Conflito entre Israel e Palestina CONFLITO ATUAL



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Transcrição:

Conflito entre Israel e Palestina CONFLITO ATUAL Os conflitos entre Israel e a Faixa de Gaza se intensificaram em junho e julho de 2014. Os dois territórios apresentam instabilidade política há anos, ou seja, existe todo um processo histórico conturbado e, com a passar do tempo, as divergências no Oriente Médio vem provocando inúmeros confrontos, resultando em morte e destruição. Esse aumento da violência apresenta motivações diferentes entre os dois lados. Para Israel, os principais motivos são: o Hamas é o responsável pelo sequestro e assassinato de três adolescentes; pelo ataque feito pelo Hamas com foguetes e, ao mesmo tempo, a melhoria de seu arsenal de guerra de forma geral. Os israelenses acusam o Hamas de serem um grupo terrorista que não reconhece a existência do Estado de Israel e que não aceita a rendição e o desarmamento. Já para os Palestinos, os principais motivos da guerra são: um adolescente sequestrado e assassinado em Jerusalém (o jovem foi queimado vivo). Tal ocorrência levou à prisão de seis extremistas pelo assassinato do garoto, sendo que três dos detidos confessaram o crime. Grande parte da população palestina reivindica o controle israelense sobre o território da Faixa de Gaza, afirmando ser abusivo e completamente desrespeitoso aos direitos humanos. Isso ocasiona problemas como a fome (embora a Faixa de Gaza tenha acesso ao mar, não é permitida a pesca), pobreza e desemprego (intervenções contra o comércio palestino), além da dependência de recursos básicos como eletricidade, água e meios de comunicação. Com a força militar do exército de Israel, o número de mortos palestinos é bem maior do que o de israelenses. Outro motivo para ira palestina se dá pelo fato de Israel ter detido inúmeros militantes do Hamas em sua busca aos adolescentes sequestrados. Com cerca de 2 milhões de habitantes em aproximadamente 365 quilômetros quadrados, a Faixa de Gaza é um lugar de altíssima densidade demográfica, ou seja, é extremamente concentrado e povoado. Intensifica, com isso, a possibilidade de maior número de mortos com os bombardeios. PROBLEMAS HISTÓRICOS No século III, os judeus foram expulsos de sua terra pelos romanos, no processo conhecido como diáspora, que é a dispersão de uma comunidade pelo mundo. Desde então, tem-se a vontade de retorno ao local. Em 1869, houve a abertura do Canal de Suez, interligando o Porto Said (porto egípcio no Mar Mediterrâneo) a Suez, no Mar Vermelho. Após se tornarem os acionistas majoritários do canal, os britânicos tomaram seu controle. Em 1897, é o movimento político e filosófico que se apresenta como proposta de autodeterminação do povo judeu. Seu objetivo central era a busca de um Estado nacional judaico independente e soberano no território que, para eles, pertenceu ao antigo reino israelense. Em algumas interpretações, é um nacionalismo judaico e historicamente propõe a erradicação da diáspora judaica. O movimento propagou o slogan: "a Palestina é uma terra sem povo para um povo sem terra." Até a Primeira Guerra Mundial, o Império Turco-Otomano era o detentor do território onde, atualmente, ocorrem os conflitos, foi a única potência muçulmana a desafiar o poderio dos países europeus entre o século XV e XIX. Seu fim foi, ao longo do século XIX com a derrota na Primeira Guerra Mundial, provocando, assim, a partilha do território.

