Complexo Educacional FMU Curso de Ciências Biológicas. Zoologia de invertebrados I. Filo Porifera. Prof: Biólogo Luiz A.B. Mello Lula 2º semestre 2011

Documentos relacionados
META Apresentar as características do Filo Porifera, suas características morfológicas, fisiológicas e sua evolução.

Biologia Professor Vianna 2ª série / 1º trimestre

Matéria: Biologia Assunto: Reino Animal - PORÍFEROS E CNIDÁRIOS Prof. Enrico Blota

Lista de exercícios 3º ano poríferos

25/03/2013. Características gerais dos animais REINO ANIMALIA. Principais filos. Desenvolvimento embrionário

Classificação dos Seres Vivos

Criado e Desenvolvido por: RONNIELLE CABRAL ROLIM Todos os direitos são reservados

Qual (is ) das imagens abaixo também representa/m uma esponja?

Colégio São Paulo. Disciplina: Ciências Profª. Marana Vargas 7º ano

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ANIMAIS. Reino Animalia

UNIDADE IV Filo Porifera

COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO

FILO PORIFERA AS ESPONJAS

Zoologia. Escala zoológica. Celenterados

Aula 4 Os animais. Os seres vivos são classificados nos Reinos:

fibras musculares ou miócitos

Sistema Circulatório Comparado

Aula 13.2 Conteúdo. O reino dos animais Poríferos e Cnidários CONTEÚDO E HABILIDADES APRENDER A APRENDER APRENDER A APRENDER FAZENDO E APRENDENDO

Tipos de Poços. escavação..

Prof Thiago Scaquetti de Souza

GOIÂNIA, / / 2015 PROFESSOR: ALUNO(a):

SISTEMA REPRODUTOR. Sistema reprodutor feminino

c) I e IV d) II e IV c) II e III. d) II e IV.

BA B Inv n e v rt r e t bra r dos o s m ais s si s m i ple l s s ( p ( la l t a e t lm l in i t n o t s o ) s Apostila 1 Pág.

TECIDO CONJUNTIVO. Embrionário. - Conjuntivo Propriamente Dito. - Especializados - Cartilaginoso - Ósseo - Sanguineo

Entende-se que a diversidade de seres vivos é resultante de processos evolutivos e que esses processos ocorrem por anagênese e por cladogênese.

Alguns componentes da membrana plasmática estão representados na figura abaixo.

ESTUDO DOS TECIDOS ANIMAIS

BASES MACROMOLECULARES DA CONSTITUIÇÃO CELULAR

CNIDARIA. locomoção por tombamento

Ciclos Biogeoquímicos

Questão 41. (Valor: 10 pontos)

REVISÃO PROTOZOÁRIOS, FUNGOS, PORÍFEROS E PLATELMINTOS

BIOVESTIBA.NET BIOLOGIA VIRTUAL Profº Fernando Teixeira UFRGS REINO ANIMAL - INVERTEBRADOS

Solução Comentada Prova de Biologia

FUNGOS.

Biologia. AIDS, dengue e gripe

Diversas funções no organismo: revestimento, absorção, secreção. Tecido epitelial e tecido conjuntivo. Prof. Mauro. Quanto ao formato da célula:

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS

01. Quando comparamos o caramujo e o caranguejo representados nas tiras abaixo, podemos afirmar corretamente que:

COMO SURGEM OS TECIDOS

ATIVIDADES. BA.10: Moluscos e Equinodermos BIOLOGIA

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação 2ª PROVA PARCIAL DE CIÊNCIAS

AULA 1 Organização Celular Tipos de Célula. CÉLULAS ANIMAL E VEGETAL Pág. 71

C O NJUNTIVO D I C E T

Escolha sua melhor opção e estude para concursos sem gastar nada

SUPERINTENDÊNCIA DE ACOMPANHAMENTO DOS PROGRAMAS INSTITUCIONAIS NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

Organismo. Sistemas. Órgãos. Tecidos. Células

Características: Células alongadas e grande quantidade de filamentos contráteis; Origem mesodérmica;

Resumo Cap. 10 (Poríferos e Cnidários) 1ª Série EM Prof.: Alexsandra Ribeiro PORÍFEROS

1. o ANO ENSINO MÉDIO PROF.ª SABRINA ARAÚJO PROF.ª SARAH SANTOS

Os Invertebrados. Prof. Luis Bruno

Sistema Esquelético Humano. Sistema Esquelético Humano. Sistema Esquelético Humano. Esqueleto axial. Sistema Esquelético Humano.

