EE Bento Pereira da Rocha HISTÓRIA DE SÃO PAULO Alunos: Tatiana Santos Ferreira, Joyce Cruvello Barroso, Jennifer Cristine Silva Torres dos Santos, Sabrina Cruz. 8ª série. História 1 CENA1 Mônica chega do trabalho com seus dois filhos que ela buscou na escola. Mônica: Vão já para o quarto! Quero ver o dever de casa pronto antes do jantar. Breno: O que vai ter pro jantar? Mônica: Sopa. Layon: E de sobremesa? Mônica: Gelatina e bolo de cenoura. Agora, vão fazer a lição. As crianças vão para o quarto e Mônica chama a empregada. Mônica: Vilma! Vilma: Sim? Senhora. Mônica: O jantar já está pronto? Vilma: Quase, senhora. Mais uns minutinhos. Mônica: Está bem. Pode se retirar. Vilma sai e Mônica liga para sua amiga. CENA 2 Joyce: Alo? Mônica: Joyce! É a Mônica. Tudo bem? Joyce: Tudo amiga! E ai, vai botar em prática o plano de hoje? Mônica: Claro! Vamos ver se dessa vez da certo, né? No meio da conversa o marido de Mônica chega. Mônica: Ai amiga, tenho que desligar. Ele chegou. Tchau. Beijos. Joyce: Beijos. Tchau e boa sorte, tá! Mônica: Certo. Tchau. Joyce: Tchau Ela desliga o telefone. Seu marido, Arteiro, coloca a mala no sofá. Mônica: Oi amor! Mônica segue em direção de Arteiro. Arteiro: Oi. Já estou atrasado. Ele se afasta e vai para o quarto.
A empregada entra na sala. Vilma: Dona Mônica, o jantar está servido. Mônica: Obrigada. Avise meu marido e chame as crianças, por favor. Vilma: Sim senhora! Vilma sai da sala. CENA 3 Todos em volta da mesa. Comem calados. Quase nem olham para os outros. CENA 4 Todos se retiram da mesa. Layon: Boa noite, mãe. Boa noite, pai. Breno: Boa noite. Mônica: Boa noite. Durmam bem. Arteiro: Boa noite. Durmam com Deus. Todos vão para seus quartos. CENA 5 Mônica e Arteiro estão deitados na cama. Ela o abraça e beija. Ele no entanto não retribui. Arteiro: Não. Estou cansado. Mônica: Mas hoje eu tenho uma surpresa e... Arteiro (interrompendo Mônica): Não. Já disse. Estou cansado. Boa noite. Ele vira para o lado e vai dormir. Mônica (desapontada): Boa noite... Vira para o lado e vai dormir. CENA 6 No dia seguinte, à tarde, Mônica recebe um telefonema. Mônica: Alo? Joyce: Conta tudo! Mônica: Ha... Tudo o que? Não aconteceu nada... Joyce: Nossa! Que pena... Mônica (triste): Tudo bem. Mas é que... Está tudo errado. Meu casamento está afundando sabe... Estou desesperada! Joyce: Ah chega! Amiga... Amiga, já cansei de ver você nessa depressão toda. Seguinte, vou dar uma festa. Por que você não vem e relaxa um pouco? Mônica: Não sei... Joyce: Você vai vir sim. Nem que eu tenha que te trazer amarrada. Mônica: Tudo bem. Eu vou! Joyce: ótimo. Te vejo na festa então. Beijos, amiga. Tchau. Mônica: Beijos. Tchau
Mônica desliga o telefone. CENA 7 Mônica vai ate a cozinha. Mônica: Vilma, você pode tomar conta das crianças hoje? Vilma: Sim, senhora. Mônica: Ótimo. Vou me arrumar então. CENA 8 Mônica se arruma e sai para a festa de Joyce. Chegando lá, procura sua amiga. Joyce: Mônica! Você veio. Que bom. Pensei que não viria. Vem cá. Quero que conheça umas pessoas. Mônica: Está bem. Elas vão até outro lugar da casa onde Joyce apresenta Mônica para algumas pessoas. Joyce: Oi! Gente, essa magrela linda aqui é a minha amiga Mônica. Mônica: Prazer! Os amigos de Joyce recebem Mônica bem, mas um em especial parece ter gostado de Mônica. Dino: O prazer é todo meu. CENA 9 Os dois trocam olhares e sorrisos, até que acabam ficando sozinhos. Dino se aproxima dela. Dino: Oi. Mônica: Oi. Dino: Tudo bem? Mônica: Tudo. E com você? Dino: Tudo ótimo. Hum... Gostei de você. Tá a fim de ir ali fora conversar? Mônica (tímida): Eu sou casada. Dino: Tudo bem. Eu não tenho ciúmes. Mônica (rindo): Tá bom então, mas só conversar. Dino: Beleza... CENA 10 Os dois estão no jardim da casa de Joyce e conversam muito. Se divertindo, Mônica acaba se encantando por Dino. Mônica (se divertindo): Nossa, você é demais. Dino: Mas sabe o que seria melhor? Mônica: O que? Dino: Um beijo seu!
