalho. No âmbito do Pronatec Aprendiz, o itinerário formativo irá assegurar a aprendizagem profissional de forma metódica e com

articulação de complexidade crescente entre a teoria explicada na escola e a prática das atividades associadas a essa teoria na empresa. O Sistema S, por ser o ofertante de aprendizagem profissional para médias e grandes empresas, já possui cursos organizados para esse fim. A diferença no Pronatec é a possibilidade de combinar em uma turma FIC alunos de perfis distintos. Aqueles que atendam aos critérios de inserção como aprendiz na microempresa poderão ser contratados. Aqueles que não atendam aos critérios ou não tenham interesse podem participar do curso normalmente, inclusive seguir o mesmo itinerário formativo. Outra questão que é enfatizada no referido Decreto Federal é a necessidade de articulação com a educação regular, especialmente com os programas de educação de jovens e adultos, visando à elevação dos níveis de escolaridade. Os documentos legais definem de modo claro os princípios que orientam as concepções da educação profissional. Dentro deste contexto, a organização curricular deverá ser flexível e atender às realidades locais. Os princípios que orientam a organização e a oferta da educação profissional sugerem, por fim, que a escola permaneça atenta à realidade evitando, de um lado, o imediatismo e de outro, a defasagem. Em um mundo caracterizado por mudanças cada vez mais rápidas, o desafio consiste em manter sempre atualizadas as competências que regem a oferta da educação profissional, assim como Itinerários Formativos condizentes com o mercado de trabalho. Na maioria das cidades brasileiras, a dinâmica de contratação é maior nos pequenos negócios, como será explicado mais adiante. Itinerário Formativo é, portanto, o conjunto dos percursos de formação propiciados por uma instituição de educação profissional dentro de cada uma das diferentes áreas profissionais. É por meio dos Itinerários Formativos que os alunos podem escolher as diferentes alternativas de Educação Profissional disponíveis, sob uma perspectiva de educação continuada, conforme seus níveis de escolaridade. 2.2.2 Premissas da Organização dos Itinerários Formativos 1. Contribuir para a elevação da escolaridade de jovens e adultos. o Direito que todo cidadão possui independentemente da fase de sua vida e uma condição imprescindível para os processos de qualificação profissional comprometidos com a formação integral do trabalhador. 2. Favorecer a continuidade dos estudos. o Educação como um processo continuum, que dura toda a vida de uma pessoa, abrangente com relação a diferentes espaços, tempos, oportunidades, modos

de aprender e perspectivas, não se limitando à formação para o mercado de trabalho, com caráter emancipatório. 3. Remeter para a progressividade da formação. o Educação continuada como desenvolvimento, como desdobramentos gradativos com relação à complexidade e densidade técnica dos conteúdos, contemplando avanços na relação entre conhecimentos básicos e específicos, germinações e florescimentos de aprendizagem, refinamentos das trajetórias formativas pessoais. o Observância na construção dos itinerários formativos das atividades vedadas a menores de 18 anos nas atividades, conforme descritas no Decreto nº 6.481 de 12 de junho de 2008 que contém a Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (LISTA TIP, anexa). 4. Realização de articulações. o Estabelecimento de conexões entre as ofertas, levando-se em conta a aderência e a coerência delas com relação ao eixo tecnológico; a solidariedade e a sinergia que apresentam tendo em vista a formação integral do indivíduo; e o melhor aproveitamento da capacidade de oferta das instituições. 5. Integralidade do ser humano. o Investimento no desenvolvimento amplo e variado do ser humano, compreendendo-o como um todo indivisível, composto por facetas e dimensões que requerem atenção peculiar e a livre manifestação das suas potencialidades. 6. Conjugação com a orientação educacional e profissional. o Orientação Educacional e Profissional como direito de todos, de quaisquer idades e em quaisquer estágios da vida, tendo em vista a tomada de direção com relação a projetos de formação e trajetórias profissionais. o Conhecimento da realidade objetiva do mundo do trabalho, meios de acesso e progressão. o Desenvolver a consciência dos sentidos e motivações pessoais quanto a percursos de vida e de trabalho. o Não se destinam exclusivamente a engendrar, reparar ou transmutar itinerários profissionais ou ocupacionais. o Importante também para o aprimoramento pessoal. 7. Respeito à historicidade das trajetórias pessoais.

