Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública



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Transcrição:

Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública LUCIA PEREIRA SILVA O SISTEMA DE COMPRAS PÚBLICAS E O PREGÃO ELETRÔNICO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Maringá 2011

Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública LUCIA PEREIRA SILVA O SISTEMA DE COMPRAS PÚBLICAS E O PREGÃO ELETRÔNICO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional de Formação em Administração Pública, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão Pública, do Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá. Orientadora: Profª. Elisa Yoshie Ichikawa, Drª.

Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública LUCIA PEREIRA SILVA O SISTEMA DE COMPRAS PÚBLICAS E O PREGÃO ELETRÔNICO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional de Formação em Administração Pública, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão Pública, do Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá, sob apreciação da seguinte banca examinadora: Aprovado em 30/11/2011 Professora Elisa Yoshie Ichikawa, Dra. (orientadora) Assinatura Professora Elisabeth Gralik, M.Sc. Assinatura Professora Wânia Rezende Silva,Dra. Assinatura

O SISTEMA DE COMPRAS PÚBLICAS E O PREGÃO ELETRÔNICO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Lucia Pereira Silva RESUMO No Brasil as aquisições de bens e serviços pelo poder público nas esferas federais, estaduais e municipais, ganharam transparências e mais credibilidade a partir da promulgação da Constituição Federal em 1988. Após a constituição é que foi criada lei regulamentando o processo de compras públicas de maneira uniforme para todas as esferas do setor público. Há muito que se fazer para que o sistema de compras públicas torne-se ágil e eficiente, mas com as leis em vigor já se verifica uma significativa melhora nas aquisições. Com a modernização atual e as novas tecnologias de informação aliado ao sistema público de compras foi disponibilizado a variação da modalidade de compra denominada pregão eletrônico, que vem se mostrando eficiente e ágil no sistema de compras públicas. Com o objetivo principal de mostrar a evolução quantitativa desta modalidade em Instituição de Ensino de Nível Superior, utilizamos um referencial teórico que possibilite uma visão geral do sistema de compras no setor público, ressaltando o modelo eletrônico instituído no quesito quantitativo, visando obter o desenvolvimento desta modalidade. A conclusão deste artigo indica que apesar de eficiente, diminuição de custos, transparência e agilidade o pregão eletrônico não vem obtendo grande sucesso na Instituição de Ensino pesquisada. De maneira geral o sistema utilizado, os equipamentos e quantidade de produtos e serviços adquiridos não têm atraído participantes, o que está levando a Instituição a utilizar a modalidade pregão eletrônico apenas para aquisições com verbas federais. Palavras-Chave: Pregão Eletrônico, Compras, modalidades de Licitação e Leis.

SUMÁRIO 1. Introdução... 05 2. Procedimentos metodológicos... 05 3. Revisão da Literatura... 06 3.1. O sistema de compras no setor público... 06 4. As modalidades de compra no setor público... 08 4.1. Concorrência... 08 4.2. Tomada de Preços... 09 4.3. Leilão... 10 4.4. Concurso... 10 4.5. Convite... 11 5. Como funciona a modalidade pregão Eletrônico... 12 6. A modalidade pregão eletrônico em uma Instituição Pública de Ensino... 13 7. Considerações finais... 16 8. Referências... 18

5 1. Introdução Neste trabalho busca-se apresentar o processo de aquisições de bens e serviços na modalidade Pregão Eletrônico em uma Instituição de Ensino de nível superior na cidade de Maringá no Estado do Paraná. Para isso, é apresentado o procedimento metodológico utilizado na pesquisa, com apresentação do sistema de compras na administração pública, com atenção especial as Leis 8.666/1993 e 10.520/2002, as quais não são as únicas que regulamentam o processo de compras do setor público, mas são as principais e contem o essencial, para que se efetuem os processos licitatórios pelo governo federal, estadual e municipal. Nesse aspecto, verifica-se que sua melhoria se estabelece na definição de um processo mais transparente e favorável aos interesses de todos, ou seja, aquisições de qualidade com o menor preço, buscando a preservação do patrimônio e tentando evitar processos fraudulentos que beneficiem cidadãos corruptos. Pretende-se dessa forma apresentar às modalidades de compras que podem ser efetuadas através do processo licitatório pelo poder público de forma geral e ressaltar a modalidade Pregão que pode ser presencial ou eletrônico, dando ênfase a variação eletrônica, da qual analisaremos considerando a sua evolução quantitativa do período de 2004 a 2010. Os dados analisados apresentarão a evolução quantitativa da modalidade Pregão Eletrônico e porque assim ocorreu, o qual foi criado para agilizar o processo de compra e diminuir os custos. De forma pontual neste estudo o objetivo é caracterizar a modalidade de aquisição pelo pregão eletrônico em uma instituição pública de ensino. De forma secundária, são identificadas as especificidades e dificuldades que a modalidade apresente em relação a equipamentos ou outros fatores, para o desenvolvimento do processo nessa instituição. 2. Procedimentos metodológicos Neste trabalho o objetivo geral é Caracterizar o processo de compras no setor público na modalidade pregão eletrônico em Instituição de Ensino de nível