Filo Porifera - Poríferos ou espongiários. - Corpo coberto por poros. - Não possuem organização tissular. - Diblásticos. - Aquáticos, sésseis e

Filo: Bacillariophyta (Diatomáceas)

2 Sistema de Lajes com Forma de Aço Incorporado

Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente

Faculdade de Ciências Médicas Universidade Nova de Lisboa

2ª SÉRIE ENS. MÉDIO MONITORIA DE BIOLOGIA 1 (OBJ. 2º PERÍODO) EXERCÍCIOS A B C CENTRO EDUCACIONAL CHARLES DARWIN

ORIGEM EMBRIONÁRIA. A zigoto; B clivagem; C mórula; D blástula; E corte de blástula; F gástrula inicial; G - gástrula

PROTOZOÁRIOS. Classificação dos Protozoários

Prof. Rita Martins

BIOLOGIA CELULAR Células Procariontes Eucariontes (animal e vegetal)

Aula 01 Introdução à Ecologia: níveis de organização ecológica; ecossistema; níveis tróficos do ecossistema; a energia nos ecossistemas.

Sistema Muscular PROF. VINICIUS COCA

BIOLOGIA SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO

GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL

Objetivo Conteúdos Habilidades

Quanto à sua origem, podemos considerar três tipos básicos de rochas:

Cnidários e Ctenóforos Aula Teórica 4. Introdução Organização Morfológica

ANEXO I REGRAS PARA COLETA, ACONDICIONAMENTO, PRESERVAÇÃO E ENCAMINHAMENTO DE MATERIAIS BIOLÓGICOS PARA ANÁLISE BIOLÓGICA.

BIOLOGIA Prof.: Doo Lista: 06 Aluno(a): Turma: Data: 23/02/2015

Gabarito: GABARITO- 2ª CHAMADA- 1º ANO QUIMICA- EDUARDO. Resposta da questão 1: [B] Resposta da questão 2: [D] Resposta da questão 3: [D]

Soluções FORTLEV para a Sua Obra

OCULAR: FORMAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO DA VESÍCULA

TECIDO MUSCULAR CARACTERÍSTICAS

APARELHO REPRODUTOR MASCULINO

HISTOLOGIA. Folículos ovarianos

SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO. Enf. Thais Domingues

Gerenciamento de Resíduos Líquidos e Sólidos. Profa. Samara Monayna

Qual é o objeto de estudo da Fisiologia Humana? Por que a Fisiologia Humana é ensinada em um curso de licenciatura em Educação Física?

Filo PORIFERA Esponjas Latin porus, poro + fero, possuir

Texto Base: Aula 17 Linhagens de Organismos Metazoários 1

PRIMEIROS ANOS. GEOGRAFIA CONTEÚDO P2 2º TRI Água: superficiais, oceânicas e usos. Profº André Tomasini

Transporte nos animais

Divisão Elétrica/Hidráulica

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS Ana Maria Piovesan Frade Cyro Antunes Zucarino Denise Pittigliani Lopes Maria de Fátima Alexandre Gomes

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO II ETAPA LETIVA CIÊNCIAS 3.º ANO/EF 2015

Millipedes Made Easy

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

PLANO DE TRABALHO DOCENTE CIÊNCIAS 3º ANO Professor Vitor

Homogêneo: algo que não pode ser fisicamente dividido em componentes químicos mais simples.

A interdependência entre os elementos na BIOSFERA.

Botânica Aplicada (BOT) Assunto: Célula Vegetal

Reprodução dos Seres Vivos Reprodução Humana Extras. Sistema Reprodutor. Prof. Thiago Lins. 1 /32

SAÚDE DA MULHER FACULDADE PITÁGORAS BETIM PROFª DANIELE REZENDE FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

PlanetaBio Resolução de Vestibulares FUVEST ª fase

Curso Wellington Biologia Reino Animal - Equinodermos Prof Hilton Franco

Órgãos dos Sentidos. web.educom.pt. Prof. CRISTINO RÊGO 8º ANO Ensino Fundamental

Transcrição:

Complexo Educacional FMU Curso de Ciências Biológicas Zoologia de invertebrados I Filo Porifera Prof: Biólogo Luiz A.B. Mello Lula 2º semestre 2011

Filo Porifera Porifera (do latim porus, poro + hfera, portador de) 1. Características principais: Multicelulares mais primitivos Sem órgãos ou tecidos Células independentes Animais sésseis Poucos movimentos

Maioria são habitantes marinhos Águas rasas maioria Águas profundas algumas espécies Poucas espécies de água doce Substrato de fixação Consolidados ou duros: rocha, madeira submersa, conchas, corais Inconsolidados ou moles: areia ou lodo

2. Classificação dos Poríferos: Segundo Hickman, Roberts e Larson, 2009 Brusca & Brusca, 2007 Classe Calcarea (Calcispongiae) Subclasse Calcinea Subclasse Calcaronea Classe Hexactinellida (Hyalospongiae) Subclasse Amphidiscophora Subclasse Hexasterophora Classe Demospongiae Subclasse Homoscleromorpha Subclasse Tetractinomorpha Subclasse Ceractinomorpha

Classe Calcarea (Calcispongiae) Esponjas calcárias. Possuem espículas de carbonato de cálcio do tipo mono, tri ou tetráxonas e encontram-se geralmente separadas umas das outras. Apresentam os três tipos de organização corporal: asconóide, siconóide e leuconóide. Têm cor geralmente apagada, mas algumas espécies podem ser amarelo-brilhante, vermelhas ou lavanda. São de porte pequeno, a maioria com 10 cm de altura. São exclusivamente marinhas e ocorrem em todos os oceanos do mundo. Vivem preferencialmente nas águas costeiras e rasas. Exemplo: Sycon e Leucosolenia

Classe Hexactinellida (Hyalospongiae) Esponjas-de-vidro. Têm organização corporal do tipo siconóide, espículas silicosas com 6 raios (hexactinas), separadas ou unidas em rede, alguns esqueletos assemelham-se a fios de vidro; são as mais simétricas e individualizadas entre as esponjas; coanócitos somente em câmaras digitiformes; corpo geralmente cilíndrico, xícara, vaso ou urna. Tamanho médio entre 30 e 40 cm, mas podem atingir 1,0 metro de altura; coloração pálida. Há um átrio bem desenvolvido com um único ósculo o qual pode às vezes, estar coberto por uma placa crivada formada por espículas fundidas.

Revestimento superficial não apresenta pinacócitos, mas sim uma rede sincicial (massa multinucleada) formada pelos pseudópodos de amebócitos; longas espículas projetam-seatravés da rede sincicial. rede trabecular. São esponjas exclusivamente marinhas de águas profundas, entre 450 e 900 metros de profundidade, chegando até 5000 metros, podem ser encontradas em todos os oceanos, mas são mais comuns no Antártico. Exemplo: Euplectella

Classe Demospongiae A esta classe pertence a maioria das esponjas. São todas do tipo leucon e apresentam formatos irregulares. Vivem em águas rasas e profundas, e entre elas estão as esponjas de banho. Apresentam esqueleto de espículas silicosas, de espongina, de ambas, ou ausente. As espículas geral mente são monoaxônicas e tetraxônicas. Têm organização corporal do tipo leuconóide. Representam 95% das espécies de esponjas. Estão distribuídas desde águas rasa até grandes profundidades; coloração brilhante com diferentes cores e toda uma graduação de matizes. Apresentam os mais diversos padrões de crescimento, podem ser: incrustantes, ramificadas verticalmente, foliáceas, forma de urna ou tubular.

As esponjas de água doce pertencem principalmente à família Spongillidae, que contém a maioria das espécies. Esta família está distribuída por todo o mundo vivendo em lagos, rios, lagoas e nos oceanos. As espongilídeas contêm as conhecidas esponjas-de-banho, cujo esqueleto é composto apenas de fibras de espongina. Exemplo: Spongilla e Myenia

As esclerosponjas são encontradas em grutas e túneis associados a recifes de coral, apresentam um invólucro externo de carbonato de cálcio e esqueleto formado por espículas silicosas e fibras de espongina. Numerosos ósculos abrem-se na superfície calcária. Esta esponjas que formavam uma classe de, atualmente estão incluídas na classe Demospongiae.

3. Forma do corpo: Variedade de formas, cores e tamanhos Átrio ou espongiocele: cavidade interior Óstio: orifício lateral para a entrada de água Ósculo: orifício superior para saída de água Pinacoderme: revestimento externo da parede do corpo Pinacócitos: células da pinacoderme; contração das margens; alterações de tamanho; pinacócitos basais secretam material que fixa a esponja Porócitos: células especiais do poro inalante Coanóticos: células com flagelos projetados para o átrio; promovem a circulação de água

4.Tipos de estruturas: Asconóide Mais primitiva Pequenas e tubulares Grande átrio Fluxo de água lento Limitação de tamanho Leucosolenia sp

Siconóide Bolsas internas e externas com fundo cego Canais inalantes externo - invaginação da parede do corpo presença de óstios dérmicos - captação de água Canais radiais interno - evaginação da parede do corpo Prosópilas comunica os canais aferente e radial Apópilas comunica os canais à espongiocele Coanócitos confinados nos canais radiais também chamados de canais flagelados Sycon ciliatus

Leuconóide Forma grandes massas com ósculos numerosos. Poros dérmicos comunicam-se com os canais aferentes. Formação de câmaras flageladas. Sem átrio. Mycale laevis

5. Tipos de células: As células estão organizadas na meso-hilo (mesogléia, mesênquima). O meso-hilo é uma matriz protéica gelatinosa, isto é um tecido conjuntivo das esponjas. São encontrados várias células amebóides, fibrilas e elementos esqueléticos

Pinacócitos: É a maior aproximação de um tecido verdadeiro. São células epiteliais afiladas e achatadas. Algumas são em forma de T, com seus corpos celulares se estendendo para dentro da meso-hilo. São células pouco contráteis e auxiliam a regular a área de superfície da esponja. Alguns são modificados em miócitos contráteis, os quais estão geralmente organizados em bandas circulares ao redor dos ósculos ou poros, onde auxiliam a regular a taxa de entrada de água. Porócitos: São células cilíndricas, semelhantes a tubos, encontradas na pinacoderme formando os óstios. São contráteis e podem abrir e fechar o poro, regulando o diâmetro dos óstios.

Arqueócitos: São células amebóides que se deslocam no meso-hilo, e são responsáveis por várias funções. Podem diferenciar-se em qualquer célula Eles podem fagocitar partículas na pinacoderme e receber partículas dos coanócitos para digestão. Podem diferenciar-se em: Esclerócitos: secretam as espículas. Espongiócitos: secretam as fibras de espongina do esqueleto. Colêncitos: secretam o colágeno fibrilar. Lofócitos: secretam fibras de colágeno. Miócitos: contêm actina e miosina - agregam-se ao redor do ósculo - ajudam a controlar o fluxo de água. Oócitos e Espermatócitos: células reprodutivas que sofrem gametogênese.

Coanócitos: Células que forram os canais e câmaras flageladas. São ovóides com uma extremidade embebida no meso-hilo e a outra exposta. Esta extremidade exposta possui um flagelo circundado por um colarinho., formado por microvilos e microfibrilas forma um dispositivo de filtragem de partículas alimentares da água. O batimento de um flagelo empurra a água através de um colarinho em forma de peneira e a força a sair pela abertura superior deste colarinho.

As partículas que são muito grandes para entrar no colarinho são envolvidas em um muco secretado e deslizam na direção inferior do colarinho até sua base, onde serão fagocitadas. O alimento fagocitado é passado para as células arqueócíticas para que ocorra a digestão.

6. Tipos de esqueletos: O esqueleto fornece a sustentação. A principal proteína encontrada é o colágeno. Algumas Demospongiae secretam colágeno - espongina. As esponjas calcárias secretam espículas compostas na maior parte de carbonato de cálcio cristalino e apresentando um, três ou quatro raios. Esponjas-de-vidro (Hexactinellida) possuem espículas silicosas com seis raios, organizadas em três planos em ângulos retos um do outro.

Existem muitas variações na forma das espículas e estas variações estruturais são de importância taxonômica. microscleras Megascleras - espículas grandes que formam o principal esqueleto Microscleras espículas menores que sustentam a pinacoderme dos canais hídricos Monáxonas um eixo em formato de agulha; podem ser retas ou curvas Triáxonas três eixos Tetráxonas quatro eixos Poliáxonas vários eixos agrupados Fundidas umas às outras ou apenas agrupadas Imersas em espongina espícula espongina megascleras