o o Levar em conta a ótica dos sujeitos com relação aos seus processos de desenvolvimento pessoal, estimulando-os a resgatarem suas experiências, acúmulos, lacunas, biografias e identidades, condições fundamentais para que assumam a direção da construção ou reconstrução de seus percursos formativos. Escutar e dar atenção à participação de cada um na análise e elaboração da própria trajetória de formação. 8. Valorizar as bagagens pessoais. o Acolher a avaliação, o reconhecimento e a certificação de conhecimentos e experiências adquiridos anteriormente em atividades de trabalho e em diferentes espaços da vida social, política e cultural de cada um, possibilitando seu aproveitamento e a identificação das lacunas e necessidades formativas pessoais. 9. Prever as ancoragens indispensáveis. o Apontar os amparos necessários para que haja a continuidade dos estudos e a inibição dos fatores de evasão ou de reprodução dos históricos de exclusão educacional ou de fragmentação dos itinerários formativos. Dentro deste contexto, portanto, as Redes Ofertantes devem balizar sua oferta conforme as premissas descritas acima. 2.2.3 Prática dos Itinerários Formativos de Aprendizagem A aprendizagem profissional prevê a alternância de aulas teóricas e atividades práticas referentes à ocupação objeto da formação, vivenciadas nas entidades de ensino e nas empresas contratantes, respectivamente. As dimensões teórica e prática da formação do aprendiz devem ser pedagogicamente articuladas entre si, sob a forma de itinerários formativos que possibilitem ao aprendiz o desenvolvimento da sua cidadania, a compreensão das características do mundo do trabalho, dos fundamentos técnico-científicos e das atividades técnico-tecnológicas específicas à ocupação. A formulação do conteúdo deve observar as diretrizes da Portaria MTE 723/2012. Além disso, a parte teórica do programa de aprendizagem deve ser desenvolvida pela entidade formadora distribuindo-se as horas no decorrer de todo o período do contrato de forma a garantir a alternância e a complexidade progressiva das atividades práticas a serem vivenciadas no ambiente da empresa. A ofertante registrada no SISTEC com curso apto à aprendizagem será automaticamente incluída no Cadastro Nacional de Aprendizagem do MTE, para fins de registro e acompanhamento do programa.

Os conteúdos teóricos básicos e específicos da ocupação ofertada devem ser fixados em um mínimo de 400 horas e representar entre 30% e 50% do total do programa, quando somadas a atividades práticas relativas à ocupação. Cada ofertante deve montar os itinerários valendo-se das associações entre cursos já descritas no Guia Pronatec de Cursos FIC, e considerando as premissas do item 2.2.2. A criação dos itinerários formativos, além de permitir a certificação associada à formação realizada, permite atender à exigência da legislação da aprendizagem sobre a carga horária e, ao mesmo tempo, preservar a estrutura do Pronatec FIC. A previsão de 400 horas/aula teóricas aos jovens aprendizes, somando-se as aulas práticas, permite proporcionar uma capacitação mais ampla aos jovens aprendizes, com complexidade progressiva abrangendo um conjunto de habilidades e conhecimentos que permitem ao jovem se inserir no mercado de trabalho de forma mais qualificada. Dentro desse contexto, o SISTEC está apto a operacionalizar a oferta de cursos dispostos em itinerários formativos, conforme exemplos abaixo: Nome do Itinerário Formativo: Administrativo o Cursos FIC associados: 1. 1. Contínuo 2. 2. Auxiliar de arquivo 3. 3. Assistente administrativo Nome do Itinerário Formativo: Comércio o Cursos FIC associados: 1. 1. Promotor de vendas 2. 2. Vendedor 3. 3. Operador de Supermercado A ofertante deve compor o itinerário dentro das associações possíveis, sendo necessário ao menos três cursos para constituir um itinerário de aprendizagem. Deverão ser observadas, pelas entidades parceiras, as proibições de trabalho do menor de 18 anos nas atividades, conforme descritas no Decreto nº 6.481 de 12 de junho de 2008 que contém a Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (LISTA TIP, anexa). O Pronatec Aprendiz foi desenhado para que a própria instituição ofertante tenha a liberdade de assinalar o curso como apto à aprendizagem, ato no qual se compromete em:

