Riscos de Explosões. Notas das aulas da disciplina de. Instalações e Serviços Industriais



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Transcrição:

Riscos de Explosões Notas das aulas da disciplina de Instalações e Serviços Industriais 1

Forte ruído Imensa produção de luz O que é uma explosão? Que tipo de sinais? Elevação súbita da pressão, gerando efeito de sopro Projecção de objectos/estilhaços Forte produção de calor 2

3 Uma explosão!

Evolução da transformação físico-química e resultado final 4

5 Explocão

Acidentes graves Estatísticas sobre graves acidentes industriais Caso da indústria química e petrolífera Impacto económico Tipo Nº de fogos > 250 000 Químicos 33 7 Óleos 9 6 Tintas e vernizes 6 1 Fertilizantes 5 1 Produtos para a agricultura 3 0 Dados: UK 1971-1973 6 Plásticos 2 0 Outros 11 1 Total 69

Acidentes graves Caso da indústria química e petrolífera Local de origem do acidente Nº de fogos Armazenagem Espaço aberto 21 Espaço fechado 12 Falha/derrame 7 Tubo 15 Flange 6 Equipamento eléctrico 6 Não especificado 6 Reactores/misturadores 4 Secador por vapor 2 Spray de pintura 1 Torre de arrefecimento 1 Não relatado 9 Total 79 Dados: UK - 1971-1973

Acidentes graves Caso da indústria química Relação das perdas em função do tipo de acidente Ano Nº % perda Nº % perda Nº % perda Fogo Explosão Outros 1964 3 1,6 6 13,4 1 0,4 1965 4 1,9 8 8,7 0 0 1966 7 7,2 6 9,9 1 0,6 1967 8 5,9 12 22,4 2 1,1 1968 13 11,6 12 13,3 0 0 TOTAL 35 30,2 44 67,7 4 2,1 8 American Inst. Chemical Engineers, 1969

Acidentes graves (1980( 1980-2000) Causa: Fogo 1982 Dezembro Venezuela: Fogo em central termoeléctrica, 128 mortos 1991 Setembro EUA: Fogo em unidade de produção de produtos alimentares; 25 mortos; não possuía sistema de detecção de incêndio, nem sprinklers; muitas portas estavam fechadas 1993 Maio Tailândia: Fogo em fábrica de brinquedos, 187 mortos e 500 feridos 1993 Novembro China: Fogo em fábrica de brinquedos; 87 mortos e 57 feridos 1997 Setembro China: Empregado põe fogo a fábrica de sapatos; 32 mortos 1999 Dezembro Tailândia: Fogo num tanque de uma refinaria; 7 mortos, 18 feridos, 4,000 residentes evacuados. Após uma explosão inicial que danificou vários veículos de combate a incêndio, 40 milhões de litros de gasolina armazenados em 4 tanques envolveram-se em chamas. Mais de 36 horas para extinguir o fogo e cerca de 90000 litros de espuma 2000 Abril China: Fogo num matadouro de frangos; 38 mortos 2000 Junho China: Fogo numa pirotecnia; 36 mortos 9

Acidentes graves (2003( 2003) Causa: Explosão 2003 Janeiro EUA: Explosão em unidade farmacêutica, 3 mortos mais de 20 feridos 2003 Maio Índia: Fogo começa após explosão de uma garrafa de gás, na cozinha de uma residência e atinge o 2º andar de armazém de explosivos; 12 mortos e mais de 70 feridos 2003 Julho EUA: O reboque de um camião carregado de artigos pirotécnicos explode quando os empregados descarregavam o material, 5 mortos 2003 Julho EUA: Explosão num armazém de artigos pirotécnicos, 3 mortos 2003 Julho Turquia: Tanque de gasolina de um camião explode durante o fase de abastecimento de combustível num zona residencial densamente povoada, 180 feridos 10 2003 Agosto Paquistão: Fogo iniciado numa casa, por um curto-circuito eléctrico, espalha-se rapidamente pela vila e atinge um paiol de dinamite de apoio às obras de construção de uma estrada; da explosão do paiol resultou 49 mortos e 132 feridos

