DECRETO Nº 5.412, DE 24 DE OUTUBRO



Documentos relacionados
LEI Nº 723 DE 16 DE ABRIL DE 2002

Câmara Municipal de Volta Redonda Estado do Rio de Janeiro CAPÍTULO XIII DA POLUIÇÃO SONORA

DECRETO Nº 034/2013. O Prefeito do Município de Sertanópolis, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais e considerando:

Lei nº 1.101, de 14 de Março de 2014

Dispõe sobre o controle e o combate à poluição sonora no âmbito do Município de Belém.

LEI nº 2542/2008. Art. 3 - Para efeito desta Lei, consideram-se as mais importantes fontes de poluição sonora urbana:

DECRETO Nº 5.412, de 24 de outubro de 1985

LEI COMPLEMENTAR N 40 /2015 (Cria o cargo de Analista Ambiental) A CÂMARA MUNICIPAL DE RIO VERDE-GO APROVA :

LEI MUNICIPAL Nº. 243/2010 DA POLUIÇÃO SONORA E REGULAMENTAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DE BARES, FESTAS E SIMILARES.

Transforma a Companhia de Transportes do Município de Belém - CTBel em Autarquia Especial e dá outras providências. CAPÍTULO I DA ENTIDADE MUNICIPAL

DECRETO Nº ,DE 8 DE JANEIRO DE 2013 CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

REGULAMENTO PARA PERCEPÇÃO DE BOLSAS NO ÂMBITO DO IFTO Aprovado pela Resolução nº 01/2014/CONSUP/IFTO, de 14 de março de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO

REGULAMENTO REGULAMENTO DA BIBLIOTECA GETÚLIO VARGAS

LEI N.º DE 15 DE DEZEMBRO DE 2015

DECRETO Nº , DE 6 DE OUTUBRO DE 2008 Regulamenta o artigo 50 da Lei nº , de 26 de setembro de 2006, o qual dispõe sobre a celebração de

Lei Municipal Nº. 092/2009 De 16 de junho de 2009.

O Licenciamento Ambiental Municipal

REGULAMENTO DE LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES DIVERSAS DA FREGUESIA DE MEXILHOEIRA GRANDE

Considerando que o descarte de embalagens plásticas de óleo lubrificante pós-consumo para o solo ou cursos de água gera graves danos ambientais;

DISCIPLINA O CORTE DE ÁRVORES NO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

LEGISLAÇÃO FEDERAL SOBRE POLUIÇÃO SONORA URBANA

DECRETO Nº 5.130, DE 7 DE JULHO DE 2004

REGULAMENTO DAS BIBLIOTECAS. Art. 2º As Bibliotecas da Univás estão a serviço da comunidade, oferecendo aos usuários:

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE REGULAMENTO INTERNO DA BIBLIOTECA GEORGE ALEXANDER. Capítulo I Disposições Preliminares

LEI Nº , DE 27 DE JULHO DE 1992

MUNICÍPIO DE CAUCAIA

DECRETO Nº , DE 5 DE DEZEMBRO DE 2006

Instrução Normativa 001/2014

Lei nº 6.938, de 31 de agosto de Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu a sanciono a seguinte Lei:

O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS. Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Regulamenta o art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.

Dispõe sobre a criação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMAC e dá outras providências.

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº DE 25 DE JUNHO DE 1962

DECRETO Nº DE 21 DE FEVEREIRO DE 2000

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO CHOÇA ESTADO DA BAHIA

PRODUTOR EM MÍDIA AUDIVISUAL

PROJETO DE LEI (Do Senhor Paulo Roberto)

PREFEITURA MUNICIPAL DE VIANA ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DA PREFEITA

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016 Diário Ofi cial Poder Executivo - Seção I São Paulo, 126 (26) 27

LEI Nº DE 17 DE JANEIRO DE 1997

RESOLUÇÃO Nº 33, DE 27 DE AGOSTO DE 2010

Diário Oficial. Poder Legislativo

CIRCULAR Nº 3.629, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2013

DECRETO Nº DE 19 DE ABRIL DE O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais,

LEI Nº 693/2006 DE 27 DE DEZEMBRO DE

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL. Texto atualizado apenas para consulta.