6 superior na região sul do Brasil. Para alcançar o objetivo geral são apresentados aspectos quantitativos da modalidade de aquisição de bens e serviços realizados pela Instituição no setor de Licitações. Além disso, são identificados e entendidos os diversos fatores envolvidos no processo, bem como identificadas as dificuldades para sua execução, o que caracteriza uma pesquisa qualitativa. Assim, a pesquisa pode ser definida como exploratória e descritiva, sendo para isso realizado um estudo em uma única Instituição de Ensino ressaltando a modalidade pregão eletrônico. Na primeira fase foi realizada uma pesquisa bibliográfica na Revista O Pregoeiro, em artigos que se reportam a compras no setor público, a Leis e a Constituição Federal do Brasil, além de obter algumas informações adicionais em conversas informais com servidores da Divisão de Compras da Instituição. Na segunda fase, foi realizada a coleta de informações que se efetivou por intermédio de entrevistas não estruturadas e observação não participativa no setor envolvido, bem como o levantamento de dados secundários em documentos disponibilizados por esse órgão responsável. Esse levantamento foi efetuado nos livros de registro de processos do setor de licitações da Instituição pesquisada. Foi apurado o número total de processos realizados nas modalidades de Tomada de Preço, Concorrência, Convite, Pregão Presencial e Eletrônico no período de 2004 a 2010. O período escolhido tem seu inicio no ano em que começou o processo de aquisições de bens e serviços pela Instituição com a utilização desta modalidade. Obteve-se, ainda, o número de processos efetuados no Registro de preços (RP), o qual acontece via pregão presencial ou eletrônico. 3. Revisão da Literatura 3.1. O sistema de compras no setor público Há vários conceitos de licitação, a mesma foi criada para anteceder aos contratos celebrados entre as entidades privadas e públicas. Segundo Di Pietro (2003, p.299) o termo licitação é:

7 O procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para celebração de contrato. Conforme esse autor, a licitação visa permitir a contratação que dê ao setor público as melhores vantagens em termos de custos e possibilita a concorrência para todos os interessados. O processo de licitação se compõe de diversas fases e deve seguir a Constituição Federal Brasileira, conforme art. 37, inciso XXI, o qual determina a obrigatoriedade da licitação para todas as aquisições de bens, serviços e obras ou mesmo nos casos de alienações de bens realizados pelo poder público. A licitação tem que seguir os princípios constitucionais da legalidade, da isonomia, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência, tudo isto visa que a Administração Pública realize aquisições ou prestação de serviço com os menores custos possíveis e vendas com os maiores preços. Assim assegura a melhor utilização dos recursos públicos que são contribuição de toda a população e devem propiciar infra-estrutura e serviços de qualidade a todos os cidadãos. Conforme determina a Lei 8.666/93 o processo licitatório inicia-se por edital, com todas as especificações do bem ou serviço a ser adquirido, bem como todas as normas que as empresas concorrentes terão que possuir para vender ou prestar os serviços aos órgãos públicos. A empresa que oferecer o solicitado com o menor preço é a vencedora do processo. A elaboração precisa e completa do edital determina o sucesso da compra do bem ou serviço que a administração pretende adquirir. Na modalidade Convite o edital é substituído pela carta convite. No caso das alienações de bens públicos ou concessão de uso o vencedor é sempre quem pagar mais, como ocorre nos leilões. A lei 8.666/93 é uma lei federal brasileira, criada em 21 de junho de 1993. Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A lei 10.520, de 2002, institui o pregão no ordenamento jurídico brasileiro, para aquisição de bens e serviços comuns.