Acidentes graves na indústria (2003) Causa: Explosão 2004 Julho 30 Bélgica lgica: Pipeline de gás natural explode a cerca de 28 km a sudoeste de Bruxelas; o pipeline com um metro de diâmetro transporta gás natural, numerosas casas e veículos nas imediações são destruídos pelo efeito da explosão, 15 mortos, incluindo 5 bombeiros e mais de 120 feridos 11

Acidentes graves Plataformas petrolíferas (1995( 1995-2001) Causa: Fogo/Explosão 1995 Novembro Brasil: Fogo no pipeline da Petrobrás, 1 morto e 5 feridos 1996 Janeiro Golfo do Suez: Explosão na plataforma da Morgan Oil, 3 mortos e 2 feridos 1998 Julho Árctico: Explosão na Glomar Árctico IV, 2 mortos. 2001 Janeiro Brasil: Fogo no offshore da Petrobrás, na plataforma de produção de gás natural, 2 mortos 2001 Março Brasil: 3 explosões numa das maiores plataformas petrolíferas da Petrobrás, 10 mortos, cerca de 165 operários evacuados para a plataforma vizinha 12

Acidentes graves Indústria química (1994( 2003) Causa: Explosão 1994 Dezembro, Iowa, EUA: Explosão numa unidade de fabrico de adubos, com origem no neutralizador, onde o ácido nítrico e a amónia (gás) eram misturados ao nitrato de amónio. Impurezas no nitrato de amónio (matéria orgânico e cloretos) e a altas temperaturas terão estado na origem da explosão, 4 mortos e vários feridos 1984 Dezembro 3, Índia: Explosão na unidade petroquímica da Union Carbide à Bophal 2001 Setembro 21, França: Explosão da unidade química AZF em Toulouse, 31 mortos e 2442 feridos 2003 Março 27, França : Explosão na fábrica de dinamite da Nitrochimie em Billy-Berclau. 13

Explosão com origem numa reacção química AGENTES FUNDAMENTAIS Combustível (ME) Oxidante 14 Condições gerais que podem influenciar a reacção química: Temperatura do meio Pressão do meio Volume do confinamento Energia de activação do ME - E Taxa de decomposição térmica do ME - k Estrutura molecular e ligações atómicas Densidade do ME Relação Oxidante/Material Energético (Concentração)

Explosão de vapor por expansão de líquido l saturado A rotura violenta de uma recipiente sobre pressão, contendo líquido e vapor saturados a uma pressão bastante superior à pressão atmosférica, faz com que a evaporação súbita de grande massa de líquido produza uma nuvem de vapor de grande extensão. 15

Explosão de vapor por expansão de hidrocarboneto saturado Cenários possíveis: Vapor inflamável Fonte de ignição presente Combustão na forma de uma bola de fogo ascendente Atraso à ignição Diluição Explosão de uma nuvem de vapor Atraso ainda maior Nuvem diluída abaixo do LII Combustão apenas do combustível líquido residual 16

Correlações da bola de fogo gerada pela explosão de hidrocarbonetos D max = 5,25 m 0,314 τ 1/2 = 1,07 m 0,181 q r(max) = 828 m 0,771 / R 2 1/3 z P = 12,73 V Va m [kg] massa de combustível no reservatório D max [m] diâmetro máximo da bola de fogo τ 1/2 [s] semi-largura do impulso de radiação térmica q r (max) [kw/m2 ] radiação térmica recebida à distância R [m] da bola de fogo z P [m] altura de elevação da bola de fogo 17 V Va [m 3 ] volume do vapor combustível à pressão e temperatura atmosféricas

