ANEXO XII TERMO DE REFERÊNCIA RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL OBRAS DE MOBILIDADE URBANA DA COPA DO MUNDO 2014



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Transcrição:

ANEXO XII TERMO DE REFERÊNCIA RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL OBRAS DE MOBILIDADE URBANA DA COPA DO MUNDO 2014 1. INTRODUÇÃO O presente termo de referência visa subsidiar a análise dos impactos ambientais decorrentes de obras de infraestrutura da Copa 2014 inseridos na Matriz de Responsabilidades, sob responsabilidade da Secretaria Extraordinária da Copa 2014. O Termo de Referência tem validade de 1 (um) ano a contar do seu recebimento, conforme estabelecido na Resolução Conama n 001/86, art. 5, e aplica-se tão somente aos projetos propostos. 2. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO 2.1. Nome e razão social, endereço, inscrição estadual, CGC; 2.2. Descrição geral do empreendimento; 2.3. Localização geográfica proposta para o empreendimento, apresentada em mapa ou croqui, incluindo entorno imediato: vias transversais, existentes e ou projetadas; 2.4. Previsão das etapas de implantação do empreendimento; 2.5. Investimento necessário para a implantação do empreendimento; 2.6. Nome e endereço dos responsáveis para contatos. 3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO Descrição e caracterização da área de influência, antes da implantação do empreendimento. O diagnóstico deverá englobar os fatores suscetíveis de sofrer, direta ou indiretamente, efeitos significativos das ações nas fases de planejamento, implantação e operação. 4.1. MEIO FÍSICO 4.1.1 Caracterização geológica, e geotécnica, considerando: a. Reconhecimento do solo e subsolo, descrevendo a litologia, granulometria, pedologia (grau de alteração do substrato) e aspectos estruturais, acompanhado dos perfis estratigráficos. b. Determinação dos coeficientes de adensamento (recalque) e compressibilidade do solo, indicando aptidão a cortes/aterros, suporte a pavimentos, fundações e resistência ao cisalhamento. c. Indicação de soluções a possíveis incidentes de natureza geotécnica decorrentes da execução de pavimentação e aplicação de carga sobre o solo, especialmente nas vias de circulação. d. Indicação das formas de relevo e dos trechos suscetíveis à incidência de processos erosivos, assoreamentos e inundações. 1