Reestrutura as Universidades Estaduais da Bahia e dá outras providências

Ministério do Meio Ambiente Secretaria de Qualidade Ambiental. Fernanda Helena Ferreira Leite Coordenadora do GMP da Res. CONAMA 362 de 2005

Câmara Municipal de Uberaba O progresso passa por aqui

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO CHOÇA ESTADO DA BAHIA

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARACATI, no uso de suas atribuições legais, conforme lhe confere a Lei Orgânica do Município, e

Edição Número 130 de 08/07/2004. Regulamenta o art. 40 da Lei n o , de 1 o de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), e dá outras providências.

DECRETO Nº DE 10 DE JUNHO DE 2013.

CÂMARA MUNICIPAL DE SENGÉS

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. Art. 1.º Esta lei complementar estabelece as exigências quanto a:

LEI Nº 9.548, DE 22 DE ABRIL DE A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, Estado de Goiás, aprova e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 1.982, DE 30 DE AGOSTO DE 2010

LEI N 3.818, DE 20 DE MARÇO DE 1967

II - Manter suspensas as concessões de novas cartas patentes para o funcionamento de sociedade de arrendamento mercantil.

LEI FEDERAL DO VALE TRANSPORTE

DECRETO Nº DE 25 DE SETEMBRO DE 2000

A PREFEITURA MUNICIPAL DE MANGARATIBA, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal decretou e eu sanciono a seguinte,

PROJETO DE LEI Nº 112/2009. Cria o Cadastro para Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONFE No 87, de 26 de dezembro de 1977.

Regulamenta a Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999, que institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e dá outras providências.

LEI Nº ,DE 21 DE JUNHO DE 2011.

II Desenho na escala de 1:100 (uma para cem); III Cotas necessárias à perfeita compreensão do projeto; 1º - O projeto simplificado deverá apresentar:

ESTADO DE ALAGOAS GABINETE DO GOVERNADOR CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO II DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA SOCIAL

Adota procedimentos de utilização do espaço do Teatro Municipal Bruno Nitz em caráter provisório e dá outras providências.

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013

ANEXO 05 - Minutas de Ato Autorizativo para PCH

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 5.054, DE 23 DE ABRIL DE 2004.

Universidade Federal de Uberlândia Av. João Naves de Ávila, 2121 Campus Santa Mônica CP Uberlândia MG

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.647, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2014

Dispõe sobre a defesa da sanidade animal e vegetal no Estado do Tocantins. Regulamentação

LEI Nº. 179/2007, DE 08/06/2007

Projeto de Regulamento de Licenciamento de Atividades Diversas

REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº D DE 2007

06/03/2012. Legislação Tributária. Dn. Paulo Cesar Chagas Rodrigues Doutorando em Engenharia Mecânica

PORTARIA TRT 18ª GP/DG/SCJ Nº 001/2013 O DESEMBARGADOR-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA DÉCIMA OITAVA REGIÃO, no uso de suas

INSTRUÇÃO nº 01/09 - PREVIMPA

LEI COMPLEMENTAR Nº 069. de 19 de Agosto de 2002

RESOLUÇÃO NORMATIVA N.º 17/CUn DE 10 DE ABRIL DE Regulamenta o Programa de Monitoria da Universidade Federal de Santa Catarina

C Â M A R A D O S D E P U T A D O S

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

LEI Nº 1.081/02, DE 17 DE MAIO DE 2002.

MINUTA DE PORTARIA v

Lei nº 7653 DE 24/07/2014

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA DECRETO Nº 1401

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 85, DE 2015 (Nº 1.759/2007, NA CASA DE ORIGEM) CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

LEI Nº 9.074, DE 18 DE JANEIRO DE O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

DECRETO Nº , DE 16 DE MAIO DE 2007 DODF DE

Art. 2º A instalação dos equipamentos mencionados no artigo 1º não será permitida nos seguintes locais:

DECRETO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

ESTADO DE MATO GROSSO PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE DO NORTE MT CNPJ.: /

LEI COMPLEMENTAR Nº 530. O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte

Transcrição:

