PROJETO DE LEI N.º 660/XII/4.ª



Documentos relacionados
PROJETO DE LEI N.º 559/XII/3ª. Estabelece o número mínimo e máximo de alunos por turma. Exposição de motivos

PROJETO DE LEI N.º 559/XII/3ª. Estabelece o número mínimo e máximo de alunos por turma. Exposição de motivos

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Segunda-feira, 21 de julho de Série. Número 132

/11 ASSUNTO: CONSTITUIÇÂO DE TURMAS C/CONHECIMENTO A: REMETIDO A: Transmitido via Institucional...

Lei n.º 21/2008 de 12 de Maio

ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

Projeto de Resolução n.º 1235/XII/4.ª. Em defesa da Escola Pública Inclusiva para todos

DESPACHO. ASSUNTO: Observatório Permanente de Análise e Acompanhamento da Inserção Profissional dos Diplomados da ESTeSL - OPAIP.

PERGUNTAS FREQUENTES. Sobre Horários. Pessoal docente, escolas públicas. 1 Há novas regras para elaboração dos horários dos professores?

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO

RESOLUÇÃO CP N.º 1, DE 30 DE SETEMBRO DE (*)

AVALIAÇÃO EXTERNA DE ESCOLAS Plano de Ações de Melhoria

Estágio Supervisionado Educação Básica - Matemática

Externato Académico. Projeto Educativo

Decreto-Lei n.º 329/98 de 2 de Novembre. Regime de frequência da disciplina de Educação Moral e Religiosa

PROJECTO DE LEI N.º 671/X. Altera o Código da Estrada e o Código do Imposto sobre Veículos. Exposição de Motivos

Resolução SE 53, de

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE ALUNOS

REGULAMENTO INTERNO DO SERVIÇO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

ORIENTAÇÕES PARA A APLICAÇÃO DAS NOVAS MEDIDAS EDUCATIVAS DO REGIME EDUCATIVO ESPECIAL

Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior Cód CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO. EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR, ENSINOS BÁSICO e SECUNDÁRIO

Art. 1º Definir o ensino de graduação na UNIVILLE e estabelecer diretrizes e normas para o seu funcionamento. DA NATUREZA

Critérios Gerais de Avaliação

PROJECTO DE LEI N.º 252/XI/1.ª

Novembro de 2008 ISBN: Desenho gráfico: WM Imagem Impressão: Editorial do Ministério da Educação Tiragem: exemplares

Agrupamento de Escolas n.º 2 de Beja. Regulamento Interno. Biblioteca Escolar

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

PROJETO DE LEI N.º 178/XIII/1.ª SALVAGUARDA A PENSÃO DE ALIMENTOS ENQUANTO DIREITO DA CRIANÇA NO CÁLCULO DE RENDIMENTOS

Plano de Melhoria. Biénio 2013/2015

PROJETO DE LEI N.º 821/XII/4.ª GARANTE A GESTÃO PÚBLICA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA, DO SANEAMENTO E DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Projecto de Lei n.º 54/X

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL 2015/16. (Pré-escolar ao 12º ano de escolaridade)

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 462/XI/2.ª

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS N 1 DE MARCO DE CANAVESES (150745) Plano de Ação de Melhoria

Projeto de Resolução nº. Requalificação da Escola Básica do 2º e 3º ciclo de Azeitão, no Concelho de Setúbal

PROJETO DE LEI Nº 669/XII/4ª ESTIPULA O NÚMERO MÁXIMO DE ALUNOS POR TURMA

Nº 13 AEC - Papel e Acção na Escola. e-revista ISSN

2.º SUPLEMENTO II SÉRIE ÍNDICE. Ministério da Educação e Ciência PARTE C. Quinta-feira, 12 de abril de 2012 Número 73

Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma*

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ENSINO BÁSICO

ADENDA Ano letivo 2015/2016

ESCOLA DE ENFERMAGEM REGIMENTO

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 5/2014

CURSOS COMPLEMENTARES DE MÚSICA

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO MAIOR

Proposta de decreto-lei que altera o DL n.º 132/2012, de 27 de junho

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC REGULAMENTO DO ESTÁGIOS CURRICULARES OBRIGATÓRIOS E NÃO- OBRIGATÓRIOS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNISC

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. Departamento de Expressões Educação Especial