Caso de explosão de uma suspensão de poeiras Causas iniciadoras da explosão Energia Volume Duração Temperatura Pressão Local Propriedades da mistura explosiva Concentração (poeira/gás/oxidante) Pressão e Temperatura de iniciação Turbulência Inertes Características do confinamento Escala Geometria Estado da superfície Obstáculos Aberturas Propriedades das poeiras Poder Calorifíco Granulometria Voláteis Humidade Densidade Existe risco quando as poeiras têm diâmetro 400 µm e estão suspensas no ar com concentrações entre os limites inferior e superior de explosividade 18

Dados sobre Explosividade de poeiras Material d 50 [µm] Concentração Explosiva Mínima [g/cm 3 ] Pmax [bar] (dp/dt) max V 1/3 [bar m/s] Alumínio 29 30 12,4 415 Carvão Bituminoso 24 60 9,2 129 Cortiça 7-10,3 202 Polimetilmetacrilato 21 30 9,4 269 Polipropileno 25 30 8,4 101 Policloreto de Vinil 107 200 7,6 46 Açúcar 30 200 8,5 138 Zinco 10 250 6,7 125 19

Origem das explosões 20 Químicas Fase sólida Fase líquida Fase gasosa Físicas Pneumáticas Gases sob pressão Hidraúlicas Liquídos sob pressão Mecânicas Nucleares Ruptura/desintegração de uma estrutura De acordo com o critério definido podem ocorrer sequencialmente diferentes tipos de explosões. Explosão - termo abrangente de todos os fenómenos de reacção violenta

Tipos de fenómeno que podem decorrer de uma reacção química rápida? r Deflagração consagra uma reacção química cuja frente de reacção se propaga com uma celeridade inferior à celeridade do som nesse material. Detonação caracteriza-se por uma reacção química cuja frente de reacção se propaga com uma celeridade superior à do som no material. 21 Transição deflagração-detonação é possível quando ocorre um aumento da turbulência e da pressão na frente de reacção, a ponto de provocar uma aceleração da sua celeridade relativamente à da frente sónica.

Diferenças entre detonação e deflagração? Detonação Deflagração D / c 5-10 0,00001-0,03 p / p o 13-55 0,98-0,976 T / T o 8-21 4-16 ρ / ρ o 1,4-2,6 0,06-0,25 22

Onda de pressão aéreaa Uma certa quantidade de energia é libertada instântaneamente, num ponto da atmosfera, resultando daí a formação duma onda de pressão. Essa onda é designada geralmente por onda de sopro (blast wave) Zona de sobrepressão e zona de depressão 23

Evolução da pressão com a distância Os efeitos de uma onda de choque na sua propagação no espaço estão directamente relacionados com a energia libertada através de uma lei de expoente (1/n) Distância de segurança: para explosivos (DL nº139/2002) D = K x P (1/n) 24 D Distância de segurança K - Factor experimental que tem em conta o tipo de explosivo e as condições do local onde se produz a explosão e as do local a proteger P - Quantidade de explosivo n - Parâmetro empírico que varia entre 2 e 6, reflectindo a natureza dos efeitos produzidos

Efeitos de uma onda de choque Efeito de sobrepressão num indivíduo adulto P [bar] Efeito 0,07 Faz cair uma pessoa 0,2 Ainda suportável sem perigo 0,3 Possível rotura do tímpano 0,5 Limite do suportável, mas com protecção auricular 1-2 Lesões nos ouvidos e pulmões 5 Limite da sobrevivência 25

Efeitos de uma onda de choque Efeito da sobrepressão em estruturas SobrePressão [bar] Dano 0,02 Alguns vidros partidos 1,4 50% de vidros partidos 2,7 90% de vidros partidos 25% de telhas deslocadas 4,1 100% de vidros partidos 6,9 Estrutura da janela danificada 26 10 Danos sérios na estrutura de casas Fissuras nas paredes exteriores

Efeitos de uma onda de choque Efeito da sobrepressão em estruturas SobrePressão [bar] Dano 20,7 Estruturas metálicas deformadas 48 Casas demolidas 60 Paredes de betão fissuradas 68,9 Maioria das habitações demolidas 27