8 Conforme Curriel (2011) o maior desafio nas compras públicas e se adequar a modernização atual, realizar um processo seguindo as determinações legais com rapidez e transparência, com a finalidade de fazer sempre a melhor aquisição pelo menor preço. Conforme esse autor, a Lei 8.666/93 gera um processo burocrático, que determina prazos para os processos de aquisição que inviabilizam aquisições com rapidez e nem sempre possibilita que o melhor produto ou serviço seja contratado. Verifica-se que a licitação decorreu da Constituição Federal de 1988 e também da lei 8.666/93, a qual estabelece forma igualitária para o Governo Federal, Estadual e Municipal realizar as compras públicas. 4. As modalidades de compra no setor público Em nosso País as licitações seguem principalmente duas leis, a Lei 8.666/93 e a Lei 10.520/2002, as quais definem as modalidades de licitação: Concorrência; Tomada de Preços; Leilão; Concurso; Convite ou Carta Convite; Pregão que pode ser presencial ou eletrônico No art. 22 da Lei 8.666/93 são apresentadas as definições para as modalidades de licitação, as quais serão detalhadas a seguir. 4.1 Concorrência 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. Esta modalidade de licitação tem como característica peculiar a ampla divulgação para que o estado tenha opção de escolher dentre as propostas a mais

9 vantajosa para o erário público, entende-se que o legislador adotou medidas satisfatórias para motivar a concorrência justa entre os participantes que atendam aos requisitos do edital, uma vez que o princípio da publicidade, leva ao conhecimento dos interessados as intenções de compra da administração pública. Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) A Concorrência é uma modalidade em que a Administração pode utilizar-se em qualquer caso, mas obrigatoriamente em se tratando de obras e serviços de engenharia com valor acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) e para as compras e serviços diversos quando o valor da compra for acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais), conforme dispõe o Art. 23, Inciso I e II. Verifica-se conforme determina o Art. 62 que em qualquer dos casos na modalidade de concorrência o instrumento contratual é obrigatório. 4.2 Tomada de Preços 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. A modalidade de licitação Tomada de Preço tem como principal característica a rapidez de se realizar o processo licitatório e conforme o 2º acima, verifica-se de forma sistemática a figura do cadastramento, ou seja, o participante deve estar cadastrado previamente ou não estando deve proceder ao procedimento de cadastro até o 3º dia anterior a data da proposta, percebe-se que em relação a modalidade

10 concorrência a fase de habilitação ocorre no cadastramento, nota se outro aspecto da agilidade do processo. Os valores definidos na Lei 8.666/93, art. 23 para esta modalidade de licitação e para obras e serviços de engenharia acima de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) e para compras e serviços diversos os valores definidos são acima de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais). 4.3. Leilão 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) A modalidade Leilão é utilizada principalmente para venda de bens móveis e imóveis, mas há de se observar que conforme o artigo 23 da Lei 8.666/93, as alienações de bens móveis se forem acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) deve-se utilizar a modalidade de licitação concorrência. Observa-se também que esta modalidade apesar de simples exige que seja respeitado os prazos legais para efetivação, deve-se atentar para a elaboração do edital de forma clara e detalhada. 4.4. Concurso 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. Entende-se que é uma modalidade de licitação específica e se diferencia das demais modalidades principalmente pelo fato do participante executar o trabalho antes de ganhar a licitação, uma vez que o objetivo central não é remunerar o concorrente vencedor mas fornecer um incentivo como a própria definição acima identifica como premiação e remuneração como incentivo ao projeto. Importante destacar que a modalidade de licitação concurso não pode ser confundida com concurso público para recrutar servidor público para a administração

11 seja Município, Estado ou União, pois são eventos distintos um é para recrutar pessoal e outro para trabalhos provisórios e compras de serviços, materiais e obras, etc. 4.5 Convite 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas. Considera-se uma modalidade de licitação simples, devido a contratação de bens ou serviços de pequeno valor onde a administração convida no mínimo três participantes cadastrados ou não na entidade, por ser simples é uma das modalidades que costuma apresentar mais problemas no aspecto de irregularidades. Conforme determina o Art. 23 da Lei 8.666/93, os valores para esta modalidade é até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) para obras e serviços de engenharia e para compras e serviços diversos até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). São várias as Leis e Decretos que regulamentam as aquisições públicas, as quais vem alterando as Leis nº 8.666/1993 e normatizando a Lei nº 10.520/2002. O que apresentamos acima são as informações básicas, dentro de toda a minúcia que Leis e Decretos determinam aos Órgãos Públicos para que efetuem aquisições de bens e serviços. A Lei 10.520/2002 delibera sobre a modalidade Pregão, a qual poderá ser Presencial ou Eletrônico. Para Nieburhr (2006) O pregão se difere das demais modalidades (concorrência, tomada de preços e convite), por três características principais, as quais são: 1 - o pregão deve ser utilizado em licitações de bens e serviços considerados comuns, listados no Decreto o Decreto 3.555/2000; 2 Há a inversão das fases de licitação, ou seja, primeiro são julgadas as propostas e depois se verifica a habilitação, fator que agiliza o processo; 3 a fase de julgamento se divide em duas etapas, o que leva os detentores das três melhores propostas