Página 1 de 6 DECRETO Nº 5.412, DE 24 DE OUTUBRO DE 1985 Altera o Regulamento nº 15 - DA PROTEÇÃO CONTRA RUÍDOS, aprovado pelo Decreto nº 1.601, de 21 de junho de 1978, e dá outras providências. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o que consta do processo nº 02/165/85 e considerando as disposições da Lei nº 646, de 05 de novembro de 1984, DECRETA: Art. 1º Fica alterado, na forma do texto que acompanha o presente decreto, o Regulamento nº 15 DA PROTEÇÃO CONTRA RUÍDOS, integrante da Consolidação de Posturas Municipais aprovada pelo Decreto nº 1.601, de 21 de junho de 1978. Art. 2º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogados o Decreto nº 4.915, de 4 de janeiro de 1985, e as demais disposições em contrário. Rio de Janeiro, 24 de outubro de 1985-421º de Fundação da Cidade MARCELLO ALENCAR REGULAMENTO Nº 15 DA PROTEÇÃO CONTRA RUÍDOS TÍTULO I DA DEFINIÇÃO Art. 1º Ficam instituídas no Município do Rio de Janeiro as condições básicas de proteção da coletividade contra a poluição sonora, na forma deste Regulamento. Art. 2º Para fins de aplicação do presente Regulamento, considera-se: I decibel (db): unidade de intensidade sonora; II período diurno (pd) : o tempo compreendido entre 7 e 22 horas do mesmo dia; III período noturno (pn) : o tempo compreendido entre 22 h de um dia e 7 h do dia seguinte; IV poluição sonora: qualquer alteração das propriedades físicas do meio ambiente causada por som que, direta ou indiretamente, seja nocivo à saúde, à segurança ou ao bem-estar da coletividade; V som: toda e qualquer vibração ou onda mecânica que se propaga em meio elástico, capaz de produzir no homem uma sensação auditiva; VI - ruído: mistura de sons cujas freqüências não obedecem a leis precisas. Parágrafo único. Para os fins previstos neste Regulamento observar-se-ão as atividades, os períodos

Página 2 de 6 e as zonas em que é dividida a cidade, consoante o que dispõe o seu anexo e nos termos da Lei nº 646, de 5 de novembro de 1984. Art. 3º A medição da poluição sonora será efetuada com Medidor de Nível de Som que atenda às recomendações da EB 386/74 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou das que lhe sucederem. 1º Todos os níveis de sons são referidos à curva de ponderação "A" do aparelho medidor. 2º Para a medição dos níveis de sons considerados neste Regulamento o aparelho medidor de som, conectado à resposta lenta, deverá estar com o microfone afastado no mínimo de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) da divisa do imóvel que contém a fonte de som ou ruído e à altura de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) do solo. 3º O microfone do aparelho medidor de nível de som deverá ficar afastado, no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de quaisquer obstáculos, bem como guarnecido com tela de vento. Art. 4º Os equipamentos de difícil substituição, geradores de ruídos considerados não permitidos na forma deste Regulamento, terão seu funcionamento tolerado em dias úteis, quando limitado a jornadas contínuas ou descontínuas, perfazendo um total máximo de 8 h (oito horas) de operação, dentro do período de 8 h às 18 h. TÍTULO II DAS PERMISSÕES Art. 5º São permitidos, observado o disposto no artigo 8º deste Regulamento, os ruídos que provenham: I de alto-falantes utilizados para a propaganda eleitoral, durante a época estabelecida pela Justiça Eleitoral, no horário compreendido entre 7 h e 22 h; II os sinos de igrejas ou templos, bem como de instrumentos litúrgicos utilizados no exercício de culto ou cerimônia religiosa, celebrados no recinto das respectivas sedes das associações religiosas, no período de 7 h às 22 h, exceto aos sábados e nas vésperas de dias de feriados e de datas religiosas de expressão popular, quando será livre o horário; III de bandas de música em desfiles autorizados ou nas praças e nos jardins públicos; IV de sirenes ou aparelhos semelhantes que assinalem o inicio e o fim de jornada de trabalho, desde que funcionem em zona apropriada e o sinal não se alongue por mais de 60 (sessenta) segundos; V de máquinas e equipamentos usados em obras públicas no período de 8 h às 18 h, salvo quando se tratar de obra que, por seu caráter de emergência, não possa ser realizada por razões técnicas ou operacionais dentro do supracitado período, devendo o caráter emergencial ser expressamente justificado pelo órgão competente; VI de sirenes e aparelhos semelhantes, quando usados por batedores oficiais, em ambulâncias ou veículos de serviço urgente ou, ainda, quando empregados para alarme e advertência; (O Decreto nº 10435, de 11/9/91, deu ao inciso VII a seguinte redação:) VII de explosivos empregados em pedreiras, rochas e demolições, entre 10 h e 17 h; VIII de alto-falantes ou de outras fontes, em praças públicas e demais locais permitidos pelas autoridades, nos horários autorizados, durante o carnaval e nos 30 (trinta) dias que o