Projecção de estilhaços Efeitos da explosão Os estragos causados pela projecção de estilhaços são em geral menos significativos que os efeitos da onda de pressão, a qual em princípio provoca estragos bastante mais elevados É necessário no entanto ter em conta este efeito e calcular a distância máxima de projecção A experiência mostra que raramente são encontrados estilhaços a uma distância superior a 50 m (-1/3) m [kg] 28 o que corresponde a uma sobrepressão de 0,02 bar

Violência da explosão 29 A rotura e o colapso do confinamento onde ocorre uma explosão depende da pressão máxima Pmax e da taxa máxima de subida de pressão (dp/dt)max. Estas duas grandezas são funções da mistura explosiva contida no volume em causa e das suas características geométricas. A subida de pressão para o caso de materiais energéticos está relacionada com a propagação sustentada de uma reacção exotérmica no espaço disponível. A propagação da reacção está directamente associada à taxa de reacção, exprimindo esta a quantidade de ME consumido por unidade de tempo e volume

Poder calorífico combustíveis líquidosl ρ [kg/m 3 ] %C %H2 %(O2+N2) %S PCI [kj/kg] Fuel oil 950 86,4 11,3 1,1 0,6 41031 Benzeno 875 91,7 7,8-0,5 40403 Gasóleo 870 86,6 12,9 0,2 0,3 41843 30

Energia de activação - E E é a energia necessária para fazer o sistema os reagentes a um estado activo complexo que pode levar os reagentes a passar a produtos 31

Taxa de reacção de um ME k = Z exp (-E/RT) - expressão de Arrhénius Z constante pré-exponencial que exprime a frequência de colisões induzidas pela condições térmicas do volume em análise, as concentrações dos componentes e a temperatura Z [10 12 ; 10 20 ] 10000 K < E/R < 20000 K ln k -E/R 32 1/T

Velocidade de propagação de chama É medida perpendicularmente à superfície da chama V F α (Γ k) 1/2 Γ - coeficiente de difusibilidade térmica da mistura K condutividade térmica da mistura V F aumenta quando: - temperatura aumenta - capacidade calorífica dos inertes diminui - Estequiometria se apromixa de 1. V F 33 1 Riqueza

Velocidade de propagação de chama para diversos combustíveis 34

V F de diversos combustiveis φ =0,8 φ =0,9 φ =1,0 φ =1,1 φ =1,2 V Fmax φ p/ V Fmax Etano 36,0 40,6 44,5 47,3 47,3 47,6 1,14 Propano - 42,3 45,6 46,2 42,4 46,4 1,06 Metano 30,0 38,3 43,4 44,7 39,8 44,8 1,08 Isopentano 33,0 37,6 39,8 38,4 33,4 39,9 1,01 Acetileno 107 130 144 151 154 155 1,25 Etileno 50,0 60,0 68,0 73,0 72,0 73,5 1,13 Propileno - 48,4 51,2 49,9 46,4 51,2 1,00 35

Pressão máxima m atingida numa explosão de gásg p V = n RT = m (R/M) T p max /p o = (M o /M b ) (T b /T o ) 36 p max pressão máxima atingida p o M o M b T o T b pressão inicial massa molecular média dos reagentes massa molecual rmédia dos produtos temperatura inicial temperatura final dos produtos

Pressão máxima m atingida numa explosão de gásg Gás P max [bar] Butano 8,0 Etano 7,8 Etileno 8,0 Etilbenzeno 6,6 Hidrogénio 6,9 Metano 7,05 Pentano 7,65 Propano 7,9 37

Limites de inflamabilidade Temperaturas baixas baixas taxas de reacção Existe uma gama restrita de condições que dão origem a taxas de reacção suficientemente elevadas para permitir combustão auto-sustentada. 38 Limites de inflamabilidade corresponde às percentagens volumétricas de combustível na mistura gasosa entre as quais é possível ter uma combustão autosustentada.