Mônica não fala nada. Mas eles ficam se olhando fixamente. Vão se aproximando até que se beijam. Depois do beijo continuam a conversar. Dino: O que uma mulher como você, está fazendo em uma festa dessas? Mônica: Digamos que meu casamento não está tão bom quanto eu achei que seria... Os dois seguem conversando por longas horas. O caso deles vai se mantendo. Mônica está tão envolvida com esse romance que decide se divorciar. CENA 11 Um dia, Mônica chega a sua casa bem tarde e se depara com seu marido Arteiro. Arteiro (irritado): Onde você estava? Mônica: Precisamos conversar. Arteiro (mais irritado): Onde você estava? Mônica não responde, mas fica com medo da reação de Arteiro. Arteiro (gritando): Não vai me responder? Onde você estava? Mônica: Para que você quer saber? Arteiro: Eu sou seu marido! É por isso que quero saber. Mônica (ironizando): Ah... Agora você resolveu que tem uma esposa? Arteiro (exaltado): Do que você está falando? Você passa a noite inteira fora... Como se fosse só uma noite. Faz um mês que seus filhos acordam de madrugada te procurando e você não está. Sabia? Mônica: Eu precisava respirar. Arteiro: Por que? Mônica: Eu estou cansada dessa vida medíocre. Desse casamento falso. De tudo. Arteiro: Vida medíocre? O que você quer dizer? Mônica: Estou dizendo que quero o divorcio. Arteiro (perplexo): O que? Mônica (chorando): Nosso casamento não está mais dando certo. Arteiro: E você acha que o divórcio é a solução? Mônica: Sim! Para mim sim. Eu já tentei de tudo, tudo mesmo... Eu vou embora. Arteiro: Tudo bem. Vai embora então. Seja feliz. Vou dormir no quarto de hóspedes hoje. Arteiro sai, entra no quarto de hóspedes e bate a porta com força. Mônica senta no sofá, abaixa a cabeça e começa a chorar. CENA 12 Mônica sai de casa, levando várias malas e entra em um taxi. Mônica: Queridos, a mamãe vai passar uns dias longe de vocês. Mas é só um pouquinho tá! Breno (chorando): Por que?
Mônica: Calma. Não chora. Não chora... Se não a mamãe vai ficar triste. Vocês não querem que a mamãe fique triste né? Layon (enxugando as lágrimas): Não mamãe... Mônica: Ótimo. Eu amo vocês tá! Ela abraça as crianças, vira e se dirige para Arteiro. Mônica: Cuide bem deles. Por favor. Arteiro: Eles são meus filhos também. Não se preocupe. Ela entra no taxi e vai embora. CENA 13 Semanas depois, Mônica estava na casa de Dino quando o flagrou com uma agulha espetada na veia. Dino (muito louco): Ah... Mônica (assustada): O que? O que você está fazendo? Dino (muito louco): Usando, ué... Mônica: Você não me disse que era viciado nisso! Dino (muito louco): Precisava? Mônica (chocada): Você me enganou... Dino (muito louco): Ah... Fala sério. Deixa de ser careta. Mônica (pasma): Não estou acreditando nisso... Dino: Experimenta! Você vai gostar também. Mônica dá um tapa na cara dele. Dino (irritado): Sua filha da mãe. Ninguém bate na minha cara. Mônica: Cala a boca! Seu... Seu cretino, idiota! Mônica dá vários tapas no peito de Dino. Dino acerta um tapa na cara dela. Dino (gritando): Cala a boca você, sua piranha. Dino olha furioso para Mônica. Dino: Quer saber, vem cá. Mônica tenta fugir, mas ele a agarra com força. Bate nela. Ela fica sem reação, apenas chorando. Mônica (chorando): Não, não... Não faça isso! Dino aplica uma dose de heroína nela. CENA 14 Em poucos segundos, toda a agitação dela passa. Ela fica muito relaxada, largada no chão. Mônica (rindo e viajando): Nossa! Estou me sentindo ótima. Dino: Eu disse. Agora vem cá. Ele a puxa para cima da cama, onde se beijam. Ele aplica mais uma dose e eles se deitam.