12 escritas a fase de lances, o que dá ao licitante uma nova chance para reduzir seus preços. 5. Como funciona A modalidade pregão eletrônico Segundo artigo dos autores Silva, Valente e Moraes a Lei 10.520/02 apresenta as principais normas a serem seguidas nas licitações realizadas na modalidade pregão, o qual pode ser presencial ou eletrônico. O pregão presencial e regulamentado pelo Decreto 3.555/2000, com a presença do licitante ou representante legal, para efetuação dos lances. Ainda, segundo estes autores a modalidade eletrônica é regulamentada pelo Decreto 5.450/2005. Nesta modalidade o licitante credenciado, que possui a chave de identificação e senha pessoal pode realizar seus lances de qualquer parte do país. A Lei Federal 10.520/2002 foi criada com a finalidade de aumentar o número de participantes no processo licitatório e diminuir os custos destes processos, mesmo possuindo esta lei especifica o pregão está subordinada a lei 8.666/93. Na administração pública o pregão eletrônico teve inicio com a ANATEL (Agencia Nacional de Telecomunicações) no ano de 1998, conforme Pinto (2000). As agencias reguladoras tinham autonomia para regulamentar seus processos licitatórios desde que não violassem os princípios constitucionais. Esta variação de modalidade possibilitou a participação de empresas de diversos estados, pois dispensa a presença do representante no local, os participantes se cadastram e participam do certame de qualquer local via internet. Desta forma as empresas reduziram custos e foi possível tornar mais barato o processo licitatório e simplificar algumas etapas burocráticas que faziam o processo ser mais lento. O funcionamento do pregão eletrônico é relativamente simples. O fornecedor interessado cadastra-se no site do órgão solicitante. Após este cadastramento o fornecedor recebe uma senha que lhe dá acesso para certificação da empresa, quando tiver sua certificação confirmada o fornecedor fica habilitado a participar dos pregões deste órgão. O pregão eletrônico acontece como em uma sala de bate

13 papo, sendo as propostas apresentadas pelos concorrentes tem inicio pela menor proposta a disputa, quando o pregoeiro instiga os concorrentes a diminuir o preço, dando lances até não haver mais propostas. Esta modalidade funciona como um leilão ao contrario, no qual ganha o fornecedor que oferecer o menor valor pela mercadoria ou serviço. Na variação eletrônica geralmente a identidade dos autores dos lances não é revelada aos concorrentes. Este fato e extremamente benéfico à administração pública, pois evita que haja acordos entre os concorrentes. Após, é feita a verificação da documentação do vencedor, se houver alguma irregularidade faz-se a verificação do segundo colocado. Ao final da sessão, os proponentes podem manifestar intenção de interpor recurso com prazo determinado. Finalmente ocorre a contratação após as decisões dos recursos interpostos ou logo após caso não haja recursos. 6. A modalidade pregão eletrônico em uma instituição pública de ensino Conforme o Decreto 3.555/2000, que se divide em dois anexos, sendo o primeiro referente a normas complementares sobre pregão; e o segundo uma lista dos bens e serviços qualificados como comuns, que podem ser adquiridos pelo sistema de pregão, o referido Decreto já sofreu alterações pelos Decretos nº 3.693/2000 e nº 3.784/2001. O sistema é utilizado pelos pregoeiros, que quando designados para o pregão eletrônico devem acessar o site da Caixa Econômica Federal (CEF) na data prevista e dar andamento ao pregão como se procede no presencial, com recebimento das propostas, após verificação das três melhores propostas, verifica-se a habilitação das empresas e segue com os lances até ter um vencedor com o menor preço. A diferença é que o pregoeiro e os representantes de cada empresa podem estar em qualquer lugar do país é tudo acontece on-line. Em nível Federal o governo possui um sistema próprio e todo o apoio logístico necessário, para o bom andamento dos pregões. Na Instituição de Ensino em questão o pregão eletrônico teve inicio no ano de 2003, quando foram realizados dois pregões que não obtiveram sucesso, ou seja,