RELATÓRIO DE AUTOAVALIAÇÃO

PLANO PLURIANUAL DE ATIVIDADES

Faculdade de São Paulo. Regimento do ISE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

4912 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012

Altera o Código de Trabalho, Assegurando uma melhor protecção do trabalho de menores

Estado do Rio Grande do Sul Conselho Municipal de Educação - CME Venâncio Aires

Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados. do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Informações básicas. Programa Ensino Integral

PROJECTO DE LEI N.º 609/XI/2.ª

FICHAS SÍNTESE NACIONAIS SOBRE OS SISTEMAS EDUCATIVOS NA EUROPA E REFORMAS EM CURSO PORTUGAL JUNHO 2009

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

Anexo III ENSINO RECORRENTE REGULAMENTO

Promoção da igualdade de género em contexto escolar. Alice Mendonça Universidade da Madeira

CAPÍTULO I Disposições gerais. Artigo 1.º Objeto

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 18 de maio de Série. Número 89

REGIMENTO INTERNO DOS SERVIÇOS DE PSICOLOGIA E ORIENTAÇÃO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Dispõe sobre o atendimento educacional especializado aos alunos identificados com altas habilidades ou superdotados no âmbito do Município de Manaus.

PLANO ESTRATÉGICO DE MELHORIA 2014 / 2017

NCE/14/01786 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS AFONSO DE ALBUQUERQUE 2014/2015. Regulamento dos Quadros de Valor, de Mérito e de Excelência

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Projecto de Avaliação do Desempenho Docente. Preâmbulo. Artigo 1.º. Objecto. Básico e Secundário, adiante abreviadamente designado por ECD. Artigo 2.

Critérios de avaliação dos alunos Abrangidos pela Educação Especial

c) Os parâmetros estabelecidos a nível nacional para a avaliação externa estabelecidos pelo Ministério da Educação e Ciência.

AERT EB 2/3 DE RIO TINTO CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DE CARATER PERMANENTE

PROPOSTA ALTERNATIVA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

REGULAMENTO DA FORMAÇÃO NÃO GRADUADA SECÇÃO I COORDENADOR DE CURSO. Artigo 1.º Coordenador de Curso

Regulamento do Curso Técnico Superior Profissional

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE REDONDO PROJETO EDUCATIVO. Indicações para Operacionalização

PROJETO DE LEI N o, DE 2012

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ENCONTRO DOS CONSELHOS DE EDUCAÇÃO DE SERGIPE

Critérios Gerais de Avaliação

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO CNE/CP 1, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2002 (*)

Oferta formativa 2014/ Ensino pré-escolar º Ciclo do Ensino Básico º Ciclo do Ensino Básico... 6

Agrupamento de Escolas Dr.ª Laura Ayres

Regimento do Conselho Municipal de Educação de Cinfães

PARTE C EDUCAÇÃO (2) Diário da República, 2.ª série N.º de junho de 2016

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII

PLANO DE AUTOAVALIAÇÃO

SEGURANÇA SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERGÍLIO FERREIRA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Ministério da Defesa Nacional Marinha. Escola Naval REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DOS CICLOS DE ESTUDOS DA ESCOLA NAVAL

Transcrição:

Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI N.º 660/XII/4.ª ESTABELECE UM NÚMERO MÁXIMO DE ALUNOS POR TURMA E POR DOCENTE NOS ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO Exposição de motivos O recentemente publicado relatório da OCDE Education at a glance, 2014, demonstra que alguns dos problemas diagnosticados em 2011 pela mesma organização não só continuam sem resolução como em alguns casos se agravam: as qualificações dos portugueses continuam longe da média da OCDE; o défice de escolaridade da população portuguesa continua muito elevado; o número de retenções e de abandono escolar não só atingem níveis inadmissíveis relativamente à média da OCDE como se agravaram em relação ao relatório de 2011, altura em que a organização já denunciava o problema devido ao facto de, em Portugal, o quadro de avaliação não estar definitivamente centrado no aluno. Mas o relatório de 2014 avança um diagnóstico mais incisivo, estabelecendo uma relação direta entre a diminuição do investimento público em educação e o aprofundamento das desigualdades. Com efeito, segundo a OCDE, Portugal destaca-se como o país que mais reduziu o investimento público em Educação, ultrapassado apenas pela Rússia. Os efeitos destes cortes fazem-se sentir num agravamento do défice de qualificações do qual resulta diretamente num agravamento das desigualdades sociais. Email: bloco.esquerda@be.parlamento.pt - http://www.beparlamento.net/ 1