Variação dos limites de inflamabilidade Limite inferior de inflamabilidade (LII) diminui Limite superior de inflamabilidade (LSI) aumenta QUANDO: Capacidade calorífica dos inertes diminui Concentração de oxigénio aumenta Temperatura dos reagentes aumenta Pressão aumenta acima de 1 bar Obs: As variações são muito mais acentuadas no LSI do que no LII 39

Limites de inflamabilidade de alguns combustíveis Determinados à pressão atmosférica e temperatura ambiente num tubo vertical de 50 mm de diâmetro co propagação de baixo para cima Combustível LII (% Volumétrica) LSI (% Volumétrica) 40 Metano 5,3 15 Etano 3,0 12,5 Propano 2,2 9,5 Etileno 3,1 32 Propileno 2,4 10,3 Acetileno 2,5 80 Benzeno 1,4 7,1 Alcool metílico 7,3 36 Etanol 4,3 19

Influência da capacidade calorífica dos inertes no LI 41 nertes

Influência da concentração de O 2 no LI 42

Limites de inflamabilidade em Ar e O 2 LII LII LSI LSI 43 Ar O 2 Ar O 2 CO 12 16 75 94 Amoníaco 15 15 28 79 Hidrogénio 4 4 74 94 Acetileno 2,5 2,5 80 93 Etileno 2,7 2,9 36 80 Metano 5 5 14 61 Propano 2,2 2,2 10 55 Etano 3 3 12,5 66 Butano 1,8 1,8 8,4 49 Hexano 1,2 1,2 7,5 52

44 Influência da temperatura no LI

45 Influência da pressão no LI

Domínio de temperaturas de inflamabilidade Combustíveis líquidos LI [ ] - (ºC) Álcool Etílico 12 a 39 Álcool Metílico 10 a 37 Acetona -18 a 7 Ácido acético 40 a 58 Benzina -12 a 14 Hexano -27 a 7 Tolueno 4 a 37 Xileno 22 a 60 Gasolinas (auto) -34/-40 a -12/-7 46

Limites de inflamabilidade de misturas de gases e/ou vapores Lei de Le Chatelier LI = 100 x 1 / [Σ (n i / LI i )] n i - % volumétrica do combustível i LI i Limite de inflamabilidade do combustível i 47

Tipos de ignição Provocada Origem num fornecimento localizado de energia à mistura explosiva Descarga eléctrica (Faísca) Chama Superfíce quente Espontânea Origem no aquecimento progressivo da mistura explosiva causado pelas reacções químicas que ela vai sofrendo. Quando o calor libertado nas reacções químicas exotérmicas que ocorrem na mistura explosiva é superior ao calor libertado para o exterior. 48

Ignição térmicat q g calor gerado q l calor perdido ρ C v V (dt/dt) = q g -q l 49

Energia mínima m de ignição E m aumenta quando: p d E m Em d extinção d 1 Riqueza 50

Energia mínima m de ignição vs distância e diâmetro dos eléctrodos 51

Atraso de ignição - t ig τ ig aumenta quando: Temperatura da mistura diminui Pressão da mistura diminui A diluição da mistura diminui 52

E m (ignição) em Ar e O2 E m [µj] E m [µj] Ar O 2 Hidrogénio 17 1,2 Etano 250 2 Etileno 70 1 Acetileno 17 0,2 Butano 250 9 Hexano 288 6 53

Largura da célula c de detonação Corresponde à dimensão transversal das células geradas pela estrutura transversal da onda de detonação λ [1; 30] cm Quanto menor a largura da célula de detonação mais favorável é a propagação da detonação. Gases λ [cm] E ini [kj] Acetileno 0,98 53 Hidrogénio 1,5 4,7 Etileno 2,8 43 a 63 Etano 5,4 a 6,2 130 a 170 Propileno 5,4 53 Propano 6,9 210 a 340 54 Metano 28,0 93000