Após a derrota, os territórios foram divididos, sobretudo entre Reino Unido, que agregou Palestina, Transjordânia, Egito, Iraque e Pérsia (atual Irã), e a França (agregando Síria, Argélia e Líbano). Deve-se lembrar que os dois países árabes são imperialistas, o que deixa resquícios até os dias atuais. Em 1917, houve o caso da declaração Balfour, relacionada a uma carta do então secretário britânico de assunto estrangeiros, Arthur James Balfour, para o líder da comunidade judaica do Reino Unido, com o intuito de transmitir à Federação Sionista da Grã-Bretanha. O objetivo principal da carta era facilitar a configuração de um "lar nacional para os judeus na palestina. (Criação de um Estado-Nacional). A partir disso, reforçando a lógica Sionista, aproximadamente 600.000 judeus se estabeleceram nesse momento na região. Símbolo e localização da Liga Árabe (Foto: Wikipedia) Em 1945 foi criada a Liga Árabe, uma organização de estados árabes, cujo objetivo central é reforçar e coordenar aspectos econômicos, sociais, políticos e culturais

entre seus membros. Inicialmente, a liga era liderada pelo Egito (Nasser), que já havia constituído sua República (muito pelo enfraquecimento dos países europeus após a Segunda Guerra). Na assembleia geral da ONU de 1947, o brasileiro diplomata Oswaldo Aranha deu início ao Plano de Partilha da Palestina para substituir o mandato britânico, declarando a formação do Estado de Israel (Eretz Israel), um território independente do controle britânico. As nações árabes não concordaram com a partilha, ou seja, com a criação do Estado de Israel. Desde então, os dois povos travaram inúmeros conflitos. No decorrer deles, Israel ocupou os territórios da Cisjordânia, Penísula do Sinai, Faixa de Gaza e Colinas de Golã. Na divisão inicial, Jerusalém era um Corpus Separatum, devido à impotância religiosa (judaísmo, islamismo e catolicismo), ou seja, recebia um tratamento especial e separado do controle de qualquer Estado-Nação, ficando assim a controle da ONU. Ao dar início à Guerra, Israel invade o território e estabelece o domínio do lugar, o que foi um insulto para os palestinos. Outros territórios das fronteira da Cisjordânia também foram anexados. No mesmo ano, houve uma guerra civil na Palestina, motivada pela declaração dada pelos estados árabes, que haviam rejeitado o Plano da ONU de Partição da Palestina (que a dividiria com os judeus). O primeiro conflito surgiu no ano seguinte, tendo início após a declaração de independência de Israel, com fim em 1949, após acordos de cessar-fogo entre israelenses (Israel) e a Liga Árabe Líbano [luta penísula de Sinai], Síria, Egito, Iraque e Transjordânia (pequena porção de terra do mandato britânico). Durante o período de Guerra Fria, Israel é fortalecido pela ajuda militar dos Estados Unidos, pois sua vitória tinha uma grande importância estratégica, já que Israel é uma faixa de conexão entre Ásia e África. Portanto, sua "conquista" seria, para os EUA, uma forma de impedir o avanço soviético. Fica evidente no conflito o poderio militar israelense contra os países árabes, de certa forma, um país contra vários. Em 1956 aconteceu a Crise de Suez, quando Israel, tendo apoio da França e do Reino Unido, (que usufruíam do canal para a troca comercial com a Ásia e África) declarou guerra contra o Egito, cujo presidente, Gamal Abdel Nasser, havia nacionalizado o canal do Suez com apoio dos militares da URSS. Em outras palavras, foi um golpe do Egito com apoio soviético a um território que estava, até então, sendo controlado pela Inglaterra. Entre as consequências da nacionalização