- Garantir que o jovem percorra itinerário compatível com o programa de aprendizagem o jovem que inicia um curso de 160h, por exemplo, deve continuar em outro curso até cumprir a carga horária teórica da aprendizagem (mínimo de 400h). - Efetivar a matrícula dos jovens em turmas compartilhadas, com pré-matrícula preferencial para a assistência social e parceiros da aprendizagem. - Permitir que os alunos matriculados que porventura não sejam efetivados como aprendizes nas empresas possam seguir a formação normalmente. - Divulgar o cronograma de cursos com antecedência, para que os parceiros possam preparar a mobilização local de potenciais alunos. - Informar à empresa se o jovem abandonar o itinerário formativo. - Participar como uma das partes envolvidas no contrato de aprendizagem, junto com o jovem e com a empresa. - Assinalar no SISTEC a identificação do aluno-aprendiz com contrato celebrado, conforme o CPF do aluno. Esse registro será encaminha ao MTE. 2.3 Articulação de Matrículas Como as demais modalidades do Pronatec, pressupõe-se a participação ativa do demandante das matrículas em um processo denominado pactuação de vagas. Esse processo refere-se à determinação do potencial de alunos que irão se matricular nos cursos. As instituições demandantes são responsáveis pela inserção das seguintes informações no SISTEC: i) quantitativo de vagas; ii) nome dos cursos; e iii) localidade pretendida que será a base para os ofertantes definirem os cursos a serem ofertados de fato. A SMPE, o MTE e o MDS atuarão na orientação da demanda, mas qualquer curso, de qualquer demandante, pode, potencialmente, permitir um aluno-aprendiz, desde que organizado em itinerário formativo compatível com a aprendizagem profissional. Assim, embora o Pronatec Aprendiz seja uma modalidade específica, sua característica transversal proporciona ampliação de escopo quanto aos cursos próprios para aprendizagem. acontece porque a sistemática das turmas compartilhadas, combinada à possibilidade de as ofertantes indicarem quais cursos são aptos à aprendizagem, multiplica as oportunidades de efetivação de matrículas. A rede de ofertantes deverá analisar a lista das demandas e assinalar os cursos aptos à aprendizagem via SISTEC. Isso

Durante o procedimento de confirmação da oferta no âmbito do SISTEC, haverá uma marcação dos cursos Aptos a Aprendizagem, conforme condições abaixo.

Figura 1. Especificação para o SISTEC Apto à Aprendizagem Condições simultâneas: Início Técnico ou FIC Não Não Apto Sim Curso com uma ou duas aulas semanais Não Não Apto Sim Aluno Matriculado Não Não Apto Idade 14 a 24 anos ou Pessoa com deficiência a partir de 14 anos Não Não Apto Sim Aluno já terminou o ensino médio? Sim Apto para Aprendiz Não Compatibilidade curso, trabalho e escola Não Sim Não Apto Apto para Aprendiz

Para o aluno, também há critérios específicos do programa de aprendizagem profissional, conforme requisitos citados abaixo: Figura 2. Perspectiva aluno: Requisitos para Apto para Aprendiz SISTEC Aluno Matriculado no Pronatec SIM Condições 1. Técnico ou FIC 2. Idade 14 a 24 anos ou pessoa com deficiência a partir de 14 anos 4. Compatibilidade entre o horário do curso, escola (quando ainda aluno do ensino médio) e do trabalho Apto para Aprendiz Potencial Contrato de Aprendizagem A pré-matrícula do jovem é realizada pelos demandantes. Por meio da parceria com o MDS, as Secretarias Municipais de Assistência Social, ou equivalente, atuarão na negociação direta das vagas e efetuarão a pré-matrícula no SISTEC. Após o prazo para os demandantes, o próprio jovem, que procurou a escola diretamente, poderá se matricular pelo sítio do Pronatec. As matrículas deverão ser em cursos FIC, identificados no Guia FIC elaborado pelo MEC e cadastrados como aptos à aprendizagem. Ressalta-se que o jovem poderá ser matriculado mesmo sem a efetivação do contrato de trabalho, que poderá ser realizado posteriormente, desde que restem pelo menos 300h de aprendizagem no itinerário. A ofertante efetivará a matrícula do aluno e, uma vez confirmada a celebração do contrato de aprendizagem com o empregador, o que pode ocorrer após o início do curso, deve ser feito o registro da condição de aprendiz no SISTEC. 2.4 A inserção em micro e pequenas empresas As Microempresas e Pequenas Empresas (MPE) vêm adquirindo, ao longo dos últimos anos, uma importância crescente no país em decorrência do relevante papel socioeconômico desempenhado por essas empresas. Considerando o perfil de atuação dos pequenos negócios, focado no comércio varejista e na prestação de serviços, a oferta de oportunidades de contratação deverá ocorrer,