Página 3 de 6 antecedam, desde que destinados exclusivamente a divulgar músicas carnavalescas sem propaganda comercial. TÍTULO III DAS PROIBIÇÕES Art. 6º Independentemente de medições de qualquer natureza, são proibidos os ruídos: I produzidos, na zona urbana, por veículos com o equipamento de descarga aberto ou o silencioso adulterado, bem como o originário de buzinas de veículos de qualquer natureza, salvo nos casos em que a autoridade de trânsito permitir o seu uso; II produzidos por pregões, anúncios ou propaganda, no logradouro público ou para ele dirigidos, de viva voz ou por meio de aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza; III provenientes de instalações mecânicas, instrumentos musicais, aparelhos ou instrumentos sonoros de qualquer natureza, quando produzidos em logradouros públicos, excetuados os casos previstos neste Regulamento; IV provocados pelo estampido de morteiros, bombas, foguetes, rojões, fogos de artifício e similares; V provocados por ensaio ou exibição de escolas de samba ou entidades similares, no período de 0 h às 7 h, salvo aos domingos, feriados e nos 30 (trinta) dias que antecedem o carnaval, quando o horário será livre; VI produzidos por animais de modo a provocar o desassossego ou a intranqüilidade da vizinhança. Art. 7º Nos estabelecimentos com a atividade de venda de discos e nos de gravação de som, audição e gravação serão feitas em cabina especial, cujo isolamento acústico impeça a propagação de som para fora do local em que é produzido, ou mediante o emprego de aparelhagem de uso individual (fones), vedadas, em ambas as hipóteses, ligações com amplificadores ou alto-falantes que lancem o som para o ambiente externo, devendo esta restrição constar dos respectivos alvarás. Parágrafo único. Não será concedida Licença para Localização a novos estabelecimentos do ramo de que trata este artigo que não disponham da cabina especial ou de aparelhagem nele previstas. Art. 8º Para os casos em que a poluição sonora não estiver claramente caracterizada, deverá ser utilizado o recurso de medição por instrumento, respeitados os níveis estabelecidos pela tabela do anexo. TÍTULO IV DAS PENALIDADES E DA SUA APLICAÇÃO Art. 9º Verificada a existência de infração às disposições deste Regulamento,seguir-se-á o seguinte procedimento: I Intimação: o infrator será intimado a colocar a fonte produtora do ruído nos limites fixados por este Regulamento no prazo de 72 h (setenta e duas horas); II Multa: será aplicada no caso de permanecer a situação geradora da intimação, prorrogando-se por igual período o prazo estabelecido no inciso anterior; nas reincidências, a

Página 4 de 6 multa será aplicada em dobro; III Interdição: decorrido o prazo da prorrogação e persistindo o fato gerador da intimação, a fonte produtora do ruído será interditada até o efetivo cumprimento das disposições regulamentares invocadas. Art. 10 O descumprimento do disposto no presente Regulamento sujeitará o infrator a multas diárias entre 250,80 e 2.508,00 UFIR, consoante seja o som ou o ruído excessivo eventual ou contínuo, produzido de dia ou no período noturno, e causador ou não de risco adicional à saúde ou de danos materiais. (OBS. A UFIR substituiu a UNIF, que foi extinta em 1/1/96. Medida Provisória nº 1240, de 14/12/95, art. 7º; Decreto nº 14502, de 29/12/95) 1º As sanções deste artigo aplicam-se nos casos de pregões, anúncios ou propaganda realizados de viva voz no logradouro público ou para ele dirigidos. 2º Quando as infrações mencionadas no parágrafo anterior forem praticadas por empregados ou pessoas a serviço do estabelecimento de qualquer natureza, ao proprietário deste serão aplicadas as sanções correspondentes; quando por trabalhador autônomo, ser-lhe-á apreendida a respectiva licença. 3º Será considerado sem condições de funcionamento, e conseqüentemente sujeito à cassação da respectiva Licença para Localização, o estabelecimento comercial ou industrial em relação ao qual a aplicação de penalidade prevista neste artigo se revelar insuficiente para fazer cessar a causa da infração a disposições do presente Regulamento. 4º No caso de estabelecimento industrial em zona apropriada, o ruído decorrente da sua atividade só será considerado infração quando verificado que atinge, no ambiente exterior, nível sonoro superior ao estabelecido no artigo 8º deste Regulamento. Art. 11 As sanções estabelecidas neste Regulamento não exoneram o infrator da responsabilidade civil ou criminal em que houver incorrido. TÍTULO V DOS ÓRGÃOS FISCALIZADORES E SUAS ATRIBUIÇÕES Art. 12 São incumbidas do controle da execução do presente Regulamento: I a Secretaria Municipal de Fazenda, pela Coordenação de Licenciamento e Fiscalização; II a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. 1º À Secretaria Municipal de Fazenda caberá fiscalizar o cumprimento das normas deste Regulamento, aplicar as penalidades pelas infrações verificadas mediante laudos técnicos emitidos por órgão competente, e manter o registro dos infratores e das multas aplicadas. 2º Competem à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos as demais atribuições, previstas neste Regulamento, no âmbito municipal. 3º Para os fins previstos no "caput" deste artigo, o Município do Rio de Janeiro deverá firmar convênios com órgãos técnicos federais e estaduais aptos a aferir a emissão de som e a existência de ruídos. (OBS. A Lei nº 2138, de 1/5/94, criou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com atribuições