feita pelo Egito, estava o bloqueio ao porto israelense (Eilat). Novamente, o vencedor é o povo de Israel, que não só toma o canal, como também invade as penínsulas de Sinai e a Faixa de Gaza. Em 1964, foi criada a OLP Organização para a Libertação da Palestina, uma organização política e paramilitar, vinculada à Liga Árabe (representante do povo palestino). Seu objetivo era a libertação da Palestina pela luta armada, buscando de certa forma motivar o ataque a cidadãos civis, sendo assim considerados terroristas. Destaque para o "Al Fatah", organização política que apresentava como líder Yasser Arafat. Entre algumas características do Al Fatah estão: não aceitar a determinação do Estado de Israel, buscar o retorno das fronteiras no período domínio britânico, proibir todo tipo de atividade do sionismo e buscar a autodeterminação dos palestinos. A Guerra dos Seis Dias viria mais tarde, de 05 a 10 de junho de 1967. O conflito era de Israel contra os Estados da Síria, Egito, Jordânia e Iraque. Com os ataques realizados pelo Estado de Israel, com objetivo de abrir o estreito de Tiran e também conter o exército egípcio no Sinai, a vitória isralense aconteceu e, ao mesmo tempo, houve a anexação de território ao redor de seu Estado. Israel que iniciou o conflito, no dia 05, com uma porção de terra de aproximadamente 20.300 km2, no dia 10, já possuía aproximadamente 102.400 km2. Esse acréscimo relaciona-se às anexações da Península de Sinai, Colinas de Golã, a Faixa de Gaza, porção da Cisjordânia (que entrou no conflito motivada por Nassar e acabou perdendo porção territorial) e Jerusalém. Mais de 18 mil árabes morreram no conflito. Com mais força militar, apenas 766 israelenses morreram, aproximadamente. No entanto, o número de refugiados é o maior: cerca de 350 mil.

Esquema sobre a Guerras dos Seis Dias (Foto: Reprodução/Colégio Qi) A Guerra de Yom Kipput, um dos grandes massacres da história, começou no dia 06 de outubro e terminou no dia 26 do mesmo mês. Novamente, o Estado de Israel enfrentou uma coalizão de países árabes liderados pelo Egito e Síria, que iniciam o conflito com um ataque supresa, em pleno feriado do perdão judaico. Esses países cruzaram os limites do cessar-fogo nas colinas de Sina e também nas Colinas de Golã, ao mesmo tempo, buscando retomar os territórios perdidos em 1967, durante a Guerra do Seis Dias. Após duas semanas, o Estado de Israel consegue estabelecer o equilibro e retira o exército do Egito e Síria sobre os territórios anexados. Além desse ataque surpresa sobre os territórios, há também o econômico, que ocasiona a Crise do Petróleo de 1973. Essa ofensiva na economia refere-se ao boicote da OPEP Organização dos Produtores e Exportadores de Petróleo, onde seus membros são de maioria árabe, provocando o desligamento na exportação e tendo como consequência o aumento do preço do petróleo. Deve-se ressaltar que a solução brasileira neste período foi o ProÁlcool. O ProÁlcool foi o programa realizado pelo governo brasileiro que visava à substituição do combustível derivado do petróleo, sobretudo a gasolina, motivado pela crise do petróleo em 1973. Após esse programa, o país acelerou na produção de cana-de-açúcar, e

atualmente, já é o principal exportador de Etanol para o mundo. ProÁlcool e novas fontes de energia no Brasil Em 1978 foi assinado o Acordo de Paz com o presidente Anwar Sadat, do Egito, e o primeiro ministro de Israel, sendo o presidente dos Estado Unidos, Jimmy Carter, anfitrião e participante ativo da negociações de paz para a região. Esse tratado de paz israel-egípcio que apresentava como objetivos o reconhecimento mútuo, da desocupação da península de Sinai por Israel, limitações na fronteiras comum, solução pacífica de controvérsias, extinções de boicotes, busca de um acordo de mobilidade na região, entre outros aspectos ligados a questões problemáticas entre as nações. Em 1987 houve a primeira Intifada ou "guerra das pedras". O ocorrido refere-se a uma manifestação palestina contra a ocupação israelense, em 1987, no campo de refugiados no norte da Faixa Gaza, onde a população civil atira objetos como paus (madeiras) e pedras contra a força militar israelense. Tal acontecimento não apenas mostra a fragilidade do povo Palestina, mas também seu fraco poderio militar para conter o avanço dos militares israelense. Essa revolta só tem fim em 1993, pelo acordo de Oslo. Em 1993, aconteceu o primeiro Acordo de Oslo ("Jericó-Gaza"). O fato refere-se, na verdade, a uma série de acordos na cidade de Oslo, na Noruega, entre o governo de Israel (Shimon Peres) e a OLP, que tinha como líder Yasser Arafat. Essa reunião teve o ex-presidente do Estados Unidos, Bill Clinton, como mediador. Entre os objetivos das discussões, estavam: Retirada a ocupação das força armadas israelense da Faixa de Gaza e Cisjordânia. Busca de autonomia política nas áreas ocupadas por palestinos. Estabelecer um consenso sobre a cidade de Jerusalém (lugar sagrado para ambos). Buscar uma solução para os refugiados da região. Solucionar os problemas de assentamentos israelenses nos territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias. Buscar estabelecer uma fronteira entre os povos. Em continuidade aos acordos de 1993, houve novos debates em 1995, com a mesma relação de políticos presentes, tendo apenas uma alteração no representante israelense que, neste momento, foi Yitzak Rabin. Entre os objetivos, estavam: OLP e Israel: reconhecimento mútuo entre as lideranças políticas sobre as negociações