4.1.2 Descrição do sistema de drenagem natural e construído da área em questão e da bacia hidrográfica em que a mesma está inserida, com demarcação de redes, valas, talvegues e arroios, quando for o caso. 4.1.3 Caracterização do sistema de drenagem superficial com relação ao comportamento atual das redes existentes, corpos d água e Sistema de Proteção contra Enchentes (diques, casas de bombas e condutos forçados), ressaltando pontos críticos no escoamento. Os limites serão os da bacia ou sub-bacia hidrográfica que contém a área potencialmente atingida pelo empreendimento. 4.2 MEIO BIOLÓGICO 4.2.1 Descrição da cobertura vegetal existente na área de implantação do empreendimento (áreas públicas e privadas a serem desapropriadas), conforme Decreto Municipal nº 15.418/2006, com demarcação em planta de levantamento planialtimétrico, em escala compatível com os projetos. Para os vegetais descritos deverá estar indicada a determinação taxonômica (espécie), os dados dendrométricos referentes à altura total, diâmetro de projeção da copa e diâmetro do tronco à altura do peito, no sistema métrico, bem como suas condições fitossanitárias. Devem ser identificados os vegetais isolados ou sob a forma de mancha ou de agrupamentos. Os vegetais devem ser numerados seqüencialmente (1 n) na planta, assim como as manchas de vegetação. Os vegetais descritos no laudo deverão ser identificados na área de intervenção através da colocação de etiquetas com os respectivos números. 4.2.2 Identificação dos espécimes da flora endêmicos, ameaçados de extinção ou protegidos por legislação específica, incidentes na área do empreendimento. 4.2.3 Identificação de Áreas de Preservação Permanente (APP s) na área de influência do empreendimento. 4.2.4 Descrição detalhada da metodologia a ser utilizada no registro de dados primários da fauna silvestre. A metodologia deverá incluir o esforço amostral para cada grupo em cada fitofisionomia, contemplando a sazonalidade para cada área amostrada. 4.2.5 Descrição das espécies de fauna silvestre encontradas, indicando a forma de registro e habitat, destacando as espécies ameaçadas de extinção, as endêmicas, as consideradas raras, as passíveis de serem utilizadas como indicadoras de qualidade ambiental, as de importância econômica e cinegética, as potencialmente invasoras ou de risco epidemiológico, inclusive as migratórias e suas rotas, sítios de nidificação e alimentação significativos, fontes de dessedentação e abrigos. 4.2.6 Caracterização dos ambientes encontrados na área de influência do empreendimento, com descrição dos tipos de habitats encontrados (incluindo áreas antropizadas) e do grau de conservação de cada ambiente. 4.2.7 No caso de haver áreas úmidas, na avaliação destas descrever os ambientes baseados nos aspectos biológicos e hidrológicos, caracterizando o tipo de área úmida encontrada e levando em consideração todas as estações do ano. 4.2.8 Identificação de espécies com importância em saúde pública, destacando as espécies de culicídeos e roedores urbanos. Recomenda-se que a identificação dos exemplares seja realizada ao nível de espécie. A coleta de culicídeos deve ser realizada seguindo o guia Vigilância Entomológica de Mosquitos (Díptera, Culicidae) /CEVS/SES-RS. Na presença de criadouros com larvas de culicídeos, estas deverão ser coletadas, identificadas e relatadas no RIA. Caso sejam constatadas outras espécies com interesse em saúde pública, estas deverão ser apresentadas no RIA. 2

Salientamos que a maior variedade de espécimes de artrópodos deve ser coletada em estações com temperaturas mais elevadas. Para a detecção de roedores urbanos na área, deverão ser utilizadas as seguintes metodologias: visualização direta dos animais, armadilhas (ratoeiras), observação de tocas e resíduos fecais. 4.3 MEIO ANTRÓPICO 4.3.1 Identificação das áreas de lazer (praças, parques, etc) atingidas pelas obras, avaliando seus respectivos estados de conservação. 4.3.2 Diagnóstico arqueológico e etno-histórico com a caracterização do perímetro das áreas de impacto direto e indireto do empreendimento, através da marcação de pontos de GPS no local, bem como apresentação de relatório de levantamento de campo com referência às imagens, cartas, pontos identificados nas cartas, croquis, tabelas, gráficos e demais técnicas de comunicação visual (as imagens devam servir de evidência e reforço para as informações fornecidas textualmente. 5. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS Análise (identificação, valoração e interpretação) dos prováveis impactos sobre os meios físico, biológico e antrópico, classificados quanto às fases de planejamento, implantação e operação. Deverão ser considerados os impactos positivos e negativos; diretos e indiretos; temporários permanentes e cíclicos: imediatos, a médio e longo prazo; reversíveis e irreversíveis; locais, regionais e estratégicos. Os impactos deverão ser quantificados em dois momentos antes e depois do empreendimento. Também deverão ser considerados os impactos cumulativos. Neste item deverão constar métodos de identificação dos impactos, técnicas de previsão da magnitude e os critérios adotados para interpretação e análise de suas interações. Os estudos e projetos já concluídos ou em fase de contratação, envolvendo tráfego, circulação, sinalização, localização e projeto final de engenharia, deverão integrar o presente item. Os demais aspectos envolvendo os projetos de drenagem superficial, geométrico, pavimentação, sinalização e plano de execução (inclusive laços de quadra e desvios de rotas de trânsito) deverão ser igualmente avaliados. Os itens abaixo se referem a impactos previsíveis para os quais deve ser dado destaque. 5.1 MEIO FÍSICO 5.1.1 Indicação da necessidade de material de empréstimo (saibro, brita, areia, argila), com cubagens previstas, indicação das jazidas capacitadas e licenciadas ao fornecimento. 5.1.2 Indicação da necessidade de áreas para descarte de resíduos oriundos do empreendimento, com cubagens previstas, bem como dos locais capacitados para o recebimento e da avaliação das rotas para o destino do bota-fora. 5.1.3 Indicação da necessidade de armazenamento temporário de materiais durante as obras (classificação, volumes) e de locais possíveis de utilização, bem como das medidas de segurança a serem adotadas. 3