14 resultaram em deserto e/ou fracassado. A Instituição não possui um sistema próprio para realização dos pregões. O sistema teria que ser desenvolvido pelos profissionais do NPD, mas o número de funcionários existente não consegue atender a todos os setores. A compra de um sistema além do custo elevado, implica no pagamento para manutenção do mesmo, o que levaria a Instituição certamente a ter mais um sistema operando precariamente como já acontece com o sistema existente para realização dos Pedidos de Compras e Requisições de Serviços, bem como para a realização do processo de compras pelo setor responsável da Instituição pelas aquisições de bens e serviços. Uma opção possível seria a implementação de um sistema para todo o Estado, mas para tanto teria que haver um estudo da viabilidade de um sistema para todos utilizarem, pois não se pode correr o risco de haver um congestionamento do sistema e outros possíveis problemas depois de se ter feito um investimento financeiro, além da necessidade de vontade política para modificar a situação atual. Conforme se verifica na Tabela 01, na instituição de ensino em estudo são realizadas compras considerando-se as seguintes sistemáticas, além do pregão eletrônico: Tomada de Preços; Concorrência; Convite; Pregão Presencial Tabela 01 - Processos de compras realizados no período de 2004 a 2010 na IES. Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 TP 39 50 34 19 14 13 03 Conc. 07 14 22 29 37 37 29 Conv. 236 145 112 66 28 23 09 PP 186 138 130 290 381 288 246 PE 40 65 81 70 39 65 41 Total 508 412 379 474 499 426 328 TP = Tomada de Preço Conc. = Concorrência Conv. = Convite PP. = Pregão Presencial PE. = Pregão Eletrônico (Fonte:a autora) Ao se analisar os dados apresentados, no período de 2004 a 2010, verificamse que houve uma diminuição de forma geral no número de processos em todas as modalidades. Conforme levantado, essa redução se explica em parte pela redução nas verbas destinadas a Instituição de Ensino, e em parte pelo aumento do número de processos de compra de Registro de Preços (RP).

15 Conforme se verifica na Tabela 02, houve um considerável aumento nos processos de RP na Instituição, observa-se na tabela, ainda, que o processo de RP é realizado via Pregão Presencial ou Eletrônico e apesar do crescimento do RP a utilização do Pregão Eletrônico foi mínima ou inexistente. Tabela 2 Compras realizadas de 2003 a 2010 na IES. ANO 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 PP 13 20 14 17 35 55 52 122 PE 00 00 00 01 00 00 00 03 PP = Pregão Presencial PE = Pregão Eletrônico (Fonte: a autora) Porém o que constatamos nas conversas informais com os servidores é que o principal motivo da redução nas aquisições via pregão eletrônico se deve ao sistema e a pequena participação das empresas. Inicialmente era utilizado o sistema do Banco do Brasil, o qual tinha custos para utilização pela Instituição, então a Instituição passou a utilizar o sistema da Caixa Econômica Federal (CEF), o qual não tem nenhum custo para utilização pela Instituição. Esta mudança do sistema utilizado se deveu a questão financeira é política, porém segundo informação através de conversas informal com pregoeiros, os dois sistemas não diferem muito, são basicamente iguais. O que se reclama é que o sistema não permite que o pregoeiro retorne em algumas fases, tendo que entrar em contato com os encarregados do Banco para alterar ou fazer correções e que o sistema costuma sair do ar muitas vezes. Já as empresas não participam muitas vezes do pregão eletrônico, o que faz com que alguns processos resultem em deserto o que ocasiona o reinicio de processo. Atualmente as aquisições na modalidade pregão eletrônicas da Instituição se restringem as verbas conseguidas do Governo Federal. Na esfera federal há o Decreto 5.450/05 que torna obrigatório na administração federal a utilização do pregão e determina que a forma eletrônica deva ser preferencialmente adotada ou deve haver justificativa para a não realização da aquisição na modalidade pregão eletrônico.