55 Diâmetro crítico de detonação

Diâmetro crítico de detonação Influência do diâmetro e natureza do confinamento na velocidade de detonação 56

Prevenção de explosões de gases ou vapores 57 Reduzir a concentração para valores inferiores ao LII ou aumentá-la para valores superiores ao LSI Diminuir a concentração por ventilação (ventiladores de extracção, entradas e saídas de ar afastadas) Manutenção da concentração acima do LSI (recipientes fechados). Nota: Mesmo depois de esvaziado os reservatórios que tenham contido líquidos inflamáveis, pelos resíduos no fundo e paredes podem emitir vapores inflamáveis. Introdução de um gás inerte num espaço confinado onde se encontra uma mistura combustível vai provocar uma diminuição da concentração de O 2 da mistura (N 2, CO 2, vapor de água) Na zona de descarga da mistura combustível deve haver cuidados especiais, pode ser inflamável, tóxica ou asfixiante

Prevenção de explosões de gases ou vapores 58 Proibição de execução de trabalhos em que haja lugar a chama em espaço aberto Soldadura, corte, fumar, aparelho de aquecimento com chama nua Vigiar as superfícies aquecidas (canalizações, aparelhos de aquecimento) e isolar termicamente as superfícies quentes Evitar operações susceptíveis de originar faíscas por partículas metálicas arrancadas a uma material por choque ou fricção; bem como equipamentos como: mós, martelos, trituradores Evitar instalações eléctricas não protegidas (protecções blindadas)

Prevenção de explosões de gases ou vapores Evitar acumulação de cargas electrostáticas, que ocorrem quando existe movimento relativo de dois corpos, sendo pelo menos um deles um isolante (eg. escoamento de líquidos isolantes, escoamento de gás com poeiras em suspensão, atrito de correias de transmissão, manipulação de materiais plásticos) Ligação à Terra Humidificação da atmosfera Aumento da condutividade de materiais isolantes 59

Prevenção de explosões de poeiras Eliminar a presença de poeiras em quantidades perigosas Limpeza de depósitos de poeiras antes de atingirem 1 mm de espessura e humidificação aquando da sua limpeza Acabamento superficial de aparelhos ou canalizações susceptíveis de favorecer a acumulação de poeiras e evitar vibrações Estanquicidade dos aparelhos que emitem poeiras Evitar variações bruscas de direcção e diâmetro em condutas de transporte pneumático Inertização da atmosfera Introduzir poeiras inertes (eg. poeiras de rocha, cimento) Suprimir as fontes de inflamação 60

Causas mais comuns dos acidentes Tipo de Artigos Propergóis Explosivos Estímulo Pirotécnicos Impacto 6% 10% 14% Fricção 65% 48% 65% Faísca eléctrica 5% 2% 6% Calor 24% 40% 15% Nº acidentes (240) 86 60 94 61 Elaborado com base nos dados do Reino Unido: 1981-1990. Fonte:Bailey et al., 1992 The handling and processing of explosives, 18 th Int. Pyrot. Seminar, Colorado, USA.

DL nº n 139/2002 Regulamento de segurança a dos estabelecimentos de fabrico ou de armazenagem de produtos explosivos 62 Estabelece normas e procedimentos particulares de segurança industrial a que devem obedecer a implantação, a organização e o funcionamento dos estabelecimentos de fabrico ou de armazenagem de produtos explosivos para utilização civil Produtos explosivos: matérias e objectos da classe 1 que figuram no RPE Produtos explosivos e objectos da classe 1 RPE A) Matérias explosivas: matérias sólidas ou líquidas, ou misturas, susceptíveis, por reacção química, de libertar gases a uma temperatura, a uma pressão e a uma velocidade tais que podem causar danos nas imediações B) Matérias pirotécnicas: C) Objectos explosivos: objectos que contêm uma ou várias matérias explosivas e ou matérias pirotécnicas D) Matérias e objectos não mencionados anteriormente com vista a produzir uma explosão