Página 5 de 6 relativas a este Regulamento:) [LEI Nº 2138, de 1/5/94 Dispõe sobre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente- SMAC e dá outras providências] Art. 1º Fica criada, na estrutura do Poder Executivo, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente-SMAC, órgão executivo central do sistema municipal de gestão ambiental, com a finalidade de planejar, promover, coordenar, fiscalizar, licenciar, executar e fazer executar a política municipal de meio ambiente, em coordenação com os demais órgãos do Município; Art. 2º No exercício de sua competência, caberá à Secretaria Municipal de Meio Ambiente:... IX - Exercer o poder de polícia em relação a atividades causadoras de poluição atmosférica, hídrica, sonora e do solo, à mineração, ao desmatamento, aos resíduos tóxicos e impor multas, embargos, apreensões, restrições para o funcionamento, interdições, demolições e demais sanções administrativas estabelecidas em Lei; ANEXO NÍVEIS DE SOM E RUÍDOS MÁXIMOS PERMITIDOS ZONA USO PERMITIDO CÓDIGO PERÍODO DIURNO Zona Residencial-1 Exclusivamente residencial unifamiliar Zona Residencial-2 Multifamiliar e ensino até 1º grau Zona Residencial-3 Multifamiliar, comércio e serviços em edificação de uso exclusivo Zona Residencial-4 Multifamiliar, comércio e serviços Zona Residencial-5 Multifamiliar, comércio, serviços e pequena indústria RUÍDO MÁXIMO ADMISSÍVEL PERÍODO NOTURNO ZR-1 55 50 ZR-2 55 50 ZR-3 60 55 ZR-4 60 55 ZR-5 60 55 Zona Residencial-6 Residencial e agrícola ZR-6 55 50 Área Central-1 Área Central-2 Zona Turística-1 Zona Turística-2 Serviços, comércio diversificado e multifamiliar Serviços e comércio diversificado Multifamiliar e comércio ligado a atividades turísticas Multifamiliar e comércio ligado a atividades turísticas AC-1 70 60 AC-2 70 60 ZT-1 65 60 ZT-2 65 60 Zona Portuária Comércio atacadista ZP 70 60 Zona Industrial-1 Atividades industriais ZI-1 70 60

Página 6 de 6 Zona Industrial-2 Zona de Ind. e Com. Zonas Especiais compatíveis com atividade residencial Atividades industriais com características nocivas, perigosas e incômodas Indústria, comércio e multifamiliar Características especiais de zoneamento para cada ZE ZI-2 70 60 ZIC 70 60 ZEs 55 50 Centro de Bairro Comercial CB de ZR-1 60 55 Centro de Bairro Comercial CB de ZR-2 65 55 Centro de Bairro Comercial CB de ZR-3 65 60 Centro de Bairro Comercial CB de ZR-4 65 60 Centro de Bairro Comercial CB de ZR-5 65 60 Centro de Bairro Comercial CB de ZR-6 60 55 Centro de Bairro Comercial CB de ZT 65 60 Centro de Bairro Comercial CB de ZI-1 70 60 Centro de Bairro Comercial CB de ZI-2 70 60