prioritariamente, para as áreas de comércio, operação de loja e varejo, serviços administrativos, informática, alimentação, produção cultural, design, turismo, hospitalidade e lazer. As empresas que aderirem ao Pronatec Aprendiz serão dispensadas de custear a formação profissional, pois isto ocorrerá pelo Programa, financiado pelo Governo Federal. Somente poderão usufruir da redução de custos pelo financiamento da formação profissional via Pronatec Aprendiz, mediante Bolsa Formação Estudante, micro e pequenas empresas que não sejam contribuintes dos Serviços Nacionais de Aprendizagem SNA, posto que os estabelecimentos que recolhem os valores sobre suas respectivas folhas de pagamento já possuem as matrículas gratuitas em programas de aprendizagem nessas entidades. O empregador deverá designar um empregado para acompanhar o aprendiz e garantir que este usufrua de práticas do trabalho compatível com seu desenvolvimento e de acordo com o tema do curso teórico que o aprendiz está realizando na rede de ensino. A articulação para abertura de vagas nas empresas de pequeno porte será realizada por meio dos Fóruns Estaduais de Micro e Pequenas Empresas, entidades de classe e associações em cada município onde há vagas de Pronatec Aprendiz. O empregador poderá buscar jovens nas escolas profissionalizantes com cursos em andamento, no Sistema de Emprego da localidade ou na Secretaria de Assistência Social do município, a qual encaminhará jovens para aprendizagem. A SMPE, o MTE e o MDS articularão a mobilização dos parceiros locais e a Assistência Social fará a ligação entre todas as pontas para efetivar matrículas e contratos. 2.4.1 Contrato de Trabalho Especial Contrato de Aprendizagem A contratação do aprendiz deve ser formalizada por meio de contrato de trabalho, conforme consta no anexo deste documento de referência, da anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e no livro ou sistema eletrônico de registro de empregado. No campo função deve ser aposta a palavra aprendiz seguida do código CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), escolhido dentre os três CBO correspondentes aos cursos do itinerário, o que dê condição mais favorável ou o de maior complexidade, que será contratado o aprendiz. Em anotações gerais, deve ser especificada a data de início e término do contrato de aprendizagem (art. 29 da CLT). O aprendiz receberá salário-mínimo hora da empresa contratante, com jornada diária limitada entre 4 e 6 horas, com anotação na CTPS. As empresas recolherão 2% de FGTS. As atividades práticas serão desenvolvidas de acordo com o previsto no Programa, sob a

supervisão de um empregado designado formalmente pela empresa como responsável por acompanhar as atividades do aprendiz, conforme art.23, 1º, do Decreto nº 5.598/05. Ao final do programa de aprendizagem, que é de, no máximo, dois anos, o aprendiz obterá certificação e poderá ser efetivado na empresa, caso haja interesse de ambos. A ofertante é partícipe do contrato, sendo responsável por indicar a data de encerramento do último curso do itinerário formativo planejado. Com base no contrato assinado, a ofertante deve registrar no SISTEC a condição de aprendiz em campo específico associado ao aluno. Esse registro é fundamental para garantir o encadeamento do itinerário formativo e a renovação da matrícula nos cursos subsequentes, evitando-se a repactuação de vagas. Devem constar no Contrato de Aprendizagem, conforme modelo anexo, as seguintes informações básicas: identificação da empresa contratante; dados do aprendiz; identificação da entidade que ministra o curso; designação da função e itinerário no qual o aprendiz estiver matriculado; salário ou remuneração mensal (ou salário-hora); jornada diária e semanal, com indicação dos tempos dedicados às atividades teóricas; termo inicial e final do contrato de aprendizagem; assinatura do contratante, da entidade formadora, do aprendiz e do responsável legal (art. 428 da CLT), para menores de 18 anos. O aprendiz na faixa etária entre 14 e 16 anos é considerado absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil, nos termos do art. 3º do Código Civil (Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002), devendo o contrato ser assinado pelo seu responsável legal. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar vinte e quatro anos, ressalvada a hipótese prevista no 5º do art. 428 da CLT, ou ainda antecipadamente, nas hipóteses previstas nos Artigos 28 e 29, do Decreto nº 5.598/05: Desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; Falta disciplinar grave (previstas no art. 482 da CLT);

Ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo, caracterizada por meio de declaração da instituição de ensino; ou A pedido do aprendiz. O aprendiz tem direito ao vale-transporte. É assegurado o vale-transporte para o deslocamento residência-empresa e vice-versa, pago pela empresa contratante, ou residênciainstituição formadora e vice-versa (art. 27 do Decreto nº 5.598/05), pago pelo Pronatec. Caso, no mesmo dia, o aprendiz tenha que se deslocar para empresa e para instituição formadora, devem ser fornecidos vales-transportes suficientes para todo o percurso. O empregador arcará apenas com o deslocamento para a empresa e o Pronatec cobrirá o transporte para a instituição ofertante, na forma da assistência estudantil prevista na Bolsa-Formação. Ao aprendiz será garantido o salário mínimo hora, salvo condição mais favorável fixada no contrato de aprendizagem (por liberalidade do empregador ou prevista em convenção ou acordo coletivo de trabalho, na qual se especifique o salário mais favorável ao aprendiz, ou ainda existência de piso regional). O depósito devido ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) corresponderá a dois por cento (2%) da remuneração paga ou devida ao empregado aprendiz. São vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. São assegurados ao aprendiz os demais direitos trabalhistas e previdenciários compatíveis com o contrato de aprendizagem, bem como garantido o exercício de férias após um ano de contrato. O empregador poderá também conferir ao aprendiz outros benefícios, como auxílioalimentação, plano de saúde, seguro de vida etc. As férias do empregado aprendiz deverão coincidir com um dos períodos das férias escolares do ensino regular, em conformidade com o 2º do art. 136 da CLT, sendo vedado o parcelamento, nos termos do 2º do art. 134 da CLT. É responsabilidade da entidade formadora o acompanhamento técnico-pedagógico do aprendiz tanto na instituição de ensino como no ambiente de trabalho, garantindo que a prática profissional esteja de acordo com o aprendizado teórico. O empregado deverá informar à escola se o aprendiz extinguir o contrato de trabalho antes do término dos dois anos. A escola deverá informar ao empregador se o aprendiz abandonou o curso.

III FLUXO DE AÇÕES E ATUAÇÃO DOS PARCEIROS O maior desafio para o Pronatec Aprendiz é a coordenação e simplificação de ações entre os parceiros do programa no sentido de facilitar a matrícula, efetivar a contratação em tempo hábil e garantir o bom andamento da aprendizagem do jovem. envolvido. A seguir é resumida a lógica do programa, desdobrada conforme o papel de cada ator MEC - O Ministério da Educação articula-se com as diversas áreas do Governo, os chamados demandantes, os quais prospectam as demandas potenciais e necessárias para o aprimoramento de profissionais no tema específico, como turismo, cultura, entre outros. As vagas demandadas são inseridas no sistema SISTEC que congrega as diversas informações sobre o programa. O MEC compromete-se a garantir a contratação da carga horária completa necessária para compor o itinerário formativo junto à rede de ofertantes. REDE DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE - O número de vagas dos demandantes segue como parâmetro para a rede ofertante. A Rede Federal de Educação Profissional Científica e Tecnológica do Ministério da Educação, Escolas Técnicas Estaduais, Escolas Técnicas Municipais, em conjunto com as instituições do Sistema S, que são SENAI, SENAC, SENAT e SENAR, bem como as possíveis escolas credenciadas pelo MEC para participar do Pronatec, são as responsáveis pelo processo de ensino aprendizagem do Programa. Cada unidade verifica a demanda e disponibiliza a lista dos cursos que serão ofertados, organizam-se em itinerários formativos que são divulgados pela escola semestralmente. As vagas de cada curso são também inseridas no sistema SISTEC. Os cursos devem estar alinhados com a demanda mercadológica da localidade, principalmente relacionada aos segmentos de comércio e serviços, mais comuns nos empreendimentos de pequeno porte. Aulas com horários flexíveis também são importantes para favorecer o comparecimento do aluno aprendiz, podendo ser uma, duas ou três vezes por semana. Embora haja regras para que todas as instituições de Aprendizagem Profissional façam o cadastro no CNAP, Cadastro Nacional de Aprendizagem Profissional, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme acordo institucional, não haverá a necessidade de cadastro para essas instituições, as quais já são credenciadas pelo MEC. As informações a esse respeito, e das turmas e dos jovens matriculados como aprendizes nessas