CENA 15 Viciada e muito louca com as drogas, Mônica passou a ter relações sexuais sem se proteger. Alguns meses depois, ela descobre que estava grávida e conta para Dino. Mônica: Dino! Venha cá. Dino: O que é? Mônica acaricia sua barriga. Mônica (feliz): Estou grávida. Dino (sem acreditar): Como? Não! Não... Espera ai, você vai tirar isso né? Mônica (perplexa): Isso? Isso é um bebê. Nosso bebê, nosso filho. Eu não vou tirar. Dino: Ah, mas vai sim! Os dois começam a discutir. A discussão piora até que Dino perde a cabeça e começa a bater em Mônica. Ele soca sua barriga várias e várias vezes, para que ela perca o bebê. CENA 16 Mônica está no hospital. As pancadas que recebeu na barriga levaram os médicos a fazer o parto mais rápido do que o previsto. Mesmo sabendo que dificilmente a criança iria sobreviver. Quando Mônica recobra os sentidos, os médicos já haviam feito a cirurgia. Médico: Dona Mônica. Mônica: Cadê meu bebê? Médico: Calma. Temos que conversar sobre isso. Mônica (exaltada): Quero meu filho agora! Médico: Bom, eu sinto lhe informar, mas por causa das agressões que recebeu, tivemos que acelerar o seu parto... Mônica (interrompendo o médico): Isso eu percebi. Agora cadê meu filho? Médico: Seu filho está em um quarto especial. Está em situação crítica. Por causa do alto consumo de drogas que a senhora fez uso, seu bebê acabou desenvolvendo uma doença muito grave. Ele tem o que chamamos de anencefalia e não há nada que possamos fazer. Ele tem apenas 3 horas de vida. Sinto muito. Mônica (chorando desesperada): Meu bebê! Meu filho! Me dá ele agora. O médico se vira para a enfermeira. Médico: Tragam o bebê. CENA 17 A enfermeira traz o bebê e entrega para Mônica. Mônica muito triste abraça seu filho e fica com ela até a hora de sua morte. Mônica continua no hospital se recuperando de tudo o que passou. Mas entra em depressão e foge do hospital. Não aguentando tudo aquilo, ela volta a usar muitas drogas, tentando acabar com seu sofrimento.
CENA 18 Em toda a sua loucura, Mônica nem se lembrava de que seu ex-marido estava tentando conseguir a guarda de seus dois filhos definitivamente. Mas o dia do julgamento chegou. Agora, Mônica está no tribunal, diante do juiz. O juiz está um pouco indeciso e o clima no tribunal fica meio conturbado. Juiz: Senhores, calma! Silêncio. Ordem no tribunal! Arteiro: Meritíssimo, ela não tem nenhuma condição de cuidar das crianças. Mônica: Eles são meus filhos. Precisam de mim. Arteiro: Pra que? Eu sei que você nos deixou para ir morar com um drogado. Mônica: Eu deixei você. Não meus filhos. Arteiro (triste): Sei... Mônica (chorando): Eu sei que errei em ter deixado eles para trás. Mas... Por favor. Não tire meus filhos de mim. Acabei de perder meu bebê. Não posso perder eles também. Por favor! Juiz: A senhora tem moradia fixa? Mônica: Não... Juiz: E como pretende cuidar de seus filhos? Mônica (desesperada): Eu posso arrumar um emprego. Eu faço qualquer coisa. Arteiro se comoveu com o desespero de Mônica. Ele sempre soube que, apesar de tudo, ela amava muito os filhos. Arteiro: Meritíssimo, eu gostaria de retirar o meu pedido de guarda. As crianças podem ficar com ela. Juiz: O senhor tem certeza disso? Arteiro: Sim senhor. Tenho certeza que ela vai fazer o máximo para cuidar deles. Juiz: Muito bem. As crianças ficam com ela. A sessão está encerrada. Podem se retirar. Mônica fica emocionada, abraça seu ex-marido que recua. Mônica: Obrigada! Obrigada... Arteiro: Não me faça mudar de ideia hein! Mônica abraça os filhos, muito feliz. CENA 19 Mônica pede que Arteiro cuide das crianças mais um pouco. Ela vai para uma clinica de reabilitação. Quer se recuperar e dar uma vida digna para seus filhos. Ela nunca mais ouviu falar de Dino. E ainda encontra duas vezes por semana com seus filhos. Nos dias de Visita, Arteiro leva as crianças para ficarem com sua mãe. Mônica segue em tratamento, mas logo vai voltar para seus filhos.