e ações que buscavam estabelecer. A desocupação do porção do Líbano. Em pauta o situação da cidade de Jerusalém Reconhecimento da ANP (Autoridade Nacional Palestina). Negociação sobre as porções territoriais ocupadas. No mesmo ano, foi assassinado o primeiro-ministro de Israel, que entre 1974 e 1977 recebeu o Prêmio Nobel da Paz, junto a ex-liderança Shimon Peres e ao mesmo tempo Yasser Arafat. Ele buscava negações de paz na região, se propondo à possível assinatura de acordos estabelecidos em Oslo. Após sua morte, as tensões se agravaram, com Ascensão do Hamas e do Hezbollah, dois grupos radicais, que se manifestam através de ações terroristas. Em contrapartida, havia a Autoridade Nacional Palestina, com tom conciliatório. Uma nova tentativa de paz na região surge em 2000, uma herança dos Acordos de Oslo, entre os três lideranças políticas, tal fato também ficou conhecido como acordo final para o conflito entre Israel e Palestina. No entanto, mais uma vez não se chegou a um consenso entre os líderes, mantendo-se a instabilidade na região. Uma nova revolta civil do povo palestino contra o controle administrativo de Israel na região onde os palestinos estão. Tal fato ocorre no impasse entre as negociações de paz, além de uma disputa por influência na região entre as facções do Fatah (mais contido) e do Hamas (mais extremista), ambos exaltando o radicalismo islâmico. FATOS RECENTES Desde os anos 2000 até os dias atuais, uma série de fatos ocorreram e as disputas na região seguem sem resolução. Uma série de conflitos ocorre, resultando na morte de muitos inocentes. 2001: Sharon é eleito em Israel. 2004: Morre Arafat assume Mammoud Abbas (ANP). 2005: Hamas toma o poder na Faixa de Gaza. 2006: Hamas vence as eleições democraticamente em Gaza. Grupo não reconhece a existência de Israel. 2007: Novos conflitos entre Faixa de Gaza e Israel. 2008: Fim do Cessar fogo Gaza x Israel (Ataque do Hamas). 2010: Obama (EUA), Netanyahu (ISR) e ABBAS (ANP) negociam a paz, mas sem sucesso. 2012: Palestina é reconhecida por 138 países na ONU.

Em 2014, os conflitos continuam, com uma disparidade de números de mortos altíssima, maioria palestina e minoria de israelenses. Deve-se lembrar ainda que países da região já não conseguem apoiar o povo palestino, pois seus territórios apresentam grande instabilidade política, influenciada pela Primavera Árabe. Apesar de não chegarem a uma solução, países vizinhos (como o Egito) e a ONU conseguiram elaborar uma espécie de acordo, que estabeleceu o cessar-fogo na região no dia 26 de agosto.