instituições são cadastradas no sistema SISTEC, do MEC, que as compartilharão com o MTE por meio de troca de dados. MDS E ASSISTÊNCIA SOCIAL - As Secretarias de Assistência Social dos municípios, coordenadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social, acolhem os jovens em situação de vulnerabilidade, e realizam um trabalho de sensibilização e orientação aos jovens para que participem do Pronatec Aprendiz. O objetivo desta ação é encaminhar os jovens para uma forma alternativa de inclusão econômica, com uma perspectiva de serem reconhecidos como cidadãos e inseridos na rede de ensino profissionalizante e no mercado de trabalho de forma mais qualificada. As matrículas dos jovens são realizadas pelos demandantes, especialmente as assistências sociais, no período definido pelo MEC. CURSOS APTOS À APRENDIZAGEM - Os cursos da modalidade Formação Inicial e Continuada (FIC) e que pertencem a itinerários formativos devem ser marcados no sistema como apto à aprendizagem, devendo apresentar carga horária compatível com o programa de aprendizagem e conveniente para não sobrecarregar o aluno que ainda esteja no ensino fundamental ou médio. JOVENS APRENDIZES Os jovens devem ter de 14 a 24 anos, estarem matriculados nos cursos regulares na rede pública, caso não tenham terminado o ensino médio. Pessoas com deficiência a partir dos 14 anos podem participar do programa de aprendizagem. Os jovens são identificados pela assistência social e parceiros, especialmente os que estão em situação de vulnerabilidade e aptos para as vagas de aprendizes. A pré-matrícula do jovem inicialmente será realizada pela assistência social no período preferencial estipulado pelo MEC. Após esta data, poderá ser realizada pelo próprio aluno ou pela escola ofertante, caso o jovem a procure diretamente. As matrículas deverão ser em cursos FIC, identificados no Guia FIC elaborado pelo MEC, que devem estar identificados como aptos à aprendizagem. As informações relativas à efetivação da matrícula são inseridas no SISTEC. O jovem poderá iniciar o curso sem contrato de trabalho efetivado. Ele poderá efetuar contrato posteriormente até o limite de 300h de curso teórico a realizar, conforme Instrução Normativa nº 118 de 16 de janeiro de 2015 da Secretaria de Inspeção do trabalho do MTE. SMPE Mobilização junto aos Fóruns Estaduais de Micro e Pequena Empresa e associações de classe, incentivando as empresas de pequeno porte a abrirem vagas para os jovens aprendizes.

EMPRESA, JOVEM e ENTIDADE DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE - Caso haja jovem e vaga de emprego, o contrato é efetivado em conjunto: empresa, jovem e Entidade de Ensino Profissionalizante. O jovem poderá iniciar um curso de 160h e deverá continuar em outro curso até cumprir a carga horária teórica da aprendizagem mínima de 400h. Nesse contexto, o aluno aprendiz poderá iniciar um curso apto à aprendizagem e poderá obter um contrato de emprego concomitante com o curso, ou após o seu início, desde que restem ao menos 300 horas no itinerário formativo e a parte prática corresponda entre 50% e 70% do total de horas de aprendizagem. A instituição de ensino deve garantir o encadeamento dos cursos e a matrícula do jovem, e é obrigada a informar à empresa se o jovem abandonar o itinerário formativo. O contrato não poderá ultrapassar 2 anos e o aprendiz recebe valor do salário mínimo-hora, ou salário mais favorável, com 2% de FGTS (em vez de 8%). Há direito a férias e 13º. AVALIAÇÃO DO PROGRAMA toda ação pública deverá passar por processo de avaliação no sentido de verificar os pontos a serem aperfeiçoados no programa, na busca constante de alcançar qualidade e agregar valor ao cidadão (jovem aprendiz). O Pronatec Aprendiz terá êxito à medida que os atores trabalharem coordenada e articuladamente entre si. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL o Lei 12.513/2011 Institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). o Decreto 5.598/2005 Regulamenta a contratação de aprendizes. o Decreto 5.154/2004 Regulamenta a Lei nº 9.394/1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e dá outras providências. o Decreto nº 6.481/2008 Regulamenta os artigos 3º, alínea d e 4º da Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata da proibição das piores formas de trabalho infantil e ação imediata para sua eliminação, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 178, de 14 de dezembro de 1999, e promulgada pelo Decreto nº 3.597, de 12 de setembro de 2000 e dá outras providências. o Portaria MEC 168/2013 Dispõe sobre a oferta do Bolsa-Formação no âmbito do Pronatec.