5.1.4 Verificação das modificações ambientais decorrentes da execução de cortes e/ou aterros na área do empreendimento. 5.1.5 Avaliação da susceptibilidade à incidência de processos erosivos, assoreamento e alagamentos decorrentes das alterações na morfologia natural do terreno. 5.1.6 Indicação de necessidade de desmonte de rochas e volume envolvido. 5.1.7 Determinação da ampliação do volume de escoamento superficial, para um período de retorno de dez anos, considerando a área impermeabilizada pelo empreendimento e a modificação dos sistemas de drenagem existentes (naturais e construídos). 5.1.8 Verificação da alteração/ampliação do volume de escoamento superficial das águas de precipitação, considerando a modificação dos sistemas de drenagem existentes (naturais e construídos). 5.1.9 Avaliação das condições hidráulicas e de risco das redes pluviais de jusante, que se encontram na diretriz dos empreendimentos e também nos eventuais desvios de tráfego. Propor remanejamento/ampliação das mesmas para manter a eficiência hidráulica e possibilitar o acesso e manutenção. 5.1.10 Avaliação da necessidade de implantação de sistemas de amortecimento e/ou bombeamento de águas pluviais na gleba, em função do acréscimo de vazão anteriormente determinado. 5.2 MEIO BIOLÓGICO 5.2.1 Quantificação da supressão de vegetais (nativos e exóticos), isolados ou em grupamentos, em função do projeto, com base no Decreto Municipal 15.418/06. Atentar para a necessidade de intervenção em vegetais, inclusive, em decorrência de eventuais laços de quadra e desvios de rotas de trânsito. 5.2.2 Apresentação do cálculo da compensação vegetal, bem como de projeto de plantio compensatório e/ou de outras medidas de compensação, com base no Decreto Municipal 15.418/06. 5.2.3 Levantamento dos espécimes arbóreos incompatíveis com o projeto passíveis de transplante, com apresentação de laudo técnico de transplante, sugerindo local para destino dos vegetais. 5.2.4 Levantamento dos espécimes arbóreos com necessidade de poda de galhos ou raízes, inclusive em decorrência das obras de infra-estrutura, redes subterrâneas e aéreas, com apresentação de laudo técnico de poda. 5.2.5 Identificação de eventuais interferências em Áreas de Preservação Permanente. Se for o caso, as intervenções deverão ser enquadradas na Resolução CONAMA n 369/06. 5.2.6 Descrição dos impactos sobre a fauna silvestre em suas diferentes magnitudes, espacialidade e duração nas fases de implantação e operação do empreendimento. 5.2.7 Avaliação da perda de habitats de fauna e de sua potencial preservação ou restauração, utilizando o cruzamento de dados de ambientes e espécies encontradas, bem como proposição de medidas que visem a melhoria ambiental para a fauna capaz de instalar-se neste novo ambiente. 5.2.8 Modificação de ninhos, tocas, refúgios e áreas de reprodução. 5.2.9 Análise de risco de ocorrência de acidentes e/ou transmissão de doenças, considerando a presença de espécies com importância em saúde pública identificadas no item 4.2.8, com maior atenção para as doenças que apresentam programas municipais de vigilância, como dengue e leptospirose. 5.2.10 Análise de risco do aumento de morbidade relacionada às espécies identificadas no item anterior, nas áreas de influência direta e indireta do empreendimento. 4

