Antonio Dantas Costa Junior Engenheiro Agrônomo. Irrigação Políticas públicas e tecnologia



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Transcrição:

Antonio Dantas Costa Junior Engenheiro Agrônomo Irrigação Políticas públicas e tecnologia

Área de Atuação

Unidades locais da EMATER-DF Distrito Federal: 16 escritórios (oito em cidades satélites e oito em Núcleos Rurais) Entorno: 4 escritórios que atendem a assentamentos de Reforma Agrária. Composição das equipes: 02 Engenheiros Agrônomos; 01 Médico Veterinário; 01 Técnico Agrícola; 01 Economista Doméstica; 01 Assistente Administrativo

Políticas públicas para irrigação

Produzir alimentos x abastecer a população

Produtor de Água Projeto Pipiripau Objetivo Promover a recuperação hidroambiental da bacia utilizando o instrumento econômico de pagamento por serviços ambientais, com vistas a ampliação da oferta de água e melhoria de sua qualidade.

Produtor de Água Projeto Pipiripau Principais ações: Recomposição da vegetação natural ( APP s e reserva legal) e ampliação e manutenção das áreas de vegetação natural; Conservação de Água e Solo (terraços, barraginhas, readequação de estradas, etc.); Uso de práticas agrícolas sustentáveis (plantio direto, rotação de culturas, recuperação e manejo de pastagens, sistemas agrosilvopastoris, etc.);

Produtor de Água Projeto Pipiripau RECUPERAÇÃO DE APP + RL MANUTENÇÃO DE ÁREAS FLORESTADAS CONSERVAÇÃO DE ÁGUA E SOLO

Produtor de Água Projeto Pipiripau

Produtor de Água Projeto Pipiripau

Produtor de Água Projeto Pipiripau

Políticas de Fomento Objetivo Promover a inclusão sócio-produtiva de agricultores familiares e assentados da reforma agrária por meio da irrigação. A irrigação possibilita a frequência e a qualidade da produção necessária para essa inclusão.

Políticas de Fomento Principais ações no Brasil Estruturação de Pólos irrigados principalmente na Bacia do Rio São Francisco, no Semi-árido brasileiro Petrolina-PE e Juazeiro-BA; Janaúba e Jaíba em Minas Gerais; Bom Jesus da Lapa-Bahia

Políticas de Fomento Principais ações no Distrito Federal Aquisição de equipamentos de irrigação e fornecidos a agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Em 1996 - Programa Gota D água - 1996 Em 2014 Programa Produzir beneficiadas 88 famílias e facilitado o processo de licenciamento ambiental para financiamento de equipamentos de irrigação. Em 2015 serão ser beneficiados mais 100 agricultores.

Tecnologias

Alguns conceitos

Vazão Volume de água no tempo: litro/seg, litro/hora ou m 3 /hora

Lâmina d água 1 metro 1 metro 1 litro de água=1 mm Lâmina de água = volume/área

Funções da água na planta? Transporte de nutrientes Refrigeração Constituição da planta Participa do metabolismo da planta

Balanço de água no solo Irrigação TRANSPIRAÇÃO EVAPORAÇÃO Solo Água e Ar

Evaporação Perda de água da superfície para a atmosfera Antes evaporação Depois Evaporação pode ser medida em lâmina de água

Transpiração.Perda de água da planta para a superfície.em uma área com plantas a perda de água é maior do que quando não há vegetação

Evapotanspiração

PLANTA PEQUENA E E E E T T T T T Quase toda perda é devido a evaporação.

Quando a planta cresce 90-98% da ET é devido à transpiração. T T T T T E E E E E E

Fatores que afetam a perda de água. Sol. Temperatura. Umidade relativa do ar. Ventos. Estágio de desenvolvimento da cultura

Sistemas de Irrigação Métodos de irrigação. Superficial. Aspersão. Irrigação Localizada

Sulcos PROJETO ÁGUA CERTA

Aspersão Portátil Fixo Semi-fixo

Aspersão Mecanizados - Pivô Central

Irrigação localizada GOTEJAMENTO MICROASPERSÃO

VANTAGENS DA IRRIGAÇÃO LOCALIZADA Economia de água e energia Facilidade na distribuição de adubos Não é afetada pelo vento Controle mais fácil das ervas daninhas Melhor aproveitamento da mão de obra

Consumo de água/ha em alface 51 m³/dia 93 m³/dia

O sistema se adapta a diferentes culturas? Hortaliças

O sistema se adapta a diferentes culturas? Fruteiras

Como ocorre a irrigação

Manejo da irrigação

Sistema Irrigas Embrapa Hortaliças Versões disponíveis: 15, 25 e 40 kpa Baixo custo, baixa manutenção Espaguet e Cápsul a por osa Cuba de medi ção

Princípio de Funcionamento

Seleção de Sensores Irrigas

Instalação de Sensores

Instalação de Sensores Profundidades 1/2 Z momento da irrigação Z ajuste da lâmina Distância da planta / gotejador 10-20 cm Instalar na linha de plantio Estações de controle: 3 Z Z

Leitura e Manutenção de Sensores Leitura Deve ser feita diariamente, pela manhã (usar tabela) Evitar pisoteio ao redor das estações de controle Manutenção Leituras discrepantes por dias seguidos indicando sensor aberto ou fechado é indicativo de problema Usar trado para verificar discrepância Reinstalar sensores a medida que as raízes crescem

Procedimento simplificado para determinação da lâmina e tempo de irrigação

Profundidade Efetiva Radicular Profundidade que contem cerca de 80% das raízes Determinar a profundidade de instalação dos sensores Determinar lâmina de água no solo e de irrigação Varia: fase da cultura, tipo de solo, compactação etc. Avaliar no local de cultivo 20 cm 40 cm 60 cm

Profundidade dos Sensores Instalar em 2 profundidades Sensor raso: 30-50% profundidade efetiva radicular Sensor profundo: 90-110% profundidade efetiva radicular. * Este deve ser de 25 Kpa independente da escolha do raso Z

Lâmina de Irrigação Excessiva Perda de água e nutrientes Irrigações muito espaçadas Saturação do solo / déficit de água

Lâmina de Irrigação Insuficiente Irrigações muito freqüentes Maior perda de água por evaporação Raízes superficiais

Lâmina de Irrigação Adequada Minimiza perdas de água por percolação e evaporação

Lâmina de Irrigação Lâmina a ser aplicada Irrigar o suficiente para que os sensores rasos passem a indicar a leitura fechado com 1 a 4 horas após a irrigação. Mas não em excesso para fechar os sensores produndos (dia seguinte a irrigação).

Obrigado Antonio Dantas Costa Junior Engenheiro Agrônomo EMATER-DF Tel.: 061-33859043 E-mail: dantas.ematerdf@gmail.com