Das múltiplas estratégias de degradação do sistema público de ensino, o aumento do número de alunos por turma ganha particular destaque pela sua eficácia negativa e impacto imediato na capacidade dos professores em se relacionar com os seus alunos e vice-versa. As alterações introduzidas pelo Despacho n.º 5106-A/2012 aumentou o número mínimo de alunos por turmas do 5º ao 12º de 24 para 26. Quanto ao número máximo, o governo estipulou os 30 alunos, em vez dos 28 anteriormente em vigor. No pré-escolar, os grupos são constituídos por um mínimo de 20 crianças por docente. Ora, estas medidas não só contrariam as recomendações da própria OCDE, como não vão ao encontro do que é necessário para as comunidades educativas do país - mais do que reduzir o número médio de alunos por turma, que tem grandes assimetrias regionais e por ciclo de ensino, reduzir o número máximo de alunos por turma. Neste sentido, as questões inscritas no presente diploma procuram criar e melhorar as condições necessárias a um exercício da atividade docente capaz de garantir a qualidade do ensino ministrado, designadamente através do reforço dos requisitos necessários a um acompanhamento diferenciado dos alunos, assegurando assim a obtenção de resultados escolares que traduzam uma efetiva aquisição de aprendizagens e a adoção de estratégias necessárias e diferenciadas de combate ao abandono escolar. Assim, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem, com este projeto de lei, propor: A definição do número máximo de alunos por turma nos ensinos pré-escolar, básico e secundário e no ensino recorrente; A definição de critérios para abertura de disciplinas de opção e de cursos do ensino secundário; O estabelecimento de critérios para o desdobramento de turmas no ensino básico e secundário; Número máximo de alunos e de turmas por docente. Assim, nos termos constitucionais e regimentais aplicáveis, as Deputadas e os Deputados do Bloco de Esquerda, apresentam o seguinte Projeto de Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Email: bloco.esquerda@be.parlamento.pt - http://www.beparlamento.net/ 2

Artigo 1.º Objeto A presente lei estabelece princípios e orientações de organização da escola, designadamente em matérias relativas à dimensão das turmas e ao número máximo de alunos por docente. Artigo 2.º Âmbito A presente lei aplica-se às escolas e aos agrupamentos de escolas dos ensinos préescolar, básico e secundário públicas, particulares e cooperativas. CAPÍTULO II DIMENSÃO DAS TURMAS Artigo 3.º Dimensão das turmas do ensino pré-escolar 1 - No ensino pré-escolar, a relação entre alunos e professor é de 19 crianças para um docente, devendo ainda ser colocado um assistente operacional por cada sala do estabelecimento de ensino. 2 - Quando se verificam condições especiais, nomeadamente a existência de crianças com necessidades educativas especiais ou outros critérios julgados pertinentes no quadro da autonomia das escolas, a relação entre alunos e professor é de 15 crianças por cada docente. Artigo 4.º Dimensão das turmas do ensino básico e secundário 1 - As turmas do 1º ciclo do ensino básico são constituídas por 20 alunos, não podendo ultrapassar esse limite. Email: bloco.esquerda@be.parlamento.pt - http://www.beparlamento.net/ 3