5.2.11 Os manuais técnicos da FUNASA são documentos de referência para os métodos de identificação de impacto e determinação de risco. Os manuais estão disponíveis no site: www.funasa.gov.br. 5.3 MEIO ANTRÓPICO 5.3.1 Avaliação do impacto das obras sobre as áreas de lazer atingidas pelos projetos. 5.3.2 Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), conforme prevê a Resolução CONAMA nº 307/02, Resolução CONSEMA nº 109/05, onde conste levantamento qualitativo e quantitativo bem como a classificação dos resíduos gerados conforme norma NBR 10.004/04, além da descrição dos processos e métodos de armazenamento temporário, coleta, transporte, tratamento e destinação final. 6 PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS E/OU COMPENSATÓRIAS Devem ser explicitadas as medidas que visam minimizar os impactos adversos identificados e quantificados no item anterior, as quais deverão ser apresentadas e classificadas quanto a sua natureza: preventiva ou corretiva; o fator a que se destina; prazo e período de aplicação e a responsabilidade por sua implementação; Devem ser mencionados os impactos adversos que não possam ser evitados, mitigados ou compensados. Deverão ser considerados entre outros: a compensação aos vegetais removidos; o transplante de vegetais; a destinação e/ou reaproveitamento de resíduos da construção civil; a urbanização de áreas verdes complementares remanescentes e remodelagem de áreas de praças localizadas na área de influência dos projetos; a implantação de cabos ecológicos conforme legislação vigente; a implantação de trincheiras de infiltração; a utilização de materiais e técnicas sustentáveis nas obras, entre outros. Devem ser propostas atividades de Educação Ambiental, antes, durante e depois das obras, que levem a população a interagir, sensibilizar-se e tornar-se multiplicadora do processo em andamento. 7. PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO Apresentação das propostas de programas de acompanhamento das evoluções dos impactos ambientais positivos e negativos, causados pelo empreendimento, considerando as fases de planejamento, implantação e operação, nas áreas de influência direta e indireta do empreendimento. Incluir a indicação e justificativa de: a) Parâmetros e métodos selecionados para a identificação de impactos sobre cada um dos fatores considerados; b) Método de coleta de dados, incluindo seu dimensionamento e distribuição espacial; c) Indicação e justificativa dos métodos a serem empregados no processo de levantamento das informações, visando retratar o quadro da evolução dos impactos causados pelo empreendimento. 5

d) Indicação e justificativa da periodicidade de amostragem para cada parâmetro, segundo os diversos fatores ambientais. 8. ELABORAÇÃO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL a) A equipe técnica responsável pelo estudo deverá ser constituída por equipe multidisciplinar. b) Indicar a metodologia utilizada e todas as fontes de dados e informações que subsidiaram os estudos e suas conclusões. c) Relacionar a composição da equipe técnica e autora dos trabalhos devendo conter, além do nome de cada profissional, seu título e número de registro na respectiva entidade de classe. d) Apresentar as Anotações de Responsabilidade Técnica dos profissionais envolvidos no trabalho. e) Atender ao disposto nas legislações ambientais que tratam sobre o assunto. f) A estrutura do trabalho deverá seguir a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - NBR 10719/1989, que trata sobre a apresentação de relatórios técnicocientíficos. Os mapas e/ou as plantas deverão ser apresentados em escalas compatíveis com os demais projetos e com o nível de detalhamento das informações. g) O estudo deverá ser apresentado em 9 (nove) vias impressas, com encadernação em espiral e 9 (nove) cópias em cd-rom. Também deverá ser entregue um conjunto completo, sem encadernação e em condições para anexação ao processo administrativo. h) A contar da data de recebimento deste Termo de Referência, dentro de dez dias apresentar requisição de Licenciamento Ambiental (Licença Prévia), bem como a publicação da solicitação em jornal de grande circulação conforme prevê a Lei Estadual n 11.520/2000 e a Resolução Conama n 06/86. i) Excepcionalmente, o presente Termo de Referência poderá sofrer ajustes em decorrência de peculiaridades do projeto. Marília Schmidt Barum Supervisão do Meio Ambiente Karla Fernanda Faillace Coordenação do Licenciamento Ambiental 6