ANEXOS o Portaria MTE 723/2012 Cria o Cadastro Nacional de Aprendizagem Profissional (CNAP). Modelo de Contrato de trabalho especial Contrato de Aprendizagem CONTRATO DE APRENDIZAGEM Nos termos da Lei 10.097 de 19 de dezembro de 2000, regulamentada pelo Decreto nº 5.598 de 01 de dezembro de 2005 e artigos 428 e 429 da CLT, as partes a seguir nomeadas pelo presente instrumento particular de Contrato de Aprendizagem, tem entre si justo e contratado as cláusulas e condições que se seguem: CONTRATANTE Razão Social: CNPJ: Endereço: Bairro: CEP: Cidade: UF: Fone: APRENDIZ Nome: Endereço: Bairro: CEP: Cidade: UF: Fone: RG: CTPS: Série: CPF: Representante Legal: (se menor de 18 anos): UNIDADE DE ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL Razão Social: CNPJ: Endereço: Bairro: CEP: Cidade: UF: Fone: Pelo presente instrumento, entre as partes envolvidas, ficam justas e acertadas as seguintes cláusulas:

CLÁUSULA 1ª - DO OBJETO: O presente Contrato de Aprendizagem tem por objetivo viabilizar a formação técnico-profissional do adolescente/jovem Aprendiz no ambiente de trabalho e mediante a participação do adolescente/jovem em curso de capacitação técnicoprofissional em (nome do Itinerário Formativo e curso) em matrícula no âmbito do PRONATEC APRENDIZ. CLÁUSULA 2ª DO PROGRAMA E ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM O Contrato de Aprendizagem compreenderá as atividades em dois ambientes: na unidade de ensino técnico-profissional, onde serão ministradas as aulas teóricas, e na empresa contratante, onde ocorrerão as aulas práticas, as quais deverão ser compatíveis com a idade e com a aprendizagem metódica. CLÁUSULA 3ª DA VIGÊNCIA E JORNADA DE APRENDIZAGEM Este Contrato de Aprendizagem apresenta as seguintes condições de validade: a) A duração do Contrato de Aprendizagem será por tempo determinado de meses, no período de / / a / /, ininterruptos, conforme art. 428, parágrafo terceiro da CLT; b) A jornada diária será de horas, perfazendo o total de horas semanais; c) As horas semanais serão distribuídas em horas de aulas teóricas, a serem cumpridas na entidade de ensino técnico profissional, e horas para prática profissional na empresa contratante, vedadas a prorrogação e a compensação da jornada, inclusive nas hipóteses previstas nos incisos I e II do art. 413 da CLT; d) Para os Aprendizes com deficiência, o contrato de aprendizagem poderá ser prorrogado enquanto estiver realizando o curso de formação técnico profissional; e) Férias coincidentes com um dos períodos das férias escolares do ensino regular quando solicitado, em conformidade com o parágrafo 2º do art. 136 da CLT, sendo vedado o parcelamento, nos termos do parágrafo 2º do art. 134 da CLT; f) O Adolescente/jovem Aprendiz participante do programa fará jus ao salário mínimo hora por mês integralmente trabalhado. g) O Aprendiz perderá o salário, o vale-transporte e o vale alimentação/refeição dos dias em que deixar de comparecer no programa para a realização das atividades de formação para ele programadas, em razão de faltas que não forem legalmente justificadas. CLÁUSULA 4ª DAS OBRIGAÇÕES DO JOVEM APRENDIZ a) Executar com zelo e diligência as tarefas necessárias à sua formação técnico-profissional, por meio de atividades teóricas e práticas; b) Cumprir as normas disciplinares de segurança, os regulamentos internos de trabalho, avisos, circulares, instruções e as ordens de serviço, quer do empregador, quer da Unidade de Ensino Técnico-Profissional;