2 - As turmas do 1º ciclo do ensino básico, que incluam mais de dois anos de escolaridade, são constituídas por 18 alunos. 3 - As turmas do 5º ao 12º ano de escolaridade e as turmas do ensino recorrente são constituídas por um número mínimo de 18 e um número máximo de 22 alunos. 4 - Em qualquer nível de ensino as turmas com alunos com necessidades educativas especiais, resultantes de deficiências ou incapacidade inibidora da sua formação, são constituídas por 18 alunos, não podendo uma turma incluir mais de 2 alunos nessas condições. Artigo 5.º Critérios para abertura de disciplinas de opção e de cursos do ensino secundário 1 - Nos cursos científico-humanísticos, nos cursos profissionais e nos cursos artísticos especializados, nos domínios das artes visuais e dos audiovisuais, incluindo de ensino recorrente, no nível secundário de educação: a) O número mínimo de alunos para a abertura de um curso é de 20 alunos e para a abertura de uma disciplina de opção é de 15 alunos; b) O número mínimo de alunos para abertura de uma especialização nos cursos profissionais e nos cursos artísticos especializados é de 15 alunos; c) Se o número de alunos inscritos for superior ao previsto no número anterior, é permitida a abertura de duas ou mais turmas de uma mesma especialização ou a abertura de outra especialização do mesmo curso tecnológico, não podendo o número de alunos em cada uma delas ser inferior a 8. d) Na especialização dos cursos artísticos especializados, o número de alunos não pode ser inferior a 8, independentemente do curso de que sejam oriundos. 2 - As turmas dos anos sequenciais do ensino básico e dos cursos de nível secundário de educação, incluindo os do ensino recorrente, bem como das disciplinas de continuidade obrigatória, podem funcionar com um número de alunos inferior ao previsto nos números anteriores, desde que se trate de assegurar o prosseguimento de estudos aos Email: bloco.esquerda@be.parlamento.pt - http://www.beparlamento.net/ 4

alunos que, no ano letivo anterior, frequentaram a escola com aproveitamento e tendo sempre em consideração que cada turma ou disciplina só pode funcionar com qualquer número de alunos quando for única. Artigo 6.º Critérios para o desdobramento de turmas no ensino básico e secundário 1 - É autorizado o desdobramento de turmas nas disciplinas dos ensinos básico e secundário sempre que este procedimento for considerado necessário ao desenvolvimento de trabalho prático nas diferentes áreas curriculares disciplinares. 2 - No ensino básico é autorizado o desdobramento nas seguintes áreas, quando o número de alunos da turma for superior a 15: a) Nas disciplinas de Ciências Naturais dos 2º e 3º ciclos de escolaridade, e a disciplina de Físico-Química do 3º ciclo de escolaridade, de modo a permitir a realização de trabalho experimental; b) No 2º ciclo, nas disciplinas da área disciplinar de Educação Artística e Tecnológica, de modo a permitir a realização de trabalho prático; c) No 3º ciclo, nas disciplinas da área disciplinar de Expressões e Tecnologia, de modo a permitir a realização de trabalho prático. CAPÍTULO III ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE DOCENTE Artigo 7.º Número de alunos e de turmas por docente 1 - No primeiro ciclo do ensino básico o número máximo de alunos por docente é de 20, a que corresponde a atribuição máxima de 1 turma. Email: bloco.esquerda@be.parlamento.pt - http://www.beparlamento.net/ 5

2 - No segundo e terceiro ciclos do ensino básico e no ensino secundário, o número máximo de alunos por docente é estabelecido de acordo com a carga horária semanal atribuída às diferentes disciplinas, nos seguintes termos: a) Aos docentes das disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa/Português, consoante se trate do 2º e 3º ciclo do ensino básico ou do ensino secundário, é atribuído um máximo de 66 alunos, correspondente a 3 turmas; b) Aos docentes de outras disciplinas do 2º e 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário é atribuído um número máximo de alunos e de turmas que decorre da carga letiva semanal de cada disciplina, nos seguintes termos: i) Aos docentes de disciplinas com 1 tempo letivo semanal, correspondente a 90 minutos, é atribuído um número máximo de 110 alunos, correspondente a 5 turmas; ii) Aos docentes de disciplinas com 2 tempos letivos semanais, correspondentes a 180 minutos, é atribuído um número máximo de 88 alunos, correspondente a 4 turmas; iii) Aos docentes de disciplinas com 3 tempos letivos, correspondentes a 270 minutos, ou com mais tempos letivos semanais, é atribuído um número máximo de 66 alunos, correspondente a 3 turmas. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 8.º Norma revogatória São revogadas todas as disposições que contrariem o previsto na presente lei. Email: bloco.esquerda@be.parlamento.pt - http://www.beparlamento.net/ 6

Artigo 9.º Entrada em vigor A presente lei entra em vigor no final do ano letivo em curso à data da sua publicação. Assembleia da República, 19 de setembro de 2014. As Deputadas e os Deputados do Bloco de Esquerda, Email: bloco.esquerda@be.parlamento.pt - http://www.beparlamento.net/ 7