Divisões de riscos 63 Divisão de risco 1.1 - Risco de explosão em massa: matérias e objectos susceptíveis de produzir uma explosão em massa (uma explosão em massa é uma explosão que afecta de modo praticamente instantâneo a quase totalidade da carga) Divisão de risco 1.2 - Risco de projecções: matérias e objectos que apresentam risco de projecções, sem risco de explosão em massa Divisão de risco 1.3 - Risco de fogo em massa: matérias e objectos que apresentem risco de incêndio, podendo da sua combustão resultar uma forte radiação térmica, mas cujo risco de sopro ou de projecções seja ligeiro, ou ambos, sem que haja risco de explosão em massa Divisão de risco 1.4 -Risco de fogo moderado: matérias e objectos que apenas apresentam perigo mínimo no caso de ignição ou de iniciação. Os efeitos são essencialmente limitados ao próprio volume e normalmente não dão lugar à projecção de fragmentos apreciáveis ou susceptíveis de percorrer uma elevada distância. Um incêndio exterior não deve provocar a explosão praticamente instantânea da quase totalidade do conteúdo do volume Divisão de risco 1.5 - Matérias muito pouco sensíveis, comportando um risco de explosão em massa, mas cuja sensibilidade à iniciação é tal que, em condições normais, será pouco provável a sua iniciação e a transição de deflagração a detonação Divisão de risco 1.6 - Objectos muito pouco sensíveis, com características detonantes, mas não comportando risco de explosão em massa. Estes objectos são muito pouco sensíveis e têm uma probabilidade quase negligenciável de iniciação. 0 risco ligado aos objectos desta divisão 1.6 é limitado à explosão de um único objecto

Distâncias de segurança 64 As distâncias de segurança devem ser tais que no mínimo, sejam capazes de impedir que: uma explosão verificada num edifício se possa transmitir a outros por simpatia, ou que um incêndio ou uma explosão se possam propagar em consequência do calor radiante desenvolvido ou das projecções de material incandescente. As distâncias de segurança devem ser superiores às distâncias de simpatia correspondentes aos produtos explosivos existentes nos edifícios e, simultaneamente, não ser inferiores a 10 m, para garantir protecção contra a acção do calor radiante, ou a 15 m para garantir protecção contra os efeitos das projecções de material incandescente, mesmo nos casos em que o cálculo permita concluir que se poderiam adoptar valores menores para distâncias de simpatia.

Tipos de distância de segurança Consoante a natureza e a finalidade dos locais a proteger dos efeitos de um acidente num edifício contendo produtos que oferecem risco de fogo ou de explosão, assim se devem distinguir, por ordem crescente de exigências de segurança, os seguintes tipos de distâncias de segurança: Distâncias entre edifícios de armazenagem; Distâncias entre edifícios de linhas de fabrico; Distâncias entre edifícios de armazenagem e edifícios de linhas de fabrico; Distâncias a vias de comunicação (caminhos, estradas, vias férreas, fluviais ou marítimas) destinadas ao serviço público; Distâncias a edifícios habitados (residências, escolas, hotéis, hospitais, igrejas, teatros, cinemas, estabelecimentos comerciais, locais de reunião, de desporto ou de recreio, etc.) 65

Prevenção de incêndios 66 Nos locais onde existam produtos explosivos ou substâncias inflamáveis e nas áreas de segurança assinaladas é proibido ser-se portador de telemóveis, fósforos, f acendedores, ou outros objectos que produzam chama ou faísca sca. Nestes locais é proibido depositar ou abandonar matérias que possam oferecer perigo de auto-inflama inflamação. Com a finalidade de evitar a acumulação de detritos ou de poeiras, todos os edifícios de fabrico ou armazenagem devem ser limpos com frequência e cuidadosamente, para o que devem estar apetrechados com o necessário material de limpeza. Os resíduos retirados dos pavimentos devem ser colocados separadamente em recipientes apropriados e destinados exclusivamente para este fim. Os locais ou compartimentos onde se trabalhe com produtos explosivos ou substâncias inflamáveis devem ser isolados entre si por portas corta-fogo fogo, dotadas de dispositivos de fecho automático.

Protecção individual 67 Um trabalhador nunca se deve encontrar sozinho no local de laboração com explosivos, a menos que exista um sistema de controlo/vigilância, que permita o aviso em caso de acidente. Os trabalhadores devem usar vestuário e calçado apropriados, limpos e livres de resíduos de substâncias explosivas sensíveis. Os trabalhadores não devem usar: Peças de fibras sintéticas Objectos pessoais metálicos Telemóveis ou rádios Peças com algibeiras susceptíveis de acumular poeiras explosivas, inflamáveis ou tóxicas Calçado que seja favorável à acumulação de cargas electrostáticas ou produtor de faíscas.

Directivas Europeias sobre acidentes graves Directiva 2003/105/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro de 2003 Altera a Directiva 96/82/CE do Conselho relativa ao controlo dos perigos associados a acidentes graves que envolvem substâncias perigosas A Directiva 96/82/CE(4) tem por objectivo a prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas e a limitação das suas consequências para o homem e o ambiente, tendo em vista assegurar, de maneira coerente e eficaz, níveis n de protecção elevados em toda a Comunidade Decreto-Lei nº n 164/2001, de 23 de Maio 68 A Directiva 2003/105/CE inclui alterações decorrentes: Do acidente com artigos pirotécnicos, ocorrido em Enschede, nos Países Baixos, em Maio de 2000, decorrente do armazenamento e fabrico de substâncias pirotécnicas e explosivas. A definição dessas substâncias na Directiva 96/82/CE é esclarecida e simplificada na Directiva 2003/105/CE Da explosão ocorrida numa fábrica de adubos em Toulouse, em Setembro de 2001, realçou o risco de acidentes decorrente do armazenamento de nitrato de amónio e de adubos à base de nitrato de amónio, em especial de resíduos do processo de fabrico ou de matérias devolvidas ao fabricante. As categorias existentes de nitrato de amónio e de adubos à base de nitrato de amónio referidas na Directiva 96/82/CE são revistas.

69 Decreto-Lei nº 236/2003 de 30 de Setembro Ministério da Segurança Social e do Trabalho Transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva nº 1999/92/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, relativa às prescrições mínimas destinadas a promover a melhoria da protecção da segurança e da saúde dos trabalhadores susceptíveis de serem expostos a riscos derivados de atmosferas explosivas. Decreto-Lei n.º 112/96 de 05 de Agosto Ministério da Economia Estabelece as regras de segurança e de saúde relativas aos aparelhos e sistemas de protecção destinados a ser utilizados em atmosferas potencialmente explosivas

70 Directiva 94/9/CEA Directiva 94/9/CE aplica-se aos aparelhos e sistemas de protecção (equipamentos de mina e de superfície), eléctricos e não eléctricos, utilizados em atmosferas potencialmente explosivas, bem como aos dispositivos utilizados fora de atmosferas potencialmente explosivas relacionados com os aparelhos nelas instalados. DIRECTIVA 1999/92/CE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 16 de Dezembro de 1999 relativa às prescrições mínimas destinadas a promover a melhoria da protecção da segurança e da saúde dos trabalhadores susceptíveis de serem expostos a riscos derivados de atmosferas explosivas

Referências 1. Explosives Engineering (Paul Cooper), 1995. 2. Combustion (Irvin Glassman), 1987 3. http://www.llnl.gov 4. http://www.sandia.gov 5. http://www.pml.tno.nl 6. http://www.snpe.fr Laboratórios 7. http://www.cea.fr 8. http://www.hse.uk 9. http://www.ineris.fr 10.http://www.yimpact.com/ http://www2.dem.uc.pt/ap3e 71 Associação Portuguesa de Estudos e Engenharia de Explosivos