Formação das espículas Exemplo da triaxônica 3 escleroblastos se unem Cada célula se divide em pares de células-filhas Ocorre a secreção da espícula Os raios são fundidos na base Cada par de escleroblasto se move ao longo da espícula Uma das células secreta o alongamento da ponta e a outra o espessamento União de escleroblastos Multiplicação celular Secreção da espícula Formas marinhas CaCO 3 Água doce SiO 2 Alongamento e espessamento

7. Fisiologia: Dependente da corrente de água Fornece oxigênio, alimento e remove dejetos Coanócitos responsáveis pela corrente de água através do batimento flagelar Água sugada para o interior átrio ou canal flagelado Seguem por canais eferentes ou diretamente para o óstio, onde o fluxo deixa a esponja

Nutrição Partículas pequenas (menos de 1mm) e bactérias são retidas no colarinho do coanócito; transferidas para vacúolos digestivos no citoplasma Particulas maiores (50mm) são fagocitas por amebócitos do meso-hilo Transferência de partículas entre tipos celulares Captura, transferência, digestão e egestão de partículas e bactérias

8. Reprodução: Assexuada Formação e liberação de brotos Gêmula agregados celulares chamados arqueócitos, envolvidos por espongina e espículas Ocorrência típica de inverno nas espécies de água doce; resistente às condições severas de temperatura Na primavera os arqueócitos emergem através da micrópila abertura da gêmula e desenvolvem-se em esponja adulta Regeneração Independência celular Constrição na base da esponja Separação de partes Novos indivíduos Processo utilizado na propagação de espécies comerciais

Rep. Assexuada: brotamento, gemulação Gêmulas estruturas de resistência à seca e ao frio mais comuns em spp. de água doce Grossa capa de colágeno com microscleras de sílica Suportam exposição de até -70 graus por até 1 hora! Arqueócitos se agregam no mesoilo e sofrem mitose células nutritivas se aproximam e são fagocitadas pelos arqueócitos revestimento de espongina e espículas. Uma vez formada, inicia a hibernação da gêmula esponja parental morre Condições ambientais melhoram arqueócitos saem da gêmula pela micrópila

Sexuada A maioria dos poríferos são hermafroditas. Os gametas são originados em células denominadas gonócitos, que derivam dos amebócitos. Os gametas masculinos (espermatozóides) saem da esponja através do ósculo (abertura principal do espongiocele), para em seguida, penetrar em outra esponja através dos poros, carregada pela corrente de água. Os coanócitos (células ovóides) captam os espermatozóides, transferindo-os para os óvulos, localizados na mesogléia, ocorrendo a fecundação. A maior parte das esponjas são vivíparas, sendo que após a fecundação o zigoto é retido e passa a receber nutrientes da esponja, até haver a liberação de uma larva flagelada, que irá nadar e se fixar em um substrato, originado um novo indivíduo.

9. Importância: - esponjas de banho (Demospongiae Spongiidae) passado: Flórida (1900: 156 ton, US$ 4/kg), Caribe, Tunísia hoje :Mediterrâneo - 10% de 1930 (US$ 16-86/kg) raras espongioculturas - cadeias tróficas das águas doces - alimento exclusivo de alguns peixes ("cascudo chita" Hipostomus regania e o "cascudo abacaxi" Megalancystrus aculeatus): Oncosclera navicella - jazidas de espongilitos (NW SP) - utilização em cerâmicas mais nobres (e.g., chips de computador, por exemplo e, talvez fibras óticas): Oncosclera, Uruguaya, Trochospongilla e Drulia - defesas de natureza química - compostos tóxicos - podem causar dermatites em seres humanos: Tedania, Neofibularia - compostos de interesse comercial (e.g., antibacteriana, antifungica, antiviral, antiinflamatórios, antitumorais, anti-fouling, citotóxicos) e.g. - Roche, SeaPharm, PharmaMar, Astra Phamaceuticals - indicadoras ambientais de poluição: sensíveis a suspensão resistentes a hidrocarbonetos e metais pesados - relacionadas à bioerosão - degradação de conchas e corais (reciclagem de CaCO3) nos recifes - Entretenimento infantil com transmissão de conhecimento biológico

Bibliografia consultada HICKMAN JUNIOR, C. P. Princípios Integrados de Zoologia. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. RUPPERT, E.; BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados. 6. ed. São Paulo: Roca, 1993. RUPPERT, E.; FOX, R.S.; BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados. 7. ed. São Paulo: Roca, 2005. BRUSCA, R. C.; BRUSCA, G. J.; SILVEIRA, F. L. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.