16 Claro que o governo Federal possui todo um suporte para efetuar estas aquisições com um sistema próprio de compras. Conforme Comprasnet (2011) verifica-se que o pregão eletrônico foi a modalidade mais utilizada pelo Governo Federal para aquisição de bens e serviços no primeiro semestre de 2006. O Pregão eletrônico que deveria propiciar maior rapidez por muitas vezes acaba fracassando, o que ocasiona um novo inicio de processo de compra, assim o sistema que deveria gerar rapidez com eficiência acaba sendo um problema. A única sugestão de melhoria é a criação de um sistema próprio da Instituição, porém os responsáveis observam que não a condições para que se realize. Além disso, acredita-se que os bens e serviços adquiridos pela Instituição atraem mais empresas locais ou próximas, fato que não contribui para maior utilização do pregão eletrônico. 7. Considerações finais Os processos de aquisições de bens e serviços pelos Órgãos Públicos no Brasil necessitam de modernização, para se adequar ao sistema atual que exige transparência, eficiência e necessita de rapidez para caminhar junto com as necessidades da população. A modalidade Pregão Eletrônico tem grandes possibilidades de vir a ser um instrumento de agilização do processo de compras, mas para tanto é necessário que se tenha condições tecnológicas e servidores bem treinados para efetuar o processo. No artigo que lemos A implantação do e-government nas compras governamentais: Um caminho de sucesso para a melhoria da eficiência do setor público pode-se verificar que na esfera federal a modalidade eletrônica tem apresentado resultados considerados positivos, mesmo que esteja ganhando espaço graças ao Decreto 5.450/05, que o faz ser utilizado preferencialmente. Na Instituição de Ensino que pesquisamos podemos verificar que o mesmo não ocorreu, devido ao sistema que dificulta o procedimento eletrônico, ao invés de crescimento nas aquisições por via eletrônica teve-se uma redução. Temos que considerar que as aquisições na esfera federal são em grande quantidade o que equivale a grandes valores em disputa, atraindo um grande

17 número de participantes, já a Instituição de Ensino pesquisada é Estadual do Interior e faz muitas aquisições, mas certamente não chegam perto das aquisições federais. A maioria dos produtos e serviços é adquirida nas empresas localizadas na cidade, em cidades vizinhas e quando de outro estado em geral são de São Paulo, estado vizinho ao Paraná. Além de não dispor de um sistema de compras próprio via internet a Instituição sofre com o sistema de compras adquirido e não atualizado a mais de dez anos, o que leva a toda Instituição a um colapso no sistema no período de pico, quando se encerram as realizações dos pedidos de compra para aquisição dentro do exercício. A Instituição cresceu muito nos seus quarenta anos de existência, mas infelizmente este crescimento não foi acompanhado pelo setor de compras, que não tem um sistema adequado, e possui poucos servidores para dar conta da demanda de aquisições. O Pregão Eletrônico poderá vir a ser um bom instrumento para a Instituição, mas antes terá que haver uma modernização do seu próprio sistema de compras, finalizando podemos verificar que o pregão eletrônico perdeu espaço na Instituição principalmente pela falta de tecnologia disponível, para efetuar a modalidade como é necessária.

18 8. Referências Congresso Nacional Brasil. Decreto-lei Nº 8666 de 21 de junho de 1993 (em português). Página visitada em 24 de dezembro de 2008. Congresso Nacional Brasil. Constituição Federal Brasil (em português). Página visitada em 24 de dezembro de 2008. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/licitação>. Acesso em 20/07/2011. Disponível em: <http://www3.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1993/8666.htm.> Acesso em 04/09/2011. Disponível em: <http://www.jurisciencia.com/vademecum/legislacao-nacional/lein%c2%ba-10520-de-17-de-julho-de-2002-institui-modalidade-de-licitacaodenominada-pregao/432/lei Nº 10.520, de 17 de julho de 2002 Institui Modalidade de Licitação Denominada Pregão>. Acesso em 04/09/2011. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/licitacoespublicas-verdadeiros-desafios-de-gestao/51857/>. Acesso em 10/09/2011. Disponível em:<http:// jusvi.com./artigos/1974>. A instituição do Pregão para aqui8sição de bens e contratação de serviços comuns. Adriana Maurano. 2011. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/19827-19828-1-pb.pdf> Disponível em: <http://www.aedb.br/seget/artigos07/1265_artigo_egoverment.pdf Constituição Federal/> Coordenação Mauricio Antonio Ribeiro Lopes. 6. Ed. Ver. E atual. São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2001. (RT Códigos). PINTO, Sólon Lemos. Revista Zênite de licitações e Contratos ILC. Curitiba: Zênite, 2000. NIEBUHR, Joel de Menezes. Pregão Presencial e Eletrônico. 4ª edição. Curitiba:Zênite, 2006. SANCHEZ, Diego Moscoso. Pregão Eletrônico: Uma nova forma de gerenciamento de Licitações. Revista O Pregoeiro. Ano IIII, dezembro/2007. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - Licitações & Contratos Lei 10.520/2002 de 17 